Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q449206 Português
Rua na Aclimação amanhece coberta por gelo

A intensa chuva de granizo que caiu sobre a cidade na tarde de domingo (18) deixou a cidade em estado de atenção, que durou até as 17h35. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as chuvas foram mais intensas nas zonas Sul e Oeste, mas moradores da zona Leste também registraram o fenômeno climático. Placas de gelo formadas . no chao chamaram a atençao dos paulistanos, que , , , , . postaram fotos da neve cobrindo as ruas nas redes sociais. No bairro da Aclimação, no centro, a Rua Pedra Azul amanheceu coberta por gelo nesta segunda-feira (19). 
                                                                                                                (Fonte: http:/ /vejasp.abril.com.br)

Sobre os verbos destacados no texto, observa-se que:
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Q449205 Português
Rua na Aclimação amanhece coberta por gelo

A intensa chuva de granizo que caiu sobre a cidade na tarde de domingo (18) deixou a cidade em estado de atenção, que durou até as 17h35. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as chuvas foram mais intensas nas zonas Sul e Oeste, mas moradores da zona Leste também registraram o fenômeno climático. Placas de gelo formadas . no chão chamaram a atenção dos paulistanos, que , , , , . postaram fotos da neve cobrindo as ruas nas redes sociais. No bairro da Aclimação, no centro, a Rua Pedra Azul amanheceu coberta por gelo nesta segunda-feira  (19). 
                                                                                                               (Fonte: http:/ /vejasp.abril.com.br)

Na oração: 'No bairro da Aclimação, no centro, a Rua Pedra Azul amanheceu coberta por gelo nesta segunda-feira (19)."O termo em destaque exerce a funçao sintatica de:
Alternativas
Q449204 Português
Rua na Aclimação amanhece coberta por gelo 
A intensa chuva de granizo que caiu sobre a cidade na tarde de domingo (18) deixou a cidade em estado de atenção, que durou até as 17h35. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as chuvas foram mais intensas nas zonas Sul e Oeste, mas moradores da zona Leste também registraram o fenômeno climático. Placas de gelo formadas . no chão chamaram a atenção dos paulistanos, que postaram fotos da neve cobrindo as ruas nas redes sociais. No bairro da Aclimação, no centro, a Rua Pedra Azul amanheceu coberta por gelo nesta segunda-feira (19).                                                                                                                   (Fonte: http:/ /vejasp.abril.com.br) 
Releia o texto em questão. Qual é a função da linguagem que prevalece?
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Q449169 Português
Assinale a alternativa em que a oração sublinhada expressa ideia de proporção.
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Q449167 Português
Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada é um advérbio.
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Q449166 Português
                                   A difícil arte de ser bizarro

     Num dos maiores dicionários de língua portuguesa, bizarro recebe nove definições. Sete delas são elogiosas. Bizarro é aquele que se destaca pela aparência bem cuidada, por modos e trajes elegantes, briosos, nobres. O uso mais comum hoje é como sinônimo de esquisito, estranho e excêntrico. Essa definição aparece por último, como informal e recente.

     Talvez nenhum outro adjetivo combine mais com moda que “bizarro", em todos os seus nove sentidos. O que é bonito, garboso e elegante num dia pode virar esquisito e estranho no outro. O livro Última moda - Uma história do belo e do bizarro, dos historiadores e jornalistas ingleses Barbara Cox, Carolyn Sally Jones, David e Caroline Stafford (Publifolha), reúne boa parte da história de hábitos da moda de gosto e bom-senso duvidosos. É divertido e informativo, mesmo para quem não está nem aí com moda - ou especialmente para essas pessoas.

    As ousadias e sacrifícios mal disfarçavam o desejo de se diferenciar. Nas cortes, leis suntuárias ditavam limites para o tipo de acessório e tecido que os súditos podiam usar para que não ostentassem roupas como as da realeza. Não foi possível manter esse controle por muito tempo. À medida que a indústria da moda se expandia e as classes mais pobres passavam a ter acesso a cópias dos acessórios reais, mais mirabolante a moda da alta sociedade se tornava. A ideia de exclusivo viveu muito tempo da arte de dificultar a confecção, o acesso à matéria-prima, até mesmo o uso dos artigos. Muitos dos trajes e acessórios que compõem o bizarro na moda eram mais do que curiosidades estéticas para os olhos de hoje. Alguns prejudicavam a saúde e chegavam a pôr em risco a vida de quem os usava. Armações de saias que levavam mulheres à histeria, estruturas de vestidos inflamáveis, até tintas de roupas que matavam e maquiagens que envenenavam.

     Conhecida como uma das mais belas jovens do Reino Unido, Maria Gunning, condessa de Coventry, era adepta da base branca para o roso e para o busto e de ruge vermelho para as bochechas. Os cosméticos continham chumbo. Abriram fissuras em seu rosto, infeccionaram e a levaram à morte aos 27 anos. Ela passou seus últimos anos num quarto escuro para que ninguém a visse.

Os absurdos da moda foram terreno fértil para as críticas de costume do escritor francês Honoré de Balzac, que afirmou: “A moda nada mais é que um ridículo que não teme objeções". E que diverte - para quem sobrevive a ela.

                                      OSHIMA, Flávia Yuri. A difícil arte de ser bizarro. Época. São Paulo, Globo, 
                                                                                               n. 813, 23 dez. 2013, p. 84-86. (Fragmento)

As palavras ou expressões sublinhadas fazem referência a elementos do texto.

Assinale a alternativa em que o elemento referido foi indicado INCORRETAMENTE.
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Q449165 Português
                                   A difícil arte de ser bizarro

     Num dos maiores dicionários de língua portuguesa, bizarro recebe nove definições. Sete delas são elogiosas. Bizarro é aquele que se destaca pela aparência bem cuidada, por modos e trajes elegantes, briosos, nobres. O uso mais comum hoje é como sinônimo de esquisito, estranho e excêntrico. Essa definição aparece por último, como informal e recente.

     Talvez nenhum outro adjetivo combine mais com moda que “bizarro", em todos os seus nove sentidos. O que é bonito, garboso e elegante num dia pode virar esquisito e estranho no outro. O livro Última moda - Uma história do belo e do bizarro, dos historiadores e jornalistas ingleses Barbara Cox, Carolyn Sally Jones, David e Caroline Stafford (Publifolha), reúne boa parte da história de hábitos da moda de gosto e bom-senso duvidosos. É divertido e informativo, mesmo para quem não está nem aí com moda - ou especialmente para essas pessoas.

    As ousadias e sacrifícios mal disfarçavam o desejo de se diferenciar. Nas cortes, leis suntuárias ditavam limites para o tipo de acessório e tecido que os súditos podiam usar para que não ostentassem roupas como as da realeza. Não foi possível manter esse controle por muito tempo. À medida que a indústria da moda se expandia e as classes mais pobres passavam a ter acesso a cópias dos acessórios reais, mais mirabolante a moda da alta sociedade se tornava. A ideia de exclusivo viveu muito tempo da arte de dificultar a confecção, o acesso à matéria-prima, até mesmo o uso dos artigos. Muitos dos trajes e acessórios que compõem o bizarro na moda eram mais do que curiosidades estéticas para os olhos de hoje. Alguns prejudicavam a saúde e chegavam a pôr em risco a vida de quem os usava. Armações de saias que levavam mulheres à histeria, estruturas de vestidos inflamáveis, até tintas de roupas que matavam e maquiagens que envenenavam.

     Conhecida como uma das mais belas jovens do Reino Unido, Maria Gunning, condessa de Coventry, era adepta da base branca para o roso e para o busto e de ruge vermelho para as bochechas. Os cosméticos continham chumbo. Abriram fissuras em seu rosto, infeccionaram e a levaram à morte aos 27 anos. Ela passou seus últimos anos num quarto escuro para que ninguém a visse.

Os absurdos da moda foram terreno fértil para as críticas de costume do escritor francês Honoré de Balzac, que afirmou: “A moda nada mais é que um ridículo que não teme objeções". E que diverte - para quem sobrevive a ela.

                                      OSHIMA, Flávia Yuri. A difícil arte de ser bizarro. Época. São Paulo, Globo, 
                                                                                               n. 813, 23 dez. 2013, p. 84-86. (Fragmento)

Assinale a alternativa que está de acordo com o texto.
Alternativas
Q449164 Português
                                   A difícil arte de ser bizarro

     Num dos maiores dicionários de língua portuguesa, bizarro recebe nove definições. Sete delas são elogiosas. Bizarro é aquele que se destaca pela aparência bem cuidada, por modos e trajes elegantes, briosos, nobres. O uso mais comum hoje é como sinônimo de esquisito, estranho e excêntrico. Essa definição aparece por último, como informal e recente.

     Talvez nenhum outro adjetivo combine mais com moda que “bizarro", em todos os seus nove sentidos. O que é bonito, garboso e elegante num dia pode virar esquisito e estranho no outro. O livro Última moda - Uma história do belo e do bizarro, dos historiadores e jornalistas ingleses Barbara Cox, Carolyn Sally Jones, David e Caroline Stafford (Publifolha), reúne boa parte da história de hábitos da moda de gosto e bom-senso duvidosos. É divertido e informativo, mesmo para quem não está nem aí com moda - ou especialmente para essas pessoas.

    As ousadias e sacrifícios mal disfarçavam o desejo de se diferenciar. Nas cortes, leis suntuárias ditavam limites para o tipo de acessório e tecido que os súditos podiam usar para que não ostentassem roupas como as da realeza. Não foi possível manter esse controle por muito tempo. À medida que a indústria da moda se expandia e as classes mais pobres passavam a ter acesso a cópias dos acessórios reais, mais mirabolante a moda da alta sociedade se tornava. A ideia de exclusivo viveu muito tempo da arte de dificultar a confecção, o acesso à matéria-prima, até mesmo o uso dos artigos. Muitos dos trajes e acessórios que compõem o bizarro na moda eram mais do que curiosidades estéticas para os olhos de hoje. Alguns prejudicavam a saúde e chegavam a pôr em risco a vida de quem os usava. Armações de saias que levavam mulheres à histeria, estruturas de vestidos inflamáveis, até tintas de roupas que matavam e maquiagens que envenenavam.

     Conhecida como uma das mais belas jovens do Reino Unido, Maria Gunning, condessa de Coventry, era adepta da base branca para o roso e para o busto e de ruge vermelho para as bochechas. Os cosméticos continham chumbo. Abriram fissuras em seu rosto, infeccionaram e a levaram à morte aos 27 anos. Ela passou seus últimos anos num quarto escuro para que ninguém a visse.

Os absurdos da moda foram terreno fértil para as críticas de costume do escritor francês Honoré de Balzac, que afirmou: “A moda nada mais é que um ridículo que não teme objeções". E que diverte - para quem sobrevive a ela.

                                      OSHIMA, Flávia Yuri. A difícil arte de ser bizarro. Época. São Paulo, Globo, 
                                                                                               n. 813, 23 dez. 2013, p. 84-86. (Fragmento)

Assinale a passagem que expressa a ideia de que aquilo que se considera bonito e elegante é mutável.
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Q449161 Português
                                   A difícil arte de ser bizarro

     Num dos maiores dicionários de língua portuguesa, bizarro recebe nove definições. Sete delas são elogiosas. Bizarro é aquele que se destaca pela aparência bem cuidada, por modos e trajes elegantes, briosos, nobres. O uso mais comum hoje é como sinônimo de esquisito, estranho e excêntrico. Essa definição aparece por último, como informal e recente.

     Talvez nenhum outro adjetivo combine mais com moda que “bizarro", em todos os seus nove sentidos. O que é bonito, garboso e elegante num dia pode virar esquisito e estranho no outro. O livro Última moda - Uma história do belo e do bizarro, dos historiadores e jornalistas ingleses Barbara Cox, Carolyn Sally Jones, David e Caroline Stafford (Publifolha), reúne boa parte da história de hábitos da moda de gosto e bom-senso duvidosos. É divertido e informativo, mesmo para quem não está nem aí com moda - ou especialmente para essas pessoas.

    As ousadias e sacrifícios mal disfarçavam o desejo de se diferenciar. Nas cortes, leis suntuárias ditavam limites para o tipo de acessório e tecido que os súditos podiam usar para que não ostentassem roupas como as da realeza. Não foi possível manter esse controle por muito tempo. À medida que a indústria da moda se expandia e as classes mais pobres passavam a ter acesso a cópias dos acessórios reais, mais mirabolante a moda da alta sociedade se tornava. A ideia de exclusivo viveu muito tempo da arte de dificultar a confecção, o acesso à matéria-prima, até mesmo o uso dos artigos. Muitos dos trajes e acessórios que compõem o bizarro na moda eram mais do que curiosidades estéticas para os olhos de hoje. Alguns prejudicavam a saúde e chegavam a pôr em risco a vida de quem os usava. Armações de saias que levavam mulheres à histeria, estruturas de vestidos inflamáveis, até tintas de roupas que matavam e maquiagens que envenenavam.

     Conhecida como uma das mais belas jovens do Reino Unido, Maria Gunning, condessa de Coventry, era adepta da base branca para o roso e para o busto e de ruge vermelho para as bochechas. Os cosméticos continham chumbo. Abriram fissuras em seu rosto, infeccionaram e a levaram à morte aos 27 anos. Ela passou seus últimos anos num quarto escuro para que ninguém a visse.

Os absurdos da moda foram terreno fértil para as críticas de costume do escritor francês Honoré de Balzac, que afirmou: “A moda nada mais é que um ridículo que não teme objeções". E que diverte - para quem sobrevive a ela.

                                      OSHIMA, Flávia Yuri. A difícil arte de ser bizarro. Época. São Paulo, Globo, 
                                                                                               n. 813, 23 dez. 2013, p. 84-86. (Fragmento)

Assinale a alternativa em que o sentido indicado para a palavra sublinhada está INCORRETO.
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Q449113 Português
Como a PM não entra mais nessa, eles mesmos iniciam o quebra-quebra.”

Sem alteração de sentido e sem prejuízo para a correção gramatical, é possível substituir o conetivo sublinhado por
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Q449108 Português
                                        O recado dos ninjas

    O nome parece uma piada, ou melhor, é uma piada. “Mídia Ninja” soa como nome de filme cômico. Lembra na hora a saga das Tartarugas ninjas, o pastelão que misturava pizza, kung fu e efeitos especiais de segunda - e que, assim mesmo, virou mania. Que existe uma ironia escancarada na coisa toda, disso não há nenhuma dúvida.

    No Facebook, o símbolo da Mídia Ninja não tem tartarugas. Não parece gozação. O que vemos ali é a imagem em preto e branco de um rosto mascarado. Na figura em close, em alto contraste, só identificamos os olhos amendoados. Podem ser olhos orientais ou, quem sabe, olhos palestinos. Têm um toque feminino, mas isso não é certo. Talvez sejam apenas adolescentes. O modo como o tecido escuro cobre aquela face lembra a indumentária daqueles acrobatas de filmes de artes marciais que decepam cabeças com espadas uivantes. Ou talvez seja inspirado na figura de um garoto da intifada. Ou, ainda, num presidiário brasileiro amotinado, que esconde sua fisionomia por trás da camiseta enrolada na cabeça. O símbolo da Mídia Ninja, enfim, não nos conta uma anedota. Em vez disso, representa uma figura limítrofe entre a lei e a insurreição, entre a luz e a sombra, entre a candura e a violência, como a nos avisar que a Mídia Ninja opera na fronteira: pode ser um trocadilho de jovens jornalistas brincalhões ou uma maldição contra a imprensa que se permitiu envelhecer.

    Podemos saber, desde já, é que esse grupo que sai por aí fazendo reportagens com celulares ocupou um espaço que a imprensa profissional ainda não tinha alcançado. Seus integrantes vivem nas passeatas que viraram rotina nas cidades brasileiras a partir de junho. Normalmente, as imagens e as histórias contadas por esse exército digital ia ao ar nas redes sociais. A partir de julho, conquistaram ruidosamente o horário nobre. Entraram com grande pompa no Jornal Nacional, com crédito e tudo. Algumas imagens dos protestos - e das prisões efetuadas desastradamente pelos policiais - só os ninjas tinham. Para mostrar o que tinha acontecido, o Jornal Nacional recorreu a eles.

    Esse episódio não tem nada de banal. Prestemos atenção ao detalhe: os militantes da Mídia Ninja trafegam à vontade por aglomerações a que os repórteres engravatados dos grandes noticiários não são bem-vindos. Têm acesso a cenas que ficam além do alcance das câmeras das grandes emissoras. É por isso que, quando se trata de mostrar ao telespectador o que se passou numa manifestação - e essas manifestações têm sido as principais notícias do dia -, os telejornais precisam contar com o prestimoso auxílio das lentes ninjas. Não nos esqueçamos: os ninjas operam na fronteira entre a ordem pacata das ruas e a sublevação, entre a luz dos holofotes da TV e a sombra. Nessa fronteira, eclodem hoje notícias essenciais e, sem os ninjas, o país não veria nada disso.

    São notícias que perturbam. Em julho, elas revelaram abusos de agentes policiais. Ao mesmo tempo, são notícias boas. Por todos os motivos, o cidadão tem o direito de saber da conduta indevida dos agentes da lei. Portanto, é ótimo que os ninjas nos ajudem a nos informar.

    Mas isso não é tudo. A Mídia Ninja não substitui a imprensa profissional, nem se deve esperar isso dela. Seus integrantes não constituem uma redação independente, mas um agrupamento engajado nos protestos. Eles não são observadores distanciados da cena que reportam. Em lugar disso, atuam dentro da cena, são parte dela. Eles mesmos não escondem isso. No vocabulário deles, a palavra ninja não é apenas uma brincadeira com tartarugas que desferem pernadas por aí, mas um acrônimo que significa “narrativas independentes, jornalismo e ação”. Nessa breve expressão, temos um manifesto bem claro. Os ninjas fazem jornalismo engajado, comprometido com a ação. Não escondem isso de ninguém. Declaram seu engajamento e, assim, protegem a própria credibilidade. Mesmo sem concordar com eles, podemos confiar neles, pois não ocultam os próprios propósitos.

    Nesse ponto, os ninjas deixam um recado bem claro aos jornalistas profissionais e às redações que prometem ser independentes: as motivações de cada órgão de imprensa devem ser total e radicalmente transparentes. O jornalismo brasileiro será melhor se, ao contrário dos ninjas, souber se distanciar criticamente dos fatos que cobre - e se, exatamente como os ninjas, for capaz de explicitar com todas as letras os compromissos que tem. Se cuidasse disso, talvez tivesse mais trânsito nas fronteiras.

A substituição da expressão sublinhada pelo termo em destaque ALTERA o sentido da passagem citada em
Alternativas
Q449107 Português
                                        O recado dos ninjas

    O nome parece uma piada, ou melhor, é uma piada. “Mídia Ninja” soa como nome de filme cômico. Lembra na hora a saga das Tartarugas ninjas, o pastelão que misturava pizza, kung fu e efeitos especiais de segunda - e que, assim mesmo, virou mania. Que existe uma ironia escancarada na coisa toda, disso não há nenhuma dúvida.

    No Facebook, o símbolo da Mídia Ninja não tem tartarugas. Não parece gozação. O que vemos ali é a imagem em preto e branco de um rosto mascarado. Na figura em close, em alto contraste, só identificamos os olhos amendoados. Podem ser olhos orientais ou, quem sabe, olhos palestinos. Têm um toque feminino, mas isso não é certo. Talvez sejam apenas adolescentes. O modo como o tecido escuro cobre aquela face lembra a indumentária daqueles acrobatas de filmes de artes marciais que decepam cabeças com espadas uivantes. Ou talvez seja inspirado na figura de um garoto da intifada. Ou, ainda, num presidiário brasileiro amotinado, que esconde sua fisionomia por trás da camiseta enrolada na cabeça. O símbolo da Mídia Ninja, enfim, não nos conta uma anedota. Em vez disso, representa uma figura limítrofe entre a lei e a insurreição, entre a luz e a sombra, entre a candura e a violência, como a nos avisar que a Mídia Ninja opera na fronteira: pode ser um trocadilho de jovens jornalistas brincalhões ou uma maldição contra a imprensa que se permitiu envelhecer.

    Podemos saber, desde já, é que esse grupo que sai por aí fazendo reportagens com celulares ocupou um espaço que a imprensa profissional ainda não tinha alcançado. Seus integrantes vivem nas passeatas que viraram rotina nas cidades brasileiras a partir de junho. Normalmente, as imagens e as histórias contadas por esse exército digital ia ao ar nas redes sociais. A partir de julho, conquistaram ruidosamente o horário nobre. Entraram com grande pompa no Jornal Nacional, com crédito e tudo. Algumas imagens dos protestos - e das prisões efetuadas desastradamente pelos policiais - só os ninjas tinham. Para mostrar o que tinha acontecido, o Jornal Nacional recorreu a eles.

    Esse episódio não tem nada de banal. Prestemos atenção ao detalhe: os militantes da Mídia Ninja trafegam à vontade por aglomerações a que os repórteres engravatados dos grandes noticiários não são bem-vindos. Têm acesso a cenas que ficam além do alcance das câmeras das grandes emissoras. É por isso que, quando se trata de mostrar ao telespectador o que se passou numa manifestação - e essas manifestações têm sido as principais notícias do dia -, os telejornais precisam contar com o prestimoso auxílio das lentes ninjas. Não nos esqueçamos: os ninjas operam na fronteira entre a ordem pacata das ruas e a sublevação, entre a luz dos holofotes da TV e a sombra. Nessa fronteira, eclodem hoje notícias essenciais e, sem os ninjas, o país não veria nada disso.

    São notícias que perturbam. Em julho, elas revelaram abusos de agentes policiais. Ao mesmo tempo, são notícias boas. Por todos os motivos, o cidadão tem o direito de saber da conduta indevida dos agentes da lei. Portanto, é ótimo que os ninjas nos ajudem a nos informar.

    Mas isso não é tudo. A Mídia Ninja não substitui a imprensa profissional, nem se deve esperar isso dela. Seus integrantes não constituem uma redação independente, mas um agrupamento engajado nos protestos. Eles não são observadores distanciados da cena que reportam. Em lugar disso, atuam dentro da cena, são parte dela. Eles mesmos não escondem isso. No vocabulário deles, a palavra ninja não é apenas uma brincadeira com tartarugas que desferem pernadas por aí, mas um acrônimo que significa “narrativas independentes, jornalismo e ação”. Nessa breve expressão, temos um manifesto bem claro. Os ninjas fazem jornalismo engajado, comprometido com a ação. Não escondem isso de ninguém. Declaram seu engajamento e, assim, protegem a própria credibilidade. Mesmo sem concordar com eles, podemos confiar neles, pois não ocultam os próprios propósitos.

    Nesse ponto, os ninjas deixam um recado bem claro aos jornalistas profissionais e às redações que prometem ser independentes: as motivações de cada órgão de imprensa devem ser total e radicalmente transparentes. O jornalismo brasileiro será melhor se, ao contrário dos ninjas, souber se distanciar criticamente dos fatos que cobre - e se, exatamente como os ninjas, for capaz de explicitar com todas as letras os compromissos que tem. Se cuidasse disso, talvez tivesse mais trânsito nas fronteiras.

Do ponto de vista do autor, é aconselhável que o jornalismo brasileiro
Alternativas
Q449106 Português
                                        O recado dos ninjas

    O nome parece uma piada, ou melhor, é uma piada. “Mídia Ninja” soa como nome de filme cômico. Lembra na hora a saga das Tartarugas ninjas, o pastelão que misturava pizza, kung fu e efeitos especiais de segunda - e que, assim mesmo, virou mania. Que existe uma ironia escancarada na coisa toda, disso não há nenhuma dúvida.

    No Facebook, o símbolo da Mídia Ninja não tem tartarugas. Não parece gozação. O que vemos ali é a imagem em preto e branco de um rosto mascarado. Na figura em close, em alto contraste, só identificamos os olhos amendoados. Podem ser olhos orientais ou, quem sabe, olhos palestinos. Têm um toque feminino, mas isso não é certo. Talvez sejam apenas adolescentes. O modo como o tecido escuro cobre aquela face lembra a indumentária daqueles acrobatas de filmes de artes marciais que decepam cabeças com espadas uivantes. Ou talvez seja inspirado na figura de um garoto da intifada. Ou, ainda, num presidiário brasileiro amotinado, que esconde sua fisionomia por trás da camiseta enrolada na cabeça. O símbolo da Mídia Ninja, enfim, não nos conta uma anedota. Em vez disso, representa uma figura limítrofe entre a lei e a insurreição, entre a luz e a sombra, entre a candura e a violência, como a nos avisar que a Mídia Ninja opera na fronteira: pode ser um trocadilho de jovens jornalistas brincalhões ou uma maldição contra a imprensa que se permitiu envelhecer.

    Podemos saber, desde já, é que esse grupo que sai por aí fazendo reportagens com celulares ocupou um espaço que a imprensa profissional ainda não tinha alcançado. Seus integrantes vivem nas passeatas que viraram rotina nas cidades brasileiras a partir de junho. Normalmente, as imagens e as histórias contadas por esse exército digital ia ao ar nas redes sociais. A partir de julho, conquistaram ruidosamente o horário nobre. Entraram com grande pompa no Jornal Nacional, com crédito e tudo. Algumas imagens dos protestos - e das prisões efetuadas desastradamente pelos policiais - só os ninjas tinham. Para mostrar o que tinha acontecido, o Jornal Nacional recorreu a eles.

    Esse episódio não tem nada de banal. Prestemos atenção ao detalhe: os militantes da Mídia Ninja trafegam à vontade por aglomerações a que os repórteres engravatados dos grandes noticiários não são bem-vindos. Têm acesso a cenas que ficam além do alcance das câmeras das grandes emissoras. É por isso que, quando se trata de mostrar ao telespectador o que se passou numa manifestação - e essas manifestações têm sido as principais notícias do dia -, os telejornais precisam contar com o prestimoso auxílio das lentes ninjas. Não nos esqueçamos: os ninjas operam na fronteira entre a ordem pacata das ruas e a sublevação, entre a luz dos holofotes da TV e a sombra. Nessa fronteira, eclodem hoje notícias essenciais e, sem os ninjas, o país não veria nada disso.

    São notícias que perturbam. Em julho, elas revelaram abusos de agentes policiais. Ao mesmo tempo, são notícias boas. Por todos os motivos, o cidadão tem o direito de saber da conduta indevida dos agentes da lei. Portanto, é ótimo que os ninjas nos ajudem a nos informar.

    Mas isso não é tudo. A Mídia Ninja não substitui a imprensa profissional, nem se deve esperar isso dela. Seus integrantes não constituem uma redação independente, mas um agrupamento engajado nos protestos. Eles não são observadores distanciados da cena que reportam. Em lugar disso, atuam dentro da cena, são parte dela. Eles mesmos não escondem isso. No vocabulário deles, a palavra ninja não é apenas uma brincadeira com tartarugas que desferem pernadas por aí, mas um acrônimo que significa “narrativas independentes, jornalismo e ação”. Nessa breve expressão, temos um manifesto bem claro. Os ninjas fazem jornalismo engajado, comprometido com a ação. Não escondem isso de ninguém. Declaram seu engajamento e, assim, protegem a própria credibilidade. Mesmo sem concordar com eles, podemos confiar neles, pois não ocultam os próprios propósitos.

    Nesse ponto, os ninjas deixam um recado bem claro aos jornalistas profissionais e às redações que prometem ser independentes: as motivações de cada órgão de imprensa devem ser total e radicalmente transparentes. O jornalismo brasileiro será melhor se, ao contrário dos ninjas, souber se distanciar criticamente dos fatos que cobre - e se, exatamente como os ninjas, for capaz de explicitar com todas as letras os compromissos que tem. Se cuidasse disso, talvez tivesse mais trânsito nas fronteiras.

Infere-se que, na visão do autor, a Mídia Ninja ganhou espaço nas grandes emissoras PORQUE
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Q449105 Português
                                        O recado dos ninjas

    O nome parece uma piada, ou melhor, é uma piada. “Mídia Ninja” soa como nome de filme cômico. Lembra na hora a saga das Tartarugas ninjas, o pastelão que misturava pizza, kung fu e efeitos especiais de segunda - e que, assim mesmo, virou mania. Que existe uma ironia escancarada na coisa toda, disso não há nenhuma dúvida.

    No Facebook, o símbolo da Mídia Ninja não tem tartarugas. Não parece gozação. O que vemos ali é a imagem em preto e branco de um rosto mascarado. Na figura em close, em alto contraste, só identificamos os olhos amendoados. Podem ser olhos orientais ou, quem sabe, olhos palestinos. Têm um toque feminino, mas isso não é certo. Talvez sejam apenas adolescentes. O modo como o tecido escuro cobre aquela face lembra a indumentária daqueles acrobatas de filmes de artes marciais que decepam cabeças com espadas uivantes. Ou talvez seja inspirado na figura de um garoto da intifada. Ou, ainda, num presidiário brasileiro amotinado, que esconde sua fisionomia por trás da camiseta enrolada na cabeça. O símbolo da Mídia Ninja, enfim, não nos conta uma anedota. Em vez disso, representa uma figura limítrofe entre a lei e a insurreição, entre a luz e a sombra, entre a candura e a violência, como a nos avisar que a Mídia Ninja opera na fronteira: pode ser um trocadilho de jovens jornalistas brincalhões ou uma maldição contra a imprensa que se permitiu envelhecer.

    Podemos saber, desde já, é que esse grupo que sai por aí fazendo reportagens com celulares ocupou um espaço que a imprensa profissional ainda não tinha alcançado. Seus integrantes vivem nas passeatas que viraram rotina nas cidades brasileiras a partir de junho. Normalmente, as imagens e as histórias contadas por esse exército digital ia ao ar nas redes sociais. A partir de julho, conquistaram ruidosamente o horário nobre. Entraram com grande pompa no Jornal Nacional, com crédito e tudo. Algumas imagens dos protestos - e das prisões efetuadas desastradamente pelos policiais - só os ninjas tinham. Para mostrar o que tinha acontecido, o Jornal Nacional recorreu a eles.

    Esse episódio não tem nada de banal. Prestemos atenção ao detalhe: os militantes da Mídia Ninja trafegam à vontade por aglomerações a que os repórteres engravatados dos grandes noticiários não são bem-vindos. Têm acesso a cenas que ficam além do alcance das câmeras das grandes emissoras. É por isso que, quando se trata de mostrar ao telespectador o que se passou numa manifestação - e essas manifestações têm sido as principais notícias do dia -, os telejornais precisam contar com o prestimoso auxílio das lentes ninjas. Não nos esqueçamos: os ninjas operam na fronteira entre a ordem pacata das ruas e a sublevação, entre a luz dos holofotes da TV e a sombra. Nessa fronteira, eclodem hoje notícias essenciais e, sem os ninjas, o país não veria nada disso.

    São notícias que perturbam. Em julho, elas revelaram abusos de agentes policiais. Ao mesmo tempo, são notícias boas. Por todos os motivos, o cidadão tem o direito de saber da conduta indevida dos agentes da lei. Portanto, é ótimo que os ninjas nos ajudem a nos informar.

    Mas isso não é tudo. A Mídia Ninja não substitui a imprensa profissional, nem se deve esperar isso dela. Seus integrantes não constituem uma redação independente, mas um agrupamento engajado nos protestos. Eles não são observadores distanciados da cena que reportam. Em lugar disso, atuam dentro da cena, são parte dela. Eles mesmos não escondem isso. No vocabulário deles, a palavra ninja não é apenas uma brincadeira com tartarugas que desferem pernadas por aí, mas um acrônimo que significa “narrativas independentes, jornalismo e ação”. Nessa breve expressão, temos um manifesto bem claro. Os ninjas fazem jornalismo engajado, comprometido com a ação. Não escondem isso de ninguém. Declaram seu engajamento e, assim, protegem a própria credibilidade. Mesmo sem concordar com eles, podemos confiar neles, pois não ocultam os próprios propósitos.

    Nesse ponto, os ninjas deixam um recado bem claro aos jornalistas profissionais e às redações que prometem ser independentes: as motivações de cada órgão de imprensa devem ser total e radicalmente transparentes. O jornalismo brasileiro será melhor se, ao contrário dos ninjas, souber se distanciar criticamente dos fatos que cobre - e se, exatamente como os ninjas, for capaz de explicitar com todas as letras os compromissos que tem. Se cuidasse disso, talvez tivesse mais trânsito nas fronteiras.

De acordo com o texto, a credibilidade da mídia ninja deve-se basicamente ao fato de seus militantes
Alternativas
Q449104 Português
                                        O recado dos ninjas

    O nome parece uma piada, ou melhor, é uma piada. “Mídia Ninja” soa como nome de filme cômico. Lembra na hora a saga das Tartarugas ninjas, o pastelão que misturava pizza, kung fu e efeitos especiais de segunda - e que, assim mesmo, virou mania. Que existe uma ironia escancarada na coisa toda, disso não há nenhuma dúvida.

    No Facebook, o símbolo da Mídia Ninja não tem tartarugas. Não parece gozação. O que vemos ali é a imagem em preto e branco de um rosto mascarado. Na figura em close, em alto contraste, só identificamos os olhos amendoados. Podem ser olhos orientais ou, quem sabe, olhos palestinos. Têm um toque feminino, mas isso não é certo. Talvez sejam apenas adolescentes. O modo como o tecido escuro cobre aquela face lembra a indumentária daqueles acrobatas de filmes de artes marciais que decepam cabeças com espadas uivantes. Ou talvez seja inspirado na figura de um garoto da intifada. Ou, ainda, num presidiário brasileiro amotinado, que esconde sua fisionomia por trás da camiseta enrolada na cabeça. O símbolo da Mídia Ninja, enfim, não nos conta uma anedota. Em vez disso, representa uma figura limítrofe entre a lei e a insurreição, entre a luz e a sombra, entre a candura e a violência, como a nos avisar que a Mídia Ninja opera na fronteira: pode ser um trocadilho de jovens jornalistas brincalhões ou uma maldição contra a imprensa que se permitiu envelhecer.

    Podemos saber, desde já, é que esse grupo que sai por aí fazendo reportagens com celulares ocupou um espaço que a imprensa profissional ainda não tinha alcançado. Seus integrantes vivem nas passeatas que viraram rotina nas cidades brasileiras a partir de junho. Normalmente, as imagens e as histórias contadas por esse exército digital ia ao ar nas redes sociais. A partir de julho, conquistaram ruidosamente o horário nobre. Entraram com grande pompa no Jornal Nacional, com crédito e tudo. Algumas imagens dos protestos - e das prisões efetuadas desastradamente pelos policiais - só os ninjas tinham. Para mostrar o que tinha acontecido, o Jornal Nacional recorreu a eles.

    Esse episódio não tem nada de banal. Prestemos atenção ao detalhe: os militantes da Mídia Ninja trafegam à vontade por aglomerações a que os repórteres engravatados dos grandes noticiários não são bem-vindos. Têm acesso a cenas que ficam além do alcance das câmeras das grandes emissoras. É por isso que, quando se trata de mostrar ao telespectador o que se passou numa manifestação - e essas manifestações têm sido as principais notícias do dia -, os telejornais precisam contar com o prestimoso auxílio das lentes ninjas. Não nos esqueçamos: os ninjas operam na fronteira entre a ordem pacata das ruas e a sublevação, entre a luz dos holofotes da TV e a sombra. Nessa fronteira, eclodem hoje notícias essenciais e, sem os ninjas, o país não veria nada disso.

    São notícias que perturbam. Em julho, elas revelaram abusos de agentes policiais. Ao mesmo tempo, são notícias boas. Por todos os motivos, o cidadão tem o direito de saber da conduta indevida dos agentes da lei. Portanto, é ótimo que os ninjas nos ajudem a nos informar.

    Mas isso não é tudo. A Mídia Ninja não substitui a imprensa profissional, nem se deve esperar isso dela. Seus integrantes não constituem uma redação independente, mas um agrupamento engajado nos protestos. Eles não são observadores distanciados da cena que reportam. Em lugar disso, atuam dentro da cena, são parte dela. Eles mesmos não escondem isso. No vocabulário deles, a palavra ninja não é apenas uma brincadeira com tartarugas que desferem pernadas por aí, mas um acrônimo que significa “narrativas independentes, jornalismo e ação”. Nessa breve expressão, temos um manifesto bem claro. Os ninjas fazem jornalismo engajado, comprometido com a ação. Não escondem isso de ninguém. Declaram seu engajamento e, assim, protegem a própria credibilidade. Mesmo sem concordar com eles, podemos confiar neles, pois não ocultam os próprios propósitos.

    Nesse ponto, os ninjas deixam um recado bem claro aos jornalistas profissionais e às redações que prometem ser independentes: as motivações de cada órgão de imprensa devem ser total e radicalmente transparentes. O jornalismo brasileiro será melhor se, ao contrário dos ninjas, souber se distanciar criticamente dos fatos que cobre - e se, exatamente como os ninjas, for capaz de explicitar com todas as letras os compromissos que tem. Se cuidasse disso, talvez tivesse mais trânsito nas fronteiras.

Identifique a passagem em que o autor convida diretamente o leitor a participar de suas reflexões.
Alternativas
Q449103 Português
                                        O recado dos ninjas

    O nome parece uma piada, ou melhor, é uma piada. “Mídia Ninja” soa como nome de filme cômico. Lembra na hora a saga das Tartarugas ninjas, o pastelão que misturava pizza, kung fu e efeitos especiais de segunda - e que, assim mesmo, virou mania. Que existe uma ironia escancarada na coisa toda, disso não há nenhuma dúvida.

    No Facebook, o símbolo da Mídia Ninja não tem tartarugas. Não parece gozação. O que vemos ali é a imagem em preto e branco de um rosto mascarado. Na figura em close, em alto contraste, só identificamos os olhos amendoados. Podem ser olhos orientais ou, quem sabe, olhos palestinos. Têm um toque feminino, mas isso não é certo. Talvez sejam apenas adolescentes. O modo como o tecido escuro cobre aquela face lembra a indumentária daqueles acrobatas de filmes de artes marciais que decepam cabeças com espadas uivantes. Ou talvez seja inspirado na figura de um garoto da intifada. Ou, ainda, num presidiário brasileiro amotinado, que esconde sua fisionomia por trás da camiseta enrolada na cabeça. O símbolo da Mídia Ninja, enfim, não nos conta uma anedota. Em vez disso, representa uma figura limítrofe entre a lei e a insurreição, entre a luz e a sombra, entre a candura e a violência, como a nos avisar que a Mídia Ninja opera na fronteira: pode ser um trocadilho de jovens jornalistas brincalhões ou uma maldição contra a imprensa que se permitiu envelhecer.

    Podemos saber, desde já, é que esse grupo que sai por aí fazendo reportagens com celulares ocupou um espaço que a imprensa profissional ainda não tinha alcançado. Seus integrantes vivem nas passeatas que viraram rotina nas cidades brasileiras a partir de junho. Normalmente, as imagens e as histórias contadas por esse exército digital ia ao ar nas redes sociais. A partir de julho, conquistaram ruidosamente o horário nobre. Entraram com grande pompa no Jornal Nacional, com crédito e tudo. Algumas imagens dos protestos - e das prisões efetuadas desastradamente pelos policiais - só os ninjas tinham. Para mostrar o que tinha acontecido, o Jornal Nacional recorreu a eles.

    Esse episódio não tem nada de banal. Prestemos atenção ao detalhe: os militantes da Mídia Ninja trafegam à vontade por aglomerações a que os repórteres engravatados dos grandes noticiários não são bem-vindos. Têm acesso a cenas que ficam além do alcance das câmeras das grandes emissoras. É por isso que, quando se trata de mostrar ao telespectador o que se passou numa manifestação - e essas manifestações têm sido as principais notícias do dia -, os telejornais precisam contar com o prestimoso auxílio das lentes ninjas. Não nos esqueçamos: os ninjas operam na fronteira entre a ordem pacata das ruas e a sublevação, entre a luz dos holofotes da TV e a sombra. Nessa fronteira, eclodem hoje notícias essenciais e, sem os ninjas, o país não veria nada disso.

    São notícias que perturbam. Em julho, elas revelaram abusos de agentes policiais. Ao mesmo tempo, são notícias boas. Por todos os motivos, o cidadão tem o direito de saber da conduta indevida dos agentes da lei. Portanto, é ótimo que os ninjas nos ajudem a nos informar.

    Mas isso não é tudo. A Mídia Ninja não substitui a imprensa profissional, nem se deve esperar isso dela. Seus integrantes não constituem uma redação independente, mas um agrupamento engajado nos protestos. Eles não são observadores distanciados da cena que reportam. Em lugar disso, atuam dentro da cena, são parte dela. Eles mesmos não escondem isso. No vocabulário deles, a palavra ninja não é apenas uma brincadeira com tartarugas que desferem pernadas por aí, mas um acrônimo que significa “narrativas independentes, jornalismo e ação”. Nessa breve expressão, temos um manifesto bem claro. Os ninjas fazem jornalismo engajado, comprometido com a ação. Não escondem isso de ninguém. Declaram seu engajamento e, assim, protegem a própria credibilidade. Mesmo sem concordar com eles, podemos confiar neles, pois não ocultam os próprios propósitos.

    Nesse ponto, os ninjas deixam um recado bem claro aos jornalistas profissionais e às redações que prometem ser independentes: as motivações de cada órgão de imprensa devem ser total e radicalmente transparentes. O jornalismo brasileiro será melhor se, ao contrário dos ninjas, souber se distanciar criticamente dos fatos que cobre - e se, exatamente como os ninjas, for capaz de explicitar com todas as letras os compromissos que tem. Se cuidasse disso, talvez tivesse mais trânsito nas fronteiras.

No desenvolvimento do texto, o autor utiliza os recursos descritos nas alternativas, EXCETO:
Alternativas
Q449102 Português
                                        O recado dos ninjas

    O nome parece uma piada, ou melhor, é uma piada. “Mídia Ninja” soa como nome de filme cômico. Lembra na hora a saga das Tartarugas ninjas, o pastelão que misturava pizza, kung fu e efeitos especiais de segunda - e que, assim mesmo, virou mania. Que existe uma ironia escancarada na coisa toda, disso não há nenhuma dúvida.

    No Facebook, o símbolo da Mídia Ninja não tem tartarugas. Não parece gozação. O que vemos ali é a imagem em preto e branco de um rosto mascarado. Na figura em close, em alto contraste, só identificamos os olhos amendoados. Podem ser olhos orientais ou, quem sabe, olhos palestinos. Têm um toque feminino, mas isso não é certo. Talvez sejam apenas adolescentes. O modo como o tecido escuro cobre aquela face lembra a indumentária daqueles acrobatas de filmes de artes marciais que decepam cabeças com espadas uivantes. Ou talvez seja inspirado na figura de um garoto da intifada. Ou, ainda, num presidiário brasileiro amotinado, que esconde sua fisionomia por trás da camiseta enrolada na cabeça. O símbolo da Mídia Ninja, enfim, não nos conta uma anedota. Em vez disso, representa uma figura limítrofe entre a lei e a insurreição, entre a luz e a sombra, entre a candura e a violência, como a nos avisar que a Mídia Ninja opera na fronteira: pode ser um trocadilho de jovens jornalistas brincalhões ou uma maldição contra a imprensa que se permitiu envelhecer.

    Podemos saber, desde já, é que esse grupo que sai por aí fazendo reportagens com celulares ocupou um espaço que a imprensa profissional ainda não tinha alcançado. Seus integrantes vivem nas passeatas que viraram rotina nas cidades brasileiras a partir de junho. Normalmente, as imagens e as histórias contadas por esse exército digital ia ao ar nas redes sociais. A partir de julho, conquistaram ruidosamente o horário nobre. Entraram com grande pompa no Jornal Nacional, com crédito e tudo. Algumas imagens dos protestos - e das prisões efetuadas desastradamente pelos policiais - só os ninjas tinham. Para mostrar o que tinha acontecido, o Jornal Nacional recorreu a eles.

    Esse episódio não tem nada de banal. Prestemos atenção ao detalhe: os militantes da Mídia Ninja trafegam à vontade por aglomerações a que os repórteres engravatados dos grandes noticiários não são bem-vindos. Têm acesso a cenas que ficam além do alcance das câmeras das grandes emissoras. É por isso que, quando se trata de mostrar ao telespectador o que se passou numa manifestação - e essas manifestações têm sido as principais notícias do dia -, os telejornais precisam contar com o prestimoso auxílio das lentes ninjas. Não nos esqueçamos: os ninjas operam na fronteira entre a ordem pacata das ruas e a sublevação, entre a luz dos holofotes da TV e a sombra. Nessa fronteira, eclodem hoje notícias essenciais e, sem os ninjas, o país não veria nada disso.

    São notícias que perturbam. Em julho, elas revelaram abusos de agentes policiais. Ao mesmo tempo, são notícias boas. Por todos os motivos, o cidadão tem o direito de saber da conduta indevida dos agentes da lei. Portanto, é ótimo que os ninjas nos ajudem a nos informar.

    Mas isso não é tudo. A Mídia Ninja não substitui a imprensa profissional, nem se deve esperar isso dela. Seus integrantes não constituem uma redação independente, mas um agrupamento engajado nos protestos. Eles não são observadores distanciados da cena que reportam. Em lugar disso, atuam dentro da cena, são parte dela. Eles mesmos não escondem isso. No vocabulário deles, a palavra ninja não é apenas uma brincadeira com tartarugas que desferem pernadas por aí, mas um acrônimo que significa “narrativas independentes, jornalismo e ação”. Nessa breve expressão, temos um manifesto bem claro. Os ninjas fazem jornalismo engajado, comprometido com a ação. Não escondem isso de ninguém. Declaram seu engajamento e, assim, protegem a própria credibilidade. Mesmo sem concordar com eles, podemos confiar neles, pois não ocultam os próprios propósitos.

    Nesse ponto, os ninjas deixam um recado bem claro aos jornalistas profissionais e às redações que prometem ser independentes: as motivações de cada órgão de imprensa devem ser total e radicalmente transparentes. O jornalismo brasileiro será melhor se, ao contrário dos ninjas, souber se distanciar criticamente dos fatos que cobre - e se, exatamente como os ninjas, for capaz de explicitar com todas as letras os compromissos que tem. Se cuidasse disso, talvez tivesse mais trânsito nas fronteiras.

Leia o seguinte trecho:

“No vocabulário deles, a palavra ninja não é apenas uma brincadeira com tartarugas que desferem pernadas por aí, mas um acrônimo que significa ‘narrativas independentes, jornalismo e ação.”

Nesse trecho, a palavra acrônimo significa
Alternativas
Q449101 Português
                                        O recado dos ninjas

    O nome parece uma piada, ou melhor, é uma piada. “Mídia Ninja” soa como nome de filme cômico. Lembra na hora a saga das Tartarugas ninjas, o pastelão que misturava pizza, kung fu e efeitos especiais de segunda - e que, assim mesmo, virou mania. Que existe uma ironia escancarada na coisa toda, disso não há nenhuma dúvida.

    No Facebook, o símbolo da Mídia Ninja não tem tartarugas. Não parece gozação. O que vemos ali é a imagem em preto e branco de um rosto mascarado. Na figura em close, em alto contraste, só identificamos os olhos amendoados. Podem ser olhos orientais ou, quem sabe, olhos palestinos. Têm um toque feminino, mas isso não é certo. Talvez sejam apenas adolescentes. O modo como o tecido escuro cobre aquela face lembra a indumentária daqueles acrobatas de filmes de artes marciais que decepam cabeças com espadas uivantes. Ou talvez seja inspirado na figura de um garoto da intifada. Ou, ainda, num presidiário brasileiro amotinado, que esconde sua fisionomia por trás da camiseta enrolada na cabeça. O símbolo da Mídia Ninja, enfim, não nos conta uma anedota. Em vez disso, representa uma figura limítrofe entre a lei e a insurreição, entre a luz e a sombra, entre a candura e a violência, como a nos avisar que a Mídia Ninja opera na fronteira: pode ser um trocadilho de jovens jornalistas brincalhões ou uma maldição contra a imprensa que se permitiu envelhecer.

    Podemos saber, desde já, é que esse grupo que sai por aí fazendo reportagens com celulares ocupou um espaço que a imprensa profissional ainda não tinha alcançado. Seus integrantes vivem nas passeatas que viraram rotina nas cidades brasileiras a partir de junho. Normalmente, as imagens e as histórias contadas por esse exército digital ia ao ar nas redes sociais. A partir de julho, conquistaram ruidosamente o horário nobre. Entraram com grande pompa no Jornal Nacional, com crédito e tudo. Algumas imagens dos protestos - e das prisões efetuadas desastradamente pelos policiais - só os ninjas tinham. Para mostrar o que tinha acontecido, o Jornal Nacional recorreu a eles.

    Esse episódio não tem nada de banal. Prestemos atenção ao detalhe: os militantes da Mídia Ninja trafegam à vontade por aglomerações a que os repórteres engravatados dos grandes noticiários não são bem-vindos. Têm acesso a cenas que ficam além do alcance das câmeras das grandes emissoras. É por isso que, quando se trata de mostrar ao telespectador o que se passou numa manifestação - e essas manifestações têm sido as principais notícias do dia -, os telejornais precisam contar com o prestimoso auxílio das lentes ninjas. Não nos esqueçamos: os ninjas operam na fronteira entre a ordem pacata das ruas e a sublevação, entre a luz dos holofotes da TV e a sombra. Nessa fronteira, eclodem hoje notícias essenciais e, sem os ninjas, o país não veria nada disso.

    São notícias que perturbam. Em julho, elas revelaram abusos de agentes policiais. Ao mesmo tempo, são notícias boas. Por todos os motivos, o cidadão tem o direito de saber da conduta indevida dos agentes da lei. Portanto, é ótimo que os ninjas nos ajudem a nos informar.

    Mas isso não é tudo. A Mídia Ninja não substitui a imprensa profissional, nem se deve esperar isso dela. Seus integrantes não constituem uma redação independente, mas um agrupamento engajado nos protestos. Eles não são observadores distanciados da cena que reportam. Em lugar disso, atuam dentro da cena, são parte dela. Eles mesmos não escondem isso. No vocabulário deles, a palavra ninja não é apenas uma brincadeira com tartarugas que desferem pernadas por aí, mas um acrônimo que significa “narrativas independentes, jornalismo e ação”. Nessa breve expressão, temos um manifesto bem claro. Os ninjas fazem jornalismo engajado, comprometido com a ação. Não escondem isso de ninguém. Declaram seu engajamento e, assim, protegem a própria credibilidade. Mesmo sem concordar com eles, podemos confiar neles, pois não ocultam os próprios propósitos.

    Nesse ponto, os ninjas deixam um recado bem claro aos jornalistas profissionais e às redações que prometem ser independentes: as motivações de cada órgão de imprensa devem ser total e radicalmente transparentes. O jornalismo brasileiro será melhor se, ao contrário dos ninjas, souber se distanciar criticamente dos fatos que cobre - e se, exatamente como os ninjas, for capaz de explicitar com todas as letras os compromissos que tem. Se cuidasse disso, talvez tivesse mais trânsito nas fronteiras.

O significado da palavra destacada foi traduzido CORRETAMENTE em
Alternativas
Q448887 Português
                                                       Imagem associada para resolução da questão

“para recolher a água fria”; essa frase do texto 5, se nominalizada, adquiriria a seguinte forma:
Alternativas
Q448886 Português

                                                        Imagem associada para resolução da questão

“Coloque um balde embaixo do chuveiro”; a opção em que a forma sublinhada está ERRADA é:
Alternativas
Respostas
12441: D
12442: E
12443: E
12444: D
12445: D
12446: B
12447: D
12448: A
12449: C
12450: C
12451: B
12452: D
12453: B
12454: C
12455: A
12456: C
12457: D
12458: B
12459: D
12460: E