Questões de Concurso Sobre redação - reescritura de texto em português

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Q1043498 Português
Leia o texto para responder a questão.

O brasileiro mais comedido

     A crise econômica está ficando para trás, mas seus efeitos vão demorar a desaparecer. Um deles está no consumo: o brasileiro ficará mais comedido pelo menos até 2022. Um estudo conduzido pela consultoria britânica Euromonitor mostrou que as vendas de produtos mais caros deverão crescer a uma taxa menor nos próximos anos ou até cair, enquanto as de artigos mais baratos deverão ter um avanço significativo. O destaque fica com os produtos de cuidado com animais de estimação, cujas vendas deverão crescer 64% no período de 2014 a 2022. Os produtos eletrônicos – em geral, mais caros – deverão ter queda de 9%. “A profundidade da recessão econômica deixou marcas no brasileiro que tornaram seu consumo mais cuidadoso, um hábito que se manterá no médio prazo”, diz Elton Morimitsu, analista de pesquisa da Euromonitor.
(Exame, 02.05.2018) 
Assinale a alternativa em que se reescreve a passagem “A profundidade da recessão econômica deixou marcas no brasileiro que tornaram seu consumo mais cuidadoso…”, de acordo com a norma-padrão e o sentido do texto.
Alternativas
Q1043400 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Novos tempos, novos olhares

    O individualismo tem pautado a sociedade atual em uma posição que contraria os valores humanos, principalmente contra a prática dos princípios eleitos por muitos como filosofia de vida, entre eles o amor, a paz, a justiça, a liberdade, a harmonia, a honestidade, a igualdade e tantos outros. O discurso sobre a crise dos valores repete-se periodicamente, e todas as gerações tendem a ver nas posteriores uma degradação e rebaixamento dos padrões. Com essa não é diferente. O mundo moderno que sofre com o confronto entre o conservador e o inovador, o público e o particular, ainda em discordância, para muitos parece estar de ponta-cabeça.
    Segundo Wilson Bragança, especialista em Sociologia, Economia e Políticas Públicas, ao que parece, na nossa sociedade, os comportamentos, as normas e o sentido global da vida individual e comunitária não se inspiram em padrões éticos de valores, mas sim em critérios imediatistas, consumistas, hedonistas, pragmáticos. As pessoas – afirma – preferem o imediato, o prazer sem consequências e tudo o que for mais fácil.
     O polonês Zygmunt Bauman, um dos pensadores mais importantes e populares do fim do século 20, que cunhou a expressão “modernidade líquida”, escreveu que as formas de vida contemporâneas se assemelham pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito tempo, o que reforça um estado frágil e temporário nas relações sociais e nos laços humanos.
    A faceta preocupante da crise de valores está no fato de nós sermos cada vez mais incapazes de enfrentar o problema. Temos uma grande dificuldade em falar dos valores porque se instalou entre nós a ideia de que, numa democracia, não há valores impessoais ou suprapessoais: cada um escolhe os seus valores, um pouco como os seus gostos, e, obviamente, todos aprendemos que os gostos não se discutem.
    “Viver numa democracia, dizem-nos, é aceitar todos os valores, reconhecer igual direito à expressão de todos eles e, mais do que isso, reconhecer a todos igual consideração e respeito; mas as profundas alterações econômicas, científicas e tecnológicas não apenas estimulam o abandono dos valores tradicionais, elas parecem ter conduzido a humanidade para um vazio deles”, afirma Bragança.

(Gisele Bortoleto. Revista Be bem-estar, 22.07.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a passagem do texto está reescrita de acordo com a norma-padrão de concordância.
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Q1043159 Português
        Uma amiga me disse que em alguns cursos da Universidade de Princeton o celular e o iPad foram proibidos porque os estudantes filmavam e fotografavam as aulas, ou simplesmente brincavam com joguinhos eletrônicos. A proibição do uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula numa das maiores universidades dos Estados Unidos e do mundo não é nada desprezível. O celular na palma da mão desconcentra o estudante e abole uma prática antiga: a caligrafia.
      Dos milenares hieróglifos egípcios gravados em pedra e palavras escritas em pergaminho à mais recente prescrição médica, a caligrafia tem uma longa história. Mas essa história – que marca uma forte relação da palavra com o gesto da mão – parece fenecer com o advento do minúsculo teclado e sua tela.
        Lembro uma entrevista radiofônica com Roland Barthes, em que o grande crítico francês dizia que as correções das provas tipográficas dos romances de Balzac pareciam fogos de artifícios. É uma bela imagem do efeito estético da caligrafia no papel impresso, da relação do corpo com a escrita, as letras que vêm da mão, e não da máquina. Quando pude ver essas páginas numa exposição de manuscritos, fiquei impressionado com a metáfora precisa de Barthes, e admirado com a obsessão de Balzac em acrescentar, cortar e substituir palavras e frases, e alterar a pontuação, como se a respiração e o tempo da leitura fossem – como de fato são – importantes para o ritmo da escrita.
       Mas há beleza também na caligrafia torta e hesitante de uma criança, numa carta de amor escrita a lápis ou à tinta, na mensagem pintada à mão no para-choque de um caminhão, nas paredes de banheiros públicos, no muro grafitado da cidade poluída, nada impoluta.
       Na mão que move a escrita há um gesto corporal atávico, um desejo da nossa ancestralidade, que a maquininha subtrai, ou até mesmo anula. Ainda escrevo alguns textos à mão, antes de digitá-los no computador. No trabalho diário de um jornalista, isso é quase impossível, mas na escrita de uma crônica, pego a caneta e o papel e exercito minha pobre caligrafia.
(Milton Hatoum. “Linguagem da mão”. https://oglobo.globo.com, 11.08.2017. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, encontra-se corretamente reescrito o trecho:
Alternativas
Q1043117 Português

Considere a charge e responda a questão.



Assinale a alternativa em que a frase dita pela personagem foi reescrita, acrescentando-se circunstância adverbial de modo.
Alternativas
Q1043113 Português
Lidando com o ’mimimi’
 
       Quase todo mundo conhece a expressão “mimimi” da linguagem informal. Eu me espantei ao saber que ela surgiu com o personagem Chaves, de um seriado cultuado até hoje. Chaves, um moleque órfão, sempre que contrariado, emitia esse som “mimimi” para indicar seu choro. Essa expressão passou a ser usada, sempre de modo pejorativo, para indicar reclamações sem justa causa, frescura, manha etc.
    Agora, professores e pais têm usado a expressão com bastante frequência para nomear diversos comportamentos dos mais novos. Tudo agora virou mimimi.
       Nós, educadores formais e informais, temos dado atenção a muitas reclamações de filhos e alunos, o que emperra e/ou paralisa o processo de crescimento e de aprendizagem deles, e não apenas no aspecto cognitivo.
      Filhos reclamam das tarefas domésticas que devem realizar, do tamanho ou da dificuldade das lições que precisam fazer ou estudar, dos colegas que se comportam desta ou daquela maneira etc. E, quase sempre, os pais atendem, ou seja, dão importância a tais reclamações, e interferem.
        O problema é que dar conta sozinhas de suas obrigações – todas possíveis – e enfrentar as adversidades da vida fortalece as crianças porque permite que elas criem mecanismos pessoais de defesa e, principalmente, de resiliência. Em todas essas situações a interferência dos pais prejudica o desenvolvimento dos filhos em vez de ajudar! O que eles podem fazer de melhor nesses momentos é acolher as reclamações como legítimas, mas incentivar e encorajar o filho a realizar o que precisa, mesmo que isso exija muito esforço e dedicação.
        A criança percebe, ao realizar sozinha suas responsabilidades, seu potencial sendo colocado em ação, o que lhe dá mais confiança em si mesma.
         Na escola, quando os professores cedem, perdem sua autoridade e, principalmente, passam a ideia de falta de compromisso com a formação de seus alunos. Pressionar e exigir são conceitos diferentes do conceito de cobrar. Os mais novos precisam ser cobrados a crescer já que esse é o destino deles.
(Folha de S.Paulo, 29.11.2016. Adaptado)
Considere as frases reescritas com base no texto.
Quando os professores cedem, podem passar a ideia de que se___________ compromisso com a formação dos alunos. Os mais novos precisam ser __________ crescer.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas dessas frases devem ser preenchidas respectivamente por:
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Q1043048 Português
Os mortos

      Esse dia que ainda se reserva aos Finados é quase desnecessário em seu simbolismo, porque os moços não reparam nele, e os maduros e os velhos têm já formado o seu sentimento da morte e dos mortos. Esta é uma conquista do tempo, e prescinde de comemorações para se consolidar. Basta o exercício de viver, para nos desprender capciosamente da vida, ou, pelo menos, para entrelaçá-la de tal jeito com a morte que passamos a sentir essa última como forma daquela, e forma talvez mais apurada, à maneira de uma gravura que só se completa depois de provas sucessivas. Falo em gravura, e vejo à minha frente um desses originais de Goeldi*, em que o esplendor noturno é raiado de vermelho ou verde, numa condensação de treva tão intensa e compacta que não se sabe como a penetra esse facho de luz deslumbrante, coexistindo daí por diante numa espécie de casamento sinistro, à primeira impressão. Não, não é sinistro. Posso informar pessoalmente que a imbricação da ideia de morte na ideia de vida não é arrasadora para o homem, senão que constitui uma das sínteses morais a que o tempo nos conduz, como parte da experiência individual.
       Os que eram do mesmo sangue, os amigos e companheiros que ainda há pouco sorriam a nosso lado ou mesmo nos impacientavam lá de vez em quando (mas era tão bom que nos impacientassem, agora que nem isso recebemos deles), onde estão, onde estão? Voltamo-nos para fora de nós e não os recuperamos; mas se nos aprofundarmos um pouco, vamos encontrá-los fundidos em nosso conhecimento das coisas, incorporados à nossa maneira de andar, comer e dormir; intatos, mesmo sob a camada de esquecimento em que outra vez os sepultamos, porque, contraditoriamente, eles não se deixaram ficar esquecidos, e brincam de se fazer lembrados nas horas mais imprevistas.
(Carlos Drummond de Andrade, Fala, amendoeira)

* Oswaldo Goeldi, ilustrador, gravurista, desenhista brasileiro.
Para responder a questão, considere a seguinte passagem do texto.
Esta é uma conquista do tempo, e prescinde de comemorações para se consolidar. Basta o exercício de viver, para nos desprender capciosamente da vida, ou, pelo menos, para entrelaçá-la de tal jeito com a morte que passamos a sentir essa última como forma daquela, e forma talvez mais apurada, à maneira de uma gravura que só se completa depois de provas sucessivas.
Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho resulta em concordância e emprego de verbos em modo e tempo de acordo com a norma-padrão.
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Q1042522 Português

                                  As palavras e as coisas


      Confesso que, de início, não acreditava que Moana, aos 9 anos, pudesse se interessar pela leitura da versão integral do clássico de J.R.R. Tolkien, O Hobbit. É verdade que se trata de uma aventura povoada por magos e repleta de objetos encantados. Mas é um romance longo, com descrições densas e vocabulário sofisticado. Para minha surpresa, no entanto, seu envolvimento com a obra crescia a cada noite que a líamos juntos.

      Ao terminarmos a leitura do décimo capítulo, Moana não me desejou boa-noite. Com olhos ainda despertos, me perguntou se não podíamos comentar aquilo que mais havia agradado até então. Pensei que o pedido não passasse de mais uma de suas estratégias para adiar a hora de dormir. Recusei, mas ela argumentou: “Não é assim que vocês fazem, você e a mamãe, quando leem Arendt e Paul Ricoeur em seus grupos de estudos?”. Jamais imaginara que, quando a levamos a esses encontros – premidos por alguma necessidade – ela pudesse prestar qualquer atenção ao que se passava. Sempre a via absorta em suas tarefas, desenhos e leituras. Mas, em seu silêncio, ela se dava conta do sentido de uma leitura partilhada.

      Falamos, então, das transformações que ocorreram no personagem central, que abandonara sua vida confortável e pacata de hobbit, para se tornar um aventureiro épico. Mas foi só no dia seguinte que percebi a profundidade contida em seu pedido para que partilhássemos as impressões de nossas leituras. Lembrei-me de uma bela passagem de Homens em tempos sombrios, na qual Hannah Arendt afirma que o “mundo não é humano simplesmente por ter sido feito por mãos humanas, nem se torna humano meramente porque a voz humana nele ressoa. Por mais afetados que sejamos pelas coisas do mundo [como um livro], por mais profundamente que elas possam nos instigar e estimular, essas coisas só se tornam humanas para nós quando podemos discuti-las com nossos companheiros”.

       É porque a fala humaniza as obras que gostamos tanto de comentar um filme, de compartilhar a interpretação de um livro ou fazer uma refeição com nossos amigos. São as expressões do discurso humano que transformam uma coisa – como um livro – em objeto de um legado simbólico que nos humaniza.

      Na escola, é por meio das trocas discursivas entre professores e alunos que um romance ou um programa computacional deixam de ser coisas inertes para se transformarem em objetos que desempenham uma função educativa e, assim, adquirem seu sentido humanizador. São as palavras – e não as coisas – que conferem sentido às experiências humanas.

(José Sérgio Fonseca de Camargo, “As palavras e as coisas”. Em: http://www.revistaeducacao.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase, reescrita a partir das informações textuais, está correta quanto à colocação pronominal, segundo a norma-padrão.
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Q1042259 Português

                          [A harmonia natural em Rousseau]


      A civilização foi vista por Jean-Jacques Rousseau (1713-1784) como responsável pela degeneração das exigências morais mais profundas da natureza humana e sua substituição pela cultura intelectual. A uniformidade artificial de comportamento, imposta pela sociedade às pessoas, leva-as a ignorar os deveres humanos e as necessidades naturais.

      A vida do homem primitivo, ao contrário, seria feliz porque ele sabe viver de acordo com suas necessidades inatas. Ele é amplamente autossuficiente porque constrói sua existência no isolamento das florestas, satisfaz as necessidades de alimentação e sexo sem maiores dificuldades e não é atingido pela angústia diante da doença e da morte. As necessidades impostas pelo sentimento de autopreservação – presente em todos os momentos da vida primitiva e que impele o homem selvagem a ações agressivas – são contrabalançadas pelo inato sentimento que o impede de fazer mal aos outros desnecessariamente.

      Desde suas origens, o homem natural, segundo Rousseau, é dotado de livre arbítrio e sentido de perfeição, mas o desenvolvimento pleno desses sentimentos só ocorre quando estabelecidas as primeiras comunidades locais, baseadas sobretudo no grupo familiar. Nesse período da evolução, o homem vive a idade do ouro, a meio caminho entre a brutalidade das etapas anteriores e a corrupção das sociedades civilizadas.

(Encarte, sem indicação de autoria, a Jean-Jacques Rousseau – Os Pensadores. Capítulo 34. São Paulo: Abril, 1973, p. 473) 

A vida do homem primitivo seria mais feliz que a dos civilizados porque ele sabe viver de acordo com suas necessidades inatas.

Uma nova redação da frase acima, em que se respeitem sua clareza, seu sentido básico e sua correção, poderá ser:

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Q1041954 Português

                      Como assistiremos a filmes daqui a 20 anos?


      Com muitos cineastas trocando câmeras tradicionais por câmeras 360 (que capturam vistas de todos os ângulos), o momento atual do cinema é comparável aos primeiros anos intensamente experimentais dos filmes no final do século 19 e início do século 20.

      Uma série de tecnologias em rápido desenvolvimento oferece um potencial incrível para o futuro dos filmes – como a realidade aumentada, a inteligência artificial e a capacidade cada vez maior de computadores de criar mundos digitais detalhados.

      Como serão os filmes daqui a 20 anos? E como as histórias cinematográficas do futuro diferem das experiências disponíveis hoje? De acordo com o guru da realidade virtual e artista Chris Milk, os filmes do futuro oferecerão experiências imersivas sob medida. Eles serão capazes de “criar uma história em tempo real que é só para você, que satisfaça exclusivamente a você e o que você gosta ou não”, diz ele.

                     (Adaptado de: BUCKMASTER, Luke. Disponível em: www.bbc.com

Quanto à concordância, o segmento do texto reescrito corretamente está em:
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Q1041727 Português

      Durante quase dois milhões de anos, os seres humanos evoluíram em sincronia com o meio ambiente. Mas há 250 anos chegou a Revolução Industrial e mudou tudo. Embora a inovação e a tecnologia trazidas pelo fenômeno tenham gerado muitos benefícios para a humanidade, nossos corpos tiveram de pagar um alto custo físico nesse processo. Os trabalhos que fazíamos, que antes envolviam tarefas manuais, realizadas ao ar livre, passaram a ser feitos a portas fechadas e a exigir que passássemos a maior parte do dia sentados e parados, fosse em uma fábrica, em um escritório ou dirigindo um veículo, por exemplo. Isso teve um impacto enorme sobre nossos corpos, e um dos primeiros afetados foram nossos pés.

      Hoje, nossos pés são mais fracos, maiores e mais planos do que os de nossos antepassados. E isso é uma má notícia para a saúde do corpo inteiro. A perda de eficiência dos nossos pés se reflete em um fato surpreendente: quase 80% das pessoas que praticam corridas sofrem algum tipo de lesão todos os anos. Hannah Rice, da Universidade de Exeter, deu como exemplo o corredor “clássico”, que pratica o esporte três ou quatro vezes por semana e passa o restante do tempo sentado no escritório ou no sofá da casa, para explicar que o que realmente nos machuca não é correr, mas o que fazemos quando não estamos correndo.

      Foi a partir dos anos 70, quando correr virou moda, que a dimensão real do estado de nossos pés começou a se revelar. A loucura por corridas acrescentou um novo problema: a moda de usar tênis no dia a dia. Talvez você ache que isso deveria ser uma boa notícia, já que muitos desses calçados são anunciados pelos supostos benefícios que oferecem aos pés. No entanto, desde que começamos nosso caso de amor com os tênis, a incidência de pés chatos tem aumentado em muitas partes do mundo, especialmente no Ocidente.

      Uma das coisas mais simples (e baratas) que podemos fazer para melhorar a saúde dos nossos pés é caminhar. Idealmente, descalços. Vybarr Cregan-Reid, da Universidade de Kent, acredita que devemos “redescobrir nossos pés para aprender a usá-los novamente”. Pequenos hábitos como tirar os sapatos dentro de casa e tentar se mover mais podem ajudar.

(Como o sedentarismo mudou nossos pés, 21.05.2019. www.bbc.com. Adaptado)

Caso se substitua o vocábulo Embora por Apesar de, na frase – Embora a inovação e a tecnologia trazidas pelo fenômeno tenham gerado muitos benefícios para a humanidade, nossos corpos tiveram de pagar um alto custo físico nesse processo. (1° parágrafo) –, a forma verbal tenham deverá ser substituída por
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Q1041510 Português
Assinale a alternativa em que é apresentada proposta de reescrita gramaticalmente correta e coerente para o seguinte trecho do texto: “Consultar frequentemente um pediatra é importante não apenas para controlar o peso infantil, mas também para investigar problemas relacionados com a obesidade” (linhas 23 e 24).
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Q1041503 Português
Assinale a alternativa em que é apresentada proposta de reescrita gramaticalmente correta e coerente para o seguinte trecho do texto: “No que diz respeito à dieta da criança, um cardápio equilibrado, com destaque para frutas, legumes e verduras, deve ser incentivado em todas as fases da infância e é sempre melhor para a saúde comer menos do que comer errado.” (linhas 13 e 14).
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Q1041411 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão

Ai, que vergonha... 

   Sou tímida. Já nasci assim, veio de algum gene que meus pais me transmitiram, o que não deixa de ser estranho, já que sou incomparavelmente mais tímida que os dois juntos. 
   Só quem é tímido − e não me refiro aí aos falsos tímidos, aqueles que têm uma timidezinha boba de vez em quando, por exemplo, ao chegar a uma festa sem conhecer ninguém − sabe a dificuldade de se dizer “não” a um amigo ou de cobrar alguma coisa de alguém. E só nós tímidos sabemos também o quanto nos custa entrar em uma loja e experimentar uma roupa. O verdadeiro tímido tem vergonha de tudo e de todos. 
   Hoje em dia, depois de anos de teatro e terapia, melhorei demais. Muita gente me afronta e diz que não sou tímida nada, que eu nunca subiria em um palco se minha timidez fosse de verdade. Eu digo que uma coisa não tem nada a ver com a outra. O palco possui uma parede invisível, e quando subo nele é como se não visse ninguém. Além disso, quando as pessoas vão a alguma das minhas apresentações, é esperado que eu cante. Muito diferente é ir a um churrasco e me pedirem para tocar violão. Morro de vergonha. As pessoas param de conversar e ficam me olhando, na expectativa. A minha voz nem sai direito, tamanha a vontade de desaparecer do recinto. 
   Os psicólogos dizem que timidez, na verdade, é orgulho. O tímido seria alguém com tal mania de perfeição que não se dá o direito de errar. Não concordo. Eu digo que o tímido é alguém que tem vergonha de errar, de acertar, de ser julgado ignorante, de ser considerado inteligente, de ser taxado de prepotente... 
  Eu tenho vergonha de tudo. Mas já descobri − até há bastante tempo − o antídoto da timidez. Quando gosto e quero realmente alguma coisa, vergonha nenhuma me impede. Aí eu finjo que sou uma outra pessoa, coloco uma base no rosto para disfarçar a vermelhidão e vou em frente. É assim inclusive com essas crônicas, que tenho vergonha de publicar, mas gosto demais de escrever para parar. 
(Adaptado de: PIMENTA, Paula. Disponível em: www.patio.com.br. 13/12/2006) 

Observe o seguinte trecho do 5º parágrafo.
É assim inclusive com essas crônicas, que tenho vergonha de publicar, mas gosto demais de escrever para parar ...
Preservando a correção e a relação de sentido estabelecida com o elemento sublinhado, a frase acima pode ser completada com a seguinte expressão:
Alternativas
Q1041410 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão

Ai, que vergonha... 

   Sou tímida. Já nasci assim, veio de algum gene que meus pais me transmitiram, o que não deixa de ser estranho, já que sou incomparavelmente mais tímida que os dois juntos. 
   Só quem é tímido − e não me refiro aí aos falsos tímidos, aqueles que têm uma timidezinha boba de vez em quando, por exemplo, ao chegar a uma festa sem conhecer ninguém − sabe a dificuldade de se dizer “não” a um amigo ou de cobrar alguma coisa de alguém. E só nós tímidos sabemos também o quanto nos custa entrar em uma loja e experimentar uma roupa. O verdadeiro tímido tem vergonha de tudo e de todos. 
   Hoje em dia, depois de anos de teatro e terapia, melhorei demais. Muita gente me afronta e diz que não sou tímida nada, que eu nunca subiria em um palco se minha timidez fosse de verdade. Eu digo que uma coisa não tem nada a ver com a outra. O palco possui uma parede invisível, e quando subo nele é como se não visse ninguém. Além disso, quando as pessoas vão a alguma das minhas apresentações, é esperado que eu cante. Muito diferente é ir a um churrasco e me pedirem para tocar violão. Morro de vergonha. As pessoas param de conversar e ficam me olhando, na expectativa. A minha voz nem sai direito, tamanha a vontade de desaparecer do recinto. 
   Os psicólogos dizem que timidez, na verdade, é orgulho. O tímido seria alguém com tal mania de perfeição que não se dá o direito de errar. Não concordo. Eu digo que o tímido é alguém que tem vergonha de errar, de acertar, de ser julgado ignorante, de ser considerado inteligente, de ser taxado de prepotente... 
  Eu tenho vergonha de tudo. Mas já descobri − até há bastante tempo − o antídoto da timidez. Quando gosto e quero realmente alguma coisa, vergonha nenhuma me impede. Aí eu finjo que sou uma outra pessoa, coloco uma base no rosto para disfarçar a vermelhidão e vou em frente. É assim inclusive com essas crônicas, que tenho vergonha de publicar, mas gosto demais de escrever para parar. 
(Adaptado de: PIMENTA, Paula. Disponível em: www.patio.com.br. 13/12/2006) 

O período O tímido seria alguém com tal mania de perfeição que não se dá o direito de errar (4º parágrafo) está reescrito corretamente, preservando-se a relação de causa e efeito entre as orações, em:
O tímido seria alguém com extrema mania de perfeição
Alternativas
Q1041402 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

Como vamos lidar com robôs em casa, na educação e no trabalho?

    A combinação entre a imaginação dos escritores de ficção e a tendência a aceitar desafios dos cientistas costuma gerar revoluções nas nossas vidas. Assim também foi com o surgimento dos robôs. O nome foi usado pela primeira vez em uma peça teatral da década de 1920 para designar um ciborgue ficcional que tinha como principal tarefa servir à humanidade. 
  Desde então, passamos a ver robôs em todos os lugares: nas indústrias, montando ou soldando peças; nos atendimentos telefônicos; e até nos comandos de voz que damos aos assistentes digitais dos nossos smartphones. No entanto, nem todas essas automações são exatamente robôs. “Para se tornar um robô é preciso ser físico, como um carro autônomo ou um robô de operação industrial”, frisa Flavio Tonidandel, professor do Centro Universitário FEI e pesquisador de robótica e inteligência artificial (IA). Além de ter um corpo físico, outro pré-requisito é mover-se de forma autônoma, semiautônoma ou controlada a distância, bem como ser capaz de interagir com o ambiente.
   “Existe uma grande confusão entre os conceitos de robôs e de inteligência artificial”, afirma Tonidandel. Simplificando bastante, o professor explica que a IA seria o equivalente ao cérebro do robô, capaz de dar a ele potencial de tomada de decisão, raciocínio, aprendizagem e reconhecimento de padrões. 
  O desenvolvimento interdependente entre as tecnologias de IA e robótica trouxe uma nova geração de robôs, capazes de interagir com os humanos para executar tarefas, transitar pelos mesmos lugares que as pessoas e atuar como assistentes nas tarefas do dia a dia. É a chamada robótica de serviços, que promete levar robôs para dentro de casas, empresas, hospitais e até escolas. 
  Conviver com esses seres autônomos e com tendência a nos servir, contudo, traz novas questões. A que regras eles estarão sujeitos? O que poderão (ou não) fazer? Como fica o mercado de trabalho com a robotização de serviços que hoje ainda são feitos pelos humanos? São perguntas bem difíceis de responder, mas que fazem parte da próxima fronteira para a evolução da robótica.

(Adaptado de: LAFLOUFA, Jacqueline. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com. 30/05/2019) 
No trecho ... capaz de dar a ele potencial de tomada de decisão, raciocínio, aprendizagem e reconhecimento de padrões (3º parágrafo), o termo sublinhado pode ser corretamente substituído por
Alternativas
Q1041395 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.

Alerta hídrico: demanda mundial por água deve crescer 40% até 2030   

O elemento água está presente em quase tudo na Terra. Dois terços do planeta é composto por água. No entanto, apenas 2,5% é doce, e a maior parte está presa nas geleiras das calotas polares. A economia não gira e a sociedade não vive sem recursos hídricos, mas é preciso se contentar com 0,5% do suprimento disponível para uso. Contudo, a demanda mundial deverá aumentar 40% até 2030 e 55% até 2050, ano no qual se estima que mais de 40% da população mundial viverá em áreas de grave estresse hídrico. 
No Brasil, que tem a sorte de estar sobre o maior aquífero do globo, o Guarani, a demanda aumentou 80% nas últimas duas décadas, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA). A previsão do órgão é de que, até 2030, a retirada aumente 24%. “O histórico da evolução dos usos da água está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico e ao processo de urbanização do país”, diz estudo da agência. No entanto, o maior consumo de água é na irrigação agrícola. 
O uso da água no meio rural representa 83% da demanda de captação de água total brasileira, dos quais 72% são destinados à irrigação, prática em franca expansão no Brasil. Passou de 462 mil hectares em 1960 para 6,1 milhões de hectares em 2014, em especial por meio de pivôs centrais. “Assim, uma necessidade para o presente e o futuro é tornar mais eficiente a prática da irrigação. Estima-se hoje uma perda de 40% devido a sistemas inadequados de irrigação ou vazamentos nas tubulações”, diz o chefegeral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Augusto Boechat Morandi. 

(Adaptado de: KAFRUNI, Simone. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. 04/03/2019)  


Uma escrita alternativa para a frase Estima-se hoje uma perda de 40% devido a sistemas inadequados de irrigação ou vazamentos nas tubulações (3º parágrafo), com o sentido e a correção preservados, é:
Estima-se hoje que sistemas inadequados de irrigação ou vazamentos nas tubulações
Alternativas
Q1041394 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.

Alerta hídrico: demanda mundial por água deve crescer 40% até 2030   

O elemento água está presente em quase tudo na Terra. Dois terços do planeta é composto por água. No entanto, apenas 2,5% é doce, e a maior parte está presa nas geleiras das calotas polares. A economia não gira e a sociedade não vive sem recursos hídricos, mas é preciso se contentar com 0,5% do suprimento disponível para uso. Contudo, a demanda mundial deverá aumentar 40% até 2030 e 55% até 2050, ano no qual se estima que mais de 40% da população mundial viverá em áreas de grave estresse hídrico. 
No Brasil, que tem a sorte de estar sobre o maior aquífero do globo, o Guarani, a demanda aumentou 80% nas últimas duas décadas, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA). A previsão do órgão é de que, até 2030, a retirada aumente 24%. “O histórico da evolução dos usos da água está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico e ao processo de urbanização do país”, diz estudo da agência. No entanto, o maior consumo de água é na irrigação agrícola. 
O uso da água no meio rural representa 83% da demanda de captação de água total brasileira, dos quais 72% são destinados à irrigação, prática em franca expansão no Brasil. Passou de 462 mil hectares em 1960 para 6,1 milhões de hectares em 2014, em especial por meio de pivôs centrais. “Assim, uma necessidade para o presente e o futuro é tornar mais eficiente a prática da irrigação. Estima-se hoje uma perda de 40% devido a sistemas inadequados de irrigação ou vazamentos nas tubulações”, diz o chefegeral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Augusto Boechat Morandi. 

(Adaptado de: KAFRUNI, Simone. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. 04/03/2019)  


O trecho destacado em uma necessidade [...] é tornar mais eficiente a prática da irrigação estará corretamente substituído por: é necessário
Alternativas
Q1041393 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.

Alerta hídrico: demanda mundial por água deve crescer 40% até 2030   

O elemento água está presente em quase tudo na Terra. Dois terços do planeta é composto por água. No entanto, apenas 2,5% é doce, e a maior parte está presa nas geleiras das calotas polares. A economia não gira e a sociedade não vive sem recursos hídricos, mas é preciso se contentar com 0,5% do suprimento disponível para uso. Contudo, a demanda mundial deverá aumentar 40% até 2030 e 55% até 2050, ano no qual se estima que mais de 40% da população mundial viverá em áreas de grave estresse hídrico. 
No Brasil, que tem a sorte de estar sobre o maior aquífero do globo, o Guarani, a demanda aumentou 80% nas últimas duas décadas, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA). A previsão do órgão é de que, até 2030, a retirada aumente 24%. “O histórico da evolução dos usos da água está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico e ao processo de urbanização do país”, diz estudo da agência. No entanto, o maior consumo de água é na irrigação agrícola. 
O uso da água no meio rural representa 83% da demanda de captação de água total brasileira, dos quais 72% são destinados à irrigação, prática em franca expansão no Brasil. Passou de 462 mil hectares em 1960 para 6,1 milhões de hectares em 2014, em especial por meio de pivôs centrais. “Assim, uma necessidade para o presente e o futuro é tornar mais eficiente a prática da irrigação. Estima-se hoje uma perda de 40% devido a sistemas inadequados de irrigação ou vazamentos nas tubulações”, diz o chefegeral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Augusto Boechat Morandi. 

(Adaptado de: KAFRUNI, Simone. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. 04/03/2019)  


A expressão apenas 2,5% é doce (1º parágrafo) estará corretamente substituída por: apenas 2,5%
Alternativas
Q1041351 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.

Quem fala português não se limita a comer, a gente também gosta de falar sobre comida. Sendo duas coisas diferentes, na verdade são a mesma. A língua portuguesa tem um valor nutritivo que as outras não têm. Creio que é possível engordar a falar de comida em português. Vai uma linguicinha? E se amanhã fizéssemos um costelão? Boa sorte a traduzir estas perguntas para inglês, francês ou alemão.
Eles sabem (vagamente) o que é linguiça e costela. Mas nunca hão de saber o que é uma linguicinha e um costelão. Sem esses nomes, o sabor é diferente. Já tenho tomado refeições com gente que fala outras línguas e nunca vi nada parecido. Numa mesa de falantes de português, come-se, recordam-se refeições passadas e projetam-se refeições futuras. Falantes de português, depois de terem comido uma feijoada, recordam uma moqueca capixaba que comeram em 1987 e planejam o acarajé que vão fazer para o jantar do dia seguinte. A gente ama através da comida — e é um amor bruto, que é o único amor que vale a pena. Dizemos coisas que, apesar de carinhosas, estão bastante próximas do universo do crime. Por exemplo: “Você não sai daqui sem provar este vatapá”. Isso é vocabulário de sequestrador. Contudo, é ternura.

(Adaptado de: PEREIRA, Ricardo A. “Uma série de séries”. 08/09/19. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
Isso é vocabulário de sequestrador. Contudo, é ternura. (final do texto)
As frases acima articulam-se em um único período, sem prejuízo do sentido, em:
Alternativas
Q1041344 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo. 

Nisto entrou o moleque trazendo o relógio com o vidro novo. Era tempo; já me custava estar ali; dei uma moedinha de prata ao moleque; disse a Marcela que voltaria noutra ocasião, e saí a passo largo. Para dizer tudo, devo confessar que o coração me batia um pouco; mas era uma espécie de dobre de finados. O espírito ia travado de impressões opostas. Notem que aquele dia amanhecera alegre para mim. Meu pai, ao almoço, repetiu-me, por antecipação, o primeiro discurso que eu tinha de proferir na Câmara dos Deputados; rimo-nos muito, e o sol também, que estava brilhante, como nos mais belos dias do mundo; do mesmo modo que Virgília devia rir, quando eu lhe contasse as nossas fantasias do almoço. Vai senão quando, cai-me o vidro do relógio; entro na primeira loja que me fica à mão; e eis me surge o passado, ei-lo que me lacera e beija; ei-lo que me interroga, com um rosto cortado de saudades e bexigas... 
Lá o deixei; meti-me às pressas na sege, que me esperava no Largo de S. Francisco de Paula, e ordenei ao boleeiro que rodasse pelas ruas fora. O boleeiro atiçou as bestas, a sege entrou a sacolejar-me, as molas gemiam, as rodas sulcavam rapidamente a lama que deixara a chuva recente, e tudo isso me parecia estar parado. Não há, às vezes, um certo vento morno, não forte nem áspero, mas abafadiço, que nos não leva o chapéu da cabeça, nem rodomoinha nas saias das mulheres, e todavia é ou parece ser pior do que se fizesse uma e outra coisa, porque abate, afrouxa, e como que dissolve os espíritos? Pois eu tinha esse vento comigo; e, certo de que ele me soprava por achar-me naquela espécie de garganta entre o passado e o presente, almejava por sair à planície do futuro. O pior é que a sege não andava.
− João, bradei eu ao boleeiro. Esta sege anda ou não anda?
− Uê! nhonhô! Já estamos parados na porta de sinhô conselheiro. 

(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001, p. 135-136) 
O trecho e todavia é ou parece ser pior do que se fizesse uma e outra coisa (2º parágrafo) pode ser reescrito, sem prejuízo para o seu sentido original, da seguinte forma:
Alternativas
Respostas
4021: A
4022: B
4023: E
4024: B
4025: A
4026: E
4027: A
4028: C
4029: B
4030: E
4031: D
4032: E
4033: E
4034: B
4035: A
4036: B
4037: E
4038: D
4039: E
4040: A