Questões de Concurso
Sobre regência em português
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Texto I
Internet: <www.lfg.jusbrasil.com.br> (com adaptações).
No trecho “refere-se tão somente à liberdade de ir e vir” (L.6), o emprego do sinal indicativo de crase deve-se ao fato de a locução “tão somente” exigir complemento antecedido pela preposição a.
I. “Às academias de musculação não me adaptei." (linha 11).
II. “A memória às vezes falha, ou tarda, mas não a ponto de comprometer o trabalho ou a atividade intelectual." (linhas 14 e 15).
III. “E se a paisagem à frente se faz nebulosa, os caminhos percorridos mantêm-se banhados de luz." (linhas 28 e 29).
IV. “Para contrapor à labilidade do presente e à incerteza do futuro, temos as coisas findas, “muito mais que lindas", que permanecem – na nossa memória." (linhas 29 a 31).
Estão corretos os itens
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Disponível em: < http:// www.eletrobras.com/ elb/natrilhadaenergia/energia- eletrica/>. Acesso em: 15 jan. 2015, com adaptações.
“Nesse sentido, a observação dos patrimônios abre caminho para que tenhamos a oportunidade de nos reconhecer e reconhecer os outros."
Em qual das alternativas abaixo, um verbo tem a mesma regência que “convencer-se", no exemplo citado?
1 Pedindo vênia aos doutos ministros do Supremo Tribunal Federal que gastaram muito latim para julgar os réus do mensalão, vou gastar o meu pouco latim, que aprendi na lógica de Aristóteles em versão escolástica de Tomás de Aquino:
4 "Posita causa, positur effectus; variata causa, variatur effectus; sublata causa, tollitur effectus." O latim é macarrônico demais, não precisaria de tradução, mas aí vai: pondo, variando ou eliminando a causa, põe-se, varia-se ou elimina-se o efeito.
7 O efeito, até agora, foi a prisão de alguns dos condenados do mensalão, mas a causa não foi a corrupção pessoal dos autores materiais dos diversos crimes cuja causa seria o fortalecimento do governo petista, que mantém uma perspectiva operacional de permanecer 20 anos no poder.
11 Resumindo: mais uma vez, a causa de tantos crimes foi o poder, o poder em si mesmo, autor intelectual de uma vasta rede de corrupção em diferentes níveis.
13 Pelo que se apurou nas infindáveis sessões do Supremo Tribunal Federal, chegou-se a um "capo di tutti i capi" na pessoa simpática e já histórica de José Dirceu, que ocupava a sala ao lado de outra sala, por sinal, mais poderosa e da qual emanava o combustível que mantinha a engrenagem funcionando.
17 Do ponto de vista jurídico, a justiça parece que foi feita, em que pesem pequenos ajustes nas penas e até mesmo na mecânica dos crimes.
19 Do ponto de vista filosófico, o "quid prodest" que foi a causa da corrupção generalizada, a Justiça chegou até onde podia chegar, funcionários de média ou grande importância, não ultrapassando os limites que poderiam gerar uma grave e até mesmo sangrenta crise institucional.
Carlos Heitor Cony
Extraído de:http://www1.folha.uol.com.br/colunas/carlosheitorcony/2013/11/1373203-a-causa-e-o-efeito.shtml
Considere as seguintes propostas de alterações de formas verbais do texto, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) A substituição de insistem (l. 11) por porfiam não implica nenhuma alteração na estrutura da frase.
( ) O vocábulo terminar substituiria adequadamente dar conta (l. 17) sem acarretar alteração de regência.
( ) O uso de revezar em lugar de Alternar (l. 31) não produz necessidade de ajuste quanto à regência.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Considerando a fala do segundo quadrinho, caso a opção
por "chorar" se sobrepusesse à de "contar mentiras", a
maneira adequada de demonstrar tal relação, obedecendo
às regras de regência verbal, seria:
Pechada
1 O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de “Gaúcho”. Porque era gaúcho. Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um sotaque carregado.
2 — Aí, Gaúcho!
3 — Fala, Gaúcho!
4 Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora explicou que cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão grandes assim. Afinal, todos falavam português. Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações?
5 — Mas o Gaúcho fala “tu”! — disse o gordo Jorge, que era quem mais implicava com o novato.
6 — E fala certo — disse a professora. — Pode-se dizer “tu” e pode-se dizer “você”. Os dois estão certos. Os dois são português.
7 O gordo Jorge fez cara de quem não se entregara.
8 Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera.
9 — O pai atravessou a sinaleira e pechou.
10 — O quê?
11 — O pai. Atravessou a sinaleira e pechou.
12 A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do menino atravessara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em algum hospital. Gravemente pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do seu corpo.
13 — O que foi que ele disse, tia? — quis saber o gordo Jorge.
14 — Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou.
15 — E o que é isso?
16 — Gaúcho... Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu.
17 — Nós vinha...
18 — Nós vínhamos.
19 — Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma pechada noutro auto.
20 A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito.
21 “Sinaleira”, obviamente, era sinal, semáforo. “Auto” era automóvel, carro. Mas “pechar” o que era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra? Só muitos dias depois a professora descobriu que “pechar” vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para convencer o gordo Jorge de que era mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara outro apelido: Pechada.
22 — Aí, Pechada!
23 — Fala, Pechada!
(VERÍSSIMO, Luiz Fernando. In www.revistaescola.abril.com.br)
“Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera.” (8º §)
Quanto à regência, os verbos “chegar” e “explicar” empregados acima estariam mais adequados à norma culta da língua, se fosse dada ao período, sem alteração de sentido, a seguinte redação:
Os pais perderam a intimidade com as crianças. Esse
e outros efeitos da terceirização da educação e dos
cuidados de saúde
[...]Todos os dias as mulheres provam que são capazes de se dividir em muitas. Elas conciliam casa, trabalho, filhos, estudos, beleza com notável habilidade. O segredo é não almejar a perfeição.
Administro a vida como o equilibrista de pratos daqueles circos antigos. O importante não é manter cada prato girando perfeitamente. O importante é acudir cada um no momento certo para evitar que eles caiam.
Quando o bebê nasce, toda profissional vive o dilema do retorno ao trabalho. E, antes disso, vive o dilema da terceirização dos cuidados. O que é melhor? Deixar a criança na creche, com uma babá ou com a avó?
Todas as possibilidades têm prós e contras.A escolha depende da estrutura familiar e do orçamento do casal. O importante, em todas as opções, é não exagerar na terceirização. Minha filha teve babá. Creches que funcionam em horário comercial não são uma alternativa para jornalistas.Trabalhamos em horários irregulares, frequentemente à noite e de madrugada.
Nossa saída foi criar um sistema de semiterceirização. A babá não dormia no trabalho e folgava todos os sábados, domingos e feriados.
Eu e meu marido fazíamos um revezamento. Um dos dois chegava em casa a tempo de substituir a babá quando a jornada diária dela terminava. Em boa parte das manhãs e nos finais de semana, nossa filha era só nossa. Nunca a babá nos acompanhou ao pediatra, ao supermercado, ao restaurante, ao hotel, ao teatrinho infantil. Pudemos acompanhar o desenvolvimento do paladar. Com alegria, levávamos a Bia para conhecer frutas e legumes no hortifrutti ou na feira. Apresentamos sabores e texturas e hoje nos orgulhamos de ver as escolhas que ela é capaz de fazer. Aos sábados ou domingos, eu preparava cardápios para a semana inteira e comprava os ingredientes. Faço isso até hoje. Facilita a vida, evita desperdício e nos dá a certeza de comer bem durante a semana toda, mesmo que o preparo das refeições seja terceirizado.
Os pais precisam reassumir seu papel na educação alimentar. Durante a entrevista, Becker mencionou contradições comuns. “Os pais se preocupam com vento encanado e pés no chão frio, mas oferecem aos filhos lixo tóxico para eles comerem", afirma. Ao ouvir isso, me lembrei de outra historinha. Quando minha filha ainda estava na fase da papinha e decidíamos viajar de férias, a alimentação era um desafio. A babápreparava as sopinhas da semana em casa, congelávamos em diferentes potinhos e colocávamos numa bolsa térmica. No hotel, transferíamos tudo para o freezer. Como eram viagens curtas, sempre dava certo.
Um dia fizemos uma viagem um pouco mais longa, de carro. Resolvi passar no supermercado e comprar uma papinha pronta, dessas industrializadas, para oferecer a ela quando fizéssemos uma parada num restaurante de beira de estrada.
Planejei tudo direitinho. Só não contei com o apurado controle de qualidade da minha bebê. Tirei a tampa do produto e, na primeira colherada, ela cuspiu a gororoba longe. Fez uma careta horrível, como se eu estivesse oferecendo a ela alguma coisa imprópria para consumo humano.
Como desprezar essa sabedoria? Foi a primeira e última vez que uma papinha pronta entrou no nosso carrinho de supermercado.
Aprender a comer bem é um patrimônio para a vida toda, mas os pais negligenciam esse aprendizado. Acham que isso não é importante ou que não é função deles. Se preocupam mais em comprar o último iPad para os filhos do que em saber se eles reconhecem uma berinjela. Educar é difícil. Ter filhos é conhecer a vida selvagem. Precisamos menos de manuais de instrução e mais de bom senso. Acertamos aqui, erramos ali. É preciso ter serenidade para aceitar isso.
Sou mãe há quase 14 anos. Muita coisa vem por aí. O balanço geral, até agora, deixa a família satisfeita. Não terceirizamos além da conta. Não perdemos o contato. Não nos arrependemos.
Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/cristiane-segatto/
noticia/2013/12/quem-e-bo-seu-filhob.html
O terceiro sentimento, geralmente de quem conhece a ciência que motivou o filme, é o de tentar analisar a correspondência entre a ficção roteirizada no filme e os conceitos científicos que a norteiam. E, nesse sentido, “Interestelar" é um exemplo notável. Nem poderia ser diferente. O filme teve a consultoria científica do renomado físico-teórico Kip Thorne, o que faz da obra de Christopher Nolan uma bela oportunidade para discutir diversos aspectos das teorias da relatividade, restrita e geral. Existem exageros no roteiro que alguns poderão classificar como erros científicos, mas são necessários para dar ritmo e graça à narrativa.
É bom lembrar, por exemplo, que o efeito estilingue na ergosfera (região mais exterior) do buraco negro mostrado no filme, e que alguns podem considerar um exagero, foi sugerido por Roger Penrose, renomado físico-matemático britânico e colaborador do também físico britânico Stephen Hawking, um dos mais famosos cientistas da atualidade.
Se, ao entrar na ergosfera de um buraco negro em rotação (caso do Gargantua, de “Interestelar"), um objeto for dividido em dois, uma parte poderá ser sugada pelo buraco negro e a outra será ejetada para fora com energia maior do que a que entrou.
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/... - adaptado.
I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele prejudicou o consumidor. II. Como era esperado, preferiu mais a geração Y do que a X III. Sempre aspirou a uma posição de destaque na empresa.
Marque a alternativa CORRETA:
O AMOR POR ENTRE O VERDE
1º Não é sem frequência que, à tarde, chegando à janela, eu vejo um casalzinho de brotos que vem namorar sobre a pequenina ponte de balaustrada branca que há no parque. Ela é uma menina de uns treze anos, o corpo elástico metido nuns blue jeans e num suéter folgadão, os cabelos ___________ para trás num rabinho-de-cavalo que está sempre a balançar para todos os lados; ele, um garoto de, no máximo, dezesseis, esguio, com pastas de cabelo a lhe tombar sobre a testa e um ar de quem descobriu a fórmula da vida. Uma coisa eu lhes asseguro: eles são lindos, e ficam montados, um em frente ao outro, no corrimão da colunata, os joelhos a se tocarem, os rostos a se buscarem a todo momento para pequenos segredos, pequenos carinhos, pequenos beijos. São, na sua extrema juventude, a coisa mais antiga que há no parque, incluindo as velhas árvores que por ali espapaçam sua verde sombra; e as momices e brincadeiras que se fazem dariam para escrever todo um tratado sobre a arqueologia do amor, pois têm uma tal ancestralidade que nunca se há de saber ....... quantos milênios remontam.
2º Eu os observo por um minuto apenas para não perturbar lhes os jogos de mão e misteriosos brinquedos mímicos com que se entretêm, pois suspeito de que sabem de tudo o que se passa à sua volta. Às vezes, para descansar da posição, encaixam-se os pescoços e repousam os rostos um sobre o ombro do outro, como dois cavalinhos carinhosos, e eu vejo então os olhos da menina percorrerem vagarosamente as coisas em torno, numa aceitação dos homens, das coisas e da natureza, enquanto os do rapaz mantêm-se fixos, como a perscrutar desígnios. Depois voltam ....... posição inicial e se olham nos olhos, e ela se afasta com delicadeza os cabelos de sobre a fronte do namorado, para vê-lo melhor, e sente-se que eles se amam e dão suspiros de cortar o coração. De repente o menino parte para uma brutalidade qualquer, torce-lhe o pulso até ela dizer-lhe o que ele quer ouvir, e ela agarra-o pelos cabelos, e termina tudo, quando não há passantes, num longo e _____________ beijo.
3º – Que será – pergunto-me eu em vão – dessas duas crianças que tão cedo começam a praticar os ritos do amor? Prosseguirão se amando, ou de súbito, na sua jovem incontinência, procurarão o contato de outras bocas, de outras mãos, de outros ombros? Quem sabe se amanhã quando eu chegar ....... janela, não verei um rapazinho moreno em lugar do louro ou uma menina com a cabeleira solta em lugar dessa com os cabelos presos?
4º – E se prosseguirem se amando – pergunto-me novamente em vão – será que um dia se casarão e serão felizes? Quando, satisfeita a sua jovem sexualidade, se olharem nos olhos, será que correrão um para o outro e se darão um grande abraço de ternura? Ou será que se desviarão o olhar, para pensar cada um consigo mesmo que ele não era _____________ aquilo que ela pensava e ela era menos bonita ou inteligente do que ele a tinha imaginado?
5º É um tal milagre encontrar, nesse infinito labirinto de desenganos amorosos, o ser verdadeiramente amado... Esqueço o casalzinho no parque para perder-me por um momento na observação triste, mas fria, desse estranho baile de desencontros, em que frequentemente aquela que devia ser daquele acaba por bailar com outro porque o esperado nunca chega; e este, no entanto, passou por ela sem que ela o soubesse, suas mãos sem querer se tocaram, eles olharam-se nos olhos por um instante e não se reconheceram.
Vinicius de Moraes. Para viver um grande amor. Rio de Janeiro, José Olympio,
1987.
Faz diferença beber aos 17 ou aos 18 anos?
A venda de bebida alcoólica para menores pode deixar de ser uma contravenção penal para se tornar crime. Mas, afinal de contas, faz tanta diferença assim deixar alguém beber antes ou depois dos 18 anos?
Em termos fisiológicos, as diferenças entre um garoto de 17 e um de 18 anos são sutis e podem variar bastante entre as populações. Mas está claro que, quanto mais jovem for o indivíduo, mais exposto ele estará aos riscos do consumo de álcool.
O cérebro só se forma completamente no fim da adolescência. E substâncias químicas como o álcool e as drogas podem afetar de forma mais acentuada as vias neurais em desenvolvimento.
Por outro lado, muitos jovens são mais imunes aos efeitos tóxicos da bebida – você já deve ter reparado que a ressaca parece piorar com a idade. Assim, existe uma tendência a consumir quantidades maiores, o que aumenta o risco da dependência.
É pouco provável que criminalizar a venda de álcool para menores faça com que os adolescentes deixem de beber. Apesar de provocar danos cognitivos, acidentes graves e causar vício, essa é a substância à qual eles ainda têm maior acesso.
A questão é que ainda prevalece, no país, uma cultura de que não tem nada de mais um garoto de 15 ou 16 anos tomar cerveja ou vinho no almoço de família. Para alguns pais, é até sinal de virilidade. Essa noção é que pode, sim, ser modificada com regras mais claras para a venda e consumo de bebida. Isso não se modifica da noite para o dia, mas pode fazer a diferença no futuro, da mesma forma que ninguém mais, hoje, ousa acender um cigarro na sala de aula.
(http://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br/2015/02/25/faz-diferenca-beber-aos-17-ou-aos-18-anos. Acessado em 26.02.2015)
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Internet: <http://www.usp.br>. Acesso em 11/4/2015
(com adaptações).
Assinale a alternativa que apresenta problema de regência verbal:

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com a normapadrão da língua portuguesa.