Questões de Português - Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos. para Concurso

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Q2109864 Português
Leia o texto para responder à questão.

  Finalmente minhas férias estavam chegando e eu mal podia esperar: passagens compradas, hotel reservado e as malas prontas para fazer uma das coisas que mais amo na vida – viajar sozinha.
   Inicialmente, eu planejava fazer uma viagem com meu pai – com quem eu não viajava há décadas, desde a minha adolescência, salvo engano. Mas, as agendas não se encontraram, decidi ir sozinha mesmo e meu pai se planejou para fazer o mesmo em março do ano seguinte. Paciência, nossas férias juntos teriam que aguardar uma vez mais.
   Faltava apenas uma semana para a tão aguardada viagem e a diretoria da instituição onde eu trabalhava me disse que um novo diretor iria chegar e queriam que eu postergasse minhas férias para dali a um ou dois meses, pois gostariam que eu o apoiasse em sua adaptação. Fiquei inconformada, mal-humorada. Afinal, eu nem me reportava à Diretoria Administrativa Financeira.
   Disseram-me que eu não era obrigada, mas seria muito importante se eu pudesse fazer isso. Eu fiquei bastante tentada a responder que não – minhas férias eram inegociáveis. O fato é que as cancelei, mas não sem antes negociar para que eu pudesse, então, gozar de meus dias de descanso imediatamente após o Carnaval. E assim aconteceu. Desfiz as malas, cancelei tudo e voltei a trabalhar.
   Quando finalmente fevereiro trouxe o Carnaval para me animar, o que aconteceu foi exatamente o contrário. Minha prima, médica, que estava acompanhando meu pai em consultas e exames, me chamou para um café e me contou (a contragosto dele) que o caso era grave e delicado e tudo indicava que se tratava de um tumor, tido como um dos mais agressivos.
   No meu primeiro dia de férias, eu prontamente o levei para seu último exame. A confirmação do diagnóstico veio rápido e, com ela, a corrida contra o tempo para agendar uma cirurgia e tentar retirar o tumor o mais rápido possível.
   Nos dez dias de espera que antecederam sua internação, pudemos lembrar o passado, ver fotos, conversar sobre assuntos sérios, polêmicos, engraçados e amenos. Fiz massagem nos seus pés, fizemos planos para as próximas férias e ficamos em silêncio apenas, aproveitando o prazer de simplesmente estarmos juntos.
   Nem que eu quisesse eu conseguiria ter planejado melhor essas férias – as últimas que pude passar junto ao meu pai, viajando para dentro do coração, do afeto e da gratidão.


(Natalia Moriyama. Um adiamento de férias me
permitiu passar os últimos dias do meu pai ao seu lado.
www1.folha.uol.com.br, 02.10.2021. Adaptado)
No trecho “… conversar sobre assuntos sérios, polêmicos, engraçados e amenos” (7º parágrafo), os vocábulos destacados apresentam como antônimo e sinônimo, respectivamente, no contexto em que se encontram:
Alternativas
Q2109659 Português
Leia o texto para responder à questão.

Ironia

   Ouvi de Nizan Guanaes, um dos maiores publicitários brasileiros, uma frase que não sei se é mesmo dele, mas é verdadeira à beça: comunicação não é o que a gente diz, e sim o que os outros entendem.
   Ou seja, se você disse alguma coisa que o outro não entendeu, ou entendeu errado, a comunicação foi feita igual, só que não saiu como você queria. Isso acontece muito quando se emprega a ironia, coisa que faço eventualmente e que pelo visto faço mal, caso contrário meus leitores não ficariam tão indignados.
   Há pouco tempo escrevi uma crônica ligeiramente debochada, onde eu dizia que, depois de assistir ao programa “No Limite”, havia chegado à conclusão de que não sobreviveria cinco minutos na selva, mesmo tendo lido todos os livros que li, e que portanto o futuro não era dos ratos de biblioteca, e sim dos escoteiros. Para quê.
   Meu correio eletrônico sofreu uma avalanche de cartas de leitores. Uma parte deles quase teve uma síncope por eu ter afirmado que escrever e ler eram coisas desnecessárias e tentou, com muita educação e argumentação, me convencer a não desistir da profissão e de seguir incentivando os estudantes a encararem os livros. O outro grupo não quis saber de papo, já saiu me chamando de irresponsável para fora. Os únicos que adoraram a crônica, adivinhe: foram os escoteiros. Ironia é dizer exatamente o contrário daquilo que se está pensando ou sentindo, geralmente com uma intenção sarcástica. Ironizar é depreciar com humor.
   Existem mil maneiras de se dizer a mesma coisa. Ao usar a ironia o escritor convida o leitor a pensar, fazendo com que ele se sinta coautor daquele pensamento pelo simples fato de ter compreendido seu significado. A ironia enlaça, a ironia perturba, a ironia é zombeteira.
   A ironia comunica mais do que a verdade nua e crua. Mas só funciona quando os outros entendem.


(Marta Medeiros. Non-Stop: Crônicas do Cotidiano. Porto Alegre: L&PM, 2015)
Considere a seguinte passagem do 4º parágrafo:

... quase teve uma síncope por eu ter afirmado que escrever e ler eram coisas desnecessárias e tentou, com muita educação e argumentação, me convencer a não desistir...

As expressões destacadas na passagem exprimem, respectivamente, sentido de
Alternativas
Q2108899 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Evolução da tecnologia: importância da eletrônica

Por Marcos Aurélio Souza




(Disponível em: https://blogdaengenharia.com/engenharia/engenharia-eletronica/evolucao-da-tecnologiaimportancia-eletronica/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que indica palavra que poderia substituir corretamente o vocábulo “hostil” (l. 28) sem causar alteração significativa ao sentido original do texto. 
Alternativas
Q2108844 Português
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.

Estamos todos nos fanatizando?

    O que separa alguém de convicções firmes de um fanático? A resposta não é fácil e pode mesmo ser impossível, ou antes subjetiva, dependente de crenças tão enraizadas em cada um de nós que mergulham no visceral, no irracional. Em resumo, fanatismo é a convicção firme dos que discordam de mim e portanto estão errados; convicção firme é o fanatismo de quem pensa como eu, logo está certo. As palavras não são inocentes.
    Mas será só isso? Estaremos condenados a esse estranho oxímoro, o relativismo absoluto, e à morte do diálogo? Ou haverá um modo menos cínico de lidar com visões de mundo divergentes? Em outras palavras, será possível recuperar um solo comum em que adversários negociem, firmem pactos em torno de certos – talvez poucos, mas cruciais – objetivos compartilhados? A palavra fanatismo tem duas acepções no Houaiss. A primeira é “zelo religioso obsessivo que pode levar a extremos de intolerância”. A segunda, derivada daquela por extensão, “facciosismo partidário; adesão cega a um sistema ou doutrina; dedicação excessiva a alguém ou algo; paixão”.
      A palavra passou ao português (em fins do século 18) como versão importada do adjetivo latino derivado de “fanum”, lugar sagrado, campo santo. O “fanaticus” tinha conotações positivas a princípio – era o inspirado pela chama divina –, mas não demorou a ganhar acepções como furioso, louco e delirante.

(Adaptado de: RODRIGUES, Sérgio. Folha de S. Paulo. 24.nov.2021)

Estaremos condenados a esse estranho oxímoro, o relativismo absoluto, e à morte do diálogo?

Na frase acima, do segundo parágrafo do texto,

Alternativas
Q2108842 Português
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.

Estamos todos nos fanatizando?

    O que separa alguém de convicções firmes de um fanático? A resposta não é fácil e pode mesmo ser impossível, ou antes subjetiva, dependente de crenças tão enraizadas em cada um de nós que mergulham no visceral, no irracional. Em resumo, fanatismo é a convicção firme dos que discordam de mim e portanto estão errados; convicção firme é o fanatismo de quem pensa como eu, logo está certo. As palavras não são inocentes.
    Mas será só isso? Estaremos condenados a esse estranho oxímoro, o relativismo absoluto, e à morte do diálogo? Ou haverá um modo menos cínico de lidar com visões de mundo divergentes? Em outras palavras, será possível recuperar um solo comum em que adversários negociem, firmem pactos em torno de certos – talvez poucos, mas cruciais – objetivos compartilhados? A palavra fanatismo tem duas acepções no Houaiss. A primeira é “zelo religioso obsessivo que pode levar a extremos de intolerância”. A segunda, derivada daquela por extensão, “facciosismo partidário; adesão cega a um sistema ou doutrina; dedicação excessiva a alguém ou algo; paixão”.
      A palavra passou ao português (em fins do século 18) como versão importada do adjetivo latino derivado de “fanum”, lugar sagrado, campo santo. O “fanaticus” tinha conotações positivas a princípio – era o inspirado pela chama divina –, mas não demorou a ganhar acepções como furioso, louco e delirante.

(Adaptado de: RODRIGUES, Sérgio. Folha de S. Paulo. 24.nov.2021)
Ao analisar o sentido de fanatismo, o autor esclarece que essa palavra 
Alternativas
Respostas
2701: A
2702: B
2703: C
2704: A
2705: B