Questões de Concurso
Sobre redação - reescritura de texto em português
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Texto para as questão.
MS determina novas restrições para frear o avanço da covid-19
Internet: <g1.globo.com>.
Leia o texto a seguir, para responder à questão.
No fundo, todos estamos nos transformando um
pouco em gatos
“Você acredita que os patos sabem que é Natal?” Essa
foi a pergunta que meu amigo Miguel me fez em uma
véspera de Ano Novo, enquanto atravessávamos o
Campo de São Francisco, em Oviedo. Nem as horas nem
o frio convidavam a ficar lá filosofando sobre o assunto,
mas o debate continuou ao longo do caminho. Demos
como certo que os peixes nos tanques certamente não;
os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito);
mas os que certamente estavam a par eram os cães e os
gatos (não entramos na fauna selvagem, já que o trajeto
era curto. Era Oviedo, não Nova York).
Anos depois, nós dois adotamos uma gata. Na quarta-feira de manhã eu lhe mandei uma mensagem perguntando se Lola, a dele, sabia que algo estava acontecendo (obviamente, falando da crise do coronavírus). “Sim, sim, sim, mais carinhosa que nunca, se for possível. Alucinada porque estamos o dia todo em casa”, foi sua resposta.
Mía e Atún — meus gatos — também estão surpresos. Na verdade, fui pegar as roupas da máquina de lavar e, quando saí, encontrei os dois me esperando no corredor, sentados juntos, olhando para mim com cara de “ei, por que você está passando o dia inteiro em casa? Tem algo a nos contar?” Normalmente, quando chego em casa, os dois vêm me encontrar e me fazem um pouco de festa (se deitam de barriga, se esfregam em mim). Estes dias se dedicam a me seguir pelo apartamento, como se suspeitassem de meus atos. E me fazem festa quando saio de casa para levar o lixo ou ir às compras, é claro. Percebo uma certa cara de insatisfação quando veem que volto em cinco minutos.
Há quem diga que quem, como eu, convive com animais e esteja um pouco fraco da cabeça lhes atribui capacidades humanas que eles não têm. Pode ser. Mas o fato é que percebem alguma coisa. Vamos ver, você não precisa ser um gênio para se dar conta de que seu dono está há trocentos dias sem sair de casa, de que na rua só se vê gente com cachorros (falaremos sobre isso mais tarde) ou que se pode ouvir perfeitamente os pássaros ou os sinos das igrejas. Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. Não sei se percebe ou o quê, mas as mudanças de humor chamam sua atenção.
Esses dias também estão servindo para conhecer melhor nossos animais de estimação. Os donos de gatos muitas vezes se perguntam o que eles fazem quando não estamos em casa. Eu já te digo: dormem, basicamente. Dormem de 12 a 16 horas por dia. Ou seja, são seres quase perfeitos para o isolamento. O que não sei é se, quando estou em casa, param de fazer as coisas que normalmente fazem. Nos últimos dias não os vi arranhar o sofá em nenhum momento. Talvez não queiram nos deixar rastros.
Eles também estão se dando melhor. Mía tem quatro anos e Atún, dez meses. Passam o dia às turras. Quando não é um, é o outro. Atún tem a energia da infância e Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas: sempre faz Atún parecer culpado. Ultimamente as brigas são mais esporádicas. Até dormem juntos e limpam um ao outro.
Mas, cuidado, isso não quer dizer que vão se adaptar às novas circunstâncias. Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz. Dizia Jim Davis: “Os gatos sabem instintivamente a hora exata em que seus donos vão acordar, e eles os acordam dez minutos antes”. Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato.
Porque não deixam de ser gatos, é claro. Nos últimos dias comecei um jogo de xadrez virtual, mas real, com meu amigo Jaime. Isto é: o tabuleiro é físico, e enviamos fotos um ao outro com os movimentos de ambos, de tal forma que é necessário mover as brancas e as pretas (já deixo claro). Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.
Também há dias para aprofundar o debate sobre se é melhor ter como mascote um cão ou um gato. Não vamos nos deixar levar pela euforia do momento. Hoje, os cães são um bem valioso, porque te permitem sair a caminhar. Uma espécie de salvo-conduto. Tenho amigos que saem com ele cinco vezes por dia. Mas não são tempos de confronto, e sim para estar unidos. Os cães, pelo que me dizem, também surtam com o que está acontecendo. Eles só veem cães na rua e os parques estão fechados. Também não é preciso ser um lince (felino) para perceber que está acontecendo alguma coisa. Da altivez que provém da convivência com um gato, nós, que compartilhamos a vida com um, cumprimentamos os donos de cães e nos congratulamos que os ajudem nessa situação que, mesmo que seja pequena, compensa de alguma forma por todo esse cair da cama e essas noites de chuva em que também é preciso sair à rua.
São dias estranhos. De 24 horas em casa. Dos gatos aparecendo nas reuniões de teletrabalho (e arrancando um sorriso dos participantes), e já se sabe que não há nada que deva ser interposto entre a atenção de um e o felino. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. Agora sabemos como é difícil racionar as visitas à geladeira-comedor se você fica o dia inteiro em casa. E como é fácil cair no sono no sofá assim que o dia de trabalho termina. Mas são dias precisamente para isso: para ser gatos. Não é uma estratégia tão ruim: é o único animal que conseguiu dominar a internet sem precisar manejar a tecnologia. Por alguma razão estará dando tão certo para eles.
Disponível em: <https://bit.ly/2xwO2YZ>.
Acesso em: 27 mar. 2020 (Adaptado).
Releia este trecho.
“Porque não deixam de ser gatos, é claro.”
Esse trecho pode, mantendo seu sentido original,
ser reescrito da seguinte forma:
Leia o texto a seguir, para responder à questão.
No fundo, todos estamos nos transformando um
pouco em gatos
“Você acredita que os patos sabem que é Natal?” Essa
foi a pergunta que meu amigo Miguel me fez em uma
véspera de Ano Novo, enquanto atravessávamos o
Campo de São Francisco, em Oviedo. Nem as horas nem
o frio convidavam a ficar lá filosofando sobre o assunto,
mas o debate continuou ao longo do caminho. Demos
como certo que os peixes nos tanques certamente não;
os patos e perus, talvez um pouco (tampouco muito);
mas os que certamente estavam a par eram os cães e os
gatos (não entramos na fauna selvagem, já que o trajeto
era curto. Era Oviedo, não Nova York).
Anos depois, nós dois adotamos uma gata. Na quarta-feira de manhã eu lhe mandei uma mensagem perguntando se Lola, a dele, sabia que algo estava acontecendo (obviamente, falando da crise do coronavírus). “Sim, sim, sim, mais carinhosa que nunca, se for possível. Alucinada porque estamos o dia todo em casa”, foi sua resposta.
Mía e Atún — meus gatos — também estão surpresos. Na verdade, fui pegar as roupas da máquina de lavar e, quando saí, encontrei os dois me esperando no corredor, sentados juntos, olhando para mim com cara de “ei, por que você está passando o dia inteiro em casa? Tem algo a nos contar?” Normalmente, quando chego em casa, os dois vêm me encontrar e me fazem um pouco de festa (se deitam de barriga, se esfregam em mim). Estes dias se dedicam a me seguir pelo apartamento, como se suspeitassem de meus atos. E me fazem festa quando saio de casa para levar o lixo ou ir às compras, é claro. Percebo uma certa cara de insatisfação quando veem que volto em cinco minutos.
Há quem diga que quem, como eu, convive com animais e esteja um pouco fraco da cabeça lhes atribui capacidades humanas que eles não têm. Pode ser. Mas o fato é que percebem alguma coisa. Vamos ver, você não precisa ser um gênio para se dar conta de que seu dono está há trocentos dias sem sair de casa, de que na rua só se vê gente com cachorros (falaremos sobre isso mais tarde) ou que se pode ouvir perfeitamente os pássaros ou os sinos das igrejas. Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha. Não sei se percebe ou o quê, mas as mudanças de humor chamam sua atenção.
Esses dias também estão servindo para conhecer melhor nossos animais de estimação. Os donos de gatos muitas vezes se perguntam o que eles fazem quando não estamos em casa. Eu já te digo: dormem, basicamente. Dormem de 12 a 16 horas por dia. Ou seja, são seres quase perfeitos para o isolamento. O que não sei é se, quando estou em casa, param de fazer as coisas que normalmente fazem. Nos últimos dias não os vi arranhar o sofá em nenhum momento. Talvez não queiram nos deixar rastros.
Eles também estão se dando melhor. Mía tem quatro anos e Atún, dez meses. Passam o dia às turras. Quando não é um, é o outro. Atún tem a energia da infância e Mía é diligentemente sinuosa para criar problemas: sempre faz Atún parecer culpado. Ultimamente as brigas são mais esporádicas. Até dormem juntos e limpam um ao outro.
Mas, cuidado, isso não quer dizer que vão se adaptar às novas circunstâncias. Atún me acorda todos os dias às 7h25, ou seja, cinco minutos antes do que o despertador normalmente faz. Dizia Jim Davis: “Os gatos sabem instintivamente a hora exata em que seus donos vão acordar, e eles os acordam dez minutos antes”. Atún me deixa esses cinco minutos de cortesia, mas, mesmo em confinamento, ainda continua sendo escrotamente gato.
Porque não deixam de ser gatos, é claro. Nos últimos dias comecei um jogo de xadrez virtual, mas real, com meu amigo Jaime. Isto é: o tabuleiro é físico, e enviamos fotos um ao outro com os movimentos de ambos, de tal forma que é necessário mover as brancas e as pretas (já deixo claro). Bem, agora minha casa é um xadrez. Uma torre no quarto, um peão no banheiro, o rei forçosamente sob cobertura atrás de uma planta e Mía, é claro, sentada no centro do tabuleiro, entre as pretas e as brancas. Xeque-Mate.
Também há dias para aprofundar o debate sobre se é melhor ter como mascote um cão ou um gato. Não vamos nos deixar levar pela euforia do momento. Hoje, os cães são um bem valioso, porque te permitem sair a caminhar. Uma espécie de salvo-conduto. Tenho amigos que saem com ele cinco vezes por dia. Mas não são tempos de confronto, e sim para estar unidos. Os cães, pelo que me dizem, também surtam com o que está acontecendo. Eles só veem cães na rua e os parques estão fechados. Também não é preciso ser um lince (felino) para perceber que está acontecendo alguma coisa. Da altivez que provém da convivência com um gato, nós, que compartilhamos a vida com um, cumprimentamos os donos de cães e nos congratulamos que os ajudem nessa situação que, mesmo que seja pequena, compensa de alguma forma por todo esse cair da cama e essas noites de chuva em que também é preciso sair à rua.
São dias estranhos. De 24 horas em casa. Dos gatos aparecendo nas reuniões de teletrabalho (e arrancando um sorriso dos participantes), e já se sabe que não há nada que deva ser interposto entre a atenção de um e o felino. No fundo, todos estamos nos transformando um pouco em gatos. Agora sabemos como é difícil racionar as visitas à geladeira-comedor se você fica o dia inteiro em casa. E como é fácil cair no sono no sofá assim que o dia de trabalho termina. Mas são dias precisamente para isso: para ser gatos. Não é uma estratégia tão ruim: é o único animal que conseguiu dominar a internet sem precisar manejar a tecnologia. Por alguma razão estará dando tão certo para eles.
Disponível em: <https://bit.ly/2xwO2YZ>.
Acesso em: 27 mar. 2020 (Adaptado).
Releia este trecho.
“Não sei como é com vocês, mas, comigo, quando choro, Mía se aproxima e coloca sua cara contra a minha.”
Assinale a alternativa em que a reescrita desse trecho
não está de acordo com a norma-padrão.
Em cada uma das opções a seguir é apresentada uma proposta de reescrita para o seguinte trecho do texto 1A1-II: “A má compreensão da abrangência da ciência leva a outras questões, como o argumento de que o conhecimento científico deixa a beleza do universo diminuída, fria, distante, pois a fragmenta e a torna asséptica.”. Assinale a opção que apresenta uma proposta de reescrita gramaticalmente correta e que mantém o sentido original do texto.
População em situação de rua
Um dos reflexos do intenso processo de exclusão social é a população em situação de rua que, em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Conforme definição da Secretaria Nacional de Assistência Social, a população em situação de rua se caracteriza por ser um grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelidas a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por caráter temporário ou de forma permanente.
Entre os principais fatores que podem levar as pessoas a irem morar nas ruas estão: ausência de vínculos familiares, perda de algum ente querido, desemprego, violência, perda da autoestima, alcoolismo, uso de drogas e doença mental.
Embora grande parte dos estudos sobre esse tipo de população tenha sido realizada no século XX, há registros de sua existência desde o século XIV. Portanto, a população em situação de rua não teve a devida atenção nos séculos anteriores, e sua abordagem pode ter sido impulsionada pelo aumento de seu contingente, visto que a cada ano mais indivíduos utilizam as ruas como moradia. No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realizou entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades brasileiras com população superior a 300 mil habitantes (exceto São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre). Os resultados dessa pesquisa foram divulgados em 2008, demonstrando que 31.922 pessoas utilizam as ruas como forma de moradia no país. Entretanto, esses números são bem maiores, pois cidades importantes não fizeram parte desse levantamento. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população.
O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes.
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/populacao-situacao-rua.htm
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
TEXTO
[...]
Quando Sartre diz que “nada pode ser bom para nós sem que o seja para todos”, ele quer dizer, precisamente, que ao escolhermos algo, estamos optando por uma alternativa que, dentro das condições de existência nas quais estamos inseridos, seria a melhor opção e, por ser a melhor, todos também poderiam optar pela mesma. Assim, ao escolher algo, o homem cria um modelo de homem que outros podem seguir; daí a sua responsabilidade diante da humanidade.
O existencialismo de Sartre, ao contrário das filosofias contemplativas, caracteriza-se por ser uma doutrina de ação, colocando sempre o compromisso como fator indispensável para a existência humana, uma vez que, sem compromisso, não há projeto de ser e, sem projeto de ser, o homem torna-se incapaz de conferir qualquer sentido à existência. Se a intencionalidade é a característica fundamental da consciência, ser livre é engajar-se, comprometer-se e, enfim, responsabilizar-se.
[...]
Diante dessa constante tarefa de fazer-se, do desamparo, da falta de fundamentos prontos e da responsabilidade que carrega diante de si e da humanidade, a liberdade traz ao sujeito a angústia existencial, a qual emerge no momento da decisão. Angustia-se, pois não é capaz de alterar as condições de existência que se lhe apresentam, tendo de escolher, por vezes, entre o ruim e o pior e tendo de arcar com as consequências dessa escolha; mais que isso, também não é capaz de não realizar essa escolha; e por fim, tem a incontornável tarefa de buscar, em sua subjetividade imanente, ou seja, na sua pura liberdade, os princípios que regerão sua escolha; isto é, terá de estar diante de seu próprio nada; eis o princípio da angústia.
CAMINHA, Lucas. Colunas Tortas.
Disponível em: <https://bit.ly/2Pq70oV>.
“Angustia-se, pois não é capaz de alterar as condições de existência que se lhe apresentam [...]”
Esse trecho pode, sem prejuízo de seu sentido original, ser reescrito das seguintes formas, exceto em:
Leia o texto.
O trabalho e a saúde mental
O carpinteiro imagina um móvel, faz o desenho com as medidas, corta madeira, dá a ela a forma que imaginou e depois monta, enverniza e lustra o móvel que construiu. Admira a obra que realizou com seu trabalho criativo. Ele tem um resultado que lhe dá satisfação, mesmo que não lhe dê muitos milhões em dinheiro por mês. Já o cobrador de ônibus fica o dia todo sentado, não fala com ninguém, mal olha para as pessoas, apenas recebe o dinheiro e dá o troco durante 8 horas por dia. No fim, está deprimido e cansado de fazer esse trabalho repetitivo e monótono. Nem muitos milhões em dinheiro seriam suficientes para pagar trabalho tão ingrato.
Um operário da linha de montagem de televisores põe uma pecinha em um aparelho que imediatamente é transportado pela esteira de montagem para outro operário, que coloca outra pecinha, e assim por diante. E um dia passa: um aparelho, uma pecinha, outro aparelho, outra pecinha, mês após mês, ano após ano.
Assim trabalham hoje milhões de pessoas em todo o mundo: sem gosto, sem alegria, sem prazer. Por isso, não é exagero dizer que o mundo moderno, com sua tecnologia, tirou da maioria dos seres humanos algo de que eles precisam e gostam: o trabalho criativo, que dá prazer.
Quem faz o que gosta enquanto trabalha sente pouco a diferença entre trabalho e lazer. Nesse caso, o trabalho faz bem à saúde.
Quem faz o que detesta fica o tempo todo olhando o relógio e o tempo não passa; espera com ansiedade o último dia de trabalho da semana e fica irritado quando a volta ao trabalho se aproxima; sonha com as férias e, mais do que tudo, sonha ganhar na loteria para fazer só o que gosta. Com tanto sofrimento, trabalhar acaba fazendo mal para a saúde.
O sonho da maioria dos jovens é encontrar um trabalho que dê muito dinheiro, mas isso não é suficiente. O trabalho deve dar prazer. Trabalhos feitos contra a vontade causam desânimo, falta de confiança em si próprio, tédio, tristeza. Esse estado de espírito negativo acaba criando doenças e perder a saúde não vale a pena por nenhum dinheiro do mundo.
Rosicler Martins Rodrigues
Vida e Saúde. São Paulo: Moderna.
O governo federal entregou nesta terça-feira (5) ao Congresso a Proposta de Emenda ___ Constituição (PEC) do Pacto Federativo. O projeto pretende extinguir municípios com menos de 5 mil habitantes e arrecadação própria inferior ___ 10% da receita total. A medida afetaria até 1.254 cidades brasileiras, que, segundo a iniciativa, seriam incorporadas pelo município vizinho com melhor índice de sustentabilidade financeira, ___ partir de 2025.
Dos 295 municípios catarinenses, 106 possuem menos de 5 mil habitantes. Na região do Vale do Itajaí, de acordo com estimativa deste ano do IBGE, atualmente há 11 cidades com população inferior ao limite estabelecido na PEC: Atalanta, Braço do Trombudo, Chapadão do Lageado, Dona Emma, Doutor Pedrinho, José Boiteux, Mirim Doce, Presidente Nereu, São José do Itaperiú, Vitor Meireles e Witmarsum. [...]
Disponível em: https://ocp.news/politica/onze-municipios-do-vale-do-itajai-podem-deixar-de-existir-com-proposta-do-governo-federal. Acesso em: 08 fev. 2020. [adaptado]
Leia com atenção a poesia de Carlos Drummond de Andrade, escritor brasileiro, publicada em 1940 no livro Sentimento do Mundo, para responder à questão abaixo:
Congresso Internacional do Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
Os economistas são entendidos em mercado financeiro. Os economistas descreveram os efeitos dos juros. Os juros são altos. Todos os efeitos são arrasadores.
I.O período: "Somos esse filme velho que vemos passar todos os dias pelas ruas, calçadas, ônibus, casas". - está construído com metáfora. II.A oração exclamativa: "Nós somos memórias inestimáveis!" está com os termos essenciais explícitos e dispostos na ordem direta. III.O período: "Mas sabemos que somos seres viventes!!!" é composto por subordinação. IV.Os termos da série: "que", "de", "os", "se", "na" - são todos invariáveis em gênero e em número. V.A frase: "Somos instantes que se somam". - ficaria mais coerente com o contexto em que se insere se fosse escrita assim: "Somos instantes se fôssemos somados".
Estão CORRETAS, apenas:
Observe a imagem abaixo:
Embora trate de um assunto sério, a manchete acima viralizou nas redes sociais e gerou humor, devido ao problema na construção sintática da frase que acabou produzindo um efeito ambíguo.
Assinale a alternativa que explica esse problema e
como corrigi-lo.