Questões de Concurso
Sobre termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto em português
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Um empecilho na neurociência era a falta de uma visão clara de como as células cerebrais de animais se comportam durante muito tempo. Agora, pesquisadores de Harvard desenvolveram um jeito de acompanhar o que um neurônio faz durante um ano.
Em seu estudo realizado com camundongos, os cientistas contam terem desenvolvido um implante eletrônico capaz de coletar informações detalhadas sobre a atividade de uma única célula pelo período de um ano – sem atrapalhar as funções que ela desempenhava.
Um neurônio é uma célula muito pequena – medindo de 10 a 100 micrômetros –, que é a milionésima parte de um milímetro. Além disso, o seu pico de atividade elétrica é muito curto, durando apenas cerca de dois milissegundos.
Pesquisadores desse campo estão sempre à procura de melhores ferramentas para estudar as células do cérebro. Algumas técnicas, por exemplo, permitem detectar a atividade de células específicas para experimentos rápidos em pequenas regiões cerebrais – tanto em tecido recentemente removido ou por meio de sondas.
Contudo, por serem limitadas, essas condições não representam a realidade com a fidelidade necessária. Restritas a períodos curtos, elas não são capazes de fornecer informações detalhadas o suficiente para entender como a atividade muda com a idade e outras experiências de vida.
Conforme os pesquisadores, grande parte da dificuldade em fazer medições do tipo era consequência da incompatibilidade entre as propriedades mecânicas do tecido cerebral vivo e dos dispositivos eletrônicos de gravação.
“O cérebro é muito macio, como a textura de tofu ou pudim. Em contraste, os eletrônicos são rígidos. Qualquer pequeno movimento do cérebro pode fazer com que os sensores convencionais se desloquem e se movam no tecido cerebral vivo”, conta Jia Liu, líder do estudo. “Essa incompatibilidade na estrutura pode fazer com que células ao redor do local de implantação se degradem.”
Então, como forma de contornar o problema, a equipe de Liu desenvolveu um dispositivo implantável e o introduziu com segurança no cérebro da forma menos invasiva possível.
A implantação dos sensores nos camundongos cobaias resultou em distúrbios mínimos no tecido cerebral. Escolhendo quais neurônios específicos seriam vigiados, estava tudo certo para o início dos registros da atividade elétrica dessas células, acompanhadas ao longo da vida adulta dos roedores.
“Mesmo depois de um ano, não vimos nenhuma degradação dos neurônios que estávamos estudando”, relata Liu. Como constatou Liu, “não há outra tecnologia que possa rastrear o potencial de ação individual de uma dessas células em animais vivos ao longo desse tempo.”
Pensando em futuros experimentos, Liu planeja desenvolver ainda mais a técnica para que a atividade cerebral possa ser transmitida em tempo real do cérebro para análise em uma rede artificial; além de explorar diferentes usos dos sensores nanoeletrônicos.
“Talvez um dia esteja frio e cinzento lá fora, e você se sinta infeliz e de mau humor. Outro dia, está ensolarado e você está na praia e de ótimo humor. Como essas representações mudam no cérebro é algo que não pode ser estudado pela tecnologia atual porque não conseguimos rastrear de forma estável a atividade do mesmo neurônio”, diz ele. “Esta pesquisa supera completamente essa limitação. É o começo de uma nova era da neurociência.”
CAPARROZ, Leo. Cientistas gravam a atividade de um
neurônio ao longo de um ano. Disponível em:
No trecho “não há outra tecnologia que possa rastrear
o potencial de ação individual de uma dessas células
em animais vivos ao longo desse tempo”, o pronome
destacado exerce a função de:
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Cientistas tentam curar o envelhecimento
E se desse para "parar no tempo," envelhecendo mais lentamente - ou quem sabe até revertendo e deixando de envelhecer -, evitando doenças comuns à terceira idade e ficando jovem por muito mais tempo?
Ainda que nossa expectativa de vida tenha quase dobrado entre os anos de 1900 e 2020, viver por mais tempo não é, necessariamente, uma coisa tão boa. É claro que ter a possibilidade de ficar entre nossos entes queridos por muito mais anos, apreciar um pouco mais os nossos hobbies e, até mesmo, ter tempo para conhecer mais pessoas e lugares é uma ótima perspectiva de vida. O problema é que, por mais que demoremos a morrer, ainda estamos fadados ao envelhecimento.
Ficar velho não significa apenas ganhar experiência de vida: com o tempo, nossas células perdem a capacidade de se renovar, abrindo as portas para os malefícios do envelhecimento. Conforme nossa idade avança, tornamo-nos mais suscetíveis a doenças como câncer, Alzheimer, diabetes, artrite e por aí vai.
Não é à toa que a ciência vem, há anos, buscando formas de combater, desacelerar e até impedir o envelhecimento de seres humanos. Este objetivo já foi alcançado com ratos em laboratório, permitindo aos roedores viver por muito mais tempo ao mesmo tempo que continuam jovens por períodos bem mais longos.
Para isso, foram utilizadas drogas como rapamicina, metformina e carbose, por exemplo, todas comuns em alguns tipos de tratamentos de doenças em humanos
Em 2006, um pesquisador japonês chamado Shinya Yamanaka fez uma descoberta que lhe rendeu um Prêmio Nobel: ele foi capaz de reprogramar células adultas a um estado similar ao de embriões, revolucionando o campo de biologia celular e abrindo as portas para mais formas de tratar doenças. Cientistas, agora, buscam aprimorar a técnica de reprogramação celular e aplicá-la em seres humanos para "curar" o envelhecimento.
ndoocuuraroeeveheeimmentoom.br/ciencia/124265-cientistas-estao-tentando-curar-o-envelhecimento-em-promissor-estudo.htm. Adaptado.
Morfologicamente, o vocábulo em destaque é:
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Por que alguns vegetais correm risco de extinção
Muitos dos alimentos são objeto da invenção, imaginação e sabedoria de centenas de gerações de agricultores e cozinheiros.
Isto é: nossos ancestrais melhoraram, adaptaram e
tornaram comestíveis alguns frutos da terra ao longo de
milhares de anos. Mas, em nossos tempos, essa rica
diversidade está se perdendo rapidamente.
Saladino viajou para vários cantos do planeta para
conhecer comunidades que cultivam e preparam
alimentos tão únicos e ameaçados quanto seus estilos
de vida. O jornalista alerta para "a imensidão do que
estamos perdendo" e afirma que o nosso atual sistema
de produção alimentar altamente intensivo "contribui
para a destruição do planeta".
Dan Saladino conversou com a BBC News Mundo. Na
entrevista, ele defendeu que os alimentos ameaçados
compõem um verdadeiro tesouro, alertou para os riscos
de um mundo cada vez mais uniforme e deu sugestões
do que fazer para combater a perda da diversidade.
O primeiro programa que fiz me levou para a Sicília. Fui
lá esperando contar a colheita de cítricos em tom de
festa. Minha família vem da Sicília e eu sabia que as
frutas cítricas impactavam a cultura, a paisagem e a
identidade da ilha por milhares de anos
Mas, ao conversar com produtores das típicas laranjas
da Sicília, eles me disseram que colhiam sua última
safra, porque com a demanda por variedades
importadas, os pequenos agricultores não podiam mais
continuar.
Uma imagem comovente é aquela contada por Cary
Fowler, o cientista que teve a ideia de criar o banco de
sementes diversificado de Svalbard, no Ártico da
Noruega. Ele disse que muitos visitantes do banco de
sementes saem chorando e dizendo que "as sementes
são resultado do trabalho de meus ancestrais e também
de seus ancestrais".
Quaisquer que sejam os ingredientes que você use,
gostaria de convidá-lo a parar por um momento e pensar
que há uma história por trás desse ingrediente, uma
história de milhares e milhares de anos de agricultores
que adaptaram o cultivo para que ele chegasse ao seu
prato. Conhecer essa história é importante.
Também os convidaria a comprar outra variedade deste
ingrediente, com visual e sabor diferentes, em uma
próxima oportunidade. E convido todos também a
estabelecer contato com quem produz seus alimentos.
Um agricultor chinês de setenta anos cultiva uma
variedade ameaçada de arroz vermelho. Quando
perguntei como ele conseguia vender o produto, ele
pegou o celular e me mostrou como se comunicava com
os consumidores em Pequim por meio do Wechat, que é
como o WhatsApp na China. Com a tecnologia moderna,
é possível conectar-se com as pessoas que cultivam
nossos alimentos e incentivá-las a fornecer mais
diversidade no futuro.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd1065ryqn9o. Adaptado.
Sintaticamente, o vocábulo em destaque é:
Por que alguns vegetais correm risco de extinção
Muitos dos alimentos são objeto da invenção, imaginação e sabedoria de centenas de gerações de agricultores e cozinheiros.
Isto é: nossos ancestrais melhoraram, adaptaram e tornaram comestíveis alguns frutos da terra ao longo de milhares de anos. Mas, em nossos tempos, essa rica diversidade está se perdendo rapidamente.
Saladino viajou para vários cantos do planeta para conhecer comunidades que cultivam e preparam alimentos tão únicos e ameaçados quanto seus estilos de vida. O jornalista alerta para "a imensidão do que estamos perdendo" e afirma que o nosso atual sistema de produção alimentar altamente intensivo "contribui para a destruição do planeta".
Dan Saladino conversou com a BBC News Mundo. Na entrevista, ele defendeu que os alimentos ameaçados compõem um verdadeiro tesouro, alertou para os riscos de um mundo cada vez mais uniforme e deu sugestões do que fazer para combater a perda da diversidade.
O primeiro programa que fiz me levou para a Sicília. Fui lá esperando contar a colheita de cítricos em tom de festa. Minha família vem da Sicília e eu sabia que as frutas cítricas impactavam a cultura, a paisagem e a identidade da ilha por milhares de anos.
Mas, ao conversar com produtores das típicas laranjas da Sicília, eles me disseram que colhiam sua última safra, porque com a demanda por variedades importadas, os pequenos agricultores não podiam mais continuar.
Uma imagem comovente é aquela contada por Cary Fowler, o cientista que teve a ideia de criar o banco de sementes diversificado de Svalbard, no Ártico da Noruega. Ele disse que muitos visitantes do banco de sementes saem chorando e dizendo que "as sementes são resultado do trabalho de meus ancestrais e também de seus ancestrais".
Quaisquer que sejam os ingredientes que você use, gostaria de convidá-lo a parar por um momento e pensar que há uma história por trás desse ingrediente, uma história de milhares e milhares de anos de agricultores que adaptaram o cultivo para que ele chegasse ao seu prato. Conhecer essa história é importante.
Também os convidaria a comprar outra variedade deste ingrediente, com visual e sabor diferentes, em uma próxima oportunidade. E convido todos também a estabelecer contato com quem produz seus alimentos.
Um agricultor chinês de setenta anos cultiva uma variedade ameaçada de arroz vermelho. Quando perguntei como ele conseguia vender o produto, ele pegou o celular e me mostrou como se comunicava com os consumidores em Pequim por meio do Wechat, que é como o WhatsApp na China. Com a tecnologia moderna, é possível conectar-se com as pessoas que cultivam nossos alimentos e incentivá-las a fornecer mais diversidade no futuro.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd1065ryqn9o. Adaptado
As sementes são 'resultado' do trabalho de meus ancestrais e também de seus ancestrais.
Sintaticamente, o vocábulo em destaque é:
( ) O advérbio de intensidade MUITO, se deslocado para junto do verbo “cansar” (cansa muito), altera a informação expressa no título, enfatizando a ideia de que “Pensar” é, em si, uma atividade cansativa.
( ) Em: “Foi o que descobriu um grupo de cientistas franceses, que monitorou os cerébros de 40 voluntários enquanto eles realizavam versões fáceis ou difíceis do mesmo teste”, o pronome ELES tem como referente a expressão “um grupo de cientistas franceses.”
( ) No título, a posição em que ocorre o advérbio REALMENTE pode gerar ambiguidade estrutural e semântica, admitindo ser considerado um adjunto/focalizador, cujo escopo é o verbo “cansar”; ou um adjunto oracional/modalizador, denotando uma opinião, leitura mais provável.
( ) Nas duas orações que iniciam o texto, os termos FRESCURA, IMPRESSÃO e REAL, usados como predicativo, na caracterização do fenômeno descrito pertencem todos à mesma classe – a dos adjetivos.
A sequência de avaliação CORRETA é:
No período acima, o termo sublinhado exerce função sintática de
No último período do texto, o segmento “como instituição permanente e essencial à função jurídica” funciona, sintaticamente, como predicativo do termo “o MP”.
O exercício simples que traz benefícios surpreendentes para o cérebro
"Nossos cérebros são grandes demais, muito ineficientes e precisam de muita energia para funcionar, mesmo em repouso", diz Damian Bailey, diretor do Instituto de Pesquisa em Saúde e Bem-Estar da Universidade de South Wales, no Reino Unido.
Bailey, que também é o líder do Laboratório de Pesquisa
Neurovascular da Universidade, explicou que a atividade
física é importante porque não há tratamento curativo
para a neurodegeneração e o exercício surgiu como uma
contramedida muito poderosa.
Mas a grande questão, segundo ele, é: quanto exercício se deve fazer, de que tipo e com que frequência.
"Muito do que fazemos no laboratório é observar diferentes aspectos do exercício, em termos de tipo, intensidade e duração, tentando encontrar o ponto ideal onde podemos ver uma adaptação otimizada", diz Bailey.
"Sabemos que, com a atividade física, aumentamos o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que é crucial porque isso o ajuda a reconhecer as substâncias químicas úteis de que precisa para crescer", diz o cientista.
Esse suprimento de sangue também é importante porque nosso hipocampo, a parte do cérebro responsável pelo aprendizado e pela memória, encolhe à medida que envelhecemos, recebendo menos sangue.
Graças aos recentes avanços tecnológicos, os cientistas entendem como a atividade física beneficia o cérebro.
Eles medem o fluxo sanguíneo para o cérebro através do pescoço.
"E o que nossa pesquisa mostra é que você não precisa fazer exercícios de tirar o fôlego ou se esforçar ao máximo na academia para beneficiar certas partes do cérebro".
"Você pode fazer alguns grandes movimentos que quase não parece que você faz esforço físico e que realmente estimulam o cérebro."
"O que identificamos é que, principalmente, para pessoas que não estão muito em forma ou que não podem fazer exercícios pesados, o agachamento é uma opção muito útil".
É isso mesmo: agachar-se e levantar-se repetidamente foi descrito como uma forma "inteligente" de exercício porque "desafia o cérebro" e, portanto, beneficia-o.
O melhor de fazer agachamentos, explica o cientista, é que quando você se levanta, você vai contra a gravidade; quando você desce, você trabalha com a gravidade.
"Com isso, o fluxo sanguíneo para o cérebro sobe e
desce repetidamente conforme você faz o movimento, e é essa mudança no fluxo que estimula o endotélio
vascular, o revestimento interno dos vasos sanguíneos,
a fornecer mais sangue ao cérebro."
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0dl9d3mp9ro. Adaptado.
Eles medem o fluxo sanguíneo para o cérebro através do pescoço.
Assinale a opção CORRETA em relação ao predicado da oração.