Questões de Concurso Sobre português
Foram encontradas 196.486 questões
Instrução: As questões 06 a 10 referem-se ao texto abaixo.
Sem prejuízos com a comida
01. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa
02. Agropecuária) passou a orientar os consumidores para que
03. reduzam o ______ de alimentos. Dicas e informações
04. sobre os atributos de qualidade na compra, o correto
05. ______ e ______ dos produtos nos mercados e nas
06. residências para evitar a perda de alimentos estão
07. agora disponíveis em uma página da internet,
08. patrocinada pela instituição.
09. Além de orientar sobre cuidados, a página pretende
10. estimular o aumento do consumo de vegetais, com
11. diversas opções de preparos, salientando que as
12. hortaliças não devem servir apenas para saladas.
Fonte: adaptado de Zero Hora, Hortaliças, publicado em 14 e 15/11/2017.
O segmento os atributos (l. 04) poderia ser substituído, sem prejuízo do sentido com que está usado no texto, por
Instrução: As questões 06 a 10 referem-se ao texto abaixo.
Sem prejuízos com a comida
01. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa
02. Agropecuária) passou a orientar os consumidores para que
03. reduzam o ______ de alimentos. Dicas e informações
04. sobre os atributos de qualidade na compra, o correto
05. ______ e ______ dos produtos nos mercados e nas
06. residências para evitar a perda de alimentos estão
07. agora disponíveis em uma página da internet,
08. patrocinada pela instituição.
09. Além de orientar sobre cuidados, a página pretende
10. estimular o aumento do consumo de vegetais, com
11. diversas opções de preparos, salientando que as
12. hortaliças não devem servir apenas para saladas.
Fonte: adaptado de Zero Hora, Hortaliças, publicado em 14 e 15/11/2017.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto acima (l. 03-05).
Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.
Como se fosse a primeira vez
01. Aos 82 anos, o maestro Isaac Karabtchevsky
02. declarou que “um músico tem que trabalhar até o último
03. instante”, que é “nessa vivência que ele começa ____
04. redescobrir partituras que já regeu ou tocou ____ tantos
05. anos, experimentando-as de maneira totalmente
06. diferente, como se fosse a primeira vez”. Não estamos
07. falando aqui de trabalho, mas da vida, pois nunca é
08. tarde para encará-la com o frescor desse velho homem.
09. O passado não é recuperável, não há feitiço do tempo
10. que nos ajude a voltar atrás para desfazer perdas e
11. reparar falhas. Viver é uma comédia de erros e
12. ponto. Quanto maior a vida, os arrependimentos e as
13. saudades têm maiores oportunidades de comparecer.
14. O que levamos conosco corre o risco de virar um baú de
15. velharias que carregamos só para remoer. No entanto,
16. possuir uma memória fértil, honrar a própria história,
17. não nos obriga ____ andar de costas. No divã, as
18. memórias são sempre convocadas e falando delas
19. acabam ganhando novos sentidos. Não se trata de voltar
20. atrás para consertar, pois as lembranças ressurgem
21. quando estão a serviço do presente. Elas são revisadas
22. porque somos feitos delas, porque nossa identidade foi
23. construída a partir do que vivemos. “Como se fosse a
24. primeira vez” é apenas um modo lúdico de manter viva
25. ____ curiosidade. A amnésia não torna ninguém mais
26. jovem nem renova oportunidades. A boa notícia é que
27. somente para os músicos o tempo de uma vida pode
28. ser fértil até o fim. Ele pode assemelhar-se ____ das
29. viagens, no qual um dia leva vários para acabar. Por
30. que ocorre essa sensação de lactação temporal? Porque
31. viajando estamos abertos ____ novo, deixando-nos
32. surpreender a cada momento. Karabtchevsky nos lembra
33. que isso pode ocorrer até com as velhas sinfonias. Mesmo
34. que existam melodias repetidas, interprete-as como
35. se fosse a primeira vez.
Adaptado de: CORSO, Diana. Como se fosse a primeira vez.
Disponível em http://vidasimples.uol.com.r/canal/pensar/.
Acessado em 08 de janeiro de 2018.
A seguir são apresentadas substituições de algumas expressões do texto.
I - pois (l. 07) por no entanto.
II - No entanto (l. 15) por a não ser que.
III - a partir (l. 23) por a começar.
IV - nem (l. 26) por e não.
Quais estão corretas?
Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.
Como se fosse a primeira vez
01. Aos 82 anos, o maestro Isaac Karabtchevsky
02. declarou que “um músico tem que trabalhar até o último
03. instante”, que é “nessa vivência que ele começa ____
04. redescobrir partituras que já regeu ou tocou ____ tantos
05. anos, experimentando-as de maneira totalmente
06. diferente, como se fosse a primeira vez”. Não estamos
07. falando aqui de trabalho, mas da vida, pois nunca é
08. tarde para encará-la com o frescor desse velho homem.
09. O passado não é recuperável, não há feitiço do tempo
10. que nos ajude a voltar atrás para desfazer perdas e
11. reparar falhas. Viver é uma comédia de erros e
12. ponto. Quanto maior a vida, os arrependimentos e as
13. saudades têm maiores oportunidades de comparecer.
14. O que levamos conosco corre o risco de virar um baú de
15. velharias que carregamos só para remoer. No entanto,
16. possuir uma memória fértil, honrar a própria história,
17. não nos obriga ____ andar de costas. No divã, as
18. memórias são sempre convocadas e falando delas
19. acabam ganhando novos sentidos. Não se trata de voltar
20. atrás para consertar, pois as lembranças ressurgem
21. quando estão a serviço do presente. Elas são revisadas
22. porque somos feitos delas, porque nossa identidade foi
23. construída a partir do que vivemos. “Como se fosse a
24. primeira vez” é apenas um modo lúdico de manter viva
25. ____ curiosidade. A amnésia não torna ninguém mais
26. jovem nem renova oportunidades. A boa notícia é que
27. somente para os músicos o tempo de uma vida pode
28. ser fértil até o fim. Ele pode assemelhar-se ____ das
29. viagens, no qual um dia leva vários para acabar. Por
30. que ocorre essa sensação de lactação temporal? Porque
31. viajando estamos abertos ____ novo, deixando-nos
32. surpreender a cada momento. Karabtchevsky nos lembra
33. que isso pode ocorrer até com as velhas sinfonias. Mesmo
34. que existam melodias repetidas, interprete-as como
35. se fosse a primeira vez.
Adaptado de: CORSO, Diana. Como se fosse a primeira vez.
Disponível em http://vidasimples.uol.com.r/canal/pensar/.
Acessado em 08 de janeiro de 2018.
Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para a associação entre o pronome e o elemento a que se refere.
( ) experimentando-as (l. 05) – partituras (l. 04)
( ) encará-la (l. 08) – vida (l. 07)
( ) assemelhar-se (l. 28) – músicos (l. 27)
( ) interprete-as (l. 34) melodias (l. 34)
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.
Como se fosse a primeira vez
01. Aos 82 anos, o maestro Isaac Karabtchevsky
02. declarou que “um músico tem que trabalhar até o último
03. instante”, que é “nessa vivência que ele começa ____
04. redescobrir partituras que já regeu ou tocou ____ tantos
05. anos, experimentando-as de maneira totalmente
06. diferente, como se fosse a primeira vez”. Não estamos
07. falando aqui de trabalho, mas da vida, pois nunca é
08. tarde para encará-la com o frescor desse velho homem.
09. O passado não é recuperável, não há feitiço do tempo
10. que nos ajude a voltar atrás para desfazer perdas e
11. reparar falhas. Viver é uma comédia de erros e
12. ponto. Quanto maior a vida, os arrependimentos e as
13. saudades têm maiores oportunidades de comparecer.
14. O que levamos conosco corre o risco de virar um baú de
15. velharias que carregamos só para remoer. No entanto,
16. possuir uma memória fértil, honrar a própria história,
17. não nos obriga ____ andar de costas. No divã, as
18. memórias são sempre convocadas e falando delas
19. acabam ganhando novos sentidos. Não se trata de voltar
20. atrás para consertar, pois as lembranças ressurgem
21. quando estão a serviço do presente. Elas são revisadas
22. porque somos feitos delas, porque nossa identidade foi
23. construída a partir do que vivemos. “Como se fosse a
24. primeira vez” é apenas um modo lúdico de manter viva
25. ____ curiosidade. A amnésia não torna ninguém mais
26. jovem nem renova oportunidades. A boa notícia é que
27. somente para os músicos o tempo de uma vida pode
28. ser fértil até o fim. Ele pode assemelhar-se ____ das
29. viagens, no qual um dia leva vários para acabar. Por
30. que ocorre essa sensação de lactação temporal? Porque
31. viajando estamos abertos ____ novo, deixando-nos
32. surpreender a cada momento. Karabtchevsky nos lembra
33. que isso pode ocorrer até com as velhas sinfonias. Mesmo
34. que existam melodias repetidas, interprete-as como
35. se fosse a primeira vez.
Adaptado de: CORSO, Diana. Como se fosse a primeira vez.
Disponível em http://vidasimples.uol.com.r/canal/pensar/.
Acessado em 08 de janeiro de 2018.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 25, 28 e 31.
Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.
Como se fosse a primeira vez
01. Aos 82 anos, o maestro Isaac Karabtchevsky
02. declarou que “um músico tem que trabalhar até o último
03. instante”, que é “nessa vivência que ele começa ____
04. redescobrir partituras que já regeu ou tocou ____ tantos
05. anos, experimentando-as de maneira totalmente
06. diferente, como se fosse a primeira vez”. Não estamos
07. falando aqui de trabalho, mas da vida, pois nunca é
08. tarde para encará-la com o frescor desse velho homem.
09. O passado não é recuperável, não há feitiço do tempo
10. que nos ajude a voltar atrás para desfazer perdas e
11. reparar falhas. Viver é uma comédia de erros e
12. ponto. Quanto maior a vida, os arrependimentos e as
13. saudades têm maiores oportunidades de comparecer.
14. O que levamos conosco corre o risco de virar um baú de
15. velharias que carregamos só para remoer. No entanto,
16. possuir uma memória fértil, honrar a própria história,
17. não nos obriga ____ andar de costas. No divã, as
18. memórias são sempre convocadas e falando delas
19. acabam ganhando novos sentidos. Não se trata de voltar
20. atrás para consertar, pois as lembranças ressurgem
21. quando estão a serviço do presente. Elas são revisadas
22. porque somos feitos delas, porque nossa identidade foi
23. construída a partir do que vivemos. “Como se fosse a
24. primeira vez” é apenas um modo lúdico de manter viva
25. ____ curiosidade. A amnésia não torna ninguém mais
26. jovem nem renova oportunidades. A boa notícia é que
27. somente para os músicos o tempo de uma vida pode
28. ser fértil até o fim. Ele pode assemelhar-se ____ das
29. viagens, no qual um dia leva vários para acabar. Por
30. que ocorre essa sensação de lactação temporal? Porque
31. viajando estamos abertos ____ novo, deixando-nos
32. surpreender a cada momento. Karabtchevsky nos lembra
33. que isso pode ocorrer até com as velhas sinfonias. Mesmo
34. que existam melodias repetidas, interprete-as como
35. se fosse a primeira vez.
Adaptado de: CORSO, Diana. Como se fosse a primeira vez.
Disponível em http://vidasimples.uol.com.r/canal/pensar/.
Acessado em 08 de janeiro de 2018.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 03, 04 e 17.
Leia o texto para responder às questões 1 a 6
O ato de estudar
Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água molhada nas partes baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa caminhoneta cestos cheios de cacau para o sitio onde deveriam secar. Em certa altura, perceberam que a caminhoneta não atravessaria o atoleiro que tinha pela frente. Passaram. Desceram da caminhoneta. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhoneta passassem sem atolar. Pedro e Antônio estudaram. Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.
Não se estuda apenas na escola.
Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam.
Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.
Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza o ato de estudar. Não importa que o estudo seja feito no momento e no lugar do nosso trabalho, como no caso de Pedro e Antônio, que acabamos de ver. Não importa que o estudo seja feito noutro local e noutro momento, como o estudo que fazemos no Círculo de Cultura. Em qualquer caso, o estudo exige sempre esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos que observamos. Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se desistimos da leitura quando encontramos a primeira dificuldade. Que seria da produção de cacau naquela roça se Pedro e Antônio tivessem desistido de prosseguir o trabalho por causa do lamaçal?
Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema do lamaçal. Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário!
Paulo Freire. A importância do ato de ler
Sobre a palavra disciplina marque a opção CORRETA.
Leia o texto para responder às questões 1 a 6
O ato de estudar
Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água molhada nas partes baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa caminhoneta cestos cheios de cacau para o sitio onde deveriam secar. Em certa altura, perceberam que a caminhoneta não atravessaria o atoleiro que tinha pela frente. Passaram. Desceram da caminhoneta. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhoneta passassem sem atolar. Pedro e Antônio estudaram. Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.
Não se estuda apenas na escola.
Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam.
Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.
Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza o ato de estudar. Não importa que o estudo seja feito no momento e no lugar do nosso trabalho, como no caso de Pedro e Antônio, que acabamos de ver. Não importa que o estudo seja feito noutro local e noutro momento, como o estudo que fazemos no Círculo de Cultura. Em qualquer caso, o estudo exige sempre esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos que observamos. Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se desistimos da leitura quando encontramos a primeira dificuldade. Que seria da produção de cacau naquela roça se Pedro e Antônio tivessem desistido de prosseguir o trabalho por causa do lamaçal?
Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema do lamaçal. Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário!
Paulo Freire. A importância do ato de ler
Havia enormes poças de água molhada nas partes baixas do terreno. Sobre o verbo haver, marque a opção CORRETA.
Leia o texto para responder às questões 1 a 6
O ato de estudar
Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água molhada nas partes baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa caminhoneta cestos cheios de cacau para o sitio onde deveriam secar. Em certa altura, perceberam que a caminhoneta não atravessaria o atoleiro que tinha pela frente. Passaram. Desceram da caminhoneta. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhoneta passassem sem atolar. Pedro e Antônio estudaram. Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.
Não se estuda apenas na escola.
Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam.
Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.
Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza o ato de estudar. Não importa que o estudo seja feito no momento e no lugar do nosso trabalho, como no caso de Pedro e Antônio, que acabamos de ver. Não importa que o estudo seja feito noutro local e noutro momento, como o estudo que fazemos no Círculo de Cultura. Em qualquer caso, o estudo exige sempre esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos que observamos. Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se desistimos da leitura quando encontramos a primeira dificuldade. Que seria da produção de cacau naquela roça se Pedro e Antônio tivessem desistido de prosseguir o trabalho por causa do lamaçal?
Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema do lamaçal. Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário!
Paulo Freire. A importância do ato de ler
Marque a opção CORRETA sobre o tipo de texto.
Leia o texto para responder às questões 1 a 6
O ato de estudar
Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água molhada nas partes baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa caminhoneta cestos cheios de cacau para o sitio onde deveriam secar. Em certa altura, perceberam que a caminhoneta não atravessaria o atoleiro que tinha pela frente. Passaram. Desceram da caminhoneta. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhoneta passassem sem atolar. Pedro e Antônio estudaram. Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.
Não se estuda apenas na escola.
Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam.
Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.
Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza o ato de estudar. Não importa que o estudo seja feito no momento e no lugar do nosso trabalho, como no caso de Pedro e Antônio, que acabamos de ver. Não importa que o estudo seja feito noutro local e noutro momento, como o estudo que fazemos no Círculo de Cultura. Em qualquer caso, o estudo exige sempre esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos que observamos. Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se desistimos da leitura quando encontramos a primeira dificuldade. Que seria da produção de cacau naquela roça se Pedro e Antônio tivessem desistido de prosseguir o trabalho por causa do lamaçal?
Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema do lamaçal. Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário!
Paulo Freire. A importância do ato de ler
Marque a passagem que registra uma opinião.
Leia o texto para responder às questões 1 a 6
O ato de estudar
Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água molhada nas partes baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa caminhoneta cestos cheios de cacau para o sitio onde deveriam secar. Em certa altura, perceberam que a caminhoneta não atravessaria o atoleiro que tinha pela frente. Passaram. Desceram da caminhoneta. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhoneta passassem sem atolar. Pedro e Antônio estudaram. Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.
Não se estuda apenas na escola.
Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam.
Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.
Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza o ato de estudar. Não importa que o estudo seja feito no momento e no lugar do nosso trabalho, como no caso de Pedro e Antônio, que acabamos de ver. Não importa que o estudo seja feito noutro local e noutro momento, como o estudo que fazemos no Círculo de Cultura. Em qualquer caso, o estudo exige sempre esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos que observamos. Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se desistimos da leitura quando encontramos a primeira dificuldade. Que seria da produção de cacau naquela roça se Pedro e Antônio tivessem desistido de prosseguir o trabalho por causa do lamaçal?
Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema do lamaçal. Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário!
Paulo Freire. A importância do ato de ler
Marque a opção CORRETA de acordo com o texto.
Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.
Como se fosse a primeira vez
01. Aos 82 anos, o maestro Isaac Karabtchevsky
02. declarou que “um músico tem que trabalhar até o último
03. instante”, que é “nessa vivência que ele começa ____
04. redescobrir partituras que já regeu ou tocou ____ tantos
05. anos, experimentando-as de maneira totalmente
06. diferente, como se fosse a primeira vez”. Não estamos
07. falando aqui de trabalho, mas da vida, pois nunca é
08. tarde para encará-la com o frescor desse velho homem.
09. O passado não é recuperável, não há feitiço do tempo
10. que nos ajude a voltar atrás para desfazer perdas e
11. reparar falhas. Viver é uma comédia de erros e
12. ponto. Quanto maior a vida, os arrependimentos e as
13. saudades têm maiores oportunidades de comparecer.
14. O que levamos conosco corre o risco de virar um baú de
15. velharias que carregamos só para remoer. No entanto,
16. possuir uma memória fértil, honrar a própria história,
17. não nos obriga ____ andar de costas. No divã, as
18. memórias são sempre convocadas e falando delas
19. acabam ganhando novos sentidos. Não se trata de voltar
20. atrás para consertar, pois as lembranças ressurgem
21. quando estão a serviço do presente. Elas são revisadas
22. porque somos feitos delas, porque nossa identidade foi
23. construída a partir do que vivemos. “Como se fosse a
24. primeira vez” é apenas um modo lúdico de manter viva
25. ____ curiosidade. A amnésia não torna ninguém mais
26. jovem nem renova oportunidades. A boa notícia é que
27. somente para os músicos o tempo de uma vida pode
28. ser fértil até o fim. Ele pode assemelhar-se ____ das
29. viagens, no qual um dia leva vários para acabar. Por
30. que ocorre essa sensação de lactação temporal? Porque
31. viajando estamos abertos ____ novo, deixando-nos
32. surpreender a cada momento. Karabtchevsky nos lembra
33. que isso pode ocorrer até com as velhas sinfonias. Mesmo
34. que existam melodias repetidas, interprete-as como
35. se fosse a primeira vez.
Adaptado de: CORSO, Diana. Como se fosse a primeira vez.
Disponível em http://vidasimples.uol.com.r/canal/pensar/.
Acessado em 08 de janeiro de 2018.
Considere as seguintes afirmações sobre o texto.
I - O maestro Karabtchesky propõe que a música se assemelhe à vivência que se deve ter ao se ler partituras.
II - O maestro Karabtchevsky propõe que um músico trabalhe até o último instante para vivenciar as partituras de modo diferente.
III - A perda total ou parcial da memória faz com que as pessoas realizem coisas como se fosse a primeira vez.
Quais estão corretas?
De acordo com as regras de concordância verbal, em se tratando de verbos impessoais, marque a oração INCORRETA.
Em se tratando de concordância verbal, observe as seguintes orações:
I- Fui eu quem fiz o almoço.
II- Fui eu que te falei sobre a festa.
III- Fui eu quem decidiu o cardápio.
De acordo com as regras gramaticais, quais alternativas estão CORRETAS?
As orações subordinadas são orações que, de certa forma, dependem de outra, ou seja, exercem função sintática em outra oração. Escolha a opção que classifica corretamente a oração sublinhada: "A mãe perguntou ao filho se já tinha terminado o dever de casa".
Uma das funções do ponto e vírgula é separar orações coordenadas, quando uma delas já possui vírgula. Qual dessas opções emprega o ponto e vírgula incorretamente?
Na norma culta de colocação pronominal, em casos de locuções verbais, a próclise aos verbos principais que estão no infinitivo e no gerúndio não é aceita. Entretanto, a norma permite o uso da próclise aos verbos auxiliares em alguns casos. Escolha a opção gramaticalmente CORRETA.
Leia o Texto 1 para responder às questões de 01 a 07.
TEXTO 1
Pum em Marte
Parece notícia do Sensacionalista, mas saiu no site da Nasa, sete anos atrás: haviam descoberto pum em Marte. Toneladas e toneladas de pum. Claro que, no dia 15 de janeiro do ano da graça (muita graça) de 2009, quando o cientista Michael Mumma veio a público anunciar a novidade, não escolheu o termo pum e sim metano – o que soa mais elegante aos ouvidos, embora não alivie nada para as narinas.
Como escreveu um excelente cronista do "Estadão", à época, a principal questão para os astrônomos, desde então, passou a ser "aquela sempre suscitada quando esse tipo de gás aparece por aí: quem foi?". Na Terra, 90% de todo o metano existente é produzido por seres vivos. Os 10% restantes são resultado de reações geológicas. Seria o gás marciano pum de pedra ou há, escondida nas profundezas do planeta vermelho, alguma forma de vida com a mão amarela?
Nesta quarta-feira (19), a ESA (Agência Espacial Europeia) e a Roscosmos (Agência Federal Espacial Russa) deram um grande passo em direção à solução do fétido enigma, pondo na órbita marciana a sonda TGO (Trace Gas Orbiter) e enviando ao solo o módulo Schiaparelli. O TGO, uma nave de três metros e meio de envergadura, é mil vezes mais sensível do que qualquer aparelho já mandado a Marte e será capaz de apontar o tipo de metano ali existente. Ele funcionará, basicamente, como uma enorme napa high-tech e, feito um sommelier testando o buquê marciano, transmitirá a nós suas considerações sobre a safra, o retrogosto e o "terroir" daqueles gases extraterrestres.
Mesmo se descobrir que o metano é do tipo proveniente de seres vivos, contudo, o TGO será incapaz de encontrar os culpados, daí a importância da sonda Schiaparelli. Com 1,65 m de diâmetro e semelhante a uma cápsula de Nespresso (dourada, sabor "Volluto"), a pequena estação meteorológica passaria dados ao TGO e, principalmente, testaria a tecnologia europeia para colocar um aparelho no solo marciano, coisa que, até hoje, só os americanos conseguiram. Digo "passaria" e "testaria" porque algo deu errado no pouso e a Nespressão se espatifou. Por um dia, os cientistas ainda acreditaram que ela podia apenas estar meio caladona por causa do jet lag ou, quem sabe, emocionada com a beleza da paisagem estilo Papa-Léguas, mas na sexta veio a confirmação: a sonda entrou de fuça na terra e agora seus destroços, espalhados, lembram um pouco a plantação de batatas do Matt Damon depois da tempestade naquele filme estranho do Ridley Scott.
Aperfeiçoar a tecnologia para pousar traquitanas em Marte é crucial para a próxima etapa da agência europeia: em 2020, depois que o TGO mapear de onde vem o pum, de que tipo é e quando costuma emanar das entranhas alaranjadas, o programa enviará o ExoMars Rover, veículo que irá penetrar o subsolo para encontrar, enfim, os responsáveis pelas emissões. Nenhum cientista admite, para não assustar o planeta antes da hora, mas o que o ExoMars fará é submeter Marte a uma colonoscopia. Para tal empreitada, a Roscosmos criou inclusive uma subagência especializada, a Roscofe.
Caso descubramos, nos próximos anos, que há vida fora da Terra, uma questão se colocará para nós enquanto espécie: seremos capazes de produzir e enviar a Marte todas as toneladas necessárias de Luftal? Trata-se, sem dúvida, de um desafio inédito na história da humanidade.
(PRATA, Antônio. Pum em Marte. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2016/10/1825393-pum-em-marte – acessado em 30/11/2016)
No Texto 1, os termos “Caladona” e “Nespressão” são derivados, respectivamente, de “calar” e “Nespresso”, pelo seguinte processo de formação de palavras:
Leia o Texto 1 para responder às questões de 01 a 07.
TEXTO 1
Pum em Marte
Parece notícia do Sensacionalista, mas saiu no site da Nasa, sete anos atrás: haviam descoberto pum em Marte. Toneladas e toneladas de pum. Claro que, no dia 15 de janeiro do ano da graça (muita graça) de 2009, quando o cientista Michael Mumma veio a público anunciar a novidade, não escolheu o termo pum e sim metano – o que soa mais elegante aos ouvidos, embora não alivie nada para as narinas.
Como escreveu um excelente cronista do "Estadão", à época, a principal questão para os astrônomos, desde então, passou a ser "aquela sempre suscitada quando esse tipo de gás aparece por aí: quem foi?". Na Terra, 90% de todo o metano existente é produzido por seres vivos. Os 10% restantes são resultado de reações geológicas. Seria o gás marciano pum de pedra ou há, escondida nas profundezas do planeta vermelho, alguma forma de vida com a mão amarela?
Nesta quarta-feira (19), a ESA (Agência Espacial Europeia) e a Roscosmos (Agência Federal Espacial Russa) deram um grande passo em direção à solução do fétido enigma, pondo na órbita marciana a sonda TGO (Trace Gas Orbiter) e enviando ao solo o módulo Schiaparelli. O TGO, uma nave de três metros e meio de envergadura, é mil vezes mais sensível do que qualquer aparelho já mandado a Marte e será capaz de apontar o tipo de metano ali existente. Ele funcionará, basicamente, como uma enorme napa high-tech e, feito um sommelier testando o buquê marciano, transmitirá a nós suas considerações sobre a safra, o retrogosto e o "terroir" daqueles gases extraterrestres.
Mesmo se descobrir que o metano é do tipo proveniente de seres vivos, contudo, o TGO será incapaz de encontrar os culpados, daí a importância da sonda Schiaparelli. Com 1,65 m de diâmetro e semelhante a uma cápsula de Nespresso (dourada, sabor "Volluto"), a pequena estação meteorológica passaria dados ao TGO e, principalmente, testaria a tecnologia europeia para colocar um aparelho no solo marciano, coisa que, até hoje, só os americanos conseguiram. Digo "passaria" e "testaria" porque algo deu errado no pouso e a Nespressão se espatifou. Por um dia, os cientistas ainda acreditaram que ela podia apenas estar meio caladona por causa do jet lag ou, quem sabe, emocionada com a beleza da paisagem estilo Papa-Léguas, mas na sexta veio a confirmação: a sonda entrou de fuça na terra e agora seus destroços, espalhados, lembram um pouco a plantação de batatas do Matt Damon depois da tempestade naquele filme estranho do Ridley Scott.
Aperfeiçoar a tecnologia para pousar traquitanas em Marte é crucial para a próxima etapa da agência europeia: em 2020, depois que o TGO mapear de onde vem o pum, de que tipo é e quando costuma emanar das entranhas alaranjadas, o programa enviará o ExoMars Rover, veículo que irá penetrar o subsolo para encontrar, enfim, os responsáveis pelas emissões. Nenhum cientista admite, para não assustar o planeta antes da hora, mas o que o ExoMars fará é submeter Marte a uma colonoscopia. Para tal empreitada, a Roscosmos criou inclusive uma subagência especializada, a Roscofe.
Caso descubramos, nos próximos anos, que há vida fora da Terra, uma questão se colocará para nós enquanto espécie: seremos capazes de produzir e enviar a Marte todas as toneladas necessárias de Luftal? Trata-se, sem dúvida, de um desafio inédito na história da humanidade.
(PRATA, Antônio. Pum em Marte. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2016/10/1825393-pum-em-marte – acessado em 30/11/2016)
No trecho do Texto 1, “ano da graça (muita graça) de 2009”, o efeito de sentido da expressão cristalizada “no ano da graça de” é modificado pelo autor, com base na polissemia da palavra “graça”. Os sentidos desta palavra, neste contexto de uso, referem-se às noções de
Leia o Texto 1 para responder às questões de 01 a 07.
TEXTO 1
Pum em Marte
Parece notícia do Sensacionalista, mas saiu no site da Nasa, sete anos atrás: haviam descoberto pum em Marte. Toneladas e toneladas de pum. Claro que, no dia 15 de janeiro do ano da graça (muita graça) de 2009, quando o cientista Michael Mumma veio a público anunciar a novidade, não escolheu o termo pum e sim metano – o que soa mais elegante aos ouvidos, embora não alivie nada para as narinas.
Como escreveu um excelente cronista do "Estadão", à época, a principal questão para os astrônomos, desde então, passou a ser "aquela sempre suscitada quando esse tipo de gás aparece por aí: quem foi?". Na Terra, 90% de todo o metano existente é produzido por seres vivos. Os 10% restantes são resultado de reações geológicas. Seria o gás marciano pum de pedra ou há, escondida nas profundezas do planeta vermelho, alguma forma de vida com a mão amarela?
Nesta quarta-feira (19), a ESA (Agência Espacial Europeia) e a Roscosmos (Agência Federal Espacial Russa) deram um grande passo em direção à solução do fétido enigma, pondo na órbita marciana a sonda TGO (Trace Gas Orbiter) e enviando ao solo o módulo Schiaparelli. O TGO, uma nave de três metros e meio de envergadura, é mil vezes mais sensível do que qualquer aparelho já mandado a Marte e será capaz de apontar o tipo de metano ali existente. Ele funcionará, basicamente, como uma enorme napa high-tech e, feito um sommelier testando o buquê marciano, transmitirá a nós suas considerações sobre a safra, o retrogosto e o "terroir" daqueles gases extraterrestres.
Mesmo se descobrir que o metano é do tipo proveniente de seres vivos, contudo, o TGO será incapaz de encontrar os culpados, daí a importância da sonda Schiaparelli. Com 1,65 m de diâmetro e semelhante a uma cápsula de Nespresso (dourada, sabor "Volluto"), a pequena estação meteorológica passaria dados ao TGO e, principalmente, testaria a tecnologia europeia para colocar um aparelho no solo marciano, coisa que, até hoje, só os americanos conseguiram. Digo "passaria" e "testaria" porque algo deu errado no pouso e a Nespressão se espatifou. Por um dia, os cientistas ainda acreditaram que ela podia apenas estar meio caladona por causa do jet lag ou, quem sabe, emocionada com a beleza da paisagem estilo Papa-Léguas, mas na sexta veio a confirmação: a sonda entrou de fuça na terra e agora seus destroços, espalhados, lembram um pouco a plantação de batatas do Matt Damon depois da tempestade naquele filme estranho do Ridley Scott.
Aperfeiçoar a tecnologia para pousar traquitanas em Marte é crucial para a próxima etapa da agência europeia: em 2020, depois que o TGO mapear de onde vem o pum, de que tipo é e quando costuma emanar das entranhas alaranjadas, o programa enviará o ExoMars Rover, veículo que irá penetrar o subsolo para encontrar, enfim, os responsáveis pelas emissões. Nenhum cientista admite, para não assustar o planeta antes da hora, mas o que o ExoMars fará é submeter Marte a uma colonoscopia. Para tal empreitada, a Roscosmos criou inclusive uma subagência especializada, a Roscofe.
Caso descubramos, nos próximos anos, que há vida fora da Terra, uma questão se colocará para nós enquanto espécie: seremos capazes de produzir e enviar a Marte todas as toneladas necessárias de Luftal? Trata-se, sem dúvida, de um desafio inédito na história da humanidade.
(PRATA, Antônio. Pum em Marte. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2016/10/1825393-pum-em-marte – acessado em 30/11/2016)
No Texto 1, as duas figuras de linguagem responsáveis pelos efeitos de humor, pretendidos pelo autor, são: