Questões de Concurso Comentadas sobre regência em português

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Q1317191 Português

Escola inclusiva


    É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros consideram haver melhora nas escolas quando se incluem alunos com deficiência. O elevado grau de aceitação aparece em pesquisa Datafolha divulgada no Dia do Professor.

    Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e assumiu o dever de uma educação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal perspectiva generosa. Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou lei em 2015 e criou raízes no tecido social.

    A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualificados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer então de alunos com gama tão variada de dificuldades.

    Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para minorar preconceitos. A maioria dos entrevistados (59%), hoje, discorda de que crianças com deficiência devam aprender só na companhia de colegas na mesma condição.

    Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar, em cada estabelecimento, com pessoal capacitado para lidar com necessidades específicas de cada aluno. Este pode ser disléxico, deficiente visual ou diagnosticado com transtorno do espectro autista, para dar mais alguns exemplos.

    O censo escolar indica 1,2 milhão de alunos assim categorizados. Embora tenha triplicado o número de professores com alguma formação em educação especial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país. Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de aula.

    As experiências mais bem-sucedidas criaram na escola uma estrutura para o atendimento inclusivo, as salas de recursos. Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno e sua família para definir atividades e de auxiliar os docentes do período regular nas técnicas pedagógicas.

    Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compete ao Estado disseminar essas iniciativas exitosas por seus estabelecimentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar em salas especiais os estudantes com deficiência – que não se confunde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 16.10.2016. Adaptado)

Sem prejuízo ao sentido original e de acordo com a norma-padrão de regência, na passagem do quarto parágrafo – A maioria dos entrevistados (59%), hoje, discorda de que crianças com deficiência devam aprender só na companhia de colegas na mesma condição. – a forma verbal pode ser substituída por:
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Q1317042 Português
Quanto à regência e ao uso da crase, está correta, segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a frase:
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Ano: 2017 Banca: IF-MA Órgão: IF-MA Prova: IF-MA - 2017 - IF-MA - Nível Médio |
Q1316443 Português

Leia a tirinha de Quinono que segue:

Imagem associada para resolução da questão

Sobre a sintaxe dos termos das orações dos quadrinhos da tirinha de Quinino, podemos afirmar que:

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Q1312988 Português
No enunciado “Nós vamos encontrá-lo, para que ele responda pelos crimes que ele está sendo acusado” (policial, em entrevista ao JPB 1ª. Edição – 05/07/2015), registra-se um desvio da norma gramatical em relação:
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Q1310946 Português
Os Bonecos Gigantes de Olinda

Os Bonecos Gigantes surgem na Europa, provavelmente na Idade Média, sob a influência dos mitos pagãos escondidos pelos temores da inquisição. Chegam a Pernambuco através da pequena cidade de Belém do São Francisco, no sertão do estado.

Em 2008, o empresário e produtor cultural Leandro Castro criou uma nova geração dos Bonecos Gigantes. Uma equipe montada com diversos artistas, como Antônio Bernardo, Aluísio de Nazaré da Mata e a estilista Sineide Castro, responsável pelos figurinos dos bonecos, _____________ grandes ícones da história e cultura brasileira e personalidades mundiais como: Maurício de Nassau, D. Pedro I, Lampião, Michael Jackson, Luiz Gonzaga, Ariano Suassuna, Dominguinhos, Chacrinha, Alceu Valença, Chico Science, Elba Ramalho, Pelé, Jô Soares, Neymar, Os Beatles, Rita Lee, Roberto Carlos, David Bowie, Elvis Presley, entre outros.

A nova geração dos bonecos _____ impressionado bastante a todos pelo grande realismo das expressões faciais e pelos figurinos, o que originou o título de museu de cera popular itinerante. Este maior realismo foi obtido na inovação dos materiais utilizados, a matriz moldada em argila para posterior aplicação de fibra de vidro, material este mais leve e duradouro. As mãos dos bonecos _________________ em isopor para não machucar nenhum folião durante as apresentações. Os Bonecos de Olinda possuem uma altura média de 3,90m.

Em 2009, foi realizada, na segunda-feira de carnaval, a primeira Apoteose dos Bonecos Gigantes, no Sítio Histórico de Olinda, com 30 bonecos. Em 2016, o evento contou com mais de 80 bonecos revivendo grandes personalidades da cultura e história pernambucana, brasileira e mundial.

Atualmente os bonecos permanecem em exposição o ano inteiro na Embaixada de Pernambuco – Bonecos Gigantes de Olinda.

http://www.bonecosgigantesdeolinda.com.br/historia.php - adaptado

Em relação a algumas palavras do texto, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

(---) No trecho “impressionado bastante a todos pelo grande realismo” (terceiro parágrafo), o verbo “impressionar” é transitivo indireto, sendo assim, deveria haver crase em “à todos”.

(---) O plural do substantivo “segunda-feira” (quarto parágrafo) é “segundas-feiras”.

(---) No trecho “Em 2009, foi realizada, na segunda-feira de carnaval, a primeira Apoteose dos Bonecos Gigantes” (quarto parágrafo), deveria haver crase em “à primeira”, pois é uma locução adverbial constituída de substantivo feminino.

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Q1309980 Português
Assinalar a alternativa que apresenta a regência nominal CORRETA:
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Q1307580 Português

Leia a crônica de Ivan Angelo para responder à questão.



Janelas e varandas


      Varandas e janelas podem ser um campo interessante para observação nas metrópoles. Contribuições pessoais de moradores para a decoração da cidade. Espaços de expressão. Vitrines individuais.

      É da sacada do prédio que o morador da metrópole confere a paisagem, o tempo e a vida lá fora. Janelas separam o íntimo e o público, mas algumas pessoas não se importam de botar no espaço público um pouco do que é do íntimo.

       Rede estendida já vi mais de uma vez, em exíguas varandas, uma até com um homem em descuidada sesta. Nostalgia do Nordeste? De algum sítio? De uma minivaranda da Bela Vista1 , moça sentada de toalha nos ombros nus sob um secador de cabelos daqueles de pé e capacete, lendo revista. Casa dela ou salão de beleza improvisado? Em uma janela que dá para o Minhocão2 , uma gaiola com passarinho. Ave presidiária, condenada à feiura e ao barulho humanos. Será que canta? 

     Nesses espaços “públicos”, os ricos diferenciam-se principalmente pelas plantas, alguns com verdadeiras florestas. O povão ousa mais no pessoal. Como se fosse um quintal, lá põe rede, casa de cachorro, fogão quebrado, poleiro de papagaio, latão com planta, pendura bicicleta, monta churrasqueira...

    Mas, em certas ocasiões, como Natal e Copa do Mundo, todos se igualam e botam luzes piscantes ou bandeiras.

    É o que basta para pensarmos neles com uma distante camaradagem – oi, oi, estou aqui, sou um ser humano e cuido de um passarinho.



(VEJA SP, 05.10.2005. Adaptado)




1. Bela Vista: bairro paulistano.

2. Minhocão: famoso viaduto na cidade de São Paulo.

Considere as frases.


•  As varandas e janelas, ____quais o cronista descreve, são vitrines do comportamento humano.

•  O passarinho, ______quem o dono submete ao barulho e à feiura, aparece na janela de um edifício no Minhocão.


Para que as frases elaboradas a partir do texto estejam de acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por

Alternativas
Q1306147 Português
Em relação à regência nominal, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q1306146 Português
Assinale a alternativa em que a regência do verbo esteja empregada de forma correta:
Alternativas
Q1305475 Português
Analise as afirmativas a seguir:
(__) - O verbo “assistir”, no sentido de “ver”, exige preposição; (__) - O verbo “custar”, no sentido de “ser custoso”, não exige preposição; (__) - O verbo “visar”, no sentido de “mirar”, exige preposição; (__) - Quando usado na forma pronominal, o verbo “esquecer” exige preposição.
Considerando que (V) significa verdadeiro e (F) significa falso, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q1305153 Português

Leia o texto para responder à questão.


Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
     São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
     Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
      Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”

(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Considere o trecho para responder à questão. 



     Assim, Dona Tinzinha vai à loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho – ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer – conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo. 



Se a palavra “loja” fosse usada no plural (lojas), o pronome “onde” seria substituído por

Alternativas
Q1305149 Português

Leia o texto para responder à questão.


Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
     São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
     Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
      Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”

(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa correta, de acordo com a regência e com o acento indicativo da crase.
Alternativas
Q1293089 Português

Texto para a questão.




Yuval Noah Harari (trad. Paulo Geiger). Homo Deus: uma

breve história do amanhã. São Paulo: Companhia

das Letras, 2016, p. 47‐8 (com adaptações).

Assinale a alternativa correta em relação a aspectos linguísticos do texto.
Alternativas
Q1289421 Português
Leia o poema, a seguir, de Manuel Bandeira e assinale a alternativa INCORRETA:
Canção do Vento e da Minha Vida O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores… E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores,de folhas. O vento varria as luzes, O vento varria as músicas, O vento varria os aromas… E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De aromas, de estrelas, de cânticos. O vento varria os sonhos E varria as amizades… O vento varria as mulheres… E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos… O vento varria tudo! E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo. 
(Estrela da vida inteira,5 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974 p. 165-6)
Alternativas
Q1287330 Português
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência verbal.
Alternativas
Q1285791 Português
No ensino de Língua Portuguesa é fundamental o conhecimento, por parte do professor, da norma padrão da língua. Regras de concordância, regência, colocação pronominal são importantes na condução do processo de revisão de textos. Nas alternativas abaixo você deverá identificar qual das frases apresenta um problema em relação à norma padrão da língua.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FEPESE Órgão: SAP-SC Prova: FEPESE - 2019 - SAP-SC - Agente Penitenciário |
Q1278269 Português
Texto
O mundo: um espaço construído

O mundo, para Hannah Arendt, não é simplesmente o que nos rodeia, mas um espaço construído pelo trabalho e constituído pela ação. Construções e artefatos garantem aos seres humanos um lugar duradouro no meio da vida e da natureza, onde tudo aparece e desaparece, isto é, vida e morte se alternam constantemente. Nesse espaço construído, os seres humanos podem criar formas de convivência e interação que vão além da preocupação com a mera sobrevivência ou continuidade da espécie, embora as necessidades básicas não deixem de existir e precisem ser supridas antes de termos a possibilidade de participar no mundo.

Arendt distingue entre a atividade humana que se preocupa com as necessidades vitais – o labor – e as atividades que dizem respeito ao mundo humano – o trabalho, a ação e o pensamento. O labor corresponde a uma das condições da nossa existência na Terra: a vida. Para cuidar da nossa vida, precisamos satisfazer nossas necessidades, assim como o faz também qualquer outra espécie de seres vivos. Para satisfazer a fome, por exemplo, produzimos alimentos que, em seguida, consumimos. Esse ciclo de produção e consumo, originariamente ligado aos processos biológicos, na modernidade, extrapola cada vez mais a satisfação das necessidades meramente biológicas e se estende a outras. Não consumimos apenas alimentos, mas estilos de vida, produtos “culturais”, emoções, imagens. Contudo, embora o processo de produção e consumo seja cada vez mais exacerbado, a lógica que lhe é inerente continua sendo a mesma: a satisfação das necessidades sejam essas biológicas ou não.

O trabalho, por sua vez, está relacionado à mundanidade do ser humano, isto é, à necessidade de construir um espaço duradouro no meio de uma natureza onde tudo aparece e desaparece constantemente. Assim, o ser humano fabrica artefatos, objetos de uso e espaços que não se destinam ao consumo imediato, mas que lhe possam ser úteis e que lhe garantem uma estabilidade para ter um lar que ele não possui por natureza. A ação é a atividade mais especificamente humana. O que nos impele a agir é a condição da pluralidade dos seres humanos. A ação diz respeito à convivência entre seres humanos, que são singulares, mas não vivem no singular e sim no plural, ou seja, com outros. Essa é a característica fundamental da existência humana.

A pluralidade possibilita aos seres humanos constituírem um âmbito de ação no qual cada um pode se revelar em atos e palavras, o que não faria sentido de modo isolado, mas ganha sua relevância numa esfera que se estabelece entre as pessoas. É com suas ações que as pessoas constantemente criam e recriam o “espaço-entre” e, assim, estabelecem um mundo comum. A comunicação é fundamental para que possamos estabelecer algo compartilhado por todos. É por meio dela que a subjetividade de nossas percepções adquire uma objetividade. Assim, a existência de uma diversidade de pontos de vista é constitutiva para o mundo comum, que partilhamos com nossos contemporâneos, mas também com aqueles que nos anteciparam e com os que darão continuidade à nossa ação depois de nós.

ALMEIDA, Vanessa Sievers de. Educação e liberdade em Hannah Arendt. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 34, n.3, p. 465-479, set./ dez. 2008. [Adaptado]
Considere as frases a seguir retiradas do texto.
1. O mundo, para Hannah Arendt, não é simplesmente o que nos rodeia, mas um espaço construído pelo trabalho e constituído pela ação. (1º parágrafo) 2. Para satisfazer a fome, por exemplo, produzimos alimentos que, em seguida, consumimos. (2º parágrafo) 3. A pluralidade possibilita aos seres humanos constituírem um âmbito de ação no qual cada um pode se revelar em atos e palavras, o que não faria sentido de modo isolado, mas ganha sua relevância numa esfera que se estabelece entre as pessoas. (4º parágrafo)
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1277484 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.

1     Tenho um sonho que, acho, nunca realizarei: gostaria de ter um restaurante. Mais precisamente: gostaria de ser um cozinheiro. As cozinhas são lugares que me fascinam, mágicos: ali se prepara o prazer. O cozinheiro deve ser psicólogo, conhecedor dos segredos da alma e do corpo. Mas não sei cozinhar. Acho que devido a isso que escrevo. Escrevo como quem cozinha.
2     A relação entre cozinhar e escrever tem sido frequentemente reconhecida pelos escritores. É a própria etimologia que revela a origem comum de cozinheiros e escritores. Nas suas origens, sabor e saber são a mesma coisa. O verbo latino “sapare” significa, a um só tempo, tanto saber quanto ter sabor. Os mais velhos haverão de se lembrar que, num português que não se fala mais, usava- -se dizer de uma comida que ela “sabia bem”.
3     Suponho que Roland Barthes também tivesse uma secreta inveja dos cozinheiros. Se assim não fosse, como explicar a espantosa revelação com que termina um dos seus mais belos textos, A lição? Confessa que havia chegado para ele o momento do esquecimento de todos os saberes sedimentados pela tradição e que agora o que lhe interessava era “o máximo possível de sabor”. Ele queria escrever como quem cozinha – tomava os cozinheiros como seus mestres.
4     A leitura tem de ser uma experiência de felicidade. Por isso que Jorge Luis Borges aconselhou aos seus estudantes que só lessem o que fosse prazeroso: “Se os textos lhes agradam, ótimo. Caso contrário, não continuem, pois a leitura obrigatória é uma coisa tão absurda quanto a felicidade obrigatória”.
5     Esta é a razão por que eu gostaria de ser cozinheiro. É mais fácil criar felicidade pela comida que pela palavra... Os pratos de sua especialidade, os cozinheiros os sabem de cor. Basta repetir o que já foi feito. Mas é justamente isso que está proibido ao escritor. O escritor é um cozinheiro que a cada semana tem de inventar um prato novo. Cada semana que começa é uma angústia, representada pelo vazio de folhas de papel em branco que me comandam: “Escreva aqui uma coisa nova que dê prazer!” Escrever é um sofrimento. A cada semana sinto uma enorme tentação de parar de escrever. Para sofrer menos.

(Adaptado de: ALVES, Rubem. “Escritores e cozinheiros”. O retorno e terno. Campinas: Papirus, 1995, p. 155-158) 
Sem prejuízo do sentido e da correção gramatical, o termo sublinhado pode ser substituído pelo que se encontra entre parênteses em
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Q1275888 Português

Leia as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).


( ) O verbo “convidar” e “acender” no primeiro quadrinho possuem a mesma transitividade verbal.

( ) A forma verbal “deixemos” está conjugada no modo imperativo.

( ) Na frase “a lua está cheia”, o termo em destaque é predicativo do sujeito.

( ) A palavra “você” no último quadrinho é um vocativo, pois refere-se diretamente ao interlocutor, funcionando como um chamamento.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

Alternativas
Q1275598 Português
Leia o texto.

Defender a língua é, de modo geral, uma tarefa ambígua e até certo ponto inútil. Mas também é quase inútil e ambíguo dar conselhos aos jovens de uma perspectiva adulta e, no entanto, todo adulto cumpre o que julga ser seu dever. (...) Ora, no que se refere à língua, o choque ou oposição situam-se normalmente na linha divisória do novo e do antigo. Mas fixar no antigo a norma para o atual obrigaria este antigo a recorrer a um mais antigo, até o limite das origens da língua. A própria língua, como ser vivo que é, decidirá o que lhe importa assimilar ou recusar. A língua mastiga e joga fora inúmeros arranjos de frases e vocábulos. Outros, ela absorve e integra a seu modo de ser.

Vergílio Ferreira
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
661: A
662: E
663: C
664: B
665: B
666: D
667: C
668: C
669: B
670: C
671: D
672: C
673: E
674: D
675: A
676: D
677: B
678: C
679: E
680: A