Questões de Concurso
Sobre sintaxe em português
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Em relação aos processos sintáticos constituintes da oração, examine as declarações a seguir:
I. A oração principal desempenha sempre uma função sintática em outra oração do período.
II. A oração coordenada, nunca é termo de outra nem a ela se refere, pode relacionar-se com outra coordenada, mas em sua integridade.
III. As orações subordinadas funcionam somente como termos acessórios da oração.
IV. As orações subordinadas adverbiais funcionam como adjunto adverbial de outras orações e vêm geralmente introduzidas por conjunções integrantes.
V. A oração subordinada adjetiva vem normalmente introduzida por um adjetivo exercendo a função de adjunto adnominal.
Estão corretas:
Quanto à disposição dos elementos nas frases, à ênfase e à clareza, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas a seguir:
(__) A oração pode transmitir uma declaração do que pensamos, observamos ou sentimos, e neste caso se chama declarativa, afirmativa ou negativa.
(__) A ordem inversa refere-se a ordem: predicado (ou um dos seus componentes) − sujeito.
(__) O objeto direto pode ser substituído pelos pronomes átonos: o, a, os, as, lhe, lhes, que marcam o gênero e o número do substantivo.
(__) Todos os enunciados têm a mesma importância para a exposição gramatical.
(__) A coesão é obtida unicamente por meio de recursos gramaticais (conjunções, preposições, pronomes, advérbios).
A sequência correta de preenchimento dos parênteses
O texto seguinte servirá de base para responder à questão,
A fila do mineiro
Um comportamento é digno de atenção aqui. Mineiro não forma fila. Ele faz um semicírculo. Um paredão que avança lentamente, ocupando a extensão inteira da calçada. Jamais vi uma fila indiana em Minas, um atrás do outro, como no padrão internacional.
O conjunto irradia espontaneamente para os cantos e laterais. Não se dispõe de maneira uniformizada, em linha reta, como acontece nos demais Estados do país.
Rompe-se com aquele sentimento de rebanho, conduzido pelo vaqueiro em fileira devido às trilhas estreitas e obstáculos das pastagens. É uma fila livre da fila. Todos sabem quando é a sua vez, não há desrespeito ao espaço alheio, à preferência do antecessor.
De modo nenhum, esse movimento de se espalhar é um jeito criativo de furar fila. Existe em cada um a consciência do momento em que se chegou ali e a fixação mental de seu lugar.
A fila se distribui horizontalmente em qualquer ambiente. Pode ser numa unidade de saúde, numa entrevista de emprego, numa balada, na entrada de um restaurante, para realizar algum concurso, para ingressar na escola, para colher autógrafos de um autor, para entrar num estádio ou teatro.
Todo mineiro dá um passo à frente antes da hora, transgredindo a delimitação prévia. Pensei primeiramente que era um recurso para ampliar o campo de visão e espiar o quanto faltava para o final. Até que reparei que tem mais a ver com o afeto: ele reencontra amigos e colegas na fila e puxa assunto lado a lado. Arruma um grupo. Arruma uma panelinha. Arruma um bando. Arruma um clube da esquina.
Tanto que é o único povo no Brasil que conversa no elevador. Fila, então, é sua chance de começar um comício.
É impressionante a sua capacidade de criar raízes nas casualidades. Mesmo quando não conhece ninguém, resgata algum parentesco ou afinidade perguntando onde a pessoa mora, onde nasceu, onde estudou, com o que trabalha. O sobrenome desperta uma família que desemboca num laço remoto, ou uma cidade lembra um parente que resulta numa observação espirituosa, e se estabelece a magia. O mineiro vai questionando exaustivamente, rodeando, numa investigação da intimidade sem precedentes. Sempre acaba achando um ponto em cruz para tricotar coincidências, para firmar convergências.
É o que batizo de "visita de rua". Mineiro não realiza visitas unicamente em casa, mas também efetua abordagens no meio de seu trajeto, pescando colóquios e audiências.
Assim o tempo passa mais rapidamente, o desconforto se transforma em prazer, e nem parece que você estava aguardando algo. Fica, inclusive, com o gosto amargo de ter que se despedir das amizades. É comum se mostrar contrariado ao ser chamado para o guichê ou balcão. Só em Minas, a fila é melhor do que o atendimento.
Fabrício Carpinejar
https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/2024/9/27/a-fila-do-mineiro
"Pensei primeiramente que era um recurso para ampliar o campo de visão e espiar o quanto faltava para o final."
O texto seguinte servirá de base para responder à questão,
A fila do mineiro
Um comportamento é digno de atenção aqui. Mineiro não forma fila. Ele faz um semicírculo. Um paredão que avança lentamente, ocupando a extensão inteira da calçada. Jamais vi uma fila indiana em Minas, um atrás do outro, como no padrão internacional.
O conjunto irradia espontaneamente para os cantos e laterais. Não se dispõe de maneira uniformizada, em linha reta, como acontece nos demais Estados do país.
Rompe-se com aquele sentimento de rebanho, conduzido pelo vaqueiro em fileira devido às trilhas estreitas e obstáculos das pastagens. É uma fila livre da fila. Todos sabem quando é a sua vez, não há desrespeito ao espaço alheio, à preferência do antecessor.
De modo nenhum, esse movimento de se espalhar é um jeito criativo de furar fila. Existe em cada um a consciência do momento em que se chegou ali e a fixação mental de seu lugar.
A fila se distribui horizontalmente em qualquer ambiente. Pode ser numa unidade de saúde, numa entrevista de emprego, numa balada, na entrada de um restaurante, para realizar algum concurso, para ingressar na escola, para colher autógrafos de um autor, para entrar num estádio ou teatro.
Todo mineiro dá um passo à frente antes da hora, transgredindo a delimitação prévia. Pensei primeiramente que era um recurso para ampliar o campo de visão e espiar o quanto faltava para o final. Até que reparei que tem mais a ver com o afeto: ele reencontra amigos e colegas na fila e puxa assunto lado a lado. Arruma um grupo. Arruma uma panelinha. Arruma um bando. Arruma um clube da esquina.
Tanto que é o único povo no Brasil que conversa no elevador. Fila, então, é sua chance de começar um comício.
É impressionante a sua capacidade de criar raízes nas casualidades. Mesmo quando não conhece ninguém, resgata algum parentesco ou afinidade perguntando onde a pessoa mora, onde nasceu, onde estudou, com o que trabalha. O sobrenome desperta uma família que desemboca num laço remoto, ou uma cidade lembra um parente que resulta numa observação espirituosa, e se estabelece a magia. O mineiro vai questionando exaustivamente, rodeando, numa investigação da intimidade sem precedentes. Sempre acaba achando um ponto em cruz para tricotar coincidências, para firmar convergências.
É o que batizo de "visita de rua". Mineiro não realiza visitas unicamente em casa, mas também efetua abordagens no meio de seu trajeto, pescando colóquios e audiências.
Assim o tempo passa mais rapidamente, o desconforto se transforma em prazer, e nem parece que você estava aguardando algo. Fica, inclusive, com o gosto amargo de ter que se despedir das amizades. É comum se mostrar contrariado ao ser chamado para o guichê ou balcão. Só em Minas, a fila é melhor do que o atendimento.
Fabrício Carpinejar
https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/2024/9/27/a-fila-do-mineiro
I."Ele faz um semicírculo."
II."Rompe-se com aquele sentimento de rebanho."
III."De modo nenhum, esse movimento de se espalhar é um jeito criativo de furar fila."
IV."Fica, inclusive, com o gosto amargo de ter que se despedir das amizades."
Assinale a alternativa correta quanto à análise da regência verbal e nominal de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa:
I. No trecho "As pessoas ajustadas são indispensáveis para fazer a máquina funcionar", a palavra "indispensáveis" é morfologicamente um adjetivo.
II. Em "As pessoas ajustadas são indispensáveis para fazer a máquina funcionar", a palavra "indispensáveis" exerce a função sintática de predicativo do sujeito.
III. No trecho "A criatividade vem do desajustamento", a palavra "criatividade" é morfologicamente um adjetivo.
IV. Em "A criatividade vem do desajustamento", "desajustamento" exerce a função sintática de predicativo do objeto.
Está CORRETO o que se afirma em:
Em relação à concordância dos adjetivos, analise a afirmativa correta:
No quarto período, o segmento “o modelo obrigatório de qualquer composição social entre nós” exerce a função de complemento da forma verbal “forneceram”.
Em relação à concordância dos adjetivos, analise a afirmativa correta:
Em relação à linguagem, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, que apresenta um trecho da obra dramatúrgica Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, julgue os seguintes itens.
Na última fala apresentada no texto, a expressão “Santa Maria” desempenha a função sintática de sujeito da oração.
Em relação à linguagem, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, que apresenta um trecho da obra dramatúrgica Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, julgue os seguintes itens.
Na última fala do texto, o segmento “mãe de Deus” desempenha a função sintática de aposto.
Julgue o item subsequente, referente a construções linguísticas do texto apresentado.
Em “uma formação que o torne isento de preconceitos” (último período), o termo “isento” exerce a função sintática de predicativo do objeto expresso pela forma pronominal “o”.
Julgue o item subsequente, referente a construções linguísticas do texto apresentado.
O trecho “que existia até então” (terceiro período) constitui uma oração subordinada adjetiva sem sujeito.
Julgue o item subsequente, referente a construções linguísticas do texto apresentado.
No primeiro período do texto, a oração “que um dos legados (...) variedades de línguas” desempenha a função sintática de sujeito.
Julgue o item subsequente, referente a construções linguísticas do texto apresentado.
A oração “como reagir diante de situações de variação dialetal” (último período) classifica-se como subordinada adverbial comparativa.
Julgue o próximo item, relativo a aspectos gramaticais do texto 19A1.
No último período do segundo parágrafo, a oração “não confundir a língua com o discurso” classifica-se como subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.