Questões de Português - Substantivos para Concurso
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Texto 1
Vidas Secas
Graciliano Ramos Capítulo
I – Mudança (fragmento)
Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.
Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.
Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se.
O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.
- Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai. Não obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta. Mas o pequeno esperneou acuado, depois sossegou, deitou-se, fechou os olhos. Fabiano ainda lhe deu algumas pancadas e esperou que ele se levantasse. Como isto não acontecesse, espiou os quatro cantos, zangado, praguejando baixo.
A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas.
O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.
- Anda, excomungado.
(...)
Ainda na véspera eram seis viventes, contando com o papagaio. Coitado, morrera na areia do rio, onde haviam descansado, à beira de uma poça: a fome apertara demais os retirantes e por ali não existia sinal de comida. Baleia jantara os pés, a cabeça, os ossos do amigo, e não guardava lembrança disto. Agora, enquanto parava, dirigia as pupilas brilhantes aos objetos familiares, estranhava não ver sobre o baú de folha a gaiola pequena onde a ave se equilibrava mal. Fabiano também às vezes sentia falta dela, mas logo a recordação chegava. Tinha andado a procurar raízes, à toa: o resto da farinha acabara, não se ouvia um berro de rês perdida na catinga. Sinhá Vitória, queimando o assento no chão, as mãos cruzadas segurando os joelhos ossudos, pensava em acontecimentos antigos que não se relacionavam: festas de casamento, vaquejadas, novenas, tudo numa confusão. Despertara-a um grito áspero, vira de perto a realidade e o papagaio, que andava furioso, com os pés apalhetados, numa atitude ridícula. Resolvera de supetão aproveitá-lo como alimento e justificara-se declarando a si mesma que ele era mudo e inútil. Não podia deixar de ser mudo. Ordinariamente a família falava pouco. E depois daquele desastre viviam todos calados, raramente soltavam palavras curtas. O louro aboiava, tangendo um gado inexistente, e latia arremedando a cachorra.
(...)
Ramos, G. Vidas Secas. Record. 199ª ed. Edição
original de 1938.
“Recém-reconhecida pela ciência, a preguiça-de-coleira do Sudeste (Bradypus crinitus) poderá perder até 7 mil km² de áreas adequadas a sua sobrevivência, caso nenhuma medida de regeneração florestal seja tomada. Este cenário poderá ser ainda mais grave, uma vez que o desmatamento na Mata Atlântica vem aumentando consideravelmente em quase todos os estados de ocorrência desse importante domínio florestal brasileiro.
O nome ‘preguiça-de-coleira’ relaciona-se com a presença de uma juba na região dorsal do animal, de pelagem mais escura e lisa. Daí vem seus outros nomes populares: preguiça-preta e aípixuna, em tupi (a’i = preguiça, pi’xuna = preta). [...]”
CIÊNCIA HOJE. Seção “Resultados Imediatos”. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo_category/resultados-imediatos/. Acesso em: 25 mar. 2023.
Os plurais de preguiça-de-coleira e de preguiça-preta são
“Há poucos meses, ao aceno de uma revista americana, disputaram-se algumas delas a honra de serem escolhidas, como mocinhas de subúrbio querendo ser “misses”, e no fim apareceram numas fotos de publicidade comercial, prosaicamente usadas como joguetes de gringos espertos.”
O termo em negrito, delas destacado no fragmento retirado do texto, está CORRETAMENTE classificado em:
Coluna 1 Classes de palavras 1. substantivo / substantivo 2. adjetivo / adjetivo 3. substantivo / adjetivo 4. adjetivo / substantivo
Coluna 2 Palavras (retiradas do texto 2) ( ) “pessoas encarceradas” (1ª resposta) / “sistema carcerário brasileiro” (2ª resposta)
( ) ”tratamento dado aos presidiários” (1ª resposta) / “Construir presídios em detrimento da educação” (4ª resposta)
( ) ”no sistema carcerário brasileiro” (2ª resposta) / “o olhar dos brasileiros sobre a situação” (2ª resposta)
( ) ”favoráveis a penas alternativas” (3ª resposta) / “chamamos de populismo penal” (5ª resposta)
( ) “os prisioneiros forem tratados” (3ª resposta) / “A corrida para o aprisionamento” (4ª resposta)
( ) “O que acontece dentro das prisões” (2ª resposta) / “a situação do sistema prisional do país” (2ª resposta)
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
“Principiava a declinar o mês de outubro, e já o inverno abria cedo os portões da noite.
O céu betumado por igual de um cinzento chumbado e sujo, peneirava de vez em quando uma poeira d’água, que se precipitava na lâmina polida do mar, como se milhões de flechazinhas microscópicas crivassem o escudo enorme do fabuloso gigante marinho.
Das águas, mortas e sombreadas pelo azul-escuro da noite, levantava-se o torrão vulcânico da ilha, desenhando fantasticamente no fundo plúmbeo do céu os contornos negros das oliveiras.
As duas vidraças iluminadas da casa de Maffei fitavam da treva as ilhas vizinhas.
Do lado oposto da ilha, os pescadores lançavam, cantando, as redes ao mar, e o som monótono das cantigas chegava esfacelado e trêmulo, como o reflexo dos seus archotes nas vagas.”
AZEVEDO, Aluísio. Uma lágrima de mulher. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000160.pdf. Acesso em: 29 abr. 2023.
Qual das palavras destacadas se classifica como um substantivo nesse excerto?
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/46948/>. Acesso em: 24 jul. 2016.
O texto, letra da canção Love Song, da banda Legião Urbana, é a primeira estrofe de uma cantiga de amor de autoria do trovador Nuno Fernandes Torneol. À época de sua feitura, no século XIII, o substantivo senhor era usado para referir-se tanto a homens quanto a mulheres, sendo precedido, para indicação de concordância nominal, por artigos ou pronomes. Assinale a alternativa que contém a denominação desse tipo de substantivo e seus exemplos no português que falamos e escrevemos hoje.
TEXTO
Bom exemplo na saúde
O Estado de S.Paulo
9 de setembro de 2018
Disponível em: http://www.ivancabral.com/2009/11/charge-dodia-falta-de-medico.html.
Acesso em: 15 ago. 2022.
Na charge, o vocábulo “seu” é classificado como
TEXTO I
A NOVA JUVENTUDE
O que não falta é frase satirizando a primeira etapa da vida. Exemplo: A juventude é um defeito facilmente superável com a idade. Outro: A juventude é uma coisa maravilhosa, pena desperdiçá-la em jovens. Quem ultrapassou essa fase dourada hoje olha para ela com certo desprezo - Não de todo equivocado: a maturidade, de fato, se não é nosso período mais fértil, certamente é o mais sabido. Algum benefício tinha que haver nessa tal passagem do tempo.
No entanto, em vez de fazer coro com a soberba habitual dos maduros, vale dar uma espiada mais generosa para a garotada. Afora os neorretardados que proliferam nas redes esbanjando pobreza de espírito, a geração atual tem uma postura mais humanizada em relação a questões importantes da vida. Vale a pena escutá-los.
O tema da homossexualidade, ainda debatido à exaustão na mídia, já saiu de pauta entre os adolescentes. Nada mais natural do que meninos e meninas namorarem parceiros do mesmo sexo. Ser favorável ou desfavorável à causa gay? Concordo com eles: chega a ser constrangedor a gente se declarar a favor ou contra o que não nos diz respeito. É muita arrogância.
Quanto à busca por uma profissão, mudanças visíveis também. O dinheiro continua sendo uma preocupação, mas já não ocupa o topo das paradas. O que se deseja é fazer diferença para a sociedade, trabalhar no que se gosta, personalizar sua atuação, deixar marcada uma ideia, uma consciência, um caminho diferente, um novo olhar. Nem que para isso se invente uma profissão que nunca existiu, que se formalizem atividades que antes não eram consideradas. O estudar segue fundamental, mas a sequência colégio-vestibular-faculdade vem ganhando bifurcações. Se a felicidade não estiver na vida sólida e estável que os pais sonharam, paciência. Os sonhos dos velhos terão que se adaptar a uma realidade menos regrada.
Sim, ainda existem os adolescentes convencionais, que sonham com casamentos convencionais e empregos convencionais e que querem enriquecer, consumir e ser “alguém”. A diferença é que esse “alguém” padrão, que se amparava em hierarquias para estabelecer juízos de valor, não representa o jovem moderno que quer construir uma sociedade mais horizontalizada. A noção de riqueza está mudando de foco: ir para o trabalho de bicicleta pode dar mais status a um profissional do que conquistar uma vaga no estacionamento reservado aos patrões.
Outro dia falava sobre tatuagens com duas garotas e me peguei aplicando o velho discurso a respeito do cuidado que elas deveriam ter antes de tomar decisões definitivas. Foi quando me dei conta de que até o definitivo mudou de configuração. Elas não veneram o “pra sempre” – o que acho ótimo, mas então por que fazer uma tatuagem? Simplesmente para homenagear uma etapa da vida. Não haverá arrependimento se o assunto não for levado com tanto drama. Tatuagem deixou de ser uma condecoração vitalícia. Nada mais é vitalício.
Basta que seja sustentável.
(O GLOBO, Marta Medeiros, 2013)
I - Verifica-se a presença tanto do registro formal quanto do registro informal, com predominância do registro formal.
II - O uso dos verbos “escrever” e “declamar”, conjugados no futuro do presente do indicativo, constitui uma marca de uso do registro formal.
III - O pronome demonstrativo “nessa”, usado no primeiro quadrinho, passaria a “nesta”, no registro formal.
IV - Considerando as falas, observa-se que houve predominância do emprego de frases declarativas afirmativas.
V - O substantivo “Joana”, no primeiro quadro, foi usado como vocativo, por esse motivo aparece precedido por vírgula.
Estão CORRETAS as afirmativas
O ESPETÁCULO DA VIDA
(1º§) Que você seja um grande empreendedor. Quando empreender, não tenha medo de falhar. Quando falhar, não tenha receio de chorar. Quando chorar, repense a sua vida, mas não recue. Dê sempre uma nova chance para si mesmo.
(2º§) Que você seja contemplado por encontrar um oásis em seu deserto. Os perdedores veem os raios. Os vencedores veem a chuva e a oportunidade de cultivar. Os perdedores paralisam-se diante das perdas e dos fracassos. Os vencedores começam tudo de novo.
(3º§) Que você seja sabedor de que o maior carrasco do ser humano é ele mesmo. Não seja escravo dos seus pensamentos negativos. Liberte-se da pior prisão do mundo: o cárcere da emoção. O destino raramente é inevitável, mas sim uma escolha. Escolha ser um ser humano consciente, livre e inteligente.
(4º§) Que você seja consciente de que sua vida é mais importante do que todo o ouro do mundo. Mais bela que as estrelas: obra-prima do Autor da vida. Apesar dos seus defeitos, você não é um número na multidão. Ninguém é igual a você no palco da vida. Você é um ser humano insubstituível.
(5º§) Que você seja um persistente dos seus anseios e que jamais desista das pessoas que ama. Jamais desista de ser feliz. Lute sempre pelos seus sonhos. Seja profundamente apaixonado pela vida. Pois a vida é um espetáculo imperdível.
(Dr. Augusto Cury. Médico Psiquiatra, Professor e Escritor) - (Adaptado)
I....foi dada por concluída a construção...
II....além do relógio cujo mostrador...
III....é visto de quase todos os pontos...