Questões de Concurso
Comentadas sobre uso da vírgula em português
Foram encontradas 4.390 questões
Leia o trecho a seguir da música "Eduardo e Mônica" da banda Legião Urbana:
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer Um carinha do cursinho do Eduardo que disse Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir
<http://www.legiaourbana.com.br/dois.html > Acesso em 26.10.2021.
Existem na língua portuguesa diferentes casos em que é correto o uso da vírgula antes do "e". Escolha a alternativa que melhor disserta sobre o emprego da vírgula no último verso:
Leia os períodos a seguir:
I. A reação daquele homem foi, no mínimo, suspeita.
II.O primeiro homem a pisar na lua, o americano Neil Armstrong, ganhou um filme em sua homenagem.
III.São considerados grupo de risco para agravamento da COVID-19 os portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, e indivíduos fumantes, acima de 60 anos, gestantes, puérperas e crianças menores de 5 anos.
IV.Chico Buarque, o famoso cantor e compositor brasileiro, lançou um livro de contos referentes a algumas de suas composições.
Conforme norma-padrão da língua portuguesa, as vírgulas empregadas justificam-se pelas mesmas razões em:
Texto para responder às questões 1 a 8.
Ucrânia e o mundo civilizado
Cobertura ocidental sobre Ucrânia. Na CBS: "Este não é um lugar como o Iraque ou o Afeganistão. Esta é uma cidade relativamente civilizada, relativamente europeia". Na ITV britânica: "O impensável aconteceu. Esta não é uma nação em desenvolvimento do terceiro mundo-esta é a Europa!". Na BBC: "É muito emocionante para mim porque vejo europeus com olhos azuis e cabelos loiros sendo mortos".
Há quase meio milhão de refugiados da Ucrânia, metade deles para a Polônia, a mesma que há pouco mandava tropas para bater em refugiados. Há relatos de africanos e de brasileiros barrados em trens fugindo da Ucrânia. Enfatizar que nossa dor é seletiva -geográfica e racialmente -não apaga a realidade da dor (na Ucrânia, é real e cruel); apenas ressalta que nossa empatia é proporcional à humanidade que concedemos a quem sofre.
Raça é uma fronteira, nos lembra Achiume em "Racial Borders". Regimes formais (status de refugiado) e informais (ser aceito em um trem) conferem privilégios raciais a uns e imobilidade a outros. A quem chamamos civilizados, a compaixão. Aos bárbaros, a penúria. O maior campo de refugiados do mundo, no Quênia, continua ameaçado de fechar. Sanções econômicas dos EUA continuam a levar o Afeganistão à fome.
No livro "History of White People", Painter nos lembra que o reconhecimento de povos do Leste Europeu como igualmente brancos no Ocidente foi objeto de disputa. Foi por ter admirado a beleza de um crânio oriundo das montanhas do Cáucaso na Rússia, aliás, que Blumenbach, em 1795, classificou o grupo europeu como caucasiano.
A anedota persiste e nos lembra que raça é, ao mesmo tempo, arbitrária e poderosa. No mesmo século 18, o termo "civilização" era inventado para separar europeus dos bárbaros colonizados (nós, no caso). Por baixo do derramar de sangue da guerra, desumano e inútil, reside paradoxalmente a chave para compreender a nossa humanidade: todos sangramos, nós que somos seletivos no olhar.
Thiago Amparo Folha de São Paulo, 03/03/2022
O emprego da vírgula marca a elipse de um verbo em:
Texto 1
Clonar para biodiversidade
Em dezembro de 2020, o Centro de Conservação de Vida Selvagem do Colorado, nos EUA, foi palco de um nascimento histórico. Elizabeth Ann é o primeiro clone de uma espécie de furão ameaçada de extinção: o furão-de-patas-pretas. Ela é cópia de um ancestral que morreu na década de 1980 e teve suas células congeladas, uma fêmea chamada Willa. À primeira vista, o fato não impressiona. Afinal, quem não se lembra da ovelha Dolly, em 1996? Nas últimas décadas, a clonagem de mamíferos tornou-se lugar comum, utilizada constantemente para clonar animais de criação, esporte e domésticos. O que tem de tão especial neste novo clone?
A novidade não está na técnica, mas no uso. Elizabeth Ann foi criada com uma técnica muito similar à da ovelha Dolly. Óvulos de uma fêmea doméstica doadora foram coletados e tiveram seus núcleos removidos. O material genético de Willa foi então inserido neles, e um estímulo elétrico fez com que começassem a se dividir. O embrião foi implantado em uma fêmea doméstica, dentro de um esquema "barriga de aluguel”. Mas Elizabeth Ann não é um animal de criação ou de corrida, nem um pet. Ela é o primeiro mamífero clonado para um programa de conservação ambiental.
A espécie — furão-de-patas-pretas (Mustela nigripes) — já foi considerada extinta nos EUA na década de 1970, provavelmente devido à caça desenfreada do cão-da-pradaria, que era seu prato preferido. Na década de 1980, no entanto, foi descoberta uma pequena colônia destes animais, e teve início um programa de conservação. Não foi fácil, porque apenas sete animais conseguiram se reproduzir, o que diminui muito a diversidade genética dos descendentes, aumentando inclusive a suscetibilidade a doenças.
Uma estratégia para aumentar a diversidade é introduzir genes de populações diferentes, mas como fazer isso em uma espécie em extinção, onde todos os indivíduos são geneticamente muito próximos? Elizabeth Ann vem para resolver este problema. Ela traz genes de um animal que morreu há 35 anos, com uma diversidade genética três vezes maior do que a encontrada na população existente. É como se todos os furões-de-patas-pretas fossem primos de primeiro grau, e ela, uma estrangeira de um país distante.
Elizabeth Ann, agora sexualmente madura, após seu primeiro aniversário, aguarda a escolha do parceiro, que está sendo cuidadosamente selecionado entre os machos da espécie. E preciso, segundo os tratadores, escolher o macho mais “cavalheiro”, porque não se pode correr o risco de um namorado mais brutamontes machucar a única fonte de genes diferentes. Se ela conseguir se reproduzir e ter descendentes saudáveis, seu caso pode marcar o início de novos programas de conservação e reintrodução de genes para outras espécies em extinção.
O sucesso do programa em furões pode beneficiar muito mais do que os furões em si. Pode ser uma prova de conceito e atrair interesse e financiamento para repetir o processo com outras espécies. Clonar animais selvagens sempre foi um desafio muito maior do que animais domésticos, até porque as técnicas de criação e reprodução em cativeiro não são tão bem estabelecidas para espécies com as quais a Humanidade não convive tanto. O Zoológica de San Diego, por exemplo, está nos primeiros estágios para tentar o mesmo processo com o rinoceronte-branco-do-Norte, espécie da qual existem hoje só dois indivíduos. O sucesso de Elizabeth Ann pode servir para impulsionar programas como esse.
Clones normalmente nos levam a pensar em cópias e redução de diversidade. Elizabeth Ann vem para nos lembrar que clonagem e modificação genética são apenas ferramentas. O que fazemos com elas depende de nossa criatividade, ética e recursos. Clones podem ser usados para promover biodiversidade, e quem sabe, resgatar mais espécies em extinção.
Natália Pastenak
(O Globo, 31 de janeiro de 2022)
O emprego da vírgula introduzindo comentário da autora com valor de possibilidade ocorre em:
Uso excessivo de celular: riscos e dicas para equilíbrio
(Disponível em: www.viverbem.unimedbh.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova).
• Por quantas horas você usa o celular diariamente
• Eu uso o celular por duas três quatro ou cinco horas.
PNAD Contínua: taxa de desocupação é de
7,6% e taxa de subutilização é de 17,6% no trimestre encerrado em janeiro
A taxa de desocupação (7,6%) no trimestre encerrado em janeiro de 2024 ficou estável frente ao trimestre de agosto a outubro de 2023 (7,6%) e caiu 0,7 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (8,4%).
A população desocupada (8,3 milhões) ficou estável no trimestre e recuou 7,8% (menos 703 mil pessoas) no ano. A população ocupada (100,593 milhões), cresceu 0,4% no trimestre (mais 387 mil pessoas) e 2,0% (mais 1,957 milhão de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,3%, sem variação significativa frente ao trimestre móvel anterior (57,2%) e subindo 0,6 ponto percentual (p.p.) ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (56,7%).
A taxa composta de subutilização (17,6%) não mostrou variação significativa frente ao trimestre móvel encerrado em outubro (17,5%) e caiu 1,2 p.p. ante o trimestre encerrado em janeiro de 2023 (18,7%). A população subutilizada (20,3 milhões de pessoas) não variou de forma significativa no trimestre e recuou 5,6% (ou menos 1,2 milhão) no ano.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,3 milhões) não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações, do mesmo modo que a população fora da força de trabalho (66,6 milhões).
A população desalentada (3,6 milhões) não variou significativamente ante o trimestre móvel anterior e recuou 9,8% (menos 388 mil pessoas) no ano.
O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,2%) não teve variação significativa no trimestre e recuou 0,4 p.p. no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 37,950 milhões, com alta de 0,9% (mais 335 mil) no trimestre e de 3,1% (mais 1,1 milhão) no ano. Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 2,6% (mais 335 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões de pessoas) também ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) e o de empregadores (4,2 milhões de pessoas).
O número de empregados no setor público (12,1 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 2,7% (mais 315 mil pessoas) no ano. A taxa de informalidade foi de 39,0 % da população ocupada (ou 39,2 milhões de trabalhadores informais) contra 39,1 % no trimestre anterior e 39,0 % no mesmo trimestre móvel de 2023.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.078) cresceu 1,6% no trimestre e 3,8% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 305,1 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo 2,1% (mais R$ 6,3 bilhões) frente ao trimestre anterior e subindo 6,0% (mais R$ 17,4 bilhões) na comparação anual.
29/02/2024 09h00 | Atualizado em 29/02/2024 https://ag enciadenotic ias. ibg e. g ov.br/ag enciasala- de-im prensa/2013- ag encia-de-noticias/r eleases/39283- pnad- continua-taxa-dedesocupacao-e-de-7-6-e-taxa-de- subutilizacao-e-de17-6-no-trimestre-encerrado-em-janeiro
Texto para as questões de 01 a 12.
s
TEXTO 1
s
Atalhos
s
Quanto tempo a gente perde na vida? Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros. Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão. Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado. Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas desnecessárias. Que esbanjamento. Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do gol.
Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso. Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. Excetuando-se nos momentos de afeto, pra todo o resto é melhor atalhar. E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.
Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação. Pra enrolação, atalho.
s
MEDEIROS, Martha. Atalhos, 2004.{adaptado)
Marque a opção em que a virgula foi empregada para separar a oração subordinada adverbial anteposta à principal.
O texto abaixo é base para responder às questões de 1 a 4:
Texto 01
Modelo de alfabetização do Ceará melhorou aprendizagem de alunos em situação vulnerável, aponta pesquisa
1----------Um estudo desenvolvido por um conjunto de pesquisadores brasileiros, chilenos e franceses mostrou que
2----a implementação do Programa de Aprendizagem na Idade Certa (Paic), desenvolvido no Ceará, reduziu
3----desigualdades, aumentou o nível de aprendizagem e ampliou a equidade educacional de alunos em situação
4----de vulnerabilidade social no Estado em relação ao Brasil e ao Nordeste, entre 2011 e 2017. O mesmo
5----aconteceu com Fortaleza, em comparação com a situação de outras capitais da região.
6----------“Essa pesquisa previu verificar se, no Estado do Ceará, o fenômeno da redução da desigualdade social e
7----da ampliação da equidade educacional se estendia também para os territórios de vulnerabilidade social, e a
8----pesquisa mostrou que sim. [...] Isso é muito relevante para a sociologia da educação porque é muito difícil
9----você gerar a ampliação de equidade educacional em ambientes de vulnerabilidade social”, avalia Vanda
10---Mendes, coordenadora do projeto.
11
12---------Formação de professores
13---------Um dos aspectos do Paic que mais chamaram a atenção de três pesquisadores franceses, responsáveis
14---por estudar a dimensão 5 da pesquisa que trata da formação dos professores, foi a continuidade das ações
15---voltadas para que estes profissionais sejam capacitados de forma constante e vigilante por parte do poder
16---público local.
17---------"Enquanto na França houve uma diminuição no tempo de formação do professor, o Paic dedica bastante
18---tempo nessa formação que ajuda o professor a fazer uma vigilância, ter um olhar sobre o que o aluno está
19---compreendendo, como ele está aprendendo e o que se deve fazer para ele aprender. A política educacional
20---francesa não possui os aspectos que garantem ao Paic seus resultados: continuidade, visão sistêmica,
21---atenção aos processos e apoio aos agentes implementadores nos diversos contextos", avaliou Sylvain
22---Broccolichi.
23---------O pesquisador francês afirma que o modelo implementado no Ceará tem um olhar aprofundado no papel
24---do educador que permite identificar as particularidades, tanto de professores como de estudantes, fazendo
25---com que haja redução da desigualdade.
26---------"No Paic há essa preocupação no sentido de fazer com que pessoas compreendam o que precisa ser feito.
27---O Paic tem esse olhar para ver o que está dando certo o que não está para pensar em mudanças e que tenta
28---entender as particularidades de cada professor e aluno. Outra coisa que nos chamou bastante atenção foi a
29---elevação da performance dos alunos e a redução das desigualdades", enfatiza.
30
31---------Desafios para adoção do modelo na França
32---------A adoção de uma política pública similar ao modelo observado no Paic parece estar longe de ser uma
33---realidade na França, de acordo com o professor Broccolichi.
34---------"Eu adoraria que uma política como essa fosse implementada na França. Porém, no momento não vejo
35---possibilidade de adoção desse modelo de política na França, onde cada vez que muda o governo há
36---mudanças que geram distúrbios na escola e nos professores. Aqui [na França] você tem uma tradição política
37---muito diferente da que encontramos no Ceará. Esse cuidado da compreensão dos problemas, da avaliação
38---da situação para poder gerar mudanças, refletir para orientar as políticas, tudo isso é uma cultura bastante
39---diferente do que vemos na França hoje," afirmou.
40---------Pare ele, seria necessário romper com as tradições francesas no que diz respeito à política e à transição
41---de governos.
Disponível em: <https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/10/06/modelo-de-alfabetizacao>. Acesso em: 06 out. 2021. (Reduzido e com adaptações).
O texto abaixo foi dividido em linhas numericamente ordenadas, com todas as suas vírgulas retiradas propositalmente. Assim, leia-o e, em seguida, marque a alternativa que corresponda à soma das linhas que obrigatoriamente deve(m) possuir vírgula(s).
01 |
Em alguns lugares engloba-se como População Economicamente Ativa |
02 |
(PEA) aquela que possui de 10 a 60 anos. Assim como em muitos outros |
03 |
países no Brasil a idade mínima é de 15 anos. Além de um conceito |
04 |
econômico trata-se portanto também de um termo demográfico. |
Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-conceito-populacao-economicamente-ativa-pea.htm>. Acesso em: 15 jan. 2022. (Com adaptações).
Texto 4 para responder às questões de 41 a 55.
1-----------Prezado Ronaldo Fenômeno,
-----------Meu nome é Artur, mas pode me chamar de Pinguim
-----(depois explico). Jogo de centroavante no infantil do São
4---Cristóvão, moro no Rio de Janeiro, tenho 12 anos e sou seu
-----fã.
-----------Meu melhor amigo (nível 1) é o Parede, zagueiro do
7---nosso time. Meu outro melhor amigo (nível 2) se chama seu
-----Almeida, tem 60 anos e é meu vizinho lá na vila.
-----------Pra você ver a coincidência: moro numa casa de vila
10---que fica no bairro de Vila Isabel e ainda por cima morei
-----também na Vila da Penha e na Vila Valqueire antes de vir
-----pra cá. Por causa disso, o nosso técnico lá no São Cristóvão
13---vive dizendo que estou no time errado, devia jogar era no
-----Santos, que tem o campo dele na Vila Belmiro.
-----------Não acho graça nenhuma, sinceramente. Não é por
16---nada, não, só porque a piada é boba mesmo, não tem nada a
-----ver, mas toda vez que ele diz isso eu prefiro dar pelo menos
-----um risinho amarelo, pra ele não me colocar no banco, como
19---já aconteceu.
-----------O nosso técnico gosta de ser chamado de Professor.
-----Não fez faculdade nem nada, acho que ele nem terminou a
22---escola, mas todo técnico agora virou professor, você sabe, e
-----ai de quem chamar o nosso pelo nome de verdade, que eu
-----nem sei qual é, pensando bem.
25-------Sei que não pega bem ficar falando mal de técnico,
-----ainda mais que o nosso deve ganhar uma merreca por mês,
-----coitado, e deve estar ali porque gosta mesmo de futebol e
28---acho até que gosta um pouco da gente também, mas, cá
-----entre nós, técnico assim é duro de aturar, você não acha,
-----Ronaldo?
31-------Eu estava contando dos meus dois melhores amigos.
-----Foi por causa deles que resolvi escrever esta carta e espero
-----que ela chegue sã e salva aí na Espanha e você possa me
34---responder um dia. Só peço que não demore muito porque,
-----enquanto você não me escrever de volta contando a verdade
-----sobre o que vou perguntar, nunca vou poder mostrar pro
37---Parede que ele é um idiota, e eu gostaria muito de dizer isso
-----pra ele.
-----------Foi o Parede quem me sugeriu escrever esta carta e foi
40---o seu Almeida quem reforçou a ideia, lembrando que para
-----ser escritor precisa treinar muito, que nem jogador de
-----futebol, e uma boa forma de treinar pra escritor é escrevendo
43---carta, ele me disse.
-----------O seu Almeida é escritor, Ronaldo, já publicou um
-----montão de livros, mas pelo jeito não venderam muito porque
46---ele não é famoso nem nada e mora lá na casinha dele sem
-----luxo nenhum, vivendo nem sei bem de quê. O seu Almeida
-----sempre desconversa quando pergunto como ele ganha
49---dinheiro. Umas rendas aí, umas rendas aí, ele responde, e eu
-----fico sem entender xongas. Bandido eu sei que ele não é,
-----aposentado também não, pelo menos ele me diz que nunca
52---teve carteira assinada e meu tio Álvaro me disse que sem
-----carteira assinada não tem como se aposentar. Então, eu
54---realmente não sei, é um mistério.
CARNEIRO, Flávio. Prezado Ronaldo.----------------------------------------------------------------------------------
São Paulo: Edições SM, 2. ed., 2017, com adaptações.---------------------------------------------------------------------------------
Com relação à pontuação, seria mantida a correção caso, no trecho “Foi o Parede quem me sugeriu escrever esta carta e foi o seu Almeida quem reforçou a ideia, lembrando que para ser escritor precisa treinar muito, que nem jogador de futebol, e uma boa forma de treinar pra escritor é escrevendo carta, ele me disse.” (linhas de 39 a 43), fosse inserida(o)
Texto 1 para responder às questões de 1 a 5.
-
1-----------A violência e as violações de direitos de meninas e
meninos perpassam de muitas maneiras a escola, que pode
tanto ser produtora desse fenômeno como pode ser
4---impactada por ele.
-------Mais de 2,8 milhões de crianças e adolescentes de 4 a
17 anos de idade estavam fora da escola no País, em 2015.
7-- Essa exclusão tem rosto e endereço: trata-se de meninas e
meninos que vivem em domicílios com renda per capita de
até meio salário mínimo (53%), cuja maioria é negra e
10--possui direitos violados também em outras áreas, tais como
saúde, assistência social e proteção.
-------A exclusão escolar faz com que muitas dessas
13--crianças e adolescentes, quando conseguem retornar para a
escola, estejam em situação de atraso escolar. Quase 6,5
milhões de estudantes da educação básica pública estavam,
16--em 2018, em distorção idade-série no País, ou seja,
possuíam dois ou mais anos de atraso escolar. O perfil de
vulnerabilidade se fortalece, e milhões de crianças e
19--adolescentes ficam atados ao ciclo do fracasso escolar.
-------Estudo do Unicef a respeito dos homicídios de
adolescentes no estado do Ceará verificou que mais de 70%
22--dos adolescentes que foram assassinados em 2015, nas sete
cidades cearenses pesquisadas, estavam fora da escola há
pelo menos seis meses.
25-----------A evasão escolar e o baixo número de anos de estudo
colaboram para a vulnerabilidade de crianças e adolescentes,
o que aumenta suas chances de vitimização.
28-----------Esses dados indicam a importância do papel da
educação na proteção de crianças e de adolescentes contra
as violências. Contudo, a educação por si só não consegue
31--enfrentar a complexidade desse fenômeno, que reivindica a
participação de diversas políticas públicas, tais como as de
assistência social, saúde, segurança pública, cultura, entre
34--outras.
-
Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/relatorios/educacao-que
protege-contra-violencia>. Acesso em: 30 jul. 2022 (fragmento),
com adaptações.
Com relação ao texto, no que diz respeito à pontuação, assinale a alternativa correta.
Texto 2.
Inimigos
O apelido de Maria Tereza, para Norberto, era ‘Quequinha’. Depois do casamento, sempre que queria contar para os outros uma de sua mulher, o Norberto pegava na sua mão, carinhosamente, e começava:
— Pois a Quequinha…
E a Quequinha, dengosa, protestava:
— Ora, Beto!
Com o passar do tempo o Norberto deixou de chamar a Maria Tereza de Quequinha. Se ela estivesse ao seu lado e ele quisesse se referir a ela, dizia:
— A mulher aqui…
Ou, às vezes:
— Esta mulherzinha…
Mas nunca mais Quequinha.
(O tempo, o tempo. O amor tem mil inimigos, mas o pior deles é o tempo. O tempo ataca o silêncio. O tempo usa armas químicas.)
Com o tempo, Norberto passou a tratar a mulher por Ela.
— Ela odeia o Charles Bronson.
— Ah, não gosto mesmo.
Deve-se dizer que o Norberto, a esta altura, embora a chamasse de Ela, ainda usava um vago gesto de mão para indicá-la. Pior foi quando passou a dizer ‘essa aí’ e a apontava com o queixo.
— Essa aí…
E apontava com o queixo, até curvando a boca com um certo desdém.
(O tempo, o tempo. Tempo captura o amor e não o mata na hora. Vai tirando uma asa, depois cura.)
Hoje, quando quer contar alguma coisa da mulher, o Norberto nem olha na direção. Faz um meneio de lado com a cabeça e diz:
— Aquilo…
Luis Fernando Veríssimo
Sobre o uso da vírgula, assinale a alternativa correta.
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 5.
Gigantes da tecnologia se preparam para crise econômica
O congelamento das contratações no setor de tecnologia e as previsões pessimistas representam um forte contraste à reputação tradicionalmente protegida das empresas de tecnologia. Durante a última década, essas companhias cresceram bastante, contratando dezenas de milhares de trabalhadores e acumulando enormes reservas financeiras. Os preços das ações de empresas como Amazon, Microsoft, Apple e Google seguiram em direção ao céu, dominando as bolsas de valores e enriquecendo muitos investidores.
Como algumas das empresas mais valiosas do mundo, elas também exercem grande influência nas percepções da economia, em parte devido à natureza de suas atividades, que dependem de cliques e gastos do consumidor. Qualquer queda na demanda de produtos vendidos pela Amazon, pela Tesla, ou pela Apple, assim como menos anúncios comprados no Instagram ou na pesquisa do Google, causa temores em outras esferas da economia.
Há meses o setor de tecnologia dá sinais de que os tempos de prosperidade chegam ao fim. A Amazon foi uma das primeiras gigantes da tecnologia a alertar, no início deste ano, que tinha contratado trabalhadores demais para seus armazéns e construído instalações em excesso ao antecipar uma maior demanda dos clientes que, em vez disso, começou a diminuir logo após o fim do lockdown provocado pela pandemia.
Gigantes da tecnologia se preparam para crise econômica (estadao.com.br). Adaptado.
Durante a última década, essas companhias cresceram bastante, contratando dezenas de milhares de trabalhadores.
Assinale a opção CORRETA quanto à nova pontuação, de forma que não altere o sentido original da frase.
Aponte a alternativa que justifica corretamente o emprego das vírgulas na seguinte frase:
"Não, meu caro amigo, você precisa melhorar sua postura"
Na frase: "Ainda logo de manhã, a menina já estava preparada para ir para a escola", a vírgula foi empregada para:
As questões de 01 a 10 dizem respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-las.
(Texto)
Cultivo de azeitonas para produção de azeite cresce no Brasil
1 O cultivo de azeitonas para a produção de azeite está
crescendo no Brasil. Em Minas Gerais, mesmo em
áreas pequenas, os agricultores estão investindo em
tecnologia para garantir mais qualidade. E alguns têm
5 ganhado até prêmios em concursos internacionais. O
município de Maria da Fé (MG) é pioneiro na produção
de azeitonas no Sudeste do país. As primeiras mudas
chegaram no município através de imigrantes
portugueses em 1935. Hoje, a região tem quase 200
10 produtores que, este ano, esperam produzir 100 mil
litros de azeite, o que corresponde a um terço da
produção do país. A maior parte vem da região Sul.
Apesar disso, a Serra da Mantiqueira tem se destacado
pelo turismo gastronômico. O consumidor que quer
15 provar um bom azeite tem ido até a região degustar a
iguaria. O clima da Mantiqueira também é ideal para as
oliveiras. Por ser uma árvore frutífera de clima
temperado, elas precisam do frio para ter uma indução
floral e produzir frutos. Cada oliveira produz, em média,
20 20 quilos de azeitonas. A colheita é feita uma vez por
ano entre final de janeiro e início de abril. E pode ser
manual e mecanizada. O transporte para O
beneficiamento é feito no mesmo, pois a rapidez no
processo de extração é um dos fatores que garantem a
25 qualidade do azeite. Além disso, para ser considerado
extravirgem, o processo de extração do azeite precisa
ser 100% físico, ou seja, sem uso de nenhum produto
químico, com controle de temperatura, e o produto final
ter baixa acidez.
(Fonte adaptada: https//ww.g1.com>Acesso em 30 de Junho de 2022)
Analise o período a seguir retirado do Texto:
“Hoje, a região tem quase 200 produtores que...” (linhas 9 e 10).
A vírgula foi empregada pelo autor para: