Questões de Português - Redação - Reescritura de texto para Concurso

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Q1900291 Português

Texto CG1A1-I


   Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro. Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para realizar essa união de passado, presente e futuro.

   Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado, também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o presente, o passado e o futuro.

Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações). 

Assinale a opção em que a proposta de reescrita do último período do texto CG1A1-I é gramaticalmente correta e coerente.
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Q1900288 Português

Texto CG1A1-I


   Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa quanto para um país, é manter sempre presentes diante dos olhos os três elementos do tempo: passado, presente e futuro. Ter em mente esses três elementos é atribuir uma grande importância à espera, à esperança, ao futuro; é saber que nossos atos de ontem podem ter consequências em dez anos e que, por isso, pode ser necessário justificá-los; daí a necessidade da memória, para realizar essa união de passado, presente e futuro.

   Contudo, a memória não deve ser predominante na pessoa. A memória é, com frequência, a mãe da tradição. Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar essa tradição para inventar um novo modo de vida. Quem considera que o presente não tem valor e que somente o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma pessoa a quem faltam duas dimensões e com a qual não se pode contar. Quem acha que é preciso viver o agora com todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o amanhã nem com o ontem pode ser perigoso, pois crê que cada minuto é separado dos minutos vindouros ou dos que o precederam e que não existe nada além dele mesmo no planeta. Quem se desvia do passado e do presente, quem sonha com um futuro longínquo, desejável e desejado, também se vê privado do terreno contrário cotidiano sobre o qual é preciso agir para realizar o futuro desejado. Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta o presente, o passado e o futuro.

Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265 (com adaptações). 

Assinale a opção em que a palavra destacada do segundo parágrafo do texto CG1A1-I está empregada como advérbio que expressa circunstância de tempo.
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Q1899989 Português
Texto CB1A1-I

   Em 2015, pesquisadores argentinos anunciaram a descoberta dos fósseis da maior criatura da Terra. Eles estimaram que o dinossauro tivesse 40 metros de comprimento e 20 metros de altura (quando esticava o pescoço). Com 77 toneladas, teria sido tão pesado quanto 14 elefantes africanos e teria tido sete toneladas a mais do que o recordista anterior, o argentinossauro, também localizado na Patagônia. Um mês após o anúncio dos argentinos, paleontólogos brasileiros apresentaram um fóssil resgatado em Presidente Prudente (SP), que afirmaram ser do maior dinossauro do país. O Austroposeidon magnificus, como o chamaram, tinha 25 metros de comprimento e viveu há 70 milhões de anos, segundo os estudiosos. E o Planalto Central abrigou gigantes como esses? Embora escavações nunca tenham sido feitas no Distrito Federal e no Entorno até então, especialistas detectaram indícios de esqueletos de animais extintos e de instrumentos usados por homens das cavernas na região. 



   O ser humano não conviveu com os dinossauros em nenhuma parte do mundo. Os dinossauros foram extintos há milhões de anos, antes do surgimento da humanidade. Mas o primeiro registro da presença humana no Planalto Central coincide com a fase de extinção dos primeiros animais que habitaram a região, bichos grandes e ferozes, como o tigre-dentes-de-sabre. Os homens da caverna também tinham a companhia de outros animais enormes, como o megatério, uma espécie de preguiça, e o gliptodonte, um tatu gigante de até um metro de altura. Por uma faixa de terra onde hoje é a América Central, animais do norte chegaram ao sul. Entre eles, o mastodonte, os cães-urso e os ancestrais dos cavalos, todos antigos moradores do cerrado. 



   Apesar da longa coexistência, não há nenhuma evidência confiável de que o homem tenha caçado os animais gigantes de forma sistemática no território nacional ou mesmo na América do Sul, ao contrário do que ocorreu na América do Norte, onde mamutes e mastodontes eram presas constantes das populações humanas. O desaparecimento da megafauna no território nacional provavelmente não teve relação direta com a chegada do ser humano, como algumas hipóteses para essa extinção sugerem. Os pesquisadores Mark Hubbe e Alex Hubbe acreditam que a extinção dos animais tenha sido desencadeada por uma mudança climática. Na teoria deles, as espécies da megafauna teriam se extinguido gradualmente a partir da última grande glaciação, no fim do período chamado Pleistoceno (há aproximadamente 12 mil anos). Os maiores não teriam vivido além de dez mil anos atrás, e os menores teriam avançado um pouco além da nova era, até quatro mil anos atrás. 


 Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue. 

A correção gramatical e o sentido do último período do primeiro parágrafo do texto seriam mantidos se ele fosse reescrito da seguinte maneira: Apesar de nunca terem sido feitas escavações no Distrito Federal e no Entorno até então, especialistas localizaram indícios de esqueletos de animais extintos, assim como de instrumentos usados por homens das cavernas na região. 
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Q1899421 Português

Observe a frase: “Os moradores dos campos são melhores que os das cidades”.

A maneira de reescrever essa frase que modifica o seu sentido original é

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Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Investigador de Polícia |
Q1899342 Português

Confúcio disse certa vez: “Palavras rebuscadas e roupas insinuantes raramente são associadas à virtude de verdade”.

Assinale a opção em que a forma de reescrever essa frase modifica o seu sentido original. 

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Q1898673 Português
           Uma vez estabelecida a ordem política, a caminhada civilizatória deu seus primeiros passos e, com o início de sua organização em vilas, aldeias, comunas ou cidades, houve também a necessidade de criar poderes instrumentais para que alguns de seus integrantes gerissem os interesses coletivos. Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes do Estado moderno e apontam para a Antiguidade.
          No Egito, a arrecadação de tributos já era controlada por escribas; na Índia, o Código de Manu trazia normas de administração financeira; o Senado Romano, com o auxílio dos questores, fiscalizava a utilização dos recursos do Tesouro; e, na Grécia, os legisperitos surgiram como embriões dos atuais tribunais de contas.
        Com o nascimento do estado democrático de direito, torna-se inseparável dele a ideia de controle, visto que, para que haja estado de direito, é indispensável que haja instituições e mecanismos hábeis para garantir a submissão à lei. Desde então, consolidou-se, majoritariamente, a existência de dois sistemas de controle no mundo: o primeiro, de origem anglo-saxã, denominado sistema de controladorias ou sistema de auditoriasgerais; e o segundo, de origem romano-germânica, denominado sistema de tribunais de contas.
   A finalidade tradicional desses modelos de controle, que se convencionou chamar de entidade de fiscalização superior (EFS), é assegurar que a administração pública atue em consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, cuja finalidade principal é defender os interesses da coletividade. No Brasil, a arquitetura constitucional dedicou aos tribunais de contas essa tarefa. 

Rodrigo Flávio Freire Farias Chamoun. Os tribunais de contas na era da governança pública: focos, princípios e ciclos estratégicos do controle externo. Internet: <http://www.tcees.tc.br/>(com adaptações).

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.


O sentido e a correção gramatical do último período do primeiro parágrafo seriam preservados caso ele fosse reescrito da seguinte forma: Os instrumentos de controle surgiram, então, muito antes de o Estado Moderno apontar para a Antiguidade. 

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Q1898562 Português


Eliane Brum. Dois andares abaixo do meu. In: A menina quebrada. Porto Alegre-RS: Arquipélago Editorial, 2013 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item


Sem alteração dos sentidos originais do texto, o vocábulo “só” poderia ser corretamente substituído por sozinha no trecho “ela vivia só” (linha 19), mas não no trecho “só não sabia como seguir vivendo” (linhas 26 e 27). 

Alternativas
Q1897715 Português

Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.


Sem alteração dos sentidos originais do texto, seria gramaticalmente correto reescrever o período “Nós somos a natureza” (linha 42) sem o pronome “Nós”, da seguinte maneira: Somos a natureza.

Alternativas
Q1897712 Português

Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.


No trecho “resfriar o interior aquece o exterior” (linha 24), existe uma relação de finalidade que poderia ser expressa corretamente na seguinte reescrita desse trecho: resfriar o interior para aquecer o exterior.  

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Q1897557 Português
Quanto à correção gramatical dos trechos apresentados e à adequação da linguagem à correspondência oficial, julgue o item.

Sugerimos que o encaminhamento da solicitação seja a Gerência de Pessoal, que é a que cuida dos processos de tal natureza, não sendo de nossa responsabilidade, não.
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Q1897405 Português
A respeito da correção gramatical dos trechos apresentados e da adequação da linguagem à correspondência oficial, julgue o item.

Informo que, no meu modo de ver, as irregularidades constatadas na documentação apresentada são insanáveis, por isso foi desconsiderada e mandada arquivar.
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Q1897397 Português
Texto para o item.



Internet: <www.saudemental.blogfolha.uol.com.br> (com adaptações).
Considerando o texto e seus aspectos linguísticos, julgue o item.

A oração “se os sintomas persistirem” (linha 32), que expressa circunstância de condição, pode ser correta e coerentemente reescrita como caso os sintomas persistam.
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Q1896963 Português
   No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica festa de punição vai-se extinguindo. Nessa transformação, misturaram-se dois processos. Não tiveram nem a mesma cronologia, nem as mesmas razões de ser. De um lado, a supressão do espetáculo punitivo. O cerimonial da pena vai sendo obliterado e passa a ser apenas um novo ato de procedimento ou de administração. A punição pouco a pouco deixou de ser uma cena. E tudo o que pudesse implicar de espetáculo desde então terá um cunho negativo; e como as funções da cerimônia penal deixavam pouco a pouco de ser compreendidas, ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os juízes com os assassinos, invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração.
   A execução pública é vista então como uma fornalha em que se acende a violência. A punição vai-se tornando, pois, a parte mais velada do processo penal, provocando várias consequências: deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do crime e não mais o abominável teatro; a mecânica exemplar da punição muda as engrenagens. 

Michel Foucault. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução: Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item seguinte.


No trecho “E tudo o que pudesse implicar de espetáculo desde então terá um cunho negativo” (primeiro parágrafo), a supressão da preposição “de” manteria a correção gramatical e os sentidos originais do texto. 

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Q1896337 Português

Texto CG2A1-I


   Até o final do século XVIII, quando a produção de açúcar começou a ser mecanizada, a maioria das pessoas consumia muito pouco dos chamados açúcares livres, que são adicionados aos alimentos. Um americano médio podia passar a vida inteira sem comer nenhum doce industrializado, muito menos os iogurtes, cereais matinais, bolachas e bebidas adoçadas que encontramos nos supermercados.

   Hoje, esse mesmo americano médio ingere nada menos que 19 colheres de chá, ou 76 gramas, de açúcar livre por dia. É assim, também, porque nossos receptores gustativos que detectam o sabor doce são menos sensíveis do que os outros. A língua consegue detectar o sabor amargo mesmo em baixíssimas concentrações, de poucas partes por milhão, mas, para que um copo d’água fique doce, precisamos colocar nele uma colherada de açúcar.

  Os humanos evoluíram num ambiente cheio de substâncias tóxicas, por isso são altamente sensíveis a sabores que possam significar perigo. Mas os venenos da natureza geralmente não são doces. Além disso, a coisa mais doce que os hominídeos primitivos tinham para comer eram as frutas. Hoje vivemos cercados por alimentos muito doces, mas nossos receptores ainda estão calibrados para a delicada doçura de uma banana.

   Essa discrepância entre os nossos receptores gustativos, que são pouco sensíveis, e a alimentação ultradoce do mundo moderno levou médicos e gurus das dietas a recomendar adoçantes artificiais. O primeiro foi a sacarina, um derivado do alcatrão que chegou ao mercado no final do século XIX. Depois vieram vários outros, dos quais o mais famoso é o aspartame, lançado na década de 80 do século passado. Os adoçantes foram ganhando má reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde. Em 1951, quando os refrigerantes e sobremesas diet começaram a proliferar, o ciclamato foi banido pela FDA, porque causava câncer de bexiga em ratos. A sacarina também foi banida por muitos anos, depois que alguns estudos preocupantes surgiram na década de 70 do século passado. Hoje, o consenso é que os adoçantes não são cancerígenos nas quantidades em que são consumidos.  


Internet:<super.abril.com.br>  (com adaptações).  

As opções subsequentes apresentam propostas de reescrita para o seguinte período do último parágrafo do texto CG2A1-I: “Os adoçantes foram ganhando má reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde.”. Assinale a opção em que a proposta de reescrita apresentada é gramaticalmente correta e mantém a coerência do texto original. 
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Q1896287 Português

Texto CG1A1-I


  Era o jogo da decisão final do Campeonato Mineiro: Atlético contra América. Torcíamos apaixonadamente pelo América, não só por ser o time de nossa predileção, mas porque meu irmão Gérson ia jogar de goleiro, em substituição ao famoso Princesa, que estava contundido.

  Gérson me reservou a primeira surpresa: tinha me arranjado um uniforme completo do time do América, para que eu entrasse no campo como mascote.

   Só o fato de sair do vestiário em meio aos jogadores de verdade já me enchia de emoção. Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para fazer o cumprimento de praxe à assistência. Depois os jogadores se espalharam, fazendo exercícios de aquecimento. Fiquei por ali, ciscando entre um e outro, a viver a minha grande emoção.

   Mas o meu maior momento de glória ainda estava para chegar.

   Aos cinco minutos do término da partida, Jico Leite se choca violentamente com Nariz e rola no chão, contundido.

   Pânico nas hostes americanas: todos os reservas já haviam entrado em campo, não sobrara ninguém para substituições. Que fazer? Segundo as regras daquele tempo, time nenhum podia jogar desfalcado.

   Gérson vem correndo até o banco dos reservas, fala qualquer coisa ao ouvido do treinador, me apontando, e este se volta para mim, com ar grave:

   — Você vai ter de entrar, Fernando.

    Não vacilei. Pois, se o América precisava de mim, contassem comigo.

   E aconteceu. Jorivê deu a saída do meio de campo, atrasou para Pimentão, que adiantou para Jacy. Caieira rouba-lhe a bola, passando para Chafir. Chico Preto aliviou, pondo para fora num chutão.

   Chafir fez a cobrança da lateral, dando de presente para Negrão, que, sem perda de tempo, acionou Bezerra. Quando eu, estrategicamente colocado no setor direito, já pensava que não daria tempo sequer de intervir numa só jogada, eis que Bezerra faz com que a bola venha rolando até mim.

   Depois de dominá-la, driblei Nariz e tabelei com meu companheiro. Este passou ao Jorivê, enquanto eu me deslocava para recebê-la de volta. Então disparei num pique, sob o delírio da assistência, e lá fui eu com minhas perninhas curtas, driblei um, outro, deixei para trás a defesa adversária. Kafunga abria os braços gigantescos, achei que queria me pegar, e não a bola. Fiz que chutava, como se fosse encobri-lo, ele pulou. Então passei com bola e tudo por entre as pernas dele e marquei o gol da vitória.

   Foi aquela ovação, a torcida delirava. Logo em seguida soou o apito final, e meus companheiros de equipe correram para me abraçar e carregar em triunfo.


Fernando Sabino. O menino no espelho. Rio de Janeiro: Record, 1991 (com adaptações).

Assinale a opção que apresenta uma proposta de reescrita que, além de gramaticalmente correta, mantém os sentidos do trecho “Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para fazer o cumprimento de praxe à assistência.”, no terceiro parágrafo do texto CG1A1-I.
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Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TCE-RO Prova: FGV - 2021 - TCE-RO - Técnico Judiciário |
Q1895163 Português
“Após sucessivos anos de poucas chuvas, os reservatórios das hidrelétricas brasileiras nas regiões Sudeste e Sul chegaram ao mês de setembro em seu pior nível histórico, abaixo mesmo do patamar de 2001, quando o país enfrentou um severo racionamento de energia.
Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, esse cenário torna elevado o risco de apagões (interrupções temporárias localizadas de fornecimento), ainda mais em momentos de picos de consumo, que ficam mais frequentes com a volta do calor.” (BBC News Brasil, 19/09/2021)
O segmento “chegaram ao mês de setembro em seu pior nível histórico” podia ser reescrito, de forma correta e com a manutenção do seu sentido original, do seguinte modo: 
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Q1892409 Português
        Seja como for, está claro que a distinção entre o que seria natural e o que seria cultural não faz o menor sentido para os aborígenes australianos. Afinal de contas, no mundo deles, tudo é natural e cultural ao mesmo tempo. Para que se possa falar de natureza, é preciso que o homem tome distância do meio ambiente no qual está mergulhado, é preciso que se sinta exterior e superior ao mundo que o cerca. Ao se extrair do mundo por meio de um movimento de recuo, ele poderá perceber este mundo como um todo. Pensando bem, entender o mundo como um todo, como um conjunto coerente, diferente de nós mesmos e de nossos semelhantes, é uma ideia muito esquisita. Como diz o grande poeta português Fernando Pessoa, vemos claramente que há montanhas, vales, planícies, florestas, árvores, flores e mato, vemos claramente que há riachos e pedras, mas não vemos que há um todo ao qual isso tudo pertence, afinal só conhecemos o mundo por suas partes, jamais como um todo. Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio, do qual podemos desmontar o mecanismo e cujas peças e engrenagem podemos aperfeiçoar. Na realidade, essa imagem começou a ganhar corpo relativamente tarde, a partir do século XVII, na Europa. Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez. Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então, de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.

Philippe Descola. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016, p.22-23 (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, bem como às ideias nele expressas, julgue o item a seguir. 



Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso o trecho “Mas, a partir do momento em que nos habituamos a representar a natureza como um todo, ela se torna, por assim dizer, um grande relógio” (sétimo período) fosse reescrito da seguinte forma: Porém, desde que passamos a compreender a natureza como uma totalidade em si, ela se transformou em uma espécie de grande maquinário. 

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Q1892231 Português
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à infraestrutura.
   As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no Rio de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que crescem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.
    As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
      A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e benefícios da arborização.

Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021.
Internet:<http://www.correiocidadania.com.br/>  (com adaptações).
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, a expressão “por serem”, ao final do primeiro parágrafo, poderia ser substituída por que eram.
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Q1892018 Português

Leia o texto, para responder à questão.


   Quem se espanta com o espetáculo de horror diversificado que o mundo de hoje oferece faria bem se tivesse o dicionário como livro de leitura diurna e noturna. Pois ali está, na letra M, a chave do temperamento homicida, que convive no homem com suas tendências angélicas, e convive em perfeita harmonia de namorados.


    O consulente verá que matar é verbo copiosamente conjugado por ele próprio, não importa que cultive a mansuetude, a filantropia, o sentimentalismo; que redija projetos de paz universal, à maneira de Kant, e considere abominações o assassínio e o genocídio. Vive matando.


     A ideia de matar é de tal modo inerente ao homem que, à falta de atentados sanguinolentos a cometer, ele mata calmamente o tempo. Sua linguagem o trai. Por que não diz, nas horas de ócio e recreação ingênua, que está vivendo o tempo? Prefere matá-lo.


    Todos os dias, mais de uma vez, matamos a fome, em vez de satisfazê-la. O estudante que falta à classe confessa que matou a aula, o que implica matança do professor, da matéria e, consequentemente, de parte do seu acervo individual de conhecimento, morta antes de chegar a destino. No jogo mais intelectual que se conhece, pretende-se não apenas vencer o competidor, mas liquidá-lo pela aplicação de xeque-mate. Não admira que, nas discussões, o argumento mais poderoso se torne arma de fogo de grande eficácia letal: mata na cabeça.


  Beber um gole no botequim, ato de aparência gratuita, confortador e pacificante, envolve sinistra conotação. É o mata-bicho, indiscriminado. Matar charadas constitui motivo de orgulho intelectual para o matador.


   Se a linguagem espelha o homem, e se o homem adorna a linguagem com tais subpensamentos de matar, não admira que os atos de banditismo, a explosão intencional de aviões, o fuzilamento de reféns, o bombardeio aéreo de alvos residenciais, os pogroms, o napalm, as bombas A e H, a variada tragédia dos dias modernos se revele como afirmação cotidiana do lado perverso do ser humano.


    Admira é que existam a pesquisa de antibióticos, Cruz Vermelha Internacional, Mozart, o amor.


(Carlos Drummond de Andrade, O verbo matar. Poesia e Prosa. Adaptado.)

Assinale a alternativa que reescreve passagem do texto de acordo com a norma-padrão de concordância, emprego de pronomes, pontuação e regência.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Petrobras Provas: CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Administração | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Transporte Marítimo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Análise – Comércio e Suprimento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Mecânica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Física | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Processamento | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança de Processo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Geofísica – Geologia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Produção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Elétrica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Terminais e Dutos | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Inspeção | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Equipamentos – Eletrônica | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Petróleo | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Engenharia de Software | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Infraestrutura | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Ambiental | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Civil | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia Naval | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Engenharia de Segurança do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Economia | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Ciência de Dados | CESPE / CEBRASPE - 2022 - Petrobras - Analista de Sistemas – Processos de negócio |
Q1890983 Português
      A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para isso, muito foi investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões de reais ao ano, conforme dados de 2021.

      O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e complexo. Começa na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento técnico de geólogos e geofísicos e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts do mais alto nível, achar petróleo não é certo.

      Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a qual são utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse óleo as frações de gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são então disponibilizados às diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro, responsáveis por fazer chegar cada um deles aos consumidores finais.


Internet: <duvidasgasolina.petrobras.com.br> (com adaptações). 
Considerando as ideias, os sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item subsequente. 

Se o trecho “A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil” fosse reescrito como A PETROBRAS está à frente de aproximadamente 80% dos combustíveis que produz-se no Brasil, seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto.
Alternativas
Respostas
781: B
782: D
783: C
784: B
785: E
786: E
787: C
788: C
789: E
790: E
791: E
792: C
793: E
794: D
795: D
796: C
797: C
798: E
799: E
800: E