Questões de Concurso Comentadas sobre uso da vírgula em português

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Q542557 Português
De acordo com as regras do português padrão, em “As duras consequências da falta de água acentuaram um quadro que em diversos momentos da biografia do semiárido chega a ser assustador: migração desenfreada, epidemias, fome, sede, miséria.", há um erro de:
Alternativas
Q542496 Português

Obrigado por ligar. Sua ligação é muito importante para nós. Se desejar serviços de instalação, tecle 1. Para reagendamento de visita, tecle 2. Para verificação de dados cadastrais, tecle 3. Para informações sobre plano de pagamento, tecle 4. Para falar com um de nossos atendentes...

Não, você não conseguirá falar com um de nossos atendentes. Mas poderá ouvir, durante 25 minutos ou mais, sucessos como “Moonlight Serenade” e o tema de “Golpe de Mestre”.

Também, quem mandou você não ter em mãos o número de seu cartão eletrônico, de sua matrícula no SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), de seu cadastro na Comunidade NetLig?

Muitas coisas mudam de forma e de nome, mas no fundo permanecem iguais. A peregrinação que temos de fazer de tecla em tecla é a mesma que, antigamente, nos levava a passar horas nas filas de uma repartição burocrática.

Cada tecla, afinal de contas, não passa de um guichê, e o cartão que devemos ter por perto ou a senha que se impõe saber de cor equivale ao papel, à guia, ao documento que nos exigem e que nunca está a contento do funcionário.

É a burocracia sem papel, a burocracia dos impulsos eletrônicos. Claro, há vantagens: não é preciso sair de casa e, enquanto você espera atendimento, com o telefone encaixado entre o ombro e a bochecha, sempre poderá fazer alguma outra coisa. Sugestões: pôr os papéis em ordem na gaveta (você poderá encontrar o cartão de crédito cujo desaparecimento tentava comunicar); teclar alguma outra senha de acesso no computador, se tiver internet banda larga (se não tem, disque para nós hoje mesmo); alongar os músculos do pescoço e da nuca; ou entregar-se a outras atividades corporais cujo nome não seria conveniente declinar aqui.

De todo modo, a burocracia eletrônica segue os princípios da antiga. Quanto mais a instituição ou a empresa economizam, mais o usuário perde tempo. No hospital público ou na assistência técnica da máquina de lavar, sempre vigora a lei da seleção natural: eliminam-se os fracos, para que só os mais fortes, ou os mais desesperados, cheguem até o fim do processo.

Claro que, quanto mais procurado o serviço, maior a fila. Se notamos tanta burocracia nas instituições públicas, é porque seu acesso é universal. Em inúmeras entidades privadas vemos a burocracia aumentar, justamente porque passaram a ser procuradas pelo grosso da população. Os planos de saúde particulares constituem o maior exemplo disso, mas bancos e cartões de crédito, cujo universo de clientes se ampliou muito, não ficam atrás.

Experimento reações contraditórias quando vou a um caixa eletrônico. Em comparação com a fila tradicional, sem dúvida ganho tempo. Mas sinto que estou também “trabalhando” para o banco. Passo a senha, digito, confirmo, conto o dinheiro: eis que sou um novo funcionário do caixa, trabalhando de graça, enquanto algum bancário foi despedido em troca.

Tudo bem. Gasto menos tempo no banco. Mas diminuiu também a minha impressão de perder tempo. Todo trabalho, por mais mecânico que seja, faz o tempo passar mais depressa do que a pura espera. Fala-se de democracia participativa, mas a “burocracia participativa” também deveria merecer os seus filósofos.

À medida que um serviço se generaliza, crescem as possibilidades de fraude. Quando uma empresa, pública ou privada, passa do âmbito de uma distinta clientela para o universo multitudinário e turvo da humanidade em seu conjunto, torna-se inevitável multiplicar as precauções contra os indivíduos de má-fé; isso significa mais burocracia.

O que é um antivírus, um firewall ou um anti-spam, a não ser a burocratização do nosso computador? Eu costumava usar um antivírus que tinha rigores de fiscal de alfândega, parecia usar carimbos de Polícia Federal em dia de operação-tartaruga toda vez que se punha a examinar a mensagem que entrava e a mensagem que saía do meu Outlook.

Acontece que o computador, como tudo o que tem telinha (um caça-níqueis, uma TV, um videogame, um caixa eletrônico) sempre oferece ao usuário algo de lúdico, de viciante, de hipnótico.

Já a burocracia telefônica (volto a ela) é muito pior. Seu maior pecado, a meu ver, está na confusão que estabelece entre as categorias de tempo e de espaço. Entre num desses sistemas de “tecle 5 se deseja isto, tecle 6 se deseja aquilo...” e tente corrigir uma decisão errada.

Os sistemas mais extensos e irritantes usam a famigerada tecla 9 -”para mais opções”-, abrindo-se em alternativas que, para serem conhecidas integralmente, exigiriam a vida inteira. Tudo ficaria mais fácil, se o sistema fosse visualizado no espaço, num esquema em árvore, num organograma, num menu de website -ou mesmo num mapa de repartição, com suas ramificações em corredores, departamentos e guichês. No máximo, ficaremos andando de um lado para outro.

O problema do “tecle isto, tecle aquilo” é que ele se desenvolve no tempo, não no espaço. Somos forçados a prosseguir em alternativas que será sempre mais custoso reverter; avançamos em decisões tomadas no escuro, como se navegássemos num fluxo betuminoso, por rios e córregos cada vez mais estreitos, cada vez mais espessos, carregados de todas as opções já feitas, de todo o tempo acumulado e perdido naquela ligação, sem muita esperança de que, na extrema ponta do percurso, uma voz humana venha afinal falar conosco.

É assim que o sistema de ramais automáticos guarda incômoda semelhança com nossa própria vida adulta; tem algo de anacrônico, de auditivo, de analógico. Já as telas da internet, organizadas espacialmente, com seus cliques de mouse, seus compartimentos de todas as cores, seus guichês planificados e seus pop-ups imprevistos e festivos, são um modelo bem alegre em que mirar. Desde que a conexão não caia de repente.

COELHO, Marcelo. Disponível em:< http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1703200416.htm>.Acesso em: 12 abr. 2015. (Adaptado)


Em relação ao emprego de sinais de pontuação presentes, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q542251 Português
Julgue (C ou E) o próximo item, a propósito das ideias e de aspectos morfossintáticos do texto de Francisco de Assis Barbosa. 

As informações e a correção gramatical do texto seriam preservadas, caso a conjunção aditiva “E" (R. 5 e 16) fosse grafada em minúscula; o ponto final que a antecede fosse substituído por vírgula; e, apenas na ocorrência da linha 5, essa conjunção fosse seguida de vírgula.


Alternativas
Q542224 Português

Julgue (C ou E) o próximo item, relativos a aspectos gramaticais do texto de Graciliano Ramos.

Dada a posição que ocupa na oração, o termo adverbial “Na literatura de ficção” (l.7) deveria estar isolado por vírgula, se atendido o rigor gramatical.

Alternativas
Q541578 Português
Leia o texto a seguir:

     Quem olha o Amazonas de cima não pode deixar de notar que a água domina a paisagem mesmo além do poderoso canal principal. O rio, que se estende das terras altas peruanas até a costa atlântica brasileira, ultrapassa suas margens e inunda grandes áreas de floresta durante as estações chuvosas. E miríades de lagos se espalham por suas planícies inundáveis no restante do ano.

     Ao todo, o rio nutre 2,5 milhões de km² da floresta mais diversificada da Terra. Ele não corre manso nas cabeceiras, pois, o terreno é acidentado. Até recentemente os pesquisadores não tinham a menor ideia de há quanto tempo a relação íntima entre o rio e a floresta existia. A inacessibilidade desta região remota, hoje chamada Amazônia, significava que as teorias consagradas sobre o início do rio e da floresta úmida eram, na melhor das hipóteses, especulações. Diversos cientistas, por muito tempo, consideraram que um mar raso, não muito salgado, cobriu a região em seus primórdios.

     As novas pesquisas, porém, procuram investigar sobre espécies da fauna – os golfinhos, as lontras, as capivaras, as ariranhas – e os problemas relacionados a sua sobrevivência.
(Revista Scientific American Brasil, ano 5, n.° 50, julho de 2006, p. 42. Texto adaptado.)
Assinale a alternativa em que há vírgula(s) que NÃO foi/foram corretamente empregada(s):
Alternativas
Ano: 2015 Banca: COMVEST UFAM Órgão: UFAM Prova: COMVEST UFAM - 2015 - UFAM - Jornalista |
Q541524 Português
Leia o texto a seguir, para responder à questão, elaborada a partir dele:

     Contar as histórias dos povos da Amazônia, acompanhar a metamorfose de borboletas e observar o ciclo das águas, juntar os sons, as imagens da floresta e da sua gente – concretizar essa experiência é o foco do Museu da Amazônia (MUSA), que será implantado na Reserva Florestal Adolpho Ducke, em Manaus.

          Normalmente, museus são concebidos como espaços permanentes, criados para conservar, estudar e, sobretudo, expor para deleite e educação do público, coleções de interesse artístico, histórico e técnico, com ações do tipo conferências e publicações que contribuam para a popularização da ciência. Mas o projeto inovador de um “museu vivo" será o diferencial no que já existe entre esses espaços. Os organizadores ressaltam que, será um ponto de encontro de culturas e convivência entre o conhecimento tradicional e o conhecimento científico e acadêmico.

Vejamos agora, o espaço onde vai funcionar o MUSA.

       A Reserva Florestal Adolpho Ducke, possui 10.000 hectares, mas nunca foi estudada em toda sua extensão. E ninguém sabe dizer o porquê desse esquecimento. A porção mais analisada situa-se na área noroeste da reserva e deslumbra os que a vêem pela primeira vez. Desde a década de 50 se fazem coletas botânicas e até 1972, a área era utilizada em experimentos silviculturais, na qual foram realizados plantios de espécies economicamente importantes. Isso sem alterar a fôrma original, criada pela própria Natureza.

     Possui ainda cerca de oitenta igarapés, que nascem na própria Reserva, com água limpa, clara ou negra, e friíssima. Essas correntes fluviais, pelo que se pôde até aqui observar, abrigam até 49 espécies de peixes. Estes igarapés são muito utilizados como fonte de água potável para as populações locais. (Revista “Amazonas faz Ciência", da FAPEAM, n°. 11, 2008, p. 17. Texto adaptado.)


Assinale a alternativa em que a pontuação com o uso de vírgula(s) está correta:
Alternativas
Q539456 Português

Considerem-se os períodos abaixo.


I - Antigamente era usado esse conceito.


II - As ciências sociais hoje discordam desse conceito.


Unindo-se esses períodos em um só, suprimindo-se as repetições e respeitando-se a norma-padrão, tem-se o seguinte período:

Alternativas
Q538726 Português
O lavrador

    Esse homem deve ser da minha idade – mas sabe muito mais coisas. Era colono em terras mais altas, se aborreceu com o fazendeiro, chegou aqui ao Rio Doce quando ainda se podiam requerer duas colônias de cinco alqueires “na beira da água grande” quase de graça. Brocou a mata com a foice, depois derrubou, queimou, plantou seu café.
     Explica-me: “Eu trabalho sozinho, mais o menino meu”. Seu raciocínio quando veio foi este: “Vou tratar de cair na mata; a mata é do governo, e eu sou fio do Estado, devo ter direito”. Confessa que sua posse até hoje ainda não está legalizada: “Tenho de ir a Linhares, mas eu magino esse aguão...”
    No começo, não tinha prática de canoa, estava sempre com medo da canoa virar, o menino é que logo se ajeitou com o remo; são quatro horas de remo lagoa adentro. [...] 
      Olho sua cara queimada de sol; parece com a minha, é esse o mesmo tipo de feiura triste do interior. [...] Volta a falar de sua terra e desconfia que eu sou do governo, diz que precisa passar a escritura. Não sabe ler, mas sabe que essas coisas escritas em um papel valem muito. Pergunta pela minha profissão, e tenho vergonha de contar que vivo de escrever papéis que não valem nada; digo que sou comerciante em Vitória, tenho um negocinho. Ele diz que o comércio é melhor que a lavoura; que o lavrador se arrisca e o comerciante é que lucra mais; mas ele foi criado na lavoura e não tem nenhum preparo. Endireita para mim o cigarro de palha que estou enrolando com o fumo todo maçarocado. Deve ser de minha idade – mas sabe muito mais coisas.
(Rubem Braga. 200 Crônicas Escolhidas, 2001. Adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta pontuação em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) Provas: FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área Administrativa | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Biblioteconomia | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Arquitetura | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Serviço Social | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Psicologia | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Odontologia (Pediatria) | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Odontologia (Endodontia) | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Odontologia (Prótese) | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Medicina (Psiquiatria) | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Odontologia | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Medicina (Cardiologia) | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Medicina (do Trabalho) | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Medicina | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - História | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Estatística | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Engenharia (Segurança do Trabalho) | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Engenharia | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Fisioterapia | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Enfermagem | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Engenharia (Civil) | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Engenharia Mecânica | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Comunicação Social | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Arquivologia | FCC - 2015 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Contabilidade |
Q537466 Português
A frase que está pontuada como dispõe a gramática normativa é:
Alternativas
Q535531 Português

Dentre os sinais de pontuação, a vírgula é o que desempenha o maior número de funções. A coluna da esquerda apresenta funções da vírgula e a da direita, exemplo de cada uma. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.

1 - Separar sequência enumerativa.

2 - Indicar adjunto adverbial fora de sua posição habitual.

3 - Indicar elipse de uma palavra.

4 - Marcar intercalação de expressões.


( ) No Oriente, as mulheres se curvam na presença dos homens. No Ocidente, é o inverso.

( ) Os candidatos afirmaram, a propósito, que não haveria aumento de impostos durante o próximo governo.

( ) Os pais devem alimentar, vestir, educar, entreter, cuidar de seus filhos.

( ) Maria deu a todos os parentes um presente de Natal; ao namorado, apenas um beijo.

Assinale a sequência correta.
Alternativas
Q535425 Português
A frase pontuada em conformidade com as orientações da gramática normativa é:
Alternativas
Q535355 Português
    "O ar da cidade liberta", diz um provérbio alemão do fim da Idade Média. Depois, no início do século 20, pensadores como Georg Simmel e Walter Benjamin mostraram como a grande cidade, lugar da massa, é, paradoxalmente, o lugar da individualidade. Pois, no contexto de comunidades pequenas, a liberdade individual está sempre tolhida pelo olhar e julgamento do vizinho. Já na cidade, ao contrário, o sujeito é anônimo na multidão, por isso está livre para ser ele mesmo, isto é, ser outro, aquilo que não se esperaria dele.

   Toda a graça da cidade, assim, repousa no fato de que ela existe para dar espaço à individualidade, não ao individualismo. Lugar da coletividade, ela se funda sobre as noções de comum e de público. Na cidade, vivemos com uma multidão que não escolhemos. A boa convivência com esses outros depende da aceitação da diferença como algo estruturante. Aqui está o ponto crucial. A aceitação radical da diferença supõe a empatia, mas não a simpatia nem a recusa. É o que Richard Sennett, em "Juntos", define como conversa dialógica. Uma conversa que não supõe concordância total, mas uma gestão orquestrada de conflitos. 

   Daí que o atributo essencial de um espaço público vivo seja o conflito, não a falsa harmonia. Igualmente, o temor da violência urbana, pretensamente protegido atrás de muros e cercas elétricas, aparentemente não enxerga o quanto acaba sendo, ele mesmo, produtor de violência, pois a cidade não pode ser segura apenas para alguns. Sua lição histórica é a de que a defesa do interesse individual não deve ser antagônica a uma visão solidária da coletividade. 

(Adaptado de: WISNIK, Guilherme. Disponível em: http://www1. folha.uol.com.br/ilustrada/


Está gramaticalmente correta a redação que se encontra em:
Alternativas
Q535353 Português
    "O ar da cidade liberta", diz um provérbio alemão do fim da Idade Média. Depois, no início do século 20, pensadores como Georg Simmel e Walter Benjamin mostraram como a grande cidade, lugar da massa, é, paradoxalmente, o lugar da individualidade. Pois, no contexto de comunidades pequenas, a liberdade individual está sempre tolhida pelo olhar e julgamento do vizinho. Já na cidade, ao contrário, o sujeito é anônimo na multidão, por isso está livre para ser ele mesmo, isto é, ser outro, aquilo que não se esperaria dele.

   Toda a graça da cidade, assim, repousa no fato de que ela existe para dar espaço à individualidade, não ao individualismo. Lugar da coletividade, ela se funda sobre as noções de comum e de público. Na cidade, vivemos com uma multidão que não escolhemos. A boa convivência com esses outros depende da aceitação da diferença como algo estruturante. Aqui está o ponto crucial. A aceitação radical da diferença supõe a empatia, mas não a simpatia nem a recusa. É o que Richard Sennett, em "Juntos", define como conversa dialógica. Uma conversa que não supõe concordância total, mas uma gestão orquestrada de conflitos. 

   Daí que o atributo essencial de um espaço público vivo seja o conflito, não a falsa harmonia. Igualmente, o temor da violência urbana, pretensamente protegido atrás de muros e cercas elétricas, aparentemente não enxerga o quanto acaba sendo, ele mesmo, produtor de violência, pois a cidade não pode ser segura apenas para alguns. Sua lição histórica é a de que a defesa do interesse individual não deve ser antagônica a uma visão solidária da coletividade. 

(Adaptado de: WISNIK, Guilherme. Disponível em: http://www1. folha.uol.com.br/ilustrada/


Considerando a correção e as relações de sentido estabelecidas no texto, afirma-se corretamente:
Alternativas
Q534645 Português
Leia o texto para responder à questão.

                              Grupos de família no WhatsApp levam conflito
                                           de gerações para a Internet

     
      Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.
      O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com mais de 30 familiares.“Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam com a minha internet 3G."
       Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede, ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?", e envia uma foto do vestido azul e preto que no fim de fevereiro virou “meme" * na internet. A mãe não entende nada e diz: “Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!".
     Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. “Há diferenças no jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é insubstituível", afirma ela.
       Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. “Cada um pensa que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar conectado é realmente importante para os jovens.
       Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. “Ele inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta vezes por dia", diz ela. “Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o aplicativo."
       Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. “Ele me colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava vendo as conversas. O papo é assim: um diz “oi" e todos respondem. Por que precisa de um telefone para conversar isso?"
       No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.
    “Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo não tendo muita paciência", afirma a estudante Taís Bronca, 23.
      Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações.
   “A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega. Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles treinem a mente para aprender algo novo."
   “Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade virtual", afirma um psicólogo.

(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia--no-whatsapp-levam-conflito-de-geracoes-para-a-internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)
* meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.
Assinale a alternativa em que, na frase adaptada do texto, a vírgula está empregada de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q534493 Português
                                                                                       A ERA DAS GRANDES TRANSFORMAÇÕES

Vivemos na era das Grandes Transformações. Entre tantas, destaco apenas duas: a primeira no campo da economia e a segunda no campo da consciência.
A primeira na economia: começou partir de 1834 quando se consolidou a revolução industrial na Inglaterra. Consiste na passagem de uma economia de mercado para uma sociedade de mercado.
Mercado sempre existiu na história da humanidade, mas nunca uma sociedade só de mercado. Quer dizer, a economia é o que conta, o resto deve servir a ela.
Diz-se que mercado deve ser livre e o Estado é visto como seu grande empecilho. Missão deste, na verdade, é ordenar com leis e normas a sociedade, também o campo econômico e coordenar a busca comum do bem comum. A Grande Transformação postula um Estado mínimo, limitado praticamente às questões ligadas à infraestrutura da sociedade, ao fisco e à segurança. Tudo o mais
pertence e é regulado pelo mercado.
Tudo pode ser levado ao mercado como água potável, sementes, alimentos e até órgãos humanos. Esta mercantilização penetrou em todos os setores da sociedade: a saúde, a educação, o esporte, o mundo das artes e do entretenimento e até nos grupos importantes das religiões e das igrejas com seus programas de TV e de rádio.
Essa forma de organizar a sociedade unicamente ao redor dos interesses econômicos do mercado cindiu a humanidade de cima a baixo: um fosso enorme se criou entre os poucos ricos e os muitos pobres.
Essa voracidade encontrou o limite da própria Terra. Ela não possui todos os bens e serviços suficientes e renováveis. Não é um baú sem fundo. Tal fato dificulta senão impede a reprodução do sistema produtivista/capitalista. É sua crise.
Essa Transformação, por sua lógica interna, está se tornando biocida, ecocida e geocida. A vida corre risco e a Terra poderá não nos querer mais sobre ela, porque somos demasiadamente destruitivos.
A segunda Grande Transformação está se dando no campo da consciência. Na medida em que crescem os danos à natureza que afetam a qualidade de vida, cresce simultaneamente a consciência de que, na ordem de 90%, tais danos se devem à atividade irresponsável e irracional dos seres humanos, mais especificamente,daquelas elites de poder econômico, político, cultural e mediático que se constituem em grandes corporações multilaterais e que assumiram os rumos do mundo.
Temos, com urgência, que fazer alguma coisa que interrompa o percurso para o precipício. O primeiro estudo global foi feito em 1972. Revelou-se que ela está doente. A causa principal é o tipo
de desenvolvimento que as sociedades assumiram. Ele acaba ultrapassando os limites de suportabilidade da natureza e da Terra. Temos que produzir, sim, para alimentar a humanidade. Mas de outro jeito, respeitando os ritmos da natureza e seus limites, permitindo que ela descanse e se refaça.
A reflexão ecológica se complexificou. Não se pode reduzi-la apenas à preservação do meio ambiente. A totalidade do sistema mundo está em jogo. Assim surgiu uma ecologia ambiental que tem como meta a qualidade de vida; uma ecologia social que visa um modo sustentável de vida (produção, distribuição, consumo e tratamento dos dejetos); uma ecologia mental que se propõe criticar preconceitos e visões de mundo hostis à vida e formular um novo design civilizatório, à base de princípios e de valores para uma nova forma de habitar a Casa Comum; e por fim uma ecologia integral que se dá conta de que a Terra é parte de um universo em evolução e que devemos viver em harmonia com o Todo, uno, complexo e carregado de propósito. Daí resulta a paz.
Se triunfar a consciência do cuidado e da nossa responsabilidade coletiva pela Terra e por nossa civilização, seguramente teremos ainda futuro.

Leonardo Boff
(http://cartamaior.com.br/?/Coluna/A-era-das-grandes-transformacoes/33427).
Em “a primeira, no campo da economia”, o emprego da vírgula justifica-se por se tratar de:
Alternativas
Ano: 2015 Banca: FAPERP Órgão: SEMAE Prova: FAPERP - 2015 - SeMAE - Agente Administrativo |
Q534441 Português

                              HÁBITOS SAUDÁVEIS E QUALIDADE DE VIDA


Para um indivíduo ter uma boa qualidade de vida, é fundamental a busca de hábitos saudáveis. Esses, não devem ser feitos esporadicamente, mas sim com frequência (para toda vida). A adoção desses hábitos saudáveis tem por objetivos a manutenção da saúde física e psicológica, aumentando a qualidade de vida.


                                PRINCIPAIS HÁBITOS SAUDÁVEIS:


- Alimentação balanceada, nutritiva e de acordo com as necessidades de cada organismo;


- Prática regular de atividades físicas; - Atividades ao ar livre e contato com a natureza;


- Não ter vícios (álcool, cigarro e outras drogas);


- Buscar se envolver em atividades sociais prazerosas e construtivas;


- Controlar e, na medida do possível, evitar o estresse;


- Valorizar a convivência social positiva;


- Estimular o cérebro com atividades intelectuais (leitura, teatro etc.);


- Buscar ajuda de profissionais da saúde quando apresentar doenças ou problemas psicológicos.


                                                                                     http://www.todabiologia.com/saude/habitos_saudaveis.htm 

Reveja o trecho:


“- Controlar e, na medida do possível, evitar o estresse;”


Assinale a alternativa correspondente à necessidade de se empregar as vírgulas presentes no trecho acima.

Alternativas
Q534243 Português

                       NASA ENCONTRA SINAIS MISTERIOSOS DE RAIOS X EM OUTRA GALÁXIA  


                                                                                                                 Lucas Batista, 27 de junho de 2014


Pesquisadores detectaram algo misterioso no aglomerado da galáxia de Perseu a 240 milhões de anos-luz da Terra. Os cientistas acham que os raios X podem ter sido produzidos pela decomposição de neutrinos estéreis, um tipo de partícula que tem sido proposto como candidato para a matéria escura. A descoberta foi feita pelo observatório Chandra, um telescópio espacial enviado pela Nasa em 1999 com o objetivo de observar luz visível, raios gama, raios X e infravermelho.

Mas o que será? Sinais obscuros no espaço, coisas desconhecidas vistas através de telescópios enviados ao espaço. Talvez outro tipo de vida? ETs?

Os astrônomos envolvidos no estudo acreditam que a matéria escura pode constituir 85% da matéria do Universo, mas ela não emite nem absorve luz, como fazem os nossos conhecidos prótons, nêutrons e elétrons. Devido a isso, os cientistas precisam usar métodos indiretos para procurar pistas sobre a matéria escura.  

“Nós sabemos que a explicação para a matéria escura é apenas uma hipótese, mas a recompensa será enorme se estivermos certos. Então nós vamos continuar testando essa interpretação e ver onde isso nos levará”, explica o líder do estudo, Esra Bulbul, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.

Os astrônomos dizem que mesmo que a matéria seja composta de neutrino estéril, há uma possibilidade de não ser inteiramente feita disso. Uma fonte de incerteza é que a detecção desta linha de emissão está interferindo na sensibilidade do observatório.

“Nosso próximo passo é combinar dados de Chandra e de um outro satélite de raios X, o JAXA Suzaku. Unindo os dois, conseguiremos enxergar um grande número de aglomerados de galáxias. Daí veremos se encontramos o mesmo sinal de raios X”, disse o co-autor Adam Foster, também do CFA. ”Há um monte de ideias por aí sobre o que estes dados poderiam representar. Com um novo tipo de detector de raios X, seremos capazes de medir a linha com mais precisão”, completa Foster.


                                                                                                                                    http://migre.me/pu9EG 

Observe o emprego da vírgula nas frases abaixo.


“Nós sabemos que a explicação para a matéria escura é apenas uma hipótese, mas a recompensa será enorme se estivermos certos.”

“Unindo os dois, conseguiremos enxergar um grande número de aglomerados de galáxias.”


Assinale a alternativa que adequadamente justifica o emprego desse sinal de pontuação em cada um dos trechos respectivamente.

Alternativas
Q532331 Português

      Eu pertenço a uma família de profetas après coup, post factum*, depois do gato morto, ou como melhor nome tenha em holandês. Por isso digo, e juro se necessário for, que toda a história desta lei de 13 de maio estava por mim prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos, mais ou menos. Alforriá-lo era nada; entendi que, perdido por mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar.

      Neste jantar, a que meus amigos deram o nome de banquete, em falta de outro melhor, reuni umas cinco pessoas, conquanto as notícias dissessem trinta e três (anos de Cristo), no intuito de lhe dar um aspecto simbólico.

    No golpe do meio (coup du milieu, mas eu prefiro falar a minha língua), levantei-me eu com a taça de champanha e declarei que acompanhando as ideias pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía  a liberdade ao meu escravo Pancrácio; que entendia que a nação inteira devia acompanhar as mesmas ideia se imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era um dom de Deus, que os homens não podiam roubar sem pecado.

      Pancrácio, que estava à espreita, entrou na sala, como um furacão, e veio abraçar-me os pés. Um dos meus amigos (creio que é ainda meu sobrinho) pegou de outra taça, e pediu à ilustre assembleia que correspondesse ao ato que acabava de publicar, brindando ao primeiro dos cariocas. Ouvi cabisbaixo; fiz outro discurso agradecendo, e entreguei a carta ao molecote. Todos os lenços comovidos apanharam as lágrimas de admiração. Caí na cadeira e não vi mais nada. De noite, recebi muitos cartões. Creio que estão pintando o meu retrato, e suponho que a óleo.

      No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com rara franqueza:

      − Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens casa amiga, já conhecida e tens mais um ordenado, um ordenado que...

      − Oh! meu senhô! fico.

      − ...Um ordenado pequeno, mas que há de crescer. Tudocresce neste mundo; tu cresceste imensamente. Quandonasceste, eras um pirralho deste tamanho; hoje estás mais altoque eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos...

      − Artura não qué dizê nada, não, senhô...

      − Pequeno ordenado, repito, uns seis mil réis; mas é de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito  mais que uma galinha. Justamente. Pois seis mil réis. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete.

      Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil adquirido por um título que lhe dei. Ele continuava livre, eu de mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos.

      Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio; daí pra cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés, um ou outro puxão de orelhas, e chamo-lhe besta quando lhe não chamo filho do diabo; cousas todas que ele recebe humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre. [...]


*Literalmente, “depois do golpe”, “depois do fato”.

                                            (Adaptado de: ASSIS, Machado de. "Bons dias!", Gazeta deNotícias, 19 de maio de 1888)

Sobre a pontuação do texto, considere:


I. Mantém-se a correção alterando-se a pontuação da frase Oh! meu senhô! fico. (7° parágrafo) para Oh, meu senhô, fico!


II. O ponto e vírgula, no segmento ... por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade... (11° parágrafo), pode ser substituído por dois-pontos.


III. No segmento Por isso digo, e juro se necessário for, que toda a história desta lei de 13 de maio... (1° parágrafo), pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após juro.


Está correto o que consta em

Alternativas
Q532007 Português

                                             Educação Infantil e Avaliação


      (1§) Há muitos anos, a educação infantil era tida como um espaço aonde a criança ia para brincar, se divertir, passar o tempo, ter oportunidade de conviver com crianças da mesma idade. Porém, a educação infantil conquistou seu espaço de valorização e respeito, podendo ser vista como construtora das primeiras aprendizagens sociais e intelectuais do sujeito, através das experiências em que este vive no espaço escolar.

      (2§) Mesmo tendo conquistado seu espaço, podemos ver até hoje que a avaliação nesse contexto escolar não é tida com a seriedade que deveria. Não podemos avaliar com tabelas prontas, que envolvem aspectos do cotidiano da criança, nem tampouco pelas produções e registros escritos, mas devemos avaliar continuamente, ou seja, numa avaliação que envolva o aluno como um todo e não fragmentado em partes.

      (3§) Nessa perspectiva, os relatórios descritivos são a melhor forma de organizar dados referentes ao desenvolvimento das crianças nas creches e pré-escolas. O professor consciente, preparado, não vê o relatório como um formato trabalhoso de avaliar, mas como um instrumento de suporte para a especificidade do exercício de sua profissão. É uma forma de se auto avaliar, refletir sobre as estratégias utilizadas, identificando com responsabilidade o que funciona e o que pode ser modificado.

      (4§) Para que o relatório seja eficiente, é necessário dispor de tempo para fazer pequenas anotações diárias sobre o comportamento, a participação, o envolvimento, o equilíbrio psicológico, dentre outros, de cada aluno durante as aulas.

      (5§) Através do relatório, o professor demonstra o quão trabalhosa é a sua lida com as crianças, em razão dos detalhes que são citados no mesmo – no dia tal, a aluna ajudou o colega a vestir a blusa, já apresenta uma coordenação motora desenvolvida, pois conseguiu passar os fios do alinhavo corretamente.

      (6§) Com isso, os pais vão tendo noção das atividades desenvolvidas, bem como percebendo a importância de cada uma delas para o desenvolvimento da criança, seja motor, cognitivo, afetivo ou social.


                        (http://educador.brasilescola.com/orientacoes/educacao-infantil-avaliacao.htm. Acesso: 13/10/2013.

                                                                                                                                                                     Adaptado.) 



 Neste quadro, há trechos retirados do artigo e comentários feitos sobre a pontuação usada nesses trechos.


Trechos 


I – “...aonde a criança ia para brincar, se divertir, passar o tempo, ter oportunidade de conviver..." (1§)


II – “Porém, a educação infantil conquistou seu espaço de valorização e respeito..." (1§) 


III – “Nessa perspectiva, os relatórios descritivos são a melhor forma de organizar dados..." (3§)


IV – “Para que o relatório seja eficiente, é necessário dispor de tempo..." (4§) 


Comentários 

I - As vírgulas foram usadas para separar elementos que são coordenados entre si. 

II - A vírgula foi usada para marcar uma conjunção adversativa deslocada.

III - A vírgula foi usada no trecho, uma vez que marca um advérbio também deslocado. 

IV - A vírgula utilizada nesse trecho é facultativa. 

São corretos os comentários feitos em: 

Alternativas
Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: CRC-RO Prova: FUNCAB - 2015 - CRC-RO - Contador |
Q529345 Português
Texto para responder à questão.

      A mulher punha-se então a falar, e falava uns cinqüenta minutos sobre as coisas todas que quisera ter e que o homem ruivo não lhe dera, não esquecer aquela viagem para Pocinhos do Rio Verde e o trem prateado descendo pela noite até o mar. Esse mar que, se não fosse o pai (que Deus o tenha!), ela jamais teria conhecido, porque em negra hora se casara com um homem que não prestava para nada, Não sei mesmo onde estava com a cabeça quando me casei com você, Velho.

      Ele continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler. Quando a mulher baixava o tom de voz, ainda furiosa (mas sem saber mais a razão de tanta fúria), o homem ruivo fechava o livro e ia conversar com o passarinho que se punha tão manso que se abrisse a portinhola poderia colhê-lo na palma da mão. Decorridos os cinqüenta minutos das queixas, e como ele não respondia mesmo, ela se calava, exausta. Puxava-o pela manga, afetuosa, Vai, Velho, o café está esfriando, nunca pensei que nesta idade avançada eu fosse trabalhar tanto assim. O homem ia tomar o café. Numa dessas vezes, esqueceu de fechar a portinhola e quando voltou com o pano preto para cobrir a gaiola (era noite) a gaiola estava vazia. Ele então sentou-se no degrau de pedra da escada e ali ficou pela madrugada, fixo na escuridão. Quando amanheceu, o gato da vizinha desceu o muro, aproximou-se da escada onde estava o homem ruivo e ficou ali estirado, a se espreguiçar sonolento de tão feliz. Por entre o pelo negro do gato desprendeu-se uma pequenina pena amarelo-acinzentada que o vento delicadamente fez voar. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar e o indicador. Mas não disse nada, nem mesmo quando o menino, que presenciara a cena, desatou a rir, Passarinho burro! Fugiu e acabou aí, na boca do gato!

    Calmamente, sem a menor pressa, o homem ruivo guardou a pena no bolso do casaco e levantou-se com uma expressão tão estranha que o menino parou de rir para ficar olhando. Repetiria depois à Mãe, Mas ele até que parecia contente, Mãe, juro que o Pai parecia contente, juro! A mulher então interrompeu o filho num sussurro, Ele ficou louco.

    Quando formou-se a roda de vizinhos, o menino voltou a contar isso tudo, mas não achou importante contar aquela coisa que descobriu de repente: o Pai era um homem alto, nunca tinha reparado antes como ele era alto. Não contou também que estranhou o andar do Pai, firme e reto, mas por que ele andava agora desse jeito? E repetiu o que todos já sabiam, que quando o Pai saiu, deixou o portão aberto e não olhou para trás.

TELLES, Lygia Fagundes. Invenção e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 95-97. (Fragmento)


A inclusão das vírgulas manterá o sentido da frase e a adequação gramatical em:


I. Ele, continuava com o livro aberto no peito, gostava muito de ler.

II. A mulher punha-se, então, a falar, e falava uns cinquenta minutos...

III. O homem inclinou-se para colher a pena entre o polegar, e o indicador.


Está(ão) correta(s) apenas a(s) a(s) alteração(ões) feitas em:

Alternativas
Respostas
3641: B
3642: B
3643: C
3644: E
3645: A
3646: D
3647: D
3648: A
3649: B
3650: B
3651: D
3652: C
3653: D
3654: C
3655: E
3656: C
3657: B
3658: A
3659: D
3660: D