Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q1624317 Português

O texto a seguir foi extraído de uma crônica do escritor brasileiro Nelson Rodrigues. Examine-o para responder à próxima questão. 


“Hoje é muito difícil não ser canalha. Por toda a parte, só vemos pulhas. E nem se diga que são pobres seres anônimos, obscuros, perdidos na massa. Não. Reitores, professores, sociólogos, intelectuais de todos os tipos, jovens e velhos, mocinhas e senhoras. E também os jornais e as revistas, o rádio e a TV. Quase tudo e quase todos exalam abjeção. E por que essa massa de pulhas invade a vida brasileira? Claro que não é de graça nem por acaso. O que existe, por trás de tamanha degradação, é o medo. Por medo, os reitores, os professores, os intelectuais são montados, fisicamente montados, pelos jovens. O medo começa nos lares, e dos lares passa para a igreja, e da igreja passa para as universidades, e destas para as redações, e daí para o romance, para o teatro, para o cinema. Somos autores da impostura e, por medo adquirido, aceitamos a impostura como a verdade total. Eu fui, por muito tempo, um pusilânime como os reitores, os professores, os intelectuais, os grã-finos etc., etc. Tive medo, ou vários medos, e já não os tenho. Sofri muito na carne e na alma. Depois de tudo o que passei, o meu medo deixou de ter sentido. Posso subir numa mesa e anunciar de fronte alta: sou um ex-covarde”.

(Texto com adaptações).

Marque a alternativa que NÃO contém um sentido possível para a expressão “pulhas”.
Alternativas
Q1623973 Português

Você prefere seu açaí com granola, banana ou trabalho infantil?


         A árvore da fruta, de tronco fino e flexível, passa com frequência dos 20 metros de altura e faz parte da paisagem e dos quintais de boa parte dos ribeirinhos do Pará. É difícil encontrar quem não saiba fazer uma peconha, como é chamado o laço usado para subir nas palmeiras e que batiza quem ganha a vida colhendo açaí, os peconheiros. O trabalho exige destreza, e o aprendizado começa na infância.

        O Pará é o maior produtor de açaí do mundo. Vendemos, principalmente, para os EUA, Europa, Austrália e Japão. E grande parte da colheita é feita por menores de idade como Alessandro, em alguns casos em situações de trabalho análogo à escravidão.

        As crianças são especialmente valorizadas nesse mercado. Elas são leves, o que reduz acidentes com a quebra dos galhos. Para otimizar o trabalho, muitos peconheiros se arriscam pulando de uma palmeira para a outra. Assim não precisam perder tempo descendo e subindo de árvore em árvore. Quanto mais frutas colhidas no menor tempo, maior o lucro. [...]

       A participação de crianças e adolescentes na colheita do açaí prejudica outro ponto fundamental do desenvolvimento dos jovens: o desempenho escolar. Conversei com nove crianças e adolescentes entre nove e 14 anos que começaram a trabalhar subindo nos açaizais ainda com 11 ou 12 anos. Em comum: todas estão atrasadas na escola, e a maioria tem dificuldade para ler e escrever. Quem estuda de manhã falta às aulas devido ao horário da colheita, que se confunde com o da escola. As que estudam à tarde, devido ao cansaço, tem um rendimento menor ou até mesmo dormem em sala de aula. De acordo com o último Censo do IBGE, Abaetetuba, um dos centros de produção da fruta, está entre as cidades do Pará com maior número de crianças com até 10 anos fora da escola.

         Com 14 anos, Emerson, já um peconheiro experiente, repete pela quinta vez a terceira série. Pedi para olhar o seu caderno. O que deveriam ser palavras eram apenas riscos, que ele faz para fingir que está copiando as atividades que a professora passa no quadro. Emerson não sabe ler e escrever. Professora aposentada e coordenadora local da Cáritas, instituição de caridade da Igreja Católica, na região, Isabel Silva Ferreira explica que é comum encontrar professores que ignoram as faltas dos alunos. Muitos deles, diz, são, assim como Emerson e a família de Jacira, beneficiários do Bolsa Família e, se não comprovarem frequência escolar, acabam excluídos do programa.

[...]

      Apesar de já existir uma versão da fruta desenvolvida pela Embrapa que pode ser plantada em terra firme e cresce no máximo até três metros, um bom pedaço da produção de açaí paraense ainda depende dos peconheiros e seus facões nas alturas.

       Em novembro de 2018, uma força-tarefa do Ministério do Trabalho em conjunto com o Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública da União e Polícia Rodoviária Federal resgatou 18 trabalhadores em condições análogas à escravidão, entre eles dois adolescentes de 15 anos, na Ilha do Marajó, outro ponto de produção de açaí. Eles dormiam numa estrutura de madeira, sem paredes e com um teto improvisado com lona preta e folhas das palmeiras de açaí, não tinham água potável, banheiros e nenhum equipamento de proteção. Fiscalizações do tipo, infelizmente, são raras. A última havia acontecido em 2011, quando sete trabalhadores foram resgatados.

       No fim de 2018, um trabalho de conscientização começou a ser feito pelo Ministério Público do Trabalho do Pará e Amapá a fim de prevenir tragédias na colheita do açaí. O projeto pretende mapear as grandes empresas do Brasil que utilizam açaí e seus derivados, extraídos nos estados, e tentar negociar medidas que possam prevenir e sanear o trabalho infantil e o trabalho escravo na colheita da fruta.

(BARBOSA, Leandro. Você prefere seu açaí com granola, banana

ou trabalho infantil? Disponível em http://abet-trabalho.org.br/

voce-prefere-seu-acai-com-granola-banana-ou-trabalho-infantil/

Acesso em: 08/01/2020. Com adaptações.)

A palavra “ribeirinhos” (1º§) foi utilizada no texto com o sentido de:
Alternativas
Q1623735 Português
Sendo a flora existente rica em espécimes, o Dr. Fritz Muller, filósofo e naturalista, natural da Alemanha, que veio juntar-se ao Dr. Blumenau, já estando fundada e em franco progresso, fez amplos estudos sobre a flora existente em toda a região da colônia, inclusive sobre a planta denominada “timbó”.

Disponível em: https://www.timbo.sc.gov.br/a-cidade/curiosidades/ Acesso em: 26/maio/2019
Assinale a alternativa que indica corretamente um sinônimo possível para a palavra “inclusive” usada no texto:
Alternativas
Q1623611 Português
Uma deputada estadual de Santa Catarina recebeu críticas nas redes sociais após comparecer a posse na Assembleia Legislativa com um macacão decotado. A ex-prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva, do PDT, no dia 1º de fevereiro foi até a cerimônia e chamou a atenção pela roupa. Nas redes sociais, ela publicou uma foto dizendo que era o momento de “trabalhar”, no entanto, a maioria das pessoas reparou apenas no decote. [...]


Disponível em: https://www.metrojornal.com.br. Acesso em: 05/02/2019. [adaptado]
Assinale a única alternativa que contenha um sinônimo do verbo “reparar”, utilizada no texto:
Alternativas
Q1623586 Português
A (in)segurança pública e os reflexos na sociedade


José Ricardo Bandeira

        A cada dia que passa os cidadãos das grandes cidades e capitais brasileiras são obrigados a conviver com a explosão de violência e criminalidade que assola o país. Balas perdidas, arrastões, roubos e homicídios já não são surpresas em uma nação que tem a incrível taxa de mais de 60 mil assassinatos por ano.
        E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.
        A saber, nas últimas décadas, tornou-se prática obrigatória no Brasil combater a criminalidade por meio do enfrentamento policial em detrimento de muitas outras medidas racionais e científicas que poderiam trazer resultados sólidos.
        Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade.
        Apenas para ilustrar como os nossos governantes priorizam o enfrentamento policial, a primeira grande operação no Brasil ocorreu no dia 21 de março de 1963 na “comunidade da favela”, hoje conhecida como morro da Providência, no Rio. Com o apoio de um helicóptero, cerca de 500 policiais cercaram a comunidade e fizeram 200 presos. Daí por diante, essa foi a política de segurança implementada por praticamente todos os governadores do Brasil.
        Entretanto, ao priorizar o enfrentamento policial, os efeitos colaterais são inevitáveis. Há morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente.
        A segurança pública é uma ciência e, como tal, deve ser tratada e conduzida. Logo, a forma mais eficiente de lidar com a violência nas grandes cidades é por meio de investimento em inteligência, impedindo que drogas, armas e munições cheguem às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e pelas organizações criminosas. Asfixia-se, assim, suas ações e corta-se seus recursos — sem drogas, armas e munições, o crime naturalmente sucumbe.
        Todavia, nesse critério, o governo federal sempre foi o grande vilão da segurança pública, pois nunca impediu que drogas, armas e munições atravessassem fronteiras, percorressem estradas, portos e aeroportos e chegassem às comunidades.
        Em paralelo à aplicação das medidas de inteligência, é necessário também um grande projeto de geração de emprego e renda em substituição ao dinheiro gerado pela narcoeconomia que circula nas comunidades. Infelizmente, enquanto tais medidas não forem implementadas, continuaremos a velha política de enfrentamento e com a triste classificação de termos a polícia que mais mata e que mais morre no mundo. 

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2019
A expressão em detrimento de, no terceiro parágrafo
Alternativas
Q1623469 Português
De 10% a 15% dos que sofrem de depressão tentam acabar com a vida


    De fato, entre todos os fatores de risco, o maior previsor de suicídio é a ocorrência de doenças mentais. Segundo a OMS, 90% das pessoas que se suicidam apresentavam algum desequilíbrio, como depressão, transtorno bipolar, dependência de substâncias e esquizofrenia – e 10% a 15% dos que sofrem de depressão tentam acabar com a vida.
    Ainda assim, a OMS defende que 90% dos suicídios poderiam ser evitados. O desafio é cuidar das doenças mentais como cuidamos das outras doenças. Cerca de 60% das pessoas que se suicidam nunca se consultaram com um psicólogo ou psiquiatra. Imagine que estranho seria, por exemplo, se seis entre dez pessoas que quebram uma perna simplesmente não fossem a um ortopedista. Doença mental é apenas mais uma doença – e uma que pode causar o suicídio. Parece óbvio que o assunto deve ser visto como um problema de saúde pública.
    “O primeiro passo para a prevenção é falar sobre o suicídio. Ele deveria ser tratado como a aids e o câncer de mama, cujas campanhas de prevenção foram fundamentais para diminuir a incidência das doenças”, diz a psicóloga e coordenadora do Instituto Vita Alere, que faz prevenção ao suicídio, Karen Scavacini. Essa é também a visão da OMS. Em 2013, seus membros se comprometeram a desenvolver estratégias para reduzir a incidência de casos em 10% até 2020.
    O Japão é um exemplo de sucesso – e que tem índices historicamente altos. Até o fim dos anos 1990, o suicídio era considerado tabu. Não se deveria discuti-lo publicamente. Até que, em 1998, a incidência de casos cresceu mais de 8 mil em um ano e beirou as 33 mil mortes. A partir desse pico, filhos de vítimas foram à imprensa pedir atenção para o assunto, e o governo decidiu desenvolver medidas de saúde pública no país, que avaliavam fatores psicológicos, culturais e econômicos. Deu certo.
    Apesar de ainda ser alto, o número de japoneses que se suicidam ao ano caiu gradativamente, e em 2012 ficou abaixo dos 30 mil pela primeira vez em 14 anos.



Disponível em: https://super.abril.com.br/sociedade/sim-omelhor-e-falar-sobre-suicidio/ Acessado em: 24 de set. de 2018 (com adaptações). 
Assinale a alternativa em que a palavra entre parênteses substitui a palavra destacada sem prejuízo para a correção gramatical nem para o sentido do texto.
Alternativas
Q1623442 Português
Texto para responder à questão.

Eu sei, mas não devia

    Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
    A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
    A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá pra almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
    A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos. E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
    A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
    A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer filas para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.
    A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes. A abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e a ver comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
    A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
    A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
    A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
    A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(COLASANTI, Marina. A casa das palavras e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2002.)
Em “A sair do trabalho porque já é noite.” (3º§), a expressão destacada poderia ser substituída, mantendo-se o sentido original, por: 
Alternativas
Q1623435 Português
Texto para responder à questão:

Consumo e felicidade
    Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”, do caderno Vitrine, da Folha, ter comprado champanhe, flores, foie gras, laranjas, cogumelos selvagens, água, jornal, pão, um CD e entradas para o cinema.
    O que uma pessoa compra dá uma boa noção de como ela vive. No caso do chef, tudo o que ele comprou foi para o consumo em família, para presentear um amigo e sair com a mulher.
    Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.
[...]
    Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.
    A aquisição de mercadorias satisfaz nossos desejos e providencia nossa felicidade. Mas os desejos são inesgotáveis. Brotam de todo contato que temos com o que existe no mundo. Um dá lugar a outro, e satisfazê-los é tarefa impossível.
    Como as mercadorias são produzidas com a finalidade primeira de serem compradas, a sociedade de consumo precisa permanentemente provocar nossa insatisfação com o que temos e atiçar nosso desejo pelo que ainda não temos. Toda propaganda de alguma mercadoria sugere, subliminarmente, que aquela que temos está ultrapassada e não pode nos oferecer o que a nova poderá. Não comprá-la é ficar em falta com nós mesmos e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.    
    Enredados nesse modo-contínuo de insatisfação/ descarte/consumo, compreendemos a máxima da vida: sempre seremos felizes por pouco tempo.
    Toda suposta felicidade antecipa uma infelicidade. E, enquanto saltamos de uma infelicidade a outra, a almejada felicidade passa a ser um breve intervalo, sempre imperceptível.
    A felicidade, substituída pela satisfação de desejos nunca aplacáveis, jamais é experimentada. O que nos resta é a ansiedade da felicidade.
    As compras do chef francês sugerem que ele se desvia dessa sedução consumista. Fruir, mais do que ter. E não apenas o sabor do foie gras ou dos cogumelos, mas o prazer de repartir com amigos e familiares pequenos prazeres. Celebração e simplicidade.

(DULCE CRITELLI, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de “Educação e Dominação Cultural” e “Analítica de Sentido” e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana [email protected] Cristiane Segatto. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1211200901.htm. Acesso em: 01/2020. DULCE CRITELLI/FOLHAPRESS. Adaptado.)
Em “enquanto saltamos de uma infelicidade a outra” (8º§), é possível observar que o emprego do termo destacado no enunciado demonstra um novo significado que lhe é atribuído em um contexto particular de uso por meio de um recurso estilístico da linguagem. Observe a seguir o emprego da linguagem considerando o mencionado anteriormente.
O adolescente
Adolescente, olha! A vida é nova...
A vida é nova e anda nua
– vestida apenas com o teu desejo!
(QUINTANA, Mario. O livro de haicais. São Paulo: Globo, 2009.)
Pode-se afirmar que:
Alternativas
Q1623430 Português
Texto para responder à questão:

Consumo e felicidade
    Patrick Terrien, chef francês e diretor da escola de culinária Le Cordon Bleu, declarou à coluna “As últimas 10 coisas que comprei”, do caderno Vitrine, da Folha, ter comprado champanhe, flores, foie gras, laranjas, cogumelos selvagens, água, jornal, pão, um CD e entradas para o cinema.
    O que uma pessoa compra dá uma boa noção de como ela vive. No caso do chef, tudo o que ele comprou foi para o consumo em família, para presentear um amigo e sair com a mulher.
    Comprou coisas que não duram nem podem ser exibidas, mas podem tornar a relação entre as pessoas próximas a ele mais agradável e apetitosa.
[...]
    Mas, na sociedade de consumo, vivemos para sermos felizes por meio do que adquirimos. Paradoxalmente, por meio daquilo que descartamos.
    A aquisição de mercadorias satisfaz nossos desejos e providencia nossa felicidade. Mas os desejos são inesgotáveis. Brotam de todo contato que temos com o que existe no mundo. Um dá lugar a outro, e satisfazê-los é tarefa impossível.
    Como as mercadorias são produzidas com a finalidade primeira de serem compradas, a sociedade de consumo precisa permanentemente provocar nossa insatisfação com o que temos e atiçar nosso desejo pelo que ainda não temos. Toda propaganda de alguma mercadoria sugere, subliminarmente, que aquela que temos está ultrapassada e não pode nos oferecer o que a nova poderá. Não comprá-la é ficar em falta com nós mesmos e não pertencer ao círculo especial dos que já a adquiriram.    
    Enredados nesse modo-contínuo de insatisfação/ descarte/consumo, compreendemos a máxima da vida: sempre seremos felizes por pouco tempo.
    Toda suposta felicidade antecipa uma infelicidade. E, enquanto saltamos de uma infelicidade a outra, a almejada felicidade passa a ser um breve intervalo, sempre imperceptível.
    A felicidade, substituída pela satisfação de desejos nunca aplacáveis, jamais é experimentada. O que nos resta é a ansiedade da felicidade.
    As compras do chef francês sugerem que ele se desvia dessa sedução consumista. Fruir, mais do que ter. E não apenas o sabor do foie gras ou dos cogumelos, mas o prazer de repartir com amigos e familiares pequenos prazeres. Celebração e simplicidade.

(DULCE CRITELLI, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, é autora de “Educação e Dominação Cultural” e “Analítica de Sentido” e coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana [email protected] Cristiane Segatto. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1211200901.htm. Acesso em: 01/2020. DULCE CRITELLI/FOLHAPRESS. Adaptado.)
NÃO evidencia corretamente o significado dos termos destacados de acordo com o contexto em que são apresentados:
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Q1623406 Português
Trabalho escravo ainda é uma realidade no Brasil

     O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas a de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
     Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
Fonte: (https://www.cartacapital.com.br/educacao/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/). 
Sobre a utilização do vocábulo “tampouco” no texto, é CORRETO afirmar que
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Q1623404 Português
Trabalho escravo ainda é uma realidade no Brasil

     O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas a de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana.
     Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
Fonte: (https://www.cartacapital.com.br/educacao/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/). 
Em: “... mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas de escravidão...” e “O trabalho escravo não é somente um violação trabalhista...”, o adjetivo ANÁLOGAS e o substantivo VIOLAÇÃO podem ser substituídos, sem alteração de sentido nas frases, respectivamente pelos termos
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Q1623401 Português
No trecho “ O carnaval está cada vez mais aristocrático”, pode-se substituir o termo destacado sem perda de sentido por:
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Q1623394 Português
Leia o Conto abaixo, intitulado “Para que ninguém a quisesse” e responda a questão. 

      Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jóias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.
    Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair. Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
    Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela.
    Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.
    Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.
(COLASANTI, Marina. “Para que ninguém a quisesse”. In: Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. P. 111-2).
No fragmento abaixo transcrito, estão em destaque duas expressões. Da análise do contexto em que cada vocábulo ocorre, depreende-se uma relação de sinonímia com quais das expressões elencadas na sequência?
“[...] Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jóias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia a passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos. Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praça. E evitava sair. [..]”
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Q1623392 Português


(ITURRUSGARAI, A. Disponível em https://piaui.folha.uol.com.br/.Acesso em: 14 abril.2019).

Considerando o contexto da tirinha, a expressão “gente fina” no segundo quadrinho poderia ser substituída sem prejuízo semântico por
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Q1623018 Português

Leia o texto.


Sempre fora invejosa; com a idade aquele sentimento exagerou-se de um modo áspero, invejava tudo na casa: a sobremesas que os amos comiam, a roupa branca que vestiam. As noites de soirée* , de teatro, exasperavam-na. Quando havia passeios projetados, se chovia de repente, que felicidade! O aspecto das senhoras vestidas e de chapéu, olhando por dentro das vidraças com um tédio infeliz, deliciava-a, fazia-a loquaz:

— Ai, minha senhora! É um temporal desfeito! É a cântaros, está para todo o dia! Olha o ferro!

E muito curiosa; era fácil encontrá-la, de repente, cosida por detrás de uma porta com a vassoura a prumo, o olhar aguçado. Qualquer carta que vinha era revirada, cheirada… Remexia sutilmente em todas as gavetas abertas; vasculhava em todos os papéis atirados. Tinha um modo de andar ligeiro e surpreendedor. Examinava as visitas. Andava à busca de um segredo, de um bom segredo! Se lhe caía um nas mãos!

Era muito gulosa. Nutria o desejo insatisfeito de comer bem, de petiscos, de sobremesas. Nas casas em que servia ao jantar, o seu olho avermelhado seguia avidamente as porções cortadas à mesa; e qualquer bom apetite que repetia exasperava-a, como uma diminuição de sua parte. De comer sempre os restos ganhava o ar agudo – o seu cabelo tomara tons secos, cor de rato. Era lambareira: gostava de vinho; em certos dias comprava uma garrafa de oitenta réis, e bebia-a só, fechada, repimpada, com estalos da língua, a orla do vestido um pouco erguida, revendo-se no pé.


Eça de Queirós. O primo Basílio


*espécie de reunião social

Observe as frases retiradas do texto e assinale a alternativa que traduz corretamente o significado da palavra sublinhada no contexto.
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Q1622980 Português
Considere os destaques nos enunciados a seguir:

I- Depois que a chuva passou, um sol forte iluminou a cidade.
II- Nas eleições de 2018, o candidato X estava em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais, mas o candidato Y, nas últimas pesquisas, passou o seu adversário e conquistou o primeiro lugar.
III- Por mais de duas décadas, um agente secreto americano passou informações militares para os russos.
IV- Com a reestruturação administrativa da empresa, o competente funcionário passou a diretor comercial.

Considerando-se as questões relacionadas à regência verbal, julgue cada uma das afirmações acerca dos enunciados e, em seguida, marque V para Verdadeiro e, F para Falso.

( ) Em todas as orações, o verbo passar tem o mesmo significado.
( ) Em I, passar significa “chegar ao fim” e é um verbo intransitivo.
( ) Em II, passar significa “superar” e é um verbo transitivo direto.
( ) Em III, passar significa “transmitir”, “transferir” e tem dois objetos: “segredos militares” (objeto direto) e “para os russos” (objeto indireto).
( ) Em II e IV, passar tem significados diferentes, mas têm a mesma transitividade.
( ) Em IV, passar significa “tornar-se, transformar-se em” e funciona como verbo de ligação, tendo como predicativo o termo “diretor comercial”.

O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa:
Alternativas
Q1622970 Português
Escreva V ou F, conforme sejam Verdadeiras ou Falsas as proposições sobre alguns aspectos linguísticos do texto.


( ) “Levanto cedo, faço minhas abluções...” (linha 1). A palavra destacada pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por “orações”.

( ) No excerto “[...] o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.” (Linhas 19-20), “como” é uma conjunção coordenativa.

( ) Em: “[...] eu era rapaz naquele tempo!” (Linha 21), a palavra destacada exerce a função sintática de predicativo.

( ) “Então você não é ninguém? Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido.” (Linhas 11-12).Para esclarecer a forma como aprendera a expressão “não é ninguém!”, o autor empregou uma oração subordinada substantiva.

A sequência CORRETA é: 
Alternativas
Q1622830 Português
Assinale a alternativa CORRETA para referente aos sinônimos, antônimos dos vocábulos sublinhados.
“ Aquela lanchonete tem um lanche saboroso ”.
Alternativas
Q1622787 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


(Disponível em: https://www.huffpostbrasil.com/entry/como-criar-habito – texto adaptado especialmente para esta prova).

Analise as seguintes propostas de substituições de conectores do texto:
I. “No entanto” (l. 21) tem o mesmo valor de Conquanto e poderia ser substituído por esse conector. II. “De acordo com” (l. 25) poderia ser substituído por Para. III. O conector “já que” (l. 34) tem valor causal e poderia ser substituído por ‘visto que’.
Quais estão corretas?
Alternativas
Q1622725 Português
Considerando o título do filme “A Ascensão Skywalker”, assinale a alternativa que apresenta sinônimo possível para o vocábulo “ascensão”, desconsiderando eventuais alterações de gênero.
Alternativas
Respostas
6261: C
6262: C
6263: B
6264: A
6265: D
6266: D
6267: B
6268: C
6269: B
6270: D
6271: D
6272: A
6273: B
6274: C
6275: B
6276: E
6277: C
6278: C
6279: D
6280: E