Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q1630352 Português

Você já rebateu um absurdo hoje?


Os tempos de crise são um terreno fértil para os discursos de ódio e apelos autoritários.

Confrontá‐los no dia a dia é uma forma de evitar que se tornem, um dia, projetos reais.


    Tenho a péssima mania de responder absurdos com silêncio. Quanto maior o absurdo, menor a vontade de falar. Percebi a gravidade dessa relação porque tenho andado muito quieto ultimamente. A vida em rede me acostumou mal: habituado a conversar com quem já tem uma predisposição em ouvir, aprendi a despejar na internet, não sem certa arrogância, tudo o que tinha vontade de dizer e não disse quando o taxista falou que a cidade só teria jeito quando pegassem o bairro pobre, jogassem gasolina e botassem fogo. Ou quando a socialite levantou a taça de espumante e, com um olho na piscina e outro na bolsa Louis Vuitton, se disse assustada com a calamidade em que vivemos no Brasil.

    Tudo começou, acho, na adolescência, quando a vizinha gente‐boa levou uma tarde a me desejar boa sorte na minha viagem a São Paulo, onde dali em diante eu passaria a morar e estudar. Atenciosamente, ela me deu um roteiro de passeios, dicas, culturas e cuidados na metrópole. Ao fim da conversa, soltou um “só tome cuidado porque é uma cidade infestada por imigrantes, e eles estão acabando com tudo”. Ainda hoje me questiono por que não a rebati, ali, na lata. Foi porque só tinha 19 anos? Por não querer ser indelicado? Para não azedar a boa vizinhança? Mas de que vale ter vizinhos assim, que só te respeitam porque te veem como um igual?

    Na conversa, ela me pedia para reparar como os imigrantes de vários sotaques se espalhavam em nossa cidade do interior trazendo sujeira e insegurança. “Em São Paulo é ainda pior”, reforçava. Lembrei que, naquela época, uma série de assaltos a repúblicas estudantis das redondezas era noticiada pelos jornais locais. Pouco depois, a quadrilha foi identificada, e qual não foi o choque quando descobrimos que um vizinho nosso, branco e de classe média, estava envolvido. Na mesma época, acordamos certa manhã de sonos intranquilos com a Polícia Federal à porta do prédio. Os agentes estavam em busca de um morador, querido por todos, que integrava um suposto esquema ilegal de fabricação e comércio de couro. A realidade desmentia a tese daquela senhora que se gabava de ter livros por todo canto de casa, embora não tivesse olhos para entender o mundo para além da própria janela. “A insegurança é sempre o outro”, concluía comigo mesmo, sem jamais dizer nada.

    À medida que me adaptava à vida em São Paulo, e aos círculos menos inóspitos da vida universitária, me acostumei a falar em guetos. Neles, enquanto tentávamos entender a lógica da discriminação em um país ainda marcadamente desigual, dividíamos nossas angústias como numa roda de reabilitados. Falávamos da tia racista que achava um absurdo o namoro do artista mulato com a atriz branca. “Preconceito contra eles mesmos”, repetia a parente, para a concordância bovina de todos à mesa.

    A sequência era conhecida. “Bons eram os tempos dos militares; tomávamos cascudos, mas andávamos na linha”. “O Brasil é um país de belezas naturais e um povo criado na malandragem.” “Político é tudo igual.” “Virou gay porque faltou chinelada.” “Virou lésbica porque não encontrou o cara certo.” “Ninguém mandou usar saia.” E etc, etc. Nos círculos sociais, lidamos o tempo todo com autodidatas especializados em política e sociedade.

    Toda vez que essas conversas reaparecem, é como se eu tivesse a chance de rebater aquela vizinha, já sem as amarras da imaturidade. Dias atrás ela reapareceu em uma conversa num Café decorado e com ar‐condicionado. Vestia terno e tinha certeza que o calor tropical inibia a vocação do brasileiro ao trabalho. Exatamente à sua frente, separado apenas por um vidro blindado, um pedreiro se derretia para erguer um muro de tijolo sob o sol a pino. Pensei em apresentar um para o outro, mas, como sempre, calei.

     “Deixem falar. São só ignorantes”, dizem os amigos, enquanto guardam os cartuchos para os grandes debates com professores, autoridades públicas, grandes corporações etc.

    A verdade é que nessas manifestações gratuitas de ingenuidade/ignorância não está o exercício saudável do debate. Está a fórmula autoritária de falar e ser ouvido e, se rebatido, correr para a linha segura do tatame com uma velha muleta: “É só a minha opinião, você precisa respeitar”. Confundimos, então, silêncio com respeito, e determinamos arbitrariamente quem merece e quem não merece ser contrariado. Aquela lição canhestra herdada da ditadura, a de que política não se discute, ainda faz estragos: dizer o que se pensa se transformou em uma espécie de pregação a convertidos. Por aqui, debate, conflito e contraponto não sensibilizam consensos, mas melindres. Por isso, e para evitá‐los, calamos.

    Tempos atrás, quando todos pareciam satisfeitos em seus quadrados, essas pontas de fagulha pareciam inofensivas. Agora os tempos mudaram. Em parte devido à conjuntura mundial, em parte devido a apostas equivocadas dos governos locais, em parte devido à insensibilidade para perceber que os modelos se esgotaram, o cobertor se encurtou, as saídas se estreitaram, a crise se avizinhou, o pirão acabou e a primeira reação nesses guetos é garantir primeiro a sua farinha.

(Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/voce‐ja‐rebateu‐um‐absurdo‐hoje‐3639.html Acesso em: 09.03.2015. Adaptado.)

Assinale a alternativa em que o termo destacado NÃO foi utilizado com um sentido diferente do usual, ou seja, foi utilizado com o sentido comum do dicionário.
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Q1629785 Português

O banheiro e a cirurgia


A segurança jurídica é uma das bandeiras mais recorrentes dos transgêneros. Há no Supremo Tribunal Federal (STF) duas ações que envolvem os direitos de quem porta essa condição. Uma delas nasceu do caso de uma mulher trans que exige reparação por danos morais depois de ter sido proibida de usar o banheiro feminino de um shopping em Florianópolis, Santa Catarina. Ela teria sido retirada à força do local por um agente de segurança sob o argumento de que sua presença causaria constrangimentos. “Não respeitar essas pessoas é não respeitar a natureza”, disse o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no STF. O julgamento, no entanto, está parado desde novembro de 2015, quando o ministro Luiz Fux pediu mais tempo para analisar o tema. Na decisão inicial, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina entendeu que não houvera dano moral, mas “mero dissabor”.

 O outro processo no STF discute a possibilidade de alteração do gênero no registro civil mesmo sem a realização da cirurgia de mudança de sexo. No recurso, um homem trans questiona a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que permitiu a alteração de seu nome, mas não a mudança do sexo feminino para o masculina no registro civil. O tribunal entendeu que ele não havia realizado a cirurgia de adequação sexual. O julgamento da ação, iniciado em 2014, foi interrompido em abril deste ano. Foi retomado em junho. Quem defende o homem trans no caso é Gisele Alessandra Schmidt, da ONG Dignidade, a primeira advogada trans a subir à tribuna no plenário do STF. “Muitas pessoas não querem fazer a cirurgia de readequação genital, por ser invasiva”, diz Gisele. “É inadmissível atrelar a mudança de gênero a uma operação”.


(VEJA no . 42. 18 de outubro, 2017, p. 81)

Considerando o texto dado, assinale a alternativa em que o termo destacado corresponde ao termo dado entre parênteses.
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Q1629523 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.


Adolescência


       O apelido dele era “cascão” e vinha da infância. Uma irmã mais velha descobrira uma mancha escura que subia pela sua perna e que a mãe, apreensiva, a princípio atribuiu que era sujeira mesmo.

        – Você não toma banho, menino?
        – Tomo, mãe.
        – E não se esfrega?

       Aquilo já era pedir demais. E a verdade é que muitas vezes seus banhos eram representações. Ele fechava a porta do banheiro, ligava o chuveiro, forte, para que a mãe ouvisse o barulho, mas não entrava no chuveiro. Achava que dois banhos por semana era o máximo de que uma pessoa sensata precisava. Mais do que isso era mania.
      O apelido pegou e, mesmo na sua adolescência, eram frequentes as alusões familiares à sua falta de banho. Ele as aguentava estoicamente. Caluniadores não mereciam resposta. Mas um dia reagiu.
         – Sujo, não.
         – Ah, é? – disse a irmã. – E isto o que é?
         Com o dedo ela levantara do seu braço um filete de sujeira.
         – Rosquinha não vale.
         – Como não vale?
         – Rosquinha, qualquer um.
        Entusiasmado com a própria tese, continuou:
        – Desafio qualquer um nesta casa a fazer o teste da rosquinha! A irmã, que tomava dois banhos por dia, o que ele classificava de exibicionismo, aceitou o desafio.
        Ele advertiu que passar o dedo, só, não bastava. Tinha que passar com decisão. E, realmente, o dedo levantou, da dobra do braço da irmã, uma rosquinha, embora ínfima, de sujeira.
           – Viu só – disse ele, triunfante. – E digo mais: ninguém no mundo está livre de uma rosquinha. 
           – Ah, essa não. No mundo? Manteve a tese.
           – Ninguém.
           – A rainha Juliana?
           – Rosquinha. No pé. Batata.
          No dia seguinte, no entanto, a irmã estava preparada para derrubar a sua defesa.
         – Cascão... – disse simplesmente. – A Catherine Deneuve. Ele hesitou. Pensou muito. Depois concedeu. A Catherine Deneuve, realmente, não. A irmã, sadicamente, ainda fingiu que queria ajudar.
           – Quem sabe atrás da orelha?
         – Não, não – disse o Cascão tristemente, renunciando à sua tese. – A Catherine Deneuve, nem atrás da orelha.



Luis Fernando Verissimo. Adolescência. Comédias para se ler na escola.
Leia o trecho abaixo retirado do texto.
“A irmã, sadicamente, ainda fingiu que queria ajudar.”
Assinale a alternativa que apresenta um antônimo para a palavra destacada.
Alternativas
Q1629521 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.


Adolescência


       O apelido dele era “cascão” e vinha da infância. Uma irmã mais velha descobrira uma mancha escura que subia pela sua perna e que a mãe, apreensiva, a princípio atribuiu que era sujeira mesmo.

        – Você não toma banho, menino?
        – Tomo, mãe.
        – E não se esfrega?

       Aquilo já era pedir demais. E a verdade é que muitas vezes seus banhos eram representações. Ele fechava a porta do banheiro, ligava o chuveiro, forte, para que a mãe ouvisse o barulho, mas não entrava no chuveiro. Achava que dois banhos por semana era o máximo de que uma pessoa sensata precisava. Mais do que isso era mania.
      O apelido pegou e, mesmo na sua adolescência, eram frequentes as alusões familiares à sua falta de banho. Ele as aguentava estoicamente. Caluniadores não mereciam resposta. Mas um dia reagiu.
         – Sujo, não.
         – Ah, é? – disse a irmã. – E isto o que é?
         Com o dedo ela levantara do seu braço um filete de sujeira.
         – Rosquinha não vale.
         – Como não vale?
         – Rosquinha, qualquer um.
        Entusiasmado com a própria tese, continuou:
        – Desafio qualquer um nesta casa a fazer o teste da rosquinha! A irmã, que tomava dois banhos por dia, o que ele classificava de exibicionismo, aceitou o desafio.
        Ele advertiu que passar o dedo, só, não bastava. Tinha que passar com decisão. E, realmente, o dedo levantou, da dobra do braço da irmã, uma rosquinha, embora ínfima, de sujeira.
           – Viu só – disse ele, triunfante. – E digo mais: ninguém no mundo está livre de uma rosquinha. 
           – Ah, essa não. No mundo? Manteve a tese.
           – Ninguém.
           – A rainha Juliana?
           – Rosquinha. No pé. Batata.
          No dia seguinte, no entanto, a irmã estava preparada para derrubar a sua defesa.
         – Cascão... – disse simplesmente. – A Catherine Deneuve. Ele hesitou. Pensou muito. Depois concedeu. A Catherine Deneuve, realmente, não. A irmã, sadicamente, ainda fingiu que queria ajudar.
           – Quem sabe atrás da orelha?
         – Não, não – disse o Cascão tristemente, renunciando à sua tese. – A Catherine Deneuve, nem atrás da orelha.



Luis Fernando Verissimo. Adolescência. Comédias para se ler na escola.
Leia o trecho abaixo retirado do texto.
“E, realmente, o dedo levantou, da dobra do braço da irmã, uma rosquinha, embora ínfima, de sujeira.”
Assinale a alternativa que apresenta um sinônimo para a palavra destacada.
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Q1629491 Português
Leia o texto abaixo e responda à questão:

ENTÃO, ADEUS!
(Lygia Fagundes Telles)
    Isto aconteceu na Bahia, numa tarde em que eu visitava a mais antiga e arruinada igreja que encontrei por lá, perdida na última rua do último bairro. Aproximou-se de mim um padre velhinho, mas tão velhinho, tão velhinho que mais parecia feito de cinza, de teia, de bruma, de sopro do que de carne e osso. Aproximou-se e tocou o meu ombro:
    — Vejo que aprecia essas imagens antigas — sussurrou-me com sua voz débil. E descerrando os lábios murchos num sorriso amável: - Tenho na sacristia algumas preciosidades. Quer vê-las?
    Solícito e trêmulo foi-me mostrando os pequenos tesouros da sua igreja: um mural de cores remotas e tênues como as de um pobre véu esgarçado na distância; uma Nossa Senhora de mãos carunchadas e grandes olhos cheios de lágrimas; dois anjos tocheiros que teriam sido esculpidos por Aleijadinho, pois dele tinham a inconfundível marca nos traços dos rostos severos e nobres, de narizes já carcomidos... Mostrou-me todas as raridades, tão velhas e tão gastas quanto ele próprio. Em seguida, desvanecido com o interesse que demonstrei por tudo, acompanhou-me cheio de gratidão até a porta.
    — Volte sempre — pediu-me.
    — Impossível — eu disse. — Não moro aqui, mas, em todo o caso, quem sabe um dia... — acrescentei sem nenhuma esperança.
    — E então, até logo! — ele murmurou descerrando os lábios num sorriso que me pareceu melancólico como o destroço de um naufrágio.
     Olhei-o. Sob a luz azulada do crepúsculo, aquela face branca e transparente era de tamanha fragilidade, que cheguei a me comover. Até logo?... “Então, adeus!”, ele deveria ter dito. Eu ia embarcar para o Rio no dia seguinte e não tinha nenhuma ideia de voltar tão cedo à Bahia. E mesmo que voltasse, encontraria ainda de pé aquela igrejinha arruinada que achei por acaso em meio das minhas andanças? E mesmo que desse de novo com ela, encontraria vivo aquele ser tão velhinho que mais parecia um antigo morto esquecido de partir?!...
     Ouça, leitor: tenho poucas certezas nesta incerta vida, tão poucas que poderia enumerá-las nesta breve linha. Porém, uma certeza eu tive naquele instante, a mais absoluta das certezas: “Jamais o verei.” Apertei-lhe a mão, que tinha a mesma frialdade seca da morte.
    — Até logo! - eu disse cheia de enternecimento pelo seu ingênuo otimismo.
    Afastei-me e de longe ainda o vi, imóvel no topo da escadaria. A brisa agitava-lhe os cabelos ralos e murchos como uma chama prestes a extinguir-se. “Então, adeus!”, pensei comovida ao acenar-lhe pela última vez. “Adeus.”
    (...)
    Durante o jantar ruidoso e calorento, lembrei-me de Kipling. “Sim, grande e estranho é o mundo. Mas principalmente estranho...”
     Meu vizinho da esquerda quis saber entre duas garfadas:
    — Então a senhora vai mesmo nos deixar amanhã?
    Olhei para a bolsa que tinha no regaço e dentro da qual já estava minha passagem de volta com a data do dia seguinte. E sorri para o velhinho lá na ponta da mesa.   
    — Ah, não sei... Antes eu sabia, mas agora já não sei.

http://www.releituras.com/lftelles_entaoadeus.asp - acesso em 11/01/2017
Leia a citação abaixo, retirada do texto acima mencionado, e assinale a alternativa que indica a possível substituição da palavra em destaque, sem prejudicar o sentido da mensagem.
“Sob a luz azulada do crepúsculo, aquela face branca e transparente era de tamanha fragilidade, que cheguei a me comover.”
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Q1629452 Português

Neurocientista é alvo de mansplaining citando artigo que ela mesma escreveu


Enquanto palestrava, a especialista foi interrompida por homem que sugeriu a leitura de um estudo sobre o assunto – que ela mesma tinha escrito

REDAÇÃO GALILEU

05 NOV 2019 


A neurocientista Dra. Tasha Stanton contou no Twitter um episódio de machismo que sofreu durante a Conferência Australiana da Associação de Fisioterapia, que aconteceu no fim de outubro. Ela foi vítima de mansplaining com sua própria pesquisa científica.

Mansplaining é um termo em inglês usado para descrever o comportamento de alguns homens que assumem que uma mulher não conhece determinado assunto e insiste em explicá-lo, subestimando os conhecimentos da mulher.

O caso de Stanton é um exemplo de mansplaining: enquanto ela palestrava, um cientista homem a interrompeu no meio do discurso e sugeriu que ela lesse determinado artigo para "entender melhor" o assunto. O artigo que ele indicou, entretanto, tinha sido escrito pela própria palestrante.

"Espere aí por um segundo, amigo. Sou Stanton. Eu sou a autora do artigo que você acabou de mencionar'", ela disse naquele momento da palestra. Ela e outros cientistas da conferência riram da situação, mas ela ficou desconfortável com o acontecido.

"Só para ficar claro: eu nunca esperaria que as pessoas soubessem como sou fisicamente", ela escreveu posteriormente no Twitter. "Disse que era um grande elogio que ele recomendasse meu trabalho, que estava feliz por ele ter gostado e achado útil, mas que no futuro ele deveria ter cuidado para não assumir que outras pessoas não sabem as coisas." Stanton é professora na Universidade do Sul da Austrália (UniSA), já publicou mais de 60 artigos em periódicos científicos e foi palestrante em mais de 50 conferências. Ela completou seu doutorado na Universidade de Sydney em 2010 e atualmente é bolsista do Conselho Nacional de Pesquisa em Saúde e Medicina (NHMRC) da Austrália. Sua pesquisa tem como objetivo entender por que as pessoas sentem dor e por que, às vezes, a dor não desaparece. Seu trabalho abrange tanto a dor experimental quanto a clínica e, ela analisa como a educação e a atividade física desempenham papel na recuperação de dores crônicas.


Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/11/neurocientista-e-alvo-de-mansplaining-citandoartigo-que-ela-mesma-escreveu.html. Acesso em 05 de novembro de 2019.






Mansplaining é um termo em inglês usado para descrever o comportamento de alguns homens que assumem que uma mulher não conhece determinado assunto e insiste em explicá-lo, subestimando os conhecimentos da mulher.” O termo em destaque tem o mesmo significado que todas as palavras abaixo, EXCETO:
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Q1629242 Português

    [..] Homens cujo estado de espírito difere drasticamente da média dos demais existem desde as épocas mais remotas – assim como tratamentos para curá-los. No entanto, por séculos, acreditava-se que a loucura era causada pela vontade dos deuses sendo, portanto, parte do destino de alguns. Fosse para punir ou até mesmo para recompensar – o Alcorão conta como Maomé achava veneráveis os loucos, já que tinham sido abençoados com loucura por Alá, que lhes tirava o juízo para que não pecassem – fato é que a loucura estava associada com a ideia de destino e participava da vida social assim como outras formas de percepção da realidade. “A definição de loucura em termos de ‘doença’ é uma operação recente na história da civilização ocidental”, escreveu João Frayze-Pereira, no livro O que é a loucura. [...]

Disponível em: <https://super.abril.com.br/saude/louco-eu/> . Acesso em: 18 out. 2017.


A conjunção em destaque já que estabelece o sentido de 

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Q1628727 Português
Não há antonímia em
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Ano: 2017 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2017 - UFMT - Auxiliar em Administração |
Q1628541 Português

Leia o texto e responda à questão.


Café na dose certa para preservar a sua saúde  


“O café é a bebida que desliza para o estômago e põe tudo em movimento.” Quando registrou esta frase, o escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850), um aficionado do líquido – há quem diga que entornava de 20 a 50 doses por dia -, certamente se referia ao poder energizante do fruto do cafeeiro. Afinal, com o auxílio dele, o autor deu cabo de uma obra com mais de 10 mil páginas. O que Balzac não podia imaginar é quão feliz foi em deixar a frase assim, tão abrangente. Atualmente, a ciência já sabe que dar disposição é só uma das qualidades do café.  

O curioso é que ele chegou a amargar uma posição de desprestígio, mesmo sendo amplamente degustado. [...]. Segundo o médico, uma das explicações para esse bafafá todo tem a ver com o fato de que os primeiros estudos foram conduzidos com seu componente mais famoso, a cafeína – responsável pelo estado de excitação. “Só que os cientistas usavam altas doses e de uma só vez”, explica. Daí ocorriam batedeira no peito, aumento da pressão. [...]. Nesse sentido, o conteúdo da xícara seria mais poderoso que o vinho tinto. Certamente não é desculpa para exagerar, como Balzac fazia. De três a cinco xícaras por dia compõem a quantidade ideal para degustar dos seus benefícios. [...]. 


(Disponível em http://saude.abril.com.br/, acesso em agosto de 2017. Adaptado.)

O termo bafafá, utilizado em uma das explicações para esse bafafá todo tem a ver com o fato de que os primeiros estudos foram conduzidos com seu componente mais famoso, a cafeína [...], apresenta como sinônimos, resguardadas as flexões de gênero, nesse contexto:
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Ano: 2017 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2017 - UFMT - Auxiliar em Administração |
Q1628538 Português

Leia o texto e responda à questão.


Café na dose certa para preservar a sua saúde  


“O café é a bebida que desliza para o estômago e põe tudo em movimento.” Quando registrou esta frase, o escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850), um aficionado do líquido – há quem diga que entornava de 20 a 50 doses por dia -, certamente se referia ao poder energizante do fruto do cafeeiro. Afinal, com o auxílio dele, o autor deu cabo de uma obra com mais de 10 mil páginas. O que Balzac não podia imaginar é quão feliz foi em deixar a frase assim, tão abrangente. Atualmente, a ciência já sabe que dar disposição é só uma das qualidades do café.  

O curioso é que ele chegou a amargar uma posição de desprestígio, mesmo sendo amplamente degustado. [...]. Segundo o médico, uma das explicações para esse bafafá todo tem a ver com o fato de que os primeiros estudos foram conduzidos com seu componente mais famoso, a cafeína – responsável pelo estado de excitação. “Só que os cientistas usavam altas doses e de uma só vez”, explica. Daí ocorriam batedeira no peito, aumento da pressão. [...]. Nesse sentido, o conteúdo da xícara seria mais poderoso que o vinho tinto. Certamente não é desculpa para exagerar, como Balzac fazia. De três a cinco xícaras por dia compõem a quantidade ideal para degustar dos seus benefícios. [...]. 


(Disponível em http://saude.abril.com.br/, acesso em agosto de 2017. Adaptado.)

O sentido da expressão deu cabo de, utilizada em Afinal, com o auxílio dele, o autor deu cabo de uma obra com mais de 10 mil páginas, é o mesmo de
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Ano: 2017 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2017 - UFMT - Assistente em Administração |
Q1628388 Português

Tragédia anunciada


A ninguém terá espantado, decerto, a alta da violência no Rio de Janeiro neste 2017. A resignação com que se encara o fato dá medida do descalabro no Estado. Foram registradas, segundo o Instituto Fluminense de Segurança Pública, 3.457 mortes violentas de janeiro a junho, 15% acima do verificado no período correspondente de 2016. Trata-se do pior primeiro semestre desde 2009 (3.893).

Os danos à população fluminense não se limitam à segurança pública. A expansão irresponsável dos gastos públicos – amparada em uma alta efêmera das receitas do petróleo – levou o Rio a uma calamitosa situação financeira que comprometeu outros serviços básicos, como saúde e educação. Com o colapso das forças policiais, privadas de recursos de custeio e com salários em atraso, interromperam-se os bons resultados obtidos pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) na redução dos homicídios ao longo de quase uma década.

Restou ao governo federal, diante desse quadro, autorizar o envio das Forças Armadas ao Estado; comenta-se que a operação possa ser estendida até o final de 2018. Embora de fato necessária neste momento, a medida não passa de um paliativo; basta a saída dos militares para que os criminosos voltem a atacar. A longo prazo, a eficácia de qualquer política mais efetiva de segurança pública dependerá de um ambiente de maior normalidade orçamentária.

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/shtml. Adaptado. Acesso em: 05/08/2017.)

Em relação aos recursos linguísticos empregados no texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) O termo decerto, em A ninguém terá espantado, decerto, a alta da violência no Rio de Janeiro neste 2017, é um advérbio que expressa o sentido de afirmação.

( ) O termo alta, em a alta da violência no Rio de Janeiro neste 2017, apresenta o mesmo sentido de O médico lhe deu alta ontem.

( ) Em Foram registradas, segundo o Instituto Fluminense de Segurança Pública, 3.457 mortes violentas de janeiro a junho a concordância de gênero feminino se dá porque o núcleo do sujeito é mortes.

( ) Em comenta-se que a operação possa ser estendida até o final de 2018, o verbo poder encontra-se no presente do subjuntivo.

( ) Terá, dependerá e dá são exemplos de verbos no futuro do presente do indicativo.


Assinale a sequência correta.

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Q1628137 Português
A SÚBITA MUDANÇA DE PERCEPÇÃO SOBRE O ASSÉDIO SEXUAL

“Aquelas que rompem o silêncio”. Sob esse título, a revista Time destacou em sua capa de dezembro cinco mulheres que tiveram a coragem de denunciar haver sido vítimas de assédio ou abuso sexual. A revista decidiu escolher como personalidade do ano aquelas que protagonizaram a campanha #MeToo (#EuTambém), um movimento social que surpreendeu pela velocidade com que se espalhou e pelos efeitos fulminantes que teve. Desde o caso Weinstein, a denúncia ganhou uma força incontrolável e muitos homens com poder tiveram que deixar seus cargos depois de terem sido identificados como assediadores.

A campanha teve tanto efeito que agora muitos outros homens temem ser atingidos por esse vendaval. E muitos perguntam o que mudou para que a mera acusação de ter passado dos limites possa provocar agora destituições e demissões fulminantes. Para que comportamentos do passado que consideravam normais possam agora acabar custando caro a eles. O fenômeno é complexo, mas podemos supor vários fatores. O primeiro é uma mudança súbita de percepção social. Isso não é novo. Já ocorreu com a violência doméstica. O caso de Ana Orantes, assassinada pelo marido depois de ter denunciado na televisão uma vida de espancamentos e humilhações, marcou um ponto de inflexão na percepção social. A violência machista deixou de ser um assunto particular e passou a ser considerada uma realidade lacerante que era mantida oculta porque fazia parte das regras do jogo do poder machista.

O mesmo acontece com o assédio sexual. As pesquisas revelam que é um fenômeno muito difundido, mas dificilmente vem à luz porque faz parte das relações de poder. Aqueles que assediam ou abusam são homens que usam o poder para conseguir favores sexuais. No entanto, acontece que agora existem muitas mulheres com formação, autoestima e também poder suficiente para dizer basta. Algumas romperam a barreira do silêncio e muitas outras as seguiram, cansadas de uma humilhação que consideram insuportável. Não é por acaso que o ponto de inflexão tenha sido a queda do poderoso produtor de Hollywood. O fato de que as denunciantes sejam atrizes famosas e com grande projeção pública conferiu reconhecimento ao fenômeno: se elas sofreram assédio, o que não acontecerá com outras mulheres que não têm nenhum poder? [...].

(Milagros Pérez Oliva. Adaptado (disponível em: https://brasil.elpais.com/).
Com base no texto 'A SÚBITA MUDANÇA DE PERCEPÇÃO SOBRE O ASSÉDIO SEXUAL', leia as afirmativas a seguir:
I. A preposição “sob” no trecho “Sob esse título,...” poderia ser substituída por “a respeito de”, fazendo-se as adaptações necessárias, sem acarretar prejuízos para o texto. II. É transitiva indireta a forma verbal “teve” no excerto: “A campanha teve tanto efeito que agora...”.
Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1628082 Português
Algumas questões levantadas fazem sentido, como a obrigatoriedade de gravação da teleconsulta. Se não se exige tal coisa em encontros presenciais, por que fazê-lo quando se recorre a meios tecnológicos? Abre-se flanco considerável para deslizes de privacidade e se reforça o preconceito retrógrado contra a modalidade inovadora. 
As palavras em destaque foram empregadas, respectivamente, no sentido de
Alternativas
Q1628009 Português
Não é próprio falar sobre os alunos...


1 Gosto de ouvir conversas. Mania de psicanalista. É que nas conversas moram mundos diferentes do meu. Thomas Mann, no seu livro José do Egito, conta de um diálogo entre José e o mercador que o comprara para vendê-lo como escravo, no Egito: “Estamos a um metro de distância um do outro. E, no entanto, ao seu redor gira um universo do qual o centro és tu e não eu. E ao meu redor gira um universo do qual o centro sou eu, e não tu.”
2 Fascinam-me esses universos que me tangenciam e que, no entanto, estão distantes de mim. Gosto de ouvir conversas para viajar por outros mundos. Por vários anos eu viajei diariamente de trem, de Campinas para Rio Claro, onde eu era professor na antiga Faculdade de Filosofia. No mesmo vagão viajavam também muitos professores a caminho das escolas onde trabalhavam. Iam juntos, alegres e falantes... Por anos escutei o que falavam. Falavam sempre sobre as escolas. Era ao redor delas que giravam os seus universos. Falavam sobre diretores, colegas, salários, reuniões, relatórios, férias, programas, provas. Mas nunca, nunca mesmo, eu os ouvi falar sobre os seus alunos. Parece que no universo em que viviam não havia alunos, embora houvesse escolas. Se não falavam sobre alunos é porque os alunos não tinham importância. 
3 Participei da banca que examinou uma tese de doutorado cujo tema eram os livros em que, nas escolas, são registradas as reuniões de diretores e professores. A candidata se dera ao trabalho de examinar tais reuniões para saber sobre o que falavam diretores e professores. As coisas registradas eram as coisas importantes que mereciam ser guardadas para a posteridade. Nos livros estavam registradas discussões sobre leis, portarias, relatórios, assuntos administrativos e burocráticos, eventos, festas. Mas não havia registros de coisas relativas aos alunos. Os alunos, aqueles para os quais as escolas foram criadas, para os quais diretores e professoras existem, ausentes. Não, não era bem assim: os alunos estavam presentes quando se constituíam em perturbações da ordem administrativa. Os alunos, meninos e meninas, alegres, brincalhões, curiosos, querendo aprender, alunos como companheiros dessa brincadeira que se chama ensinar e aprender –– sobre tais alunos o silêncio era total.
4 Essa ausência do aluno –– não do aluno a quem o discurso administrativo das escolas se refere como “o perfil dos nossos alunos”, nem esse nem aquele, todos, aluno abstrato –– não esse mas aquele aluno de rosto inconfundível e nome único: esse aluno de carne e osso que é a razão de ser das escolas. Ah, é importante nunca se esquecer disso: alunos não são unidades bio-psicológicas móveis sobre os quais devem-se gravar os mesmos saberes, não importando que sejam meninos nas praias do Nordeste, nas montanhas de Minas, às margens do Amazonas, ou nas favelas do Rio. Os alunos são crianças de carne e osso que sofrem, riem, gostam de brincar, têm o direito de ter alegrias no presente, e não vão à escola para serem transformados em unidades produtivas no futuro. E é essa ausência desse aluno de carne e osso que está progressivamente marcando os universos que giram em torno da escola. Os professores não falam sobre os alunos.
5 Na verdade, não é próprio que os professores falem com entusiasmo e alegria sobre os alunos. Os alunos não são tema de suas conversas. Acontece nas escolas primárias (ainda escrevo do jeito antigo porque não acredito que a mudança de nomes mude a realidade...). Mas não só nelas. Lembro-me de uma brincadeira séria que corria entre os professores de uma de nossas universidades mais respeitadas. Diziam os professores que, para que a dita universidade fosse perfeita, só faltava uma coisa: acabar com os alunos... Brincadeira? Psicanalista não acredita na inocência das brincadeiras.
6 Com isso concordam os critérios de avaliação dos docentes, impostos pelos órgãos governamentais: o que se computa, para fins de avaliação de um docente, não são as suas atividades docentes, relação com os alunos, mas a publicação de artigos em revistas indexadas internacionais. O que esses critérios estão dizendo aos professores é o seguinte: “Vocês valem os artigos que publicam: publish or perish”!
7 Num universo assim definido pelo discurso dos burocratas o aluno, esse aluno em particular, cujo pensamento é obrigação do professor provocar e educar, se constitui num empecilho à atividade que realmente importa. Os raros professores que têm prazer e se dedicam aos seus alunos estão perdendo o tempo precioso que poderiam dedicar aos seus artigos. “Aquele que é um verdadeiro professor toma a sério somente as coisas que estão relacionadas com os seus estudantes – inclusive a si mesmo” (Nietzsche). Eu sonho com o dia em que os professores, em suas conversas, falarão menos sobre os programas e as pesquisas e terão mais prazer em falar sobre os seus alunos.


Extraído de: http://www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php?file=%2F212282%2Fmod_resource%2Fcontent%2F1%2FDesejodeEnsinarB log.pd
“E, no entanto, ao seu redor gira um universo do qual o centro és tu e não eu”. (1º Parágrafo)
O termo em destaque pode ser substituído, sem que haja perda de sentido, por:
Alternativas
Q1627869 Português
Você sabe o que são Fontes Históricas?

Para saber o que são fontes históricas, precisamos primeiramente entender que, ao desempenhar seu trabalho, o historiador faz um trabalho minucioso de pesquisa, esperando encontrar vestígios do passado que possam ajudá-lo a decifrar e entender a história. Esses vestígios são o que chamamos de fontes históricas. Em outras palavras, as fontes históricas são documentos que, através de seus sinais e interpretação, permitem que o historiador possa reconstruir e recontar a história.

Fontes como mapas, pergaminhos, jornais, cartas, diários, objetos, pinturas, utensílios, ferramentas, armas, esculturas, ossos humanos e de animais, e ainda fontes advindas de lendas e contos antigos trazidos pela tradição oral foram deixadas pelo mundo todo e encontrá-las faz parte de um processo grandioso, no qual outras áreas acabam envolvidas – como as da Antropologia, Paleontologia, Psicologia, Arqueologia, Paleografia, Heráldica, Numismática e outras tantas ciências capazes de auxiliar nesses estudos. É válido ressaltar, portanto, que as relações entre diversas fontes falam muito mais que uma fonte histórica isolada e que elas podem ter mais de uma interpretação.

(Disponível em: Editora Contexto - https://goo.gl/Mkgs2a, com adaptações)
Com base no texto 'Você sabe o que são Fontes Históricas?', leia as afirmativas a seguir:
I. A expressão “Em outras palavras” ratifica o que foi dito anteriormente. Por isso, poderia ser substituída, sem prejuízos para o sentido do texto, por “ou seja”, “isto é”, entre outras, de mesmo valor semântico. II. No trecho “... que, ao desempenhar seu trabalho, o historiador faz um trabalho minucioso de pesquisa...”, a palavra “que” é uma conjunção integrante. III. No fragmento “como as da Antropologia”, houve a supressão do vocábulo “históricas”, que o leitor consegue recuperar pelo contexto.
Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1627635 Português
Na historinha acima no segundo quadrinho o Cebolinha xinga a Mônica, fazendo o contrário do que ela havia pedido no primeiro quadrinho. Sabendo que o contrário de GORDUCHA é MAGRELA, relacione quanto o Sinônimo das palavras abaixo:
I. Relapso II. Extraordinário III. Porém IV. Necessário
( ) respeitoso, importante, admirável ( ) senão, falha, contudo ( ) desinteressado, faltoso, desaplicado ( ) fundamental, forçoso, imprescindível
Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1627536 Português
A palavra em negrito foi colocada corretamente na opção:
Alternativas
Q1627507 Português

Até O Fim

Chico Buarque


Quando eu nasci veio um anjo safado

O chato "dum" querubim

E decretou que eu estava predestinado

A ser errado assim

Já de saída a minha estrada entortou

Mas vou até o fim


"Inda" garoto deixei de ir à escola

caçaram meu boletim

Não sou ladrão, eu não sou bom de bola

Nem posso ouvir clarim

Um bom futuro é o que jamais me esperou

Mas vou até o fim 


Eu bem que tenho ensaiado um progresso

Virei cantor de festim

Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso

Em Quixeramobim

Não sei como o maracatu começou

Mas vou até o fim


Por conta de umas questões paralelas

Quebraram meu bandolim

Não querem mais ouvir as minhas mazelas

E a minha voz chinfrim

Criei barriga, a minha mula empacou

Mas vou até o fim 


Não tem cigarro acabou minha renda

Deu praga no meu capim

Minha mulher fugiu com o dono da venda

O que será de mim?

Eu já nem lembro "pronde" mesmo que vou

Mas vou até o fim  


Como já disse é um anjo safado

O chato "dum" Querubim

Que decretou que eu estava predestinado

A ser todo ruim

Já de saída a minha estrada entortou

Mas vou até o fim 

Fonte: Link: http://www.vagalume.com.br/chico-buarque/ate-o-fim-letras.html#ixzz40pxLnx3y 

Em “Que decretou que eu estava predestinado”, o verbo sublinhado pode ser substituído sem prejuízo de sentido por:
Alternativas
Q1627432 Português

Texto 7


Cultura visual e texto literário: variações

   No início dos anos noventa, num programa matinal da TV Globo dirigido ao público infantil, crianças entravam em disputa por um objeto qualquer, e a que apresentava o pior desempenho recebia, ou melhor, era castigada com um livro. O exemplo dispensa comentários ao estigmatizar a leitura como algo penoso e impertinente, enquanto fortalece uma reserva de mercado para a televisão entre os pixotes. Parece também concordar com a Bíblia, onde se lê no Eclesiastes 12.12: “E de se fazerem livros não há fim. E muita devoção a eles é fadiga para a carne”. E dá sua contribuição à velha guerra dos meios - o cinema acabaria com o teatro, a televisão liquidaria o teatro e o cinema, o CD Rom aposentaria o livro etc. - profecias com as quais os fatos se divertem, pois, na verdade, os veículos se reacomodam uns em relação aos outros, suas linguagens se entre mesclam na mais ora criativa, ora espúria intersemio-se. Pensemos no videogame, que é quadrinho, televisão, arte gráfica, computação, e não exterminou, aparentemente, sequer uma cantiga de roda até agora!

  O que o exemplo não explicita, porém, é seu desejo de impor uma temporalidade vazia. Para o entretenimento é preciso que o tempo passe sem ser notado, sem resistência, macio como o fluir gozoso do consumo. Assiste-se ao Domingão do Faustão para matar o tempo, mas lê-se Grande sertão: veredas para saborear melhor o tempo, enriquecendo-o com outros tempos. É inegável: o entretenimento dessensibiliza, ao passo que a boa literatura sobre-sensibiliza nossa inerência ao tempo, apondo-lhe pelo prazer uma nova qualidade. 


SANTOS, Jair Ferreira dos. Breve, o pós-humano: ensaios

contemporâneos. 2a. ed. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 2003.

O significado do termo destacado que está corretamente indicado é:
Alternativas
Q1627328 Português
Uma revista estampava em sua capa o título de uma reportagem sobre aposentados: “Velhos amigos velhos”.
Nesse caso, o adjetivo “velhos” muda de sentido conforme sua posição em relação ao substantivo; abaixo estão cinco pares de palavras com os adjetivos pospostos e você deve apontar aquele par cujo adjetivo varia de sentido, se anteposto.
Alternativas
Respostas
6221: C
6222: C
6223: A
6224: B
6225: C
6226: E
6227: E
6228: B
6229: C
6230: A
6231: A
6232: D
6233: D
6234: B
6235: C
6236: A
6237: B
6238: A
6239: E
6240: D