Questões de Concurso Comentadas sobre português
Foram encontradas 59.392 questões
Leia o texto abaixo para responder às questões de 7 a 10.
O Rio Severino
Um tísico à míngua espera a tarde inteira
Pela assistência que não vem
Mas vem de tudo n`água suja, escura e espessa deste
Rio Severino, morte e vida vêm
Mas quem não tem abc não pode entender HIV
Nem cobrir, evitar ou ferver
O rio é um rosário cujas contas são cidades
À espera de um Deus que dê
Quem possa lhes dizer [...]
Os Paralamas do Sucesso
“Pela assistência que não vem / ‘Mas’ vem de tudo n`água suja”. Assinale a alternativa que apresenta a correta relação estabelecida pela conjunção em destaque.
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 4.
Quando eu tinha 5 anos, minha mãe sempre me disse que a felicidade era a chave para a vida. Quando eu fui para a escola, me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi: “Feliz”. Eles me disseram que eu não entendi a pergunta, e eu lhes disse que eles não entendiam a vida (John Lennon).
Eu escrevi: “Feliz”. Assinale a alternativa que apresenta a correta justificativa para o uso de aspas no vocábulo em destaque.
Leia o texto para responder as questões 07, 08 e 09.
Meu Destino
Cora Coralina
Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida…
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca
da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida…
De acordo com o contexto, as reticências foram empregadas em duas situações no poema para
Leia o texto para responder as questões 01, 02, 03,
04, 05 e 06.
A cartomante
Machado de Assis
Hamlet observa a Horácio que há mais
cousas no céu e na terra do que sonha a nossa
filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela
Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de
novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido
na véspera consultar uma cartomante; a diferença é
que o fazia por outras palavras.
— Ria, ria. Os homens são assim; não
acreditam em nada. Pois saiba que fui, e que ela
adivinhou o motivo da consulta, antes mesmo que
eu lhe dissesse o que era. Apenas começou a botar
as cartas, disse-me: "A senhora gosta de uma
pessoa..." Confessei que sim, e então ela continuou
a botar as cartas, combinou-as, e no fim declarou-me
que eu tinha medo de que você me esquecesse,
mas que não era verdade...
— Errou! Interrompeu Camilo, rindo.
— Não diga isso, Camilo. Se você soubesse
como eu tenho andado, por sua causa. Você sabe; já
lhe disse. Não ria de mim, não ria...
Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para
ela sério e fixo. Jurou que lhe queria muito, que os
seus sustos pareciam de criança; em todo o caso,
quando tivesse algum receio, a melhor cartomante
era ele mesmo. Depois, repreendeu-a; disse-lhe que
era imprudente andar por essas casas. Vilela podia
sabê-lo, e depois...
— Qual saber! Tive muita cautela, ao entrar
na casa.
— Onde é a casa?
— Aqui perto, na rua da Guarda Velha; não
passava ninguém nessa ocasião. Descansa; eu não
sou maluca.
Camilo riu outra vez:
— Tu crês deveras nessas coisas?
perguntou-lhe.
Foi então que ela, sem saber que traduzia
Hamlet em vulgar, disse-lhe que havia muita cousa
misteriosa e verdadeira neste mundo. Se ele não
acreditava, paciência; mas o certo é que a
cartomante adivinhara tudo. Que mais? A prova é
que ela agora estava tranquila e satisfeita. [...]
A palavra “véspera” é acentuada por ser uma
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 4.
Quando eu tinha 5 anos, minha mãe sempre me disse que a felicidade era a chave para a vida. Quando eu fui para a escola, me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi: “Feliz”. Eles me disseram que eu não entendi a pergunta, e eu lhes disse que eles não entendiam a vida (John Lennon).
De acordo com o texto, assinale a alternativa correta.
Leia o texto para responder as questões 01, 02, 03,
04, 05 e 06.
A cartomante
Machado de Assis
Hamlet observa a Horácio que há mais
cousas no céu e na terra do que sonha a nossa
filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela
Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de
novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido
na véspera consultar uma cartomante; a diferença é
que o fazia por outras palavras.
— Ria, ria. Os homens são assim; não
acreditam em nada. Pois saiba que fui, e que ela
adivinhou o motivo da consulta, antes mesmo que
eu lhe dissesse o que era. Apenas começou a botar
as cartas, disse-me: "A senhora gosta de uma
pessoa..." Confessei que sim, e então ela continuou
a botar as cartas, combinou-as, e no fim declarou-me
que eu tinha medo de que você me esquecesse,
mas que não era verdade...
— Errou! Interrompeu Camilo, rindo.
— Não diga isso, Camilo. Se você soubesse
como eu tenho andado, por sua causa. Você sabe; já
lhe disse. Não ria de mim, não ria...
Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para
ela sério e fixo. Jurou que lhe queria muito, que os
seus sustos pareciam de criança; em todo o caso,
quando tivesse algum receio, a melhor cartomante
era ele mesmo. Depois, repreendeu-a; disse-lhe que
era imprudente andar por essas casas. Vilela podia
sabê-lo, e depois...
— Qual saber! Tive muita cautela, ao entrar
na casa.
— Onde é a casa?
— Aqui perto, na rua da Guarda Velha; não
passava ninguém nessa ocasião. Descansa; eu não
sou maluca.
Camilo riu outra vez:
— Tu crês deveras nessas coisas?
perguntou-lhe.
Foi então que ela, sem saber que traduzia
Hamlet em vulgar, disse-lhe que havia muita cousa
misteriosa e verdadeira neste mundo. Se ele não
acreditava, paciência; mas o certo é que a
cartomante adivinhara tudo. Que mais? A prova é
que ela agora estava tranquila e satisfeita. [...]
No fragmento “Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois saiba que fui, e que ela adivinhou o motivo da consulta...” O elemento coesivo em destaque estabelece a ideia de
Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 5.
Bullying é caso de saúde pública
Fabrício Carpinejar
Bullying não é brincadeira, não é gozação, não é simples deboche.
Se adultos têm dificuldades de lidar com críticas e ofensas, imagine crianças e adolescentes, muito mais carentes pela aceitação social.
Aquele que diz que bullying sempre existiu e que em sua época só não tinha esse nome, de que o ato é inofensivo e consiste em naturais implicâncias, não entende do que está falando.
A violência psicológica e física é hoje potencializada pelas redes sociais, a ponto de não dar descanso as suas vítimas, a ponto de não permitir uma trégua no sofrimento e na perseguição.
Eu sofri bullying na passagem dos anos 70 para 80. Fui agredido em corredor polonês, chacotado com chuva de papéis, segurado pelas pernas do alto do segundo andar do refeitório, com as merendas roubadas, obrigado a entregar mesada, preso no banheiro da escola por doze horas, ridicularizado com os piores apelidos, com as calças arriadas na frente dos colegas.
Mas resisti pois acabava a escola e eu ainda resgatava o amor da família para compensar.
Não havia internet, celular, aplicativos. Eu tomava fôlego antes de retornar ao ambiente desesperador. Podia respirar um pouco, livre daquela vida de impropérios. O máximo que acontecia no turno inverso era descobrir que não tinha sido convidado a uma festa.
Durante a tarde e a noite, ficava offline aos ataques. A residência funcionava como esconderijo, como ferrolho. Existia um espaço para recuperar a coragem e enfrentar novamente a turma no dia seguinte.
Se eu fosse criança atualmente não sei se sobreviveria. Não sei se aguentaria. Não sei o que seria de mim. Não sei se estaria aqui.
Porque atualmente o aluno oprimido não tem mais um minuto de proteção e de segurança. Com Facebook, Instagram e WhatsApp, é bombardeado vinte e quatro horas com ameaças, memes e insinuações. Não é apenas excluído das rodinhas presenciais, mas de todas os grupos virtuais. Pode ser recusado, bloqueado, ridicularizado, para todos verem. Não há quem se blinde a tanta maldade, não há quem saia ileso de tamanha crueldade.
Conversas inofensivas são printadas, fotos são viralizadas, pontos fracos são expostos sem direito de defesa. Trata-se de uma enxurrada imprevisível de fake news pessoal, acima dos diques familiares e das barricadas terapêuticas.
É como viver no deserto emocional, na insolação atemporal do medo. Não tem como se curar de uma dor que lá vem outra e outra e outra, até perder a pele das palavras e a alma cansar de doer. Não se conta nem de paz para desabafar e duvidar do que está acontecendo.
O bullying é epidêmico, não é mais um problema educacional, é caso de saúde pública.
Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com/fabricio-carpinejar/post/bullying-e-caso-de-saude-publica.html
Assinale a alternativa em que todas as palavras da sequência apresentem ditongo decrescente.
Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
EUA jogam fora mais da metade da comida que compram
- Os Estados Unidos consomem menos da metade de toda a comida de suas geladeiras. Esse
- é o resultado do primeiro estudo quantitativo .............. padrão de consumo das casas
- americanas. Ao contrário do que se poderia imaginar, a comida jogada fora normalmente não
- está estragada. Ela ainda poderia ser consumida; mas, segundo o estudo, acaba indo para o lixo
- devido __ confusões na leitura da embalagem.
- Os participantes do estudo disseram que consomem 97% de toda a carne que compram,
- mas na verdade comem menos de 50% dela. Quanto aos vegetais, as pessoas declararam
- consumir 94%, quando na verdade acabavam comendo apenas 44%. O mesmo padrão se repete
- com frutas e laticínios.
- O estudo entrevistou 307 participantes e acompanhou a rotina de 169 deles durante uma
- semana. O questionário também incluía quais seriam os motivos que levaram os participantes
- a jogar comida fora.
- Segundo o pesquisador Brian Roe, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de
- Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo. O principal
- motivo para o descarte é a preocupação com a saúde e o medo de que aquela comida tenha
- estragado. Tudo isso com base no cheiro, aparência e datas nas embalagens.
- As embalagens americanas normalmente contêm uma inscrição que diz “melhor se usado
- antes de”. Esse é um indicador de qualidade da comida, que aponta durante qual período o
- produto estaria ....... seu ápice. No entanto, muitos americanos interpretam essa instrução como
- um indicador de segurança.
- Desde 2017, a indústria alimentícia dos EUA faz lobby para tentar aprovar uma lei que
- mudaria isso. O projeto, que está tramitando no Congresso americano, prevê a utilização de
- dois termos distintos: o atual “melhor se usado antes de” e o novo “usar até” (que indicaria a
- efetiva data de validade do produto).
- O estudo também verificou que as pessoas que ____ o costume de olhar as informações
- nutricionais nas embalagens do supermercado desperdiçam menos. Os pesquisadores
- especulam que essas pessoas sejam mais conscientes com relação ao que comem, o que acaba
- diminuindo o desperdício. Pessoas mais novas também tendem a jogar mais comida fora,
- enquanto a população maior de 65 anos é a que menos desperdiça.
- Um terço de toda comida produzida no mundo — cerca de 1,3 bilhões de toneladas — vai
- para o lixo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura,
- estima-se ....... os países em desenvolvimento percam US$ 310 bilhões por ano com o
- desperdício de comida, enquanto nos países desenvolvidos esse valor pode chegar a US$ 680
- bilhões.
Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/eua-jogam-fora-mais-da-metade-da-comida-que-compram/ - texto adaptado para esta prova.
Analise as seguintes propostas de reescrita de trechos do texto:
I. “Segundo o pesquisador Brian Roe, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo.”
Reescrita: Para Brian Roe, pesquisador, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo.
II. “Ao contrário do que se poderia imaginar, a comida jogada fora normalmente não está estragada. Ela ainda poderia ser consumida; mas, segundo o estudo, acaba indo para o lixo devido __ confusões na leitura da embalagem.”
Reescrita: A comida jogada fora normalmente não está estragada, como se poderia imaginar. Na verdade, ela é consumível, portanto a pesquisa evidenciou que a comida vai fora porque as pessoas não sabem interpretar as embalagens.
III. Os participantes do estudo disseram que consomem 97% de toda a carne que compram, mas na verdade comem menos de 50% dela.
Reescrita: Na verdade, apenas 50% da carne comprada é consumida, mas os participantes afirmam que o consumo é de quase 100%.
Quais mantêm o sentido original, respeitando também as regras de sintaxe e de pontuação?
Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
EUA jogam fora mais da metade da comida que compram
- Os Estados Unidos consomem menos da metade de toda a comida de suas geladeiras. Esse
- é o resultado do primeiro estudo quantitativo .............. padrão de consumo das casas
- americanas. Ao contrário do que se poderia imaginar, a comida jogada fora normalmente não
- está estragada. Ela ainda poderia ser consumida; mas, segundo o estudo, acaba indo para o lixo
- devido __ confusões na leitura da embalagem.
- Os participantes do estudo disseram que consomem 97% de toda a carne que compram,
- mas na verdade comem menos de 50% dela. Quanto aos vegetais, as pessoas declararam
- consumir 94%, quando na verdade acabavam comendo apenas 44%. O mesmo padrão se repete
- com frutas e laticínios.
- O estudo entrevistou 307 participantes e acompanhou a rotina de 169 deles durante uma
- semana. O questionário também incluía quais seriam os motivos que levaram os participantes
- a jogar comida fora.
- Segundo o pesquisador Brian Roe, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de
- Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo. O principal
- motivo para o descarte é a preocupação com a saúde e o medo de que aquela comida tenha
- estragado. Tudo isso com base no cheiro, aparência e datas nas embalagens.
- As embalagens americanas normalmente contêm uma inscrição que diz “melhor se usado
- antes de”. Esse é um indicador de qualidade da comida, que aponta durante qual período o
- produto estaria ....... seu ápice. No entanto, muitos americanos interpretam essa instrução como
- um indicador de segurança.
- Desde 2017, a indústria alimentícia dos EUA faz lobby para tentar aprovar uma lei que
- mudaria isso. O projeto, que está tramitando no Congresso americano, prevê a utilização de
- dois termos distintos: o atual “melhor se usado antes de” e o novo “usar até” (que indicaria a
- efetiva data de validade do produto).
- O estudo também verificou que as pessoas que ____ o costume de olhar as informações
- nutricionais nas embalagens do supermercado desperdiçam menos. Os pesquisadores
- especulam que essas pessoas sejam mais conscientes com relação ao que comem, o que acaba
- diminuindo o desperdício. Pessoas mais novas também tendem a jogar mais comida fora,
- enquanto a população maior de 65 anos é a que menos desperdiça.
- Um terço de toda comida produzida no mundo — cerca de 1,3 bilhões de toneladas — vai
- para o lixo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura,
- estima-se ....... os países em desenvolvimento percam US$ 310 bilhões por ano com o
- desperdício de comida, enquanto nos países desenvolvidos esse valor pode chegar a US$ 680
- bilhões.
Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/eua-jogam-fora-mais-da-metade-da-comida-que-compram/ - texto adaptado para esta prova.
Assinale a alternativa que apresenta somente advérbios, independentemente de sua classificação.
Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
EUA jogam fora mais da metade da comida que compram
- Os Estados Unidos consomem menos da metade de toda a comida de suas geladeiras. Esse
- é o resultado do primeiro estudo quantitativo .............. padrão de consumo das casas
- americanas. Ao contrário do que se poderia imaginar, a comida jogada fora normalmente não
- está estragada. Ela ainda poderia ser consumida; mas, segundo o estudo, acaba indo para o lixo
- devido __ confusões na leitura da embalagem.
- Os participantes do estudo disseram que consomem 97% de toda a carne que compram,
- mas na verdade comem menos de 50% dela. Quanto aos vegetais, as pessoas declararam
- consumir 94%, quando na verdade acabavam comendo apenas 44%. O mesmo padrão se repete
- com frutas e laticínios.
- O estudo entrevistou 307 participantes e acompanhou a rotina de 169 deles durante uma
- semana. O questionário também incluía quais seriam os motivos que levaram os participantes
- a jogar comida fora.
- Segundo o pesquisador Brian Roe, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de
- Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo. O principal
- motivo para o descarte é a preocupação com a saúde e o medo de que aquela comida tenha
- estragado. Tudo isso com base no cheiro, aparência e datas nas embalagens.
- As embalagens americanas normalmente contêm uma inscrição que diz “melhor se usado
- antes de”. Esse é um indicador de qualidade da comida, que aponta durante qual período o
- produto estaria ....... seu ápice. No entanto, muitos americanos interpretam essa instrução como
- um indicador de segurança.
- Desde 2017, a indústria alimentícia dos EUA faz lobby para tentar aprovar uma lei que
- mudaria isso. O projeto, que está tramitando no Congresso americano, prevê a utilização de
- dois termos distintos: o atual “melhor se usado antes de” e o novo “usar até” (que indicaria a
- efetiva data de validade do produto).
- O estudo também verificou que as pessoas que ____ o costume de olhar as informações
- nutricionais nas embalagens do supermercado desperdiçam menos. Os pesquisadores
- especulam que essas pessoas sejam mais conscientes com relação ao que comem, o que acaba
- diminuindo o desperdício. Pessoas mais novas também tendem a jogar mais comida fora,
- enquanto a população maior de 65 anos é a que menos desperdiça.
- Um terço de toda comida produzida no mundo — cerca de 1,3 bilhões de toneladas — vai
- para o lixo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura,
- estima-se ....... os países em desenvolvimento percam US$ 310 bilhões por ano com o
- desperdício de comida, enquanto nos países desenvolvidos esse valor pode chegar a US$ 680
- bilhões.
Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/eua-jogam-fora-mais-da-metade-da-comida-que-compram/ - texto adaptado para esta prova.
Assinale a alternativa INCORRETA sobre a relação entre letras e fonemas.
Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
EUA jogam fora mais da metade da comida que compram
- Os Estados Unidos consomem menos da metade de toda a comida de suas geladeiras. Esse
- é o resultado do primeiro estudo quantitativo .............. padrão de consumo das casas
- americanas. Ao contrário do que se poderia imaginar, a comida jogada fora normalmente não
- está estragada. Ela ainda poderia ser consumida; mas, segundo o estudo, acaba indo para o lixo
- devido __ confusões na leitura da embalagem.
- Os participantes do estudo disseram que consomem 97% de toda a carne que compram,
- mas na verdade comem menos de 50% dela. Quanto aos vegetais, as pessoas declararam
- consumir 94%, quando na verdade acabavam comendo apenas 44%. O mesmo padrão se repete
- com frutas e laticínios.
- O estudo entrevistou 307 participantes e acompanhou a rotina de 169 deles durante uma
- semana. O questionário também incluía quais seriam os motivos que levaram os participantes
- a jogar comida fora.
- Segundo o pesquisador Brian Roe, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de
- Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo. O principal
- motivo para o descarte é a preocupação com a saúde e o medo de que aquela comida tenha
- estragado. Tudo isso com base no cheiro, aparência e datas nas embalagens.
- As embalagens americanas normalmente contêm uma inscrição que diz “melhor se usado
- antes de”. Esse é um indicador de qualidade da comida, que aponta durante qual período o
- produto estaria ....... seu ápice. No entanto, muitos americanos interpretam essa instrução como
- um indicador de segurança.
- Desde 2017, a indústria alimentícia dos EUA faz lobby para tentar aprovar uma lei que
- mudaria isso. O projeto, que está tramitando no Congresso americano, prevê a utilização de
- dois termos distintos: o atual “melhor se usado antes de” e o novo “usar até” (que indicaria a
- efetiva data de validade do produto).
- O estudo também verificou que as pessoas que ____ o costume de olhar as informações
- nutricionais nas embalagens do supermercado desperdiçam menos. Os pesquisadores
- especulam que essas pessoas sejam mais conscientes com relação ao que comem, o que acaba
- diminuindo o desperdício. Pessoas mais novas também tendem a jogar mais comida fora,
- enquanto a população maior de 65 anos é a que menos desperdiça.
- Um terço de toda comida produzida no mundo — cerca de 1,3 bilhões de toneladas — vai
- para o lixo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura,
- estima-se ....... os países em desenvolvimento percam US$ 310 bilhões por ano com o
- desperdício de comida, enquanto nos países desenvolvidos esse valor pode chegar a US$ 680
- bilhões.
Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/eua-jogam-fora-mais-da-metade-da-comida-que-compram/ - texto adaptado para esta prova.
Sobre a pontuação empregada no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 4.
A dor do mundo
Por muito tempo achei – escrevi e disse – que os males humanos foram sempre mais ou menos, e que a loucura toda já contamina o nosso café da manhã pelo universo cibernético. As aflições, as malandragens, as corrupções, os assassinatos absurdos, os piores aleijões morais, tudo é meu, seu, nosso pão de cada dia. Mas, de tempos para cá, comecei a achar que era lirismo sentimental meu. Estamos bem piores, sim. Por sermos mais estressados, por termos valores fracos, tortos ou nenhum, porque estamos incrivelmente fúteis e nos deixamos atingir por qualquer maluquice, porque até nossos ídolos são os mais transtornados, complicados. Nossos desejos não têm limite, nossos sonhos, por outro lado, andam ralinhos. Temos manias de gourmet, mas não podemos comer. Vivemos mais tempo, mas não sabemos oque fazer com ele. Podemos ter mais saúde, mas nos intoxicamos com excesso de remédios. Drogas habituais não bastam, então usamos substâncias e doses cavalares.
A sexualização infantil é um fato e começa em casa com mães amalucadas e programas de televisão pornográficos a qualquer hora do dia. O endeusamento da juventude a enfraquece, os adolescentes lidam sozinhos com a explosão de seus hormônios e a permissividade geral que anula limites e desorienta. A pressão social e até a insistência de governantes nos impõem o deus consumo, que nos deixa contentes até as primeiras, segundas, definitivas dívidas baterem à porta: a gente abre, e está atolado até o pescoço.
Uma cantora pop, que me desinteressava pela aparência e por algumas músicas, morre, mata-se, por uso desmedido de drogas (álcool sendo uma delas) aos 27 anos. Logo se exibe (quase com orgulho, ou isso já é maldade minha?) uma lista de brilhantes artistas mortos na mesma idade pela mesma razão. Nas homenagens que lhe fizeram, de repente escuto canções lindas, com uma voz extraordinária: mais triste ainda, pensar que esse talento se perdeu. Um louco assassino prepara e executa calmamente a chacina de dezenas de crianças e adolescentes num acampamento em ilha paradisíaca das terras nórdicas, onde o índice de desenvolvimento humano é o maior do planeta, e quase não existe a violência, que por estas bandas nos aterroriza. Explode edifícios, depois vai até a ilha, mata todo mundo, confessa à polícia que fez coisas atrozes, mas que “era necessário”, e que não aceitará a culpa.
Viramos assassinos ao volante, de preferência bêbados. Nossos edifícios precisam ter portarias treinadas como segurança, nossas casas, mil artifícios contra invasores, andamos na rua feito coelhos assustados. Não há lugar nas prisões, então se solta a bandidagem, as penas são cada vez mais branda ou não há pena alguma. Pena temos nós, pena por nós, pela tão espalhada dor do mundo. Sempre falando em trilhões, brigando por quatrilhões, diante da imagem das crianças morrendo de fome na Etiópia, na Somália e em outros países, tão fracas que não têm mais força para engolir o mingau que alguma alma compadecida lhes alcança: a mãe observa apática as moscas que pousam no rostinho sofrido. Estou me repetindo, eu sei, talvez assim alivie um pouco a angústia da também repetida indagação: que sociedade estamos nos tornando?
Eu, recolhida na ponta inferior deste país, sou parte dela e da loucura toda: porque tenho alguma voz, escrevo e falo, sem ilusão de que adiantará alguma coisa. Talvez, como na vida das pessoas, esta seja apenas uma fase ruim da humanidade, que conserva fulgores de solidariedade e beleza. Onde não a matamos, a natureza nos fornece material de otimismo: uma folha de outono avermelhada que a chuva grudou na vidraça, a voz das crianças que estão chegando, uma música que merece o termo “sublime”, gente honrada e produtiva, ou que cuida dos outros. Ainda dá para viver neste planeta. Ainda dá para ter esperança de que, de alguma forma, algum dia, a gente comece a se curar enquanto sociedade, e a miséria concreta não mate mais ninguém, enquanto líderes mundiais brigam por abstratos quatrilhões.
Crônica da escritora Luft Lya, publicada na Revista VEJA, de 03 de agosto de 2011.
Por sermos mais estressados, por termos valores fracos, tortos ou nenhum, porque estamos incrivelmente fúteis e nos deixamos atingir por qualquer maluquice, porque até nossos ídolos são os mais transtornados, complicados.” As palavras sublinhadas são classificadas respectivamente:
Exposição no Palácio dos Bandeirantes convida a viajar
para o passado
A exposição “Arte e história nas coleções públicas
paulistas”, em cartaz no Palácio dos Bandeirantes, sede
do governo paulista, convida o visitante a passear pelo
passado. São mais de 200 peças trazidas do Museu
Paulista (mais conhecido como Museu do Ipiranga), da
Pinacoteca do Estado e do Acervo Artístico-Cultural dos
Palácios do Governo. Uma coleção de ferros de passar
roupa, uma carruagem do século XIX, mobiliário da elite
paulista e telas de pintores como Benedito Calixto e
Antonio Ferrigno contam episódios da história do Brasil
desde os tempos coloniais. É a primeira vez que uma
exposição reúne peças dos três mais antigos acervos
culturais paulistas num único espaço.
Para ajudar os visitantes ___ viajar para o
passado, a exposição começa com uma apresentação do
grupo de teatro do Instituto Histórico e Geográfico de São
Vicente. Vestidos ___ moda do século XIX, cerca de 20
atores interpretam personagens típicos do Brasil _____
vésperas da Independência: escravos, capitães do mato,
padeiros portugueses, aristocratas indolentes, polemistas
da imprensa e sinhás. Alguns personagens históricos
também entram em cena, como a escritora negra Maria
Firmina dos Reis, o jornalista Manoel Bastos Tigre e Dona
Leopoldina, mulher de Dom Pedro I.
Os personagens conversam sobre dilemas do
Brasil de 1822: uma escrava exige sua liberdade e o
senhor diz que razões econômicas impedem a Abolição;
uma portuguesa maldiz as ideias independentistas de
certos brasileiros; um menino jornaleiro anuncia notícias
da época. A pecinha termina com o grito “Independência
ou morte!”, bradado por um Dom Pedro de no máximo 6
anos de idade.
Depois da apresentação, os atores passeiam pela
exposição com os visitantes. Boa parte do espaço da
exposição é dedicada ____ iconografia produzida sobre
os bandeirantes, que foram glorificados em pinturas
acadêmicas e bucólicas. No início do XX, membros da
elite paulista costumavam encomendar obras de arte de
temática bandeirante para o Museu do Ipiranga. A
exposição tenta problematizar os bandeirantes e lembra
as brutalidades cometidas por eles contra populações
indígenas. Mas a história que os quadros contam é outra:
paulistas orgulhosos, com barbas longas e chapéus de
aba larga, índios sempre em segundo plano.
https://epoca.globo.com... - adaptado.
Quanto à pontuação, assinalar a alternativa CORRETA:
Leia o texto para responder as questões.
Planeta registra temperaturas mais altas dos últimos 2 mil anos
Segundo um artigo na Nature Geoscience, em nenhum
momento desde o início da era cristã as temperaturas subiram
tão rapidamente
As temperaturas no mundo nunca subiram tão rapidamente nos últimos 2 mil anos quanto hoje. É o que mostram dois estudos divulgados nesta quarta usaram dados de temperatura compilados de cerca de 700 indicadores, incluindo anéis de crescimento de árvores, núcleos de gelo, sedimentos de lagos e corais, bem como termômetros modernos.
O primeiro estudo, publicado na revista que durante a “pequena era glacial” (de 1300 a 1850), apesar de ter sido registrado um frio extremo na Estados Unidos, não ocorreu o mesmo em todo o planeta. “Quando olhamos para o passado, encontramos fenômenos regionais, mas nenhum em todo o mundo”, explica Nathan Steiger, da Universidade de Columbia, em Nova outro lado, atualmente, o aquecimento é global: 98% do planeta sofreu um aquecimento após a Revolução Industrial.”
Um segundo artigo, na Nature Geoscience média das variações de temperatura em períodos curtos, de várias décadas. E conclui que em nenhum momento desde o início da era cristã as temperaturas subiram tão rapidamente e de maneira tão regular como ao fim do século 20.
Esse resultado “destaca o caráter extraordinário da mudança climática atual”, afirma Raphael Neukom da Universidade de Berna, na Suíça, coautor do estudo. estudos “deveriam derrubar definitivamente os argumentos dos céticos da mudança climática que defendem que o aquecimento global observado recentemente se inscreve em um ciclo climático natural”, destaca Mark Maslin da University College de Londres.
Em alta
Com os termômetros marcando 40,5°C, temperatura registrada no oeste da Alemanha, o país bateu seu recorde absoluto de calor nesta quarta-feira, conforme anunciou o serviço meteorológico alemão (DWD).
Na Bélgica, também se registrou um recorde histórico, com 38,9°C, em Kleine-Brogel, no nordeste do país.
De acordo com o diretor de previsões do Instituto Real Meteorológico (IRM), David Dehenauw, trata “temperatura mais elevada desde o início das observações em 1833”.
Disponível em https://exame.abril.com.br/ciencia/planeta-registra-temperaturas-mais-altas-dos-
ultimos-2-mil-anos/
Analise: “Um segundo artigo, na Nature Geoscience, examina a média das variações de temperatura em períodos curtos, de várias décadas.” E assinale a alternativa que apresenta o tipo e o núcleo do sujeito da oração
Leia o texto para responder as questões.
Planeta registra temperaturas mais altas dos últimos 2 mil anos
Segundo um artigo na Nature Geoscience, em nenhum
momento desde o início da era cristã as temperaturas subiram
tão rapidamente
As temperaturas no mundo nunca subiram tão rapidamente nos últimos 2 mil anos quanto hoje. É o que mostram dois estudos divulgados nesta quarta usaram dados de temperatura compilados de cerca de 700 indicadores, incluindo anéis de crescimento de árvores, núcleos de gelo, sedimentos de lagos e corais, bem como termômetros modernos.
O primeiro estudo, publicado na revista que durante a “pequena era glacial” (de 1300 a 1850), apesar de ter sido registrado um frio extremo na Estados Unidos, não ocorreu o mesmo em todo o planeta. “Quando olhamos para o passado, encontramos fenômenos regionais, mas nenhum em todo o mundo”, explica Nathan Steiger, da Universidade de Columbia, em Nova outro lado, atualmente, o aquecimento é global: 98% do planeta sofreu um aquecimento após a Revolução Industrial.”
Um segundo artigo, na Nature Geoscience média das variações de temperatura em períodos curtos, de várias décadas. E conclui que em nenhum momento desde o início da era cristã as temperaturas subiram tão rapidamente e de maneira tão regular como ao fim do século 20.
Esse resultado “destaca o caráter extraordinário da mudança climática atual”, afirma Raphael Neukom da Universidade de Berna, na Suíça, coautor do estudo. estudos “deveriam derrubar definitivamente os argumentos dos céticos da mudança climática que defendem que o aquecimento global observado recentemente se inscreve em um ciclo climático natural”, destaca Mark Maslin da University College de Londres.
Em alta
Com os termômetros marcando 40,5°C, temperatura registrada no oeste da Alemanha, o país bateu seu recorde absoluto de calor nesta quarta-feira, conforme anunciou o serviço meteorológico alemão (DWD).
Na Bélgica, também se registrou um recorde histórico, com 38,9°C, em Kleine-Brogel, no nordeste do país.
De acordo com o diretor de previsões do Instituto Real Meteorológico (IRM), David Dehenauw, trata “temperatura mais elevada desde o início das observações em 1833”.
Disponível em https://exame.abril.com.br/ciencia/planeta-registra-temperaturas-mais-altas-dos-
ultimos-2-mil-anos/
Assinale a alternativa que apresenta um advérbio.
Quanto à pontuação, marcar C para as sentenças Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) A Luísa, precisava comprar mais carne para o almoço.
( ) Cuidado! Olhe! É muito alto para pular.
Leia o texto para responder às questões de números 09 a 15.
Vista Cansada
Acho que foi o Ernest Hemingway* quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse um poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O problema é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo.
Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não nos desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio. De tanto ver, você não vê.
Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos, esse profissional nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem.
Mas
há sempre o
que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos?
Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.
(Otto Lara Resende. Bom dia para nascer.
Companhia das Letras. Adaptado)
* Ernest Hemingway: escritor estadunidense que se suicidou em 1961.
Uma criança vê o que o adulto não vê, _______ olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.
Para que as ideias se associem por meio da relação de causa, a lacuna da frase deve ser preenchida por
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Por que você precisa se tornar um professor empreendedor?
01 O professor como conhecemos hoje, exclusivamente atrelado ___ uma instituição de
02 ensino, aos poucos, dará espaço a um profissional capaz de preencher a lacuna existente entre o
03 docente tradicional, o administrador e o formulador de políticas educacionais. Estamos falando do
04 chamado teacherpreneur, ou professor-empreendedor em tradução livre. Afirmo isto diante da
05 realidade de que, apesar dos avanços tecnológicos, a maioria das escolas conta com uma
06 hierarquia que separa as pessoas que criam políticas educacionais (administradores) daquelas
07 que realmente entregam a educação (professores)
08 Essa história de compartimentalização muda com o professor-empreendedor, que além de
09 estar no dia ___ dia no ambiente escolar, sai da sala de aula para interagir com múltiplos
10 domínios da educação. Assim, em termos gerais, um professor-empreendedor envolve-se na
11 liderança educacional, escreve seus próprios currículos, pesquisa metodologias educacionais,
12 aprende a usar diferentes tecnologias, cria cursos próprios e os vende ou disponibiliza
13 gratuitamente em plataformas digitais, educa outros professores e até trabalha para reformar as
14 políticas educacionais oficiais.
15 Esse novo educador tem como característica fundir a imagem do professor inovador com a
16 liderança empreendedora que assume riscos para criar seu próprio lugar no mundo profissional.
17 São pessoas empenhadas em criar uma cultura de criatividade e reflexão na sala de aula, mas
18 que também pensam suas ações para além deste espaço, pois têm consciência de que o
19 aprendizado e lições valiosas não devem ficar restritos aos bancos escolares.
20 A possibilidade de se tornar um professor-empreendedor pode ser uma das soluções para
21 reverter o crescente desinteresse pela carreira e conter o êxodo para o mundo administrativo,
22 movimento geralmente resultante de salários pouco competitivos, dificuldades em lidar com os
23 alunos e até mesmo o esgotamento físico e mental que muitos alegam ao deixar a educação. É
24 um caminho possível para ajudar aqueles professores talentosos e dedicados a permanecerem
25 entusiasmados com sua profissão e a compartilharem suas melhores práticas. A chave aqui é que
26 o educador crie uma maneira diferente de navegar na profissão sem abandoná-la ou perder a
27 vontade de ensinar.
28 Mas o que os teacherpreneurs estão produzindo agora?
29 Como exemplo de professores-empreendedores, podemos nos pautar por vários cases de
30 sucesso, tanto no exterior como aqui mesmo no Brasil. São educadores que resolveram criar seu
31 próprio produto ou serviço para solucionar problemas que eles ou seus colegas encontraram na
32 sala de aula, desenvolvendo soluções criativas para educação.
33 Este é o caso do professor de História de uma escola pública localizada no Bronx, Charles
34 Best, que fundou o site DonorsChoose.org, uma plataforma de financiamento coletivo de projetos
35 escolares direcionados ___ rede pública norte-americana. Em 2000, Charles Best propôs que
36 seus alunos lessem “Little House on the Prairie”. Enquanto fazia fotocópias do único livro
37 disponível na escola, pensou em todo o dinheiro que ele e seus colegas gastavam em livros e
38 materiais de apoio para lecionar. Foi então que ele imaginou que talvez houvesse pessoas que
39 gostariam de colaborar com projetos educacionais, desde que pudessem acompanhar para onde
40 seu dinheiro estava indo.
41 Best esboçou um site onde os professores poderiam postar solicitações de projetos de sala
42 de aula e os doadores poderiam escolher os que desejariam apoiar. Seus colegas postaram os
43 primeiros onze pedidos. Hoje, a plataforma é utilizada em todo os Estados Unidos. Quando o
44 projeto atinge a meta de doações em dinheiro, a organização do DonorsChoose entrega os
45 materiais necessários – que vão desde livros e giz de cera até microscópios e equipamentos
16 esportivos – e envia para os doadores um extrato detalhado, indicando como cada dólar foi
47 utilizado.
48 Como se tornar um professor empreendedor?
49 Os exemplos mostram o quanto os professores empreendedores têm a oportunidade de
50 afetar a política educacional, impactando a sociedade e gerando inovação no ensino, sem
51 estarem necessariamente atrelados a uma instituição ou sala de aula convencional. Eles geram
52 renovação e entusiasmo, além de experiências mais eficazes e enriquecedoras para todo o
53 sistema educacional. Em certo sentido, eles dão um passo adiante para alcançar um estado de
54 aprendizado mais engajado e simplificado.
55 Abrir-se para a possibilidade de se transformar num professor-empreendedor é
56 importante porque traz um novo olhar sobre o ensino-aprendizado e sobre suas próprias
57 possibilidades como educador e pessoa. A profissão de professor não vai acabar, mas vai se
58 transformar profundamente. É importante se perguntar se você quer acompanhar esta mudança
59 ou não. Pelo que já estamos vendo, será uma ótima jornada. Você não vai querer ficar fora
60 desta, vai?
(Luciana Allan – Revista Exame – 14/02/2019 – disponível em: https://exame.abril.com.br/ - adaptação)
Considerando o emprego da vírgula, analise as assertivas a seguir:
I. A ocorrência de vírgula na linha 01 e a primeira ocorrência da linha 02 demarcam um aposto explicativo.
II. A ocorrência das vírgulas, nas linhas 08 e 09, marca a separação de uma oração subordinada adjetiva explicativa.
III. Na linha 50 (primeira ocorrência), a vírgula marca uma enumeração de itens.
Quais estão corretas?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Por que você precisa se tornar um professor empreendedor?
01 O professor como conhecemos hoje, exclusivamente atrelado ___ uma instituição de
02 ensino, aos poucos, dará espaço a um profissional capaz de preencher a lacuna existente entre o
03 docente tradicional, o administrador e o formulador de políticas educacionais. Estamos falando do
04 chamado teacherpreneur, ou professor-empreendedor em tradução livre. Afirmo isto diante da
05 realidade de que, apesar dos avanços tecnológicos, a maioria das escolas conta com uma
06 hierarquia que separa as pessoas que criam políticas educacionais (administradores) daquelas
07 que realmente entregam a educação (professores)
08 Essa história de compartimentalização muda com o professor-empreendedor, que além de
09 estar no dia ___ dia no ambiente escolar, sai da sala de aula para interagir com múltiplos
10 domínios da educação. Assim, em termos gerais, um professor-empreendedor envolve-se na
11 liderança educacional, escreve seus próprios currículos, pesquisa metodologias educacionais,
12 aprende a usar diferentes tecnologias, cria cursos próprios e os vende ou disponibiliza
13 gratuitamente em plataformas digitais, educa outros professores e até trabalha para reformar as
14 políticas educacionais oficiais.
15 Esse novo educador tem como característica fundir a imagem do professor inovador com a
16 liderança empreendedora que assume riscos para criar seu próprio lugar no mundo profissional.
17 São pessoas empenhadas em criar uma cultura de criatividade e reflexão na sala de aula, mas
18 que também pensam suas ações para além deste espaço, pois têm consciência de que o
19 aprendizado e lições valiosas não devem ficar restritos aos bancos escolares.
20 A possibilidade de se tornar um professor-empreendedor pode ser uma das soluções para
21 reverter o crescente desinteresse pela carreira e conter o êxodo para o mundo administrativo,
22 movimento geralmente resultante de salários pouco competitivos, dificuldades em lidar com os
23 alunos e até mesmo o esgotamento físico e mental que muitos alegam ao deixar a educação. É
24 um caminho possível para ajudar aqueles professores talentosos e dedicados a permanecerem
25 entusiasmados com sua profissão e a compartilharem suas melhores práticas. A chave aqui é que
26 o educador crie uma maneira diferente de navegar na profissão sem abandoná-la ou perder a
27 vontade de ensinar.
28 Mas o que os teacherpreneurs estão produzindo agora?
29 Como exemplo de professores-empreendedores, podemos nos pautar por vários cases de
30 sucesso, tanto no exterior como aqui mesmo no Brasil. São educadores que resolveram criar seu
31 próprio produto ou serviço para solucionar problemas que eles ou seus colegas encontraram na
32 sala de aula, desenvolvendo soluções criativas para educação.
33 Este é o caso do professor de História de uma escola pública localizada no Bronx, Charles
34 Best, que fundou o site DonorsChoose.org, uma plataforma de financiamento coletivo de projetos
35 escolares direcionados ___ rede pública norte-americana. Em 2000, Charles Best propôs que
36 seus alunos lessem “Little House on the Prairie”. Enquanto fazia fotocópias do único livro
37 disponível na escola, pensou em todo o dinheiro que ele e seus colegas gastavam em livros e
38 materiais de apoio para lecionar. Foi então que ele imaginou que talvez houvesse pessoas que
39 gostariam de colaborar com projetos educacionais, desde que pudessem acompanhar para onde
40 seu dinheiro estava indo.
41 Best esboçou um site onde os professores poderiam postar solicitações de projetos de sala
42 de aula e os doadores poderiam escolher os que desejariam apoiar. Seus colegas postaram os
43 primeiros onze pedidos. Hoje, a plataforma é utilizada em todo os Estados Unidos. Quando o
44 projeto atinge a meta de doações em dinheiro, a organização do DonorsChoose entrega os
45 materiais necessários – que vão desde livros e giz de cera até microscópios e equipamentos
16 esportivos – e envia para os doadores um extrato detalhado, indicando como cada dólar foi
47 utilizado.
48 Como se tornar um professor empreendedor?
49 Os exemplos mostram o quanto os professores empreendedores têm a oportunidade de
50 afetar a política educacional, impactando a sociedade e gerando inovação no ensino, sem
51 estarem necessariamente atrelados a uma instituição ou sala de aula convencional. Eles geram
52 renovação e entusiasmo, além de experiências mais eficazes e enriquecedoras para todo o
53 sistema educacional. Em certo sentido, eles dão um passo adiante para alcançar um estado de
54 aprendizado mais engajado e simplificado.
55 Abrir-se para a possibilidade de se transformar num professor-empreendedor é
56 importante porque traz um novo olhar sobre o ensino-aprendizado e sobre suas próprias
57 possibilidades como educador e pessoa. A profissão de professor não vai acabar, mas vai se
58 transformar profundamente. É importante se perguntar se você quer acompanhar esta mudança
59 ou não. Pelo que já estamos vendo, será uma ótima jornada. Você não vai querer ficar fora
60 desta, vai?
(Luciana Allan – Revista Exame – 14/02/2019 – disponível em: https://exame.abril.com.br/ - adaptação)
Considerando o emprego do vocábulo “que”, assinale a alternativa na qual ele é empregado como pronome relativo, relacionando-se a um substantivo e caracterizando-o.
A Polônia, uma das maiores nações da Europa,
havia se constituído a partir de grandes territórios
tomados de três diferentes nações: Alemanha,
Rússia e Império Austro-Húngaro. O fato de dois
dos três doadores estarem insatisfeitos não era
um bom presságio. Tanto a Alemanha quanto a
Rússia queriam se expandir, e a Polônia era o
alvo mais óbvio. Os dois países poderiam
simplesmente argumentar que retomavam
antigas terras que lhes havia sido tiradas
injustamente. Orgulhosa de sua língua, de sua
literatura e de suas tradições, a Polônia desejava
havia muito reconquistar a antiga grandeza. Mas
não era uma nação unida. Embora a população
de cerca de 30 milhões fosse majoritariamente
católica, a variedade de nacionalidades não
contribuía para um governo harmonioso. Na
década de 1920, a segunda maior cidade
polonesa era Breslau, onde se falava alemão. Tal
cidade havia recebido o novo nome de Wroclaw
e muitos de seus cidadãos queriam que ela
continuasse fazendo parte da Alemanha, como
era até pouco tempo antes. Por outro lado, muitos
poloneses que tinham vivido sob o jugo alemão
até 1918 lembravam o modo miserável como
foram tratados – e retribuíam dificultando a vida
dos alemães que ali residiam. A Polônia também
contava com o maior contingente de judeus da
Europa, sobre os quais costumavam pairar a
suspeita e a inveja. Além disso, os poloneses
também se encontravam divididos. Uma Polônia
unida e bem-armada, com aliados alertas, talvez
tivesse feito Hitler pensar duas vezes antes de
lançar um ataque. Mas ele não teve de pensar
tanto. Em 1° de setembro de 1939, Hitler invadiu
a Polônia e quinze dias depois tropas russas
marchavam sobre o território para completar a
conquista. A Rússia foi além e tentou retomar
parte da Finlândia que lhe pertencia antes das
revoluções de 1917. Os finlandeses combateram
corajosamente no gelo e na neve, mas por fim
resolveram admitir a derrota e acabaram
conseguindo termos que estavam longe de ser
desastrosos. (BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve
História do Século XX. 2 ed. São Paulo:
Fundamento, p. 136).
A palavra “simplesmente”, utilizada pelo autor do texto na linha 9, possui a seguinte classificação gramatical: