Questões de Concurso
Comentadas sobre uso da vírgula em português
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Leia o Texto abaixo e responda à pergunta:
Investir na Segurança: Despesa ou Receita
Em se falando de Segurança no Trabalho, nos deparamos com a palavra ACIDENTE. Numa definição abrangente e genérica, podemos afirmar que ACIDENTE é um evento indesejável e inesperado que produz desconforto, ferimentos, danos, perdas humanas e ou materiais. Um acidente pode mudar totalmente a rotina e a vida de uma pessoa, modificar sua razão de viver ou colocar em risco seus negócios e propriedades.
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o acidente não é obra do acaso e nem da falta de sorte. Denomina-se SEGURANÇA, a disciplina que congrega estudos e pesquisas visando eliminar os fatores perigosos que conduzem ao acidente ou reduzir seus efeitos. Seu campo de atuação vai desde uma simples residência até complexos conglomerados industriais.
Nos países desenvolvidos medidas preventivas e de Segurança de caráter individual ou coletivo, são aplicadas e praticadas pela maioria de seus cidadãos, ao passo que nos países em desenvolvimento ainda são largamente inexistentes ou ignoradas. Em alguns destes países a legislação apresenta certos absurdos como compensação monetária pela exposição ao risco (periculosidade, insalubridade), fazendo com que empregados e empregadores concentrem suas atenções no “custo” da exposição e não na eliminação da mesma.
(...)
http://www.segurancanotrabalho.eng.br/artigos/investir_seg.html - acesso em 25/04/2016
Leia a afirmativa abaixo, retirada do texto, e assinale a resposta correta:
“Nos países desenvolvidos medidas preventivas e de Segurança de caráter individual ou coletivo, são aplicadas e praticadas pela maioria de seus cidadãos, ao passo que nos países em desenvolvimento ainda são largamente inexistentes ou ignoradas.”
Jogos Olímpicos Rio 2016 deixarão lições para a segurança corporativa
*Alejandro Raposo - 11 de Março de 2016 - 14h42
O projeto de segurança da informação desenvolvido para os Jogos Olímpicos Rio 2016 é, certamente, o mais complexo já implantado na América Latina nos últimos tempos. Primeiramente, porque tem um portfólio de produtos extremamente amplo, que de ve ser integrado a diversas tecnologias de diferentes marcas e aspectos. Em segundo lugar, pela sua visibilidade, já que atende o maior evento esportivo do mundo, com uma expectativa de 4,8 bilhões de espectadores, segundo seus organizadores.
Todos os projetos de segurança da informação abrangem basicamente três premissas: processos, soluções de segurança e pessoas. A diferença é que os Jogos Olímpicos Rio 2016 têm o tamanho de uma cidade inteligente. Para se ter uma ideia, o time envolvido nas operações será de 136,5 mil pessoas, entre funcionários diretos, indiretos e voluntários, cada um com um nível de permissão e uma dinâmica de trabalho diferentes. Além disso, será preciso atender milhares de atletas, profissionais de mídia e agentes de delegações que circularão durante o evento.
Como não poderia deixar de ser, a expectativa de ataques no País também é gigante, por isso, a preocupação com a segurança cibernética deve ser redobrada em todas as organizações do Brasil e não somente nas entidades envolvidas com a organização dos Jogos. O Internet Security ThreatReport 2015 (ISTR 2015), produzido pela Symantec, mostra uma média de quase um milhão de malwares criados por dia em todo o mundo, proporção que deve seguir crescendo exponencialmente, graças ao processo de sofisticação do cibercrime – com ataques cada vez mais direcionados e assertivos – e à aceleração da digitalização, especialmente na América Latina.
Dados do relatório A Nova Revolução Digital, feito pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), mostram que a penetração da Internet na região mais do que duplicou entre 2006 e 2014, com crescimento passando de 20,7% para 50,1% ao ano. O cenário é semelhante para dispositivos móveis. Entre 2010 e 2013, o número de celulares conectados à Internet na região aumentou, em média, 77% ao ano; em 2014, já somavam 200 milhões. Em 2020, esse número deve ultrapassar os 600 milhões, o que deixará a América Latina atrás somente da Ásia, de acordo com o documento A Economia Móvel - América Latina 2014, produzido pelo GroupeSpeciale Mobile Association (GSMA), entidade que reúne operadoras de telefonia móvel de todo o mundo. Esse crescimento traz, a reboque, um imenso número de novos usuários pouco habituados ao cenário digital, que são vítimas em potencial para ameaças virtuais, inclusive de ataques simples de engenharia social, como spam e alternativas rudimentares.
O aprendizado com esse projeto do Rio 2016, com certeza, levará ao apri moramento das práticas de mercado, pois as ações do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Organizador Rio 2016 na área de segurança da informação são extremamente bem formuladas, com técnicas e metodologias avançadas. Os processos ocorrem dentro de um padrão e uma sequência que devem ser respeitados, a fim de atingir o objetivo final sem grandes intempéries. Os diversos fabricantes fornecedores trabalham de forma totalmente integrada e com base em parceria mútua, pois a combinação perfeita das soluções determinará o resultado do projeto. Por fim, a criação do ambiente para a disputa dos jogos deve deixar legados para a cidade -sede sob todos os pontos de vista. O objetivo é muito claro: criar um evento no qual todos possam apreciar os jogos e uma estrutura que, de tão eficiente, ninguém veja.
*Vice-presidente de Vendas da Symantec para América Latina
Disponível em: <http://computerworld.com.br/jogos-olimpicos-rio-2016-deixarao-licoes-para-seguranca-corporativa>.
Acesso em: 10 jun. 2016.[Adaptado]
O uso da primeira vírgula justifica-se por separar
Dadas as afirmativas a respeito da construção sintática dos discursos da tira,
I. Para elaborar a frase interrogativa presente no primeiro quadrinho, foi empregado um predicado nominal.
II. Verbo transitivo direto foi usado em: “EU SEMPRE ACORDO COM ELE”.
III. Em: “SE ALGUÉM O PEGOU, EU VOU...”, o pronome pessoal oblíquo está proclítico por haver uma partícula atrativa, que é o pronome indefinido.
IV. No último quadrinho, a vírgula foi usada para marcar o deslocamento de um adjunto adverbial.
verifica-se que estão corretas apenas
O abraço e a flor
A campanha das enfermeiras e a necessidade diária de surpresa.
Saí hoje cedo para caminhar com o objetivo de sempre: mexer o corpo, chacoalhar as ideias e ver a vida como ela é. A colheita não poderia ter sido melhor. Assim que dobrei a esquina, consegui minha dose diária de surpresa boa – tão necessária para mim quanto o sol de abril.
Meninas de 20 e poucos anos exibiam um cartaz que anunciava abraços grátis. Achei que fosse mais uma ação promocional das construtoras de apartamento que, nos últimos meses, passaram a perturbar os moradores na porta de todas as padarias da região. [...]
Algumas ações são nobres e humanitárias. Outras não passam de estratégias comerciais para promover sites, empresas ou palestras de autoajuda.
No caso da enfermagem e da psicologia, a justificativa é a melhoria da qualidade de vida. Estudos demonstram que abraçar reduz os níveis de cortisol e norepinefrina, hormônios relacionados ao estresse crônico e à ocorrência de doenças cardíacas.
O abraço também aumenta a produção de dopamina e serotonina (hormônios do prazer) e de oxitocina (o hormônio do afeto). Quanto mais oxitocina o cérebro libera, mais a pessoa quer ser tocada e menos estressada ela fica. É um círculo virtuoso: quanto mais abraçada ela é, mais ela deseja ser abraçada.
Um estudo realizado no ano passado pela Universidade Médica de Viena demonstrou que o abraço pode mesmo reduzir o stress, o medo e a ansiedade. A oxitocina liberada contribui para a redução da pressão arterial, aumenta o bem-estar e favorece o desempenho da memória.
No entanto, o neurofisiologista Jürgen Sandkühler, autor do trabalho, questiona o valor dos abraços recebidos de pessoas estranhas. A oxitocina é o hormônio produzido pela glândula pituitária, conhecido por favorecer o estabelecimento de laços afetivos entre pais e filhos e entre os casais.
“O efeito do abraço sobre a produção de oxitocina só ocorre quando existe confiança mútua. Se o abraço não é desejado pelas duas pessoas, o efeito positivo se perde”, diz.
Em resumo: as pessoas precisam estar na mesma sintonia. Acredito que isso seja perfeitamente possível entre estranhos. Não sei se o nível dos meus hormônios aumentou, mas a iniciativa das estudantes de enfermagem alegrou meu dia. Espero que elas não percam a ternura quando a realidade da profissão se apresentar.
Como essas meninas, acredito que o bem-estar pode ser contagiante. Ao final de nosso breve encontro, uma delas me ofereceu uma flor feita com capricho e papel crepom.
Resolvi testar o poder da flor. Durante uma hora caminharia com ela na mão e observaria a reação de quem cruzasse meu caminho. Será que alguém notaria alguma coisa fora do script? Será que um sorrisinho escaparia dos lábios? [...]
Voltei para casa com uma supersafra de gentilezas. Nunca ouvi, numa única manhã, tanta gente me desejando bom dia, tanto motorista me dando passagem, tanta conversa, tanto olho no olho, tanto sorriso. O tênis, a roupa, o percurso eram os mesmos. O que mudou foi o abraço e a flor.
Só um pedestre não viu nada. Bateu o portão de um prédio com fones enterrados no ouvido, óculos bem escuros, mochila estufada, ombros curvados para frente – aquele visual e aquele comportamento que são a marca do nosso tempo. Não do meu tempo, mas o de muita gente. Quase me atropelou, mas não notou minha presença. Muito menos a da flor.
(Cristiane Segatto – 12/04/2013. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com//Saude-e-bem-estar/cristiane-segatto/noticia/2013/04/o-abraco-e-flor.html. Com Adaptações.)
O Portal da Transparência do TCE/PA foi lançado, em maio de 2010, é um canal pelo qual a sociedade pode acompanhar a execução orçamentária e financeira deste tribunal.
Julgue o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA.
A supressão da vírgula empregada no trecho “a arte do
inimigo, vária” (l.20) prejudicaria o sentido original do texto.
A questão refere-se ao texto a seguir. Leia-o com atenção antes de responder a ela.
Dize-me quem consultas...
Sírio Possenti
A falta de perspectiva histórica dificulta a compreensão até da possibilidade de diferentes visões de mundo. Imagine-se então a dificuldade de compreender a ideia mais ou menos óbvia de que mesmo verdades podem mudar. Suponho que temos vontade de rir quando ouvimos que os antigos imaginaram que a Terra repousava sobre uma tartaruga, nós que aprendemos, desde o primário, que a Terra gira ao redor do Sol. “Como podem ter pensado isso, os idiotas?”, pensamos.
Você sabia que esta história dos quatro elementos nos quais hoje só acreditam os astrólogos foi um dia a verdadeira física, a forma científica de explicar fatos do mundo, suas mudanças, por que corpos caem ou sobem? Antes da gravidade, os elementos eram soberanos!
Já contei aqui, e vou contar de novo, duas histórias fantásticas. A segunda me fez rir mais do que a primeira, que só me fez sorrir. A primeira: na peça A vida de Galileu, Brecht faz o físico convidar os filósofos a sua casa, para verem as luas de Júpiter com sua luneta. Mas, em vez de correrem logo para o sótão a fim de verem a maravilha, os filósofos propuseram antes uma discussão “filosófica” sobre a necessidade das luas... Quando Galileu lhes pergunta se não creem em seus olhos, um responde que acredita, e muito, tanto que releu Aristóteles e viu que em nenhum momento ele fala de luas de Júpiter!
A outra história é a de um botânico do início da modernidade que pediu desculpas a seu mestre por incluir num livro espécies vegetais que o mestre não colocara no seu. Ou seja: mesmo vendo espécies diferentes das que constavam nos livros, esperava-se dos botânicos que se guiassem pelos livros, não pelas coisas do mundo. Era o tempo em que se lia e comentava, em vez de observar os fatos do mundo.
Muita gente se engana, achando que esse período terminou, que isso são coisas dos ignaros séculos XVI e XVII. Quem tem perspectiva histórica sabe, aliás, que não se trata de ignorância pura e simples. Trata-se de ocupar uma ou outra posição científica. Mas é interessante observar que o espírito antegalileano continua vigorando. No que se refere às línguas, não cansarei de insistir que devemos aprender a observar os fatos linguísticos, em vez de dizer simplesmente que alguns estão errados. Um botânico não diz que uma planta está errada: ele mostra que se trata de outra variedade. Os leigos pensam que a natureza é muito repetitiva, mas os especialistas sabem que há milhões de tipos de qualquer coisa, borboletas, flores, formigas, mosquitos. Só os gramáticos pensam que uma língua é uniforme, sem variedades.
Eu dizia que não devemos nos espantar – infelizmente – com o fato de que a mentalidade antiga continua viva. Mas eles às vezes exageram. Veja-se: num texto dirigido tipicamente a vestibulandos no qual critica Fuvest e Convest por erros contidos em seus manuais, um conhecido artista da gramática praticamente citou Brecht, provavelmente sem conhecê-lo. A propósito do uso da forma “adequa”, que as gramáticas condenam, e que aparece no manual da Fuvest, seu argumento foi: “Tive a preocupação de consultar todas as gramáticas e dicionários possíveis. Todos são categóricos. “Adequar” é defectivo, no presente do indicativo, só se conjuga nas formas arrizotônicas (adequamos, adequais). Não existe “adequa”.
Não é um achado? O professor de hoje não parece o filósofo do tempo de Galileu, relendo Aristóteles e recusando-se a olhar pela luneta?
POSSENTI, S. A cor da língua e outras croniquinhas de linguista. São Paulo: Mercado de Letras, 2001.
Eu dizia que não devemos nos espantar – infelizmente – com o fato de que a mentalidade antiga continua viva.
Sobre o travessão na palavra infelizmente pode-se afirmar que:
I. Desempenha a mesma função que a vírgula.
II. Isola a palavra “infelizmente”, dando-lhe um valor enfático.
III. Substitui o ponto e vírgula.
Está CORRETO o que se afirma em:
Texto IV
A inserção de uma vírgula logo após “impossível”, em “um mal de amor impossível que leva a alma à desesperança” (l. 70 e 71), obrigaria à interpretação de que todo mal de amor impossível leva a alma a tal consequência.
Texto III
Com referência ao texto III, julgue (C ou E) o item que se segue.
Sem prejuízo da informação veiculada no relato e da correção
gramatical do texto, a vírgula empregada logo após “janelas”
(l.2) poderia ser substituída pelo conector e.
O estudo científico da comunicação: avanços teóricos e metodológicos ensejados pela escola latino-americana
INTRODUÇÃO
A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas de comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de todos os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os sistemas de informação e da comunicação é indispensável no mundo globalizado. Estamos iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a entrada do século XXI. Neste período de transição o ser humano vive momentos de incertezas da comunicação e de (in)comunicação, das crises políticas, culturais, econômicas e religiosas. As distâncias na sociedade contemporânea estão cada vez mais próximas, quer seja pelos modernos meios de transporte ou pelas telecomunicações via satélite, Internet, etc. Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo comunicacional tomam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente de mais difícil compreensão.
No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução dos meios de comunicação e das novas tecnologias da informação. É inegável a importância dos meios de comunicação social e sua influência na complexa sociedade globalizada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma prioridade no campo das interações sociais. É necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado. Em busca desse objetivo resolvemos fazer algumas reflexões sobre os paradigmas existentes e tentar abrir algumas brechas que possam contribuir na formatação de novos ingredientes colaboradores do processo de interpretação e explicação da realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e dele retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus conhecimentos e das suas experiências.
http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm - acesso em 03/05/2016.
VAIDOSO, SIM!
Pesquisa mostra que os homens são responsáveis por 40% do faturamento nas lojas dos Shoppings Centers
Há algum tempo o mercado de beleza vem crescendo, mostrando que vaidade não é mais uma exclusividade feminina. Coisas do passado... Dados da consultoria britânica Euromonitor International demonstram que as vendas de produtos voltados para a beleza masculina crescem a cada dia. Já outra pesquisa revelou que os homens não resistem a uma vitrine e são responsáveis por 40% do faturamento nas lojas dos Shoppings Centers. Detalhe: no departamento de vestuário. O modelo Felipe Maximo concorda. "Homem tem que ser vaidoso, sim! É importante estarmos sempre bem apresentáveis", frisou o negro gato, que sonha com as passarelas internacionais e será destaque em uma das próximas edições. Pois é... Quando o assunto é vaidade, eles dizem SIM!
(Fonte: http://racabrasil.uol.com.br/paginas-pretas/vaidoso-sim/3218/. Acesso em 23/03/2016.)
Os seguintes trechos do Texto III tiveram sua pontuação alterada.
A alteração que respeita a norma-padrão é:
Texto: Patíbulos virtuais
Ainda não tinha doze anos quando assisti a um linchamento. Vi um rapaz a fugir de bicicleta. Um homem começou a persegui-lo, a pé, e de repente já eram cinco, dez, uma turba exaltada, correndo, gritando, jogando pedras. Lembro-me de estar inteiro, de coração, numa angústia enorme, com o rapaz que fugia. Não havia nada que pudesse fazer para o ajudar. Minutos antes eu lia, ao sol, numa varanda. Logo a seguir o rapaz pedalava para salvar a vida, lá embaixo, entre uma estradinha de terra vermelha e um vasto descampado coberto de capim.
Desde então estou sempre do lado de quem, sozinho, se vê perseguido por uma multidão. Pouco me importa o que fez o rapaz que corre; o homem que ergue a mão para se proteger da pancada; a mulher que enfrenta, chorando, os insultos de um bando de predadores cobardes.
O surgimento das redes sociais marcou a emergência de um novo patíbulo para os linchadores. Bem sei que a comparação será sempre abusiva. Palavras, por muito aguçadas, por muito duras e pesadas, não racham cabeças. Palavras, por muito venenosas, não são capazes de matar. Em contrapartida, este novo palco tem o poder de juntar em poucos minutos largos milhares de pessoas, todas aos gritos. A estupidez das multidões virtuais é tão concreta quanto a das multidões reais.
Praticamente todas as semanas há alguma figura pública a sofrer perseguição nas redes sociais. [...]
Há alguns anos, em Luanda, afirmei, durante uma entrevista, não entender por que o governo insistia em promover a poesia de Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que a mim sempre me pareceu bastante medíocre. Um conhecido jurista e comentador político, João Pinto, deputado do partido no poder, assinou um artigo defendendo a minha prisão. Foi além: defendeu o restabelecimento da pena de morte e o meu fuzilamento. Segundo ele, eu ofendera não apenas um antigo presidente e herói nacional mas também uma divindade, visto que Agostinho Neto seria um quilamba — ou seja, um intérprete de sereias. Nas semanas seguintes foram publicados muitos outros textos de ódio. Recebi telefonemas com ameaças. Contaram-me que havia pessoas queimando os meus livros. Na altura foi bastante assustador. Hoje olho para trás e rio-me. Recordo o quanto era difícil explicar a jornalistas europeus a acusação de que teria ofendido um intérprete de sereias. Naturalmente, acabei transformando o episódio em literatura. Os europeus e norte-americanos leem aquilo e chamam-lhe realismo mágico.
Os queimadores de livros têm receio não das ideias que os mesmos defendem, mas da sua própria incapacidade para lhes dar resposta. Aqueles que se juntam a multidões virtuais para ameaçar ou troçar de alguém são quase tão perigosos quanto os que correm pelas ruas, jogando pedras — e ainda mais cobardes.
Fecho os olhos e volto a ver o rapaz na bicicleta. Uma pedra atingiu-o na cabeça e ele caiu. A multidão mergulhou sobre ele. Naquele dia deixei de ser criança.
José Eduardo Agualusa. O Globo, Segundo Caderno, 07/03/2016. Disponível em http://oglobo.globo.com/cultura/patibulos-virtuais-18817824#ixzz43ah8BwFY
Chiclete? Só com hora marcada e tempo determinado
Já não é mais novidade que mascar chiclete pode ser um ótimo aliado da saúde bucal uma vez que essa prática induz a produção de saliva, o detergente natural da boca e item fundamental para todo o funcionamento dessa área. Mas não pense você que a goma de mascar está liberada sem limites. Chiclete só pode ser mascado com hora marcada e tempo determinado.
Segundo Karyne Magalhães, cirurgiã-dentista membro da Sociedade Brasileira de Toxina Botulínica e Implantes Faciais e autora do site Botox Goiânia, devemos mascar chicletes apenas depois de alguma refeição como café da manhã, almoço e jantar.
“Isso porque quando mastigamos produzimos uma saliva chamada saliva de estímulo. Ela serve como iniciadora da nossa digestão, que começa na boca antes de passar para o sistema gastro-digestivo. Se ficarmos mascando chiclete toda hora, nosso organismo vai começar a produzir sempre esse tipo de saliva e vai aumentar a produção de suco gástrico para digerir a comida que está por vir, mas como nada está sendo ingerido, esse ácido pode danificar as paredes do estômago, principalmente quando já se tem alguma lesão instalada (gastrite ou úlcera)”, diz a especialista. Para ela, além de ter hora certa para mascar chicletes, ele ainda deve ser saboreado por no máximo 15 minutos para não cansar a mandíbula. “Vamos evitar os transtornos gástricos e a dor na articulação temporomandibular”, diz Karyne.
E as coordenadas não param por aí, pois não é qualquer chiclete que faz bem para a saúde bucal, não. Gomas super açucaradas fazem tão mal para a saúde bucal quanto um doce. “Os chicletes mais indicados s as gomas de mascar sem açúcar e com xilitol. Mascar chicletes sem açúcar aumenta a concentração de bicarbonato na saliva, o que é muito bom para restaurar o pH bucal”, diz a dentista.
É importante saber também que não é recomendado mascar chiclete só de um lado da boca. “Devemos mastigar de ambos os lados porque assim estimulamos a produção salivar dos dois lados da face, assim como a musculatura facial de ambos os lados, melhorando o tônus e a circulação sanguínea. É como fazer musculação, precisamos treinar braços e pernas dos dois lados para que tudo tenha a mesma estética e função”, diz Karyne.
Apesar de estimular a produção salivar, preservando a boca saudável, o bom hálito e evitando doenças periodontais, o ato de mascar chiclete não substitui uma higienização completa. “Chiclete não substitui o uso do fio dental e nem a escovação, mas pode ajudar naquele dia em que realmente você não tem como escovar os dentes. Mas assim que puder, capriche na higiene bucal para evitar problemas nessa região”, diz a dentista.
htpp://www.wscom.com.br.20/05/2016
Assinale a opção que contém a explicação ADEQUADA para o uso das vírgulas no fragmento acima.