Questões de Concurso Comentadas sobre uso da vírgula em português

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Q1926670 Português

Julgue o item, relativo a aspectos linguísticos do texto. 


A supressão da vírgula empregada após “transformação” (linha 11) não prejudicaria a correção gramatical, mas alteraria o sentido original do texto. 

Alternativas
Q1926489 Português

Fragmento do texto “Discurso de ódio promove discriminação e até violência; entenda”, de Paula Rodrigues de Ecoa, publicado em 01/02/2022


Liberdade de expressão justifica o discurso de ódio?


    Boa parte dos discursos de ódio nos dias atuais tem sido justificada pela liberdade de expressão, que é um direito constitucional de qualquer cidadão ou cidadã brasileira. Na Constituição está lá: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

    O mesmo diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.

    Só que existem outros artigos nos dois documentos que também garantem a liberdade de cada um exercer sua religião, ou que nenhum ser humano deve ser discriminado pela cor da pele, por exemplo. Na prática, isso significa que certos discursos e ações não podem ferir esses outros direitos.

    “Tem até um slogan importante que diz: liberdade de expressão não significa liberdade de ódio. A pessoa pode até odiar, mas não pode expressar esse ódio. No momento em que ela expressa o ódio, ela está assumindo uma responsabilidade inclusive legal de responder por isso, porque nós temos uma Constituição que diz que todos somos iguais perante a Lei”, diz Jaqueline.

Fonte: www.uol.com.br

Assinale a alternativa CORRETA, considerando os elementos do texto.
Alternativas
Q1926276 Português

Texto para o item.


A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item. 


Estaria mantida a correção gramatical do texto caso se destacasse, entre vírgulas, o segmento “pode e deve” (linha 29). 

Alternativas
Q1926275 Português

Texto para o item.


A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item. 


Na linha 27, a inserção de vírgula imediatamente depois do termo “pessoas” ̶  pode afastar ainda mais as pessoas, que não dominam o conhecimento científico  ̶  não prejudicaria a correção gramatical do texto, mas tornaria implausível o conteúdo do segmento. 

Alternativas
Q1925856 Português

O texto seguinte servirá de base para responder a questão.


Amizade é uma palavra pequenininha


Amizade é uma palavra pequenininha, mas que nunca vem sozinha. Ela dá sempre a mão com o conta comigo, estou aqui, se precisar, me chame, desejo-lhe muita saúde, estou feliz por você, torço por você, se precisar de um ombro, tenho dois, penso em você, gosto de você estou te ouvindo, não te esqueço, mesmo se não nos falamos todos os dias...

Amizade é esse amor misterioso e gostoso do coração dividido e unificado ao mesmo tempo. Quem pode entender que o coração possa amar tanto e tantos?

O coração de um amigo é como um mapa-múndi onde cada um se encontra em algum lugar, mas todos fazem parte do mesmo globo. O coração de um amigo é um bombardeio de sentimentos bons. Diferentes, especiais e importantes, cada um à sua maneira. É como diz a música "Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito."

E são nas diferenças que nos completamos, nas desavenças que aprendemos o perdão, a paciência e a humildade. Ser amigo é saber aceitar que os outros não sejam iguais à gente, mas que os seus valores podem enriquecer ainda mais os que temos e amá-los apesar das diferenças, como se ama uma rosa com espinhos, mas não menos bela.

Sozinho não é quem não tem ninguém; sozinho é quem não tem um amigo. Pouco importa saber em que parte do mundo nossos amigos se encontram se podemos sentir na alma que dentro de nós e dentro deles há um espaço reservado que nada mais poderá preencher. Amizade, doce amizade... se somos dois, unidos seremos um elo forte; se somos muitos, seremos uma corrente que nada poderá vencer.



Autora Letícia Thompson.
http://www.leticiathompson.net/amizade_e_uma _palavra_pequenininha.htm.Adaptado
No trecho: "Amizade é uma palavra pequenininha, mas que nunca vem sozinha", a vírgula foi empregada para: 
Alternativas
Q1925542 Português

INSTRUÇÃO: leia o texto abaixo e responda à questão.


Saudades da secretária eletrônica

Antonio Prata 20 nov 2021

Meu velho pai sabe das coisas. Eu o chamo de “velho pai” não porque seja realmente velho: é como ele se chama ao falar comigo. Às vezes usa o epíteto num modo semi-irônico, como quem põe um cachimbo na boca pra uma foto. Outras vezes é mais a sério — acende o cachimbo. Na semana passada, por exemplo, me escreveu uma e meia da manhã pedindo para lhe mandar um x-salada: “Alimente seu velho pai”. Meu velho pai não usa Uber Eats, iFood, Rappi ou qualquer uma “dessas coisas”.

Meu velho pai tá de saco cheio “dessas coisas”. Outro dia ele me ligou. “Recebeu minha mensagem?”. “Por onde?”. Silêncio. “PQP! Não aguento mais essas coisas” — e começou a reclamar da dificuldade de nos comunicarmos por tantos canais: “É WhatsApp, SMS, e-mail, DM no Facebook, no Instagram, no Twitter...”. “Qual era a mensagem, pai?”. “Aí é que tá. Eu tive uma ideia muito boa no meio da noite e te escrevi pra não esquecer, agora não lembro nem da ideia e nem por onde escrevi”. 

Segundo meu velho pai, a razão de ele e tantos outros estarmos desmemoriados é “dessas coisas”: aplicativos e plataformas e dispositivos jorrando uma quantidade infinita de informação que de bom grado entuchamos retina abaixo, cada tela um daqueles funis de milho pra transformar fígado de ganso em patê. (Talvez o plano do Zuckerberg e seus comparsas seja esse: transformar nossos cérebros em patê para depois comê-los com cream-crackers-low-carb-glúten-free-ESG-sem-pegadas-de-carbono. A hipótese é absurda, mas não mais que o furdunço global que estamos vivendo). 

Meu velho pai tá injuriado com o furdunço global que estamos vivendo e tem uma proposta bem razoável para minorá-lo. “Cinco anos sem inventarem nada. Nada. Todo mundo fica com o celular que tem, com o Android que tem, o IOS que tem, com os aplicativos que tem e os canais de televisão que tem. Quando a gente aprender a usar tudo, assistir a todas as séries, ler todos os livros, ouvir todos os podcasts, vê se precisa inventar mais alguma coisa ou para por aí mesmo”. 

Concordo. A humanidade precisa de um novo Adobe Reader a cada semana pra quê, exatamente?! De que forma PhDs em física podem “otimizar” um troço que é basicamente um xerox eletrônico?

Na faculdade eu penava pra entender o que o Marx queria dizer com aquele papo de “a infraestrutura produz a superestrutura”. Mais tarde entendi e era simples e verdadeiro. A nossa maneira de agir molda a nossa maneira de pensar. Um pescador no século 19 se relaciona com o tempo, a comida, o sexo e as unhas dos pés de formas completamente diferentes do que um programador de vinte e dois anos, hoje, no Vale do Silício. É evidente que existe uma ligação direta entre a placa do meu celular e a minha placa para bruxismo. Quando meus dedos aflitos param de digitar, passam o turno pros dentes.

O supracitado alemão resumiu o que parecia ser o fim dos tempos com a frase “tudo o que é sólido desmancha no ar”. O que diria sobre nossa época em que o próprio ar se desmancha, inundado por dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e sei lá mais o quê? 

[...]

“Tinha que ser geral”, sugere meu velho pai, “com Biden, Merkel, China, ONU, com tudo: cinco anos sem inventarem nada. Nada. PQP: que saudades da secretária eletrônica.” 

(PRATA, Antonio. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2021/11/ saudades-da-secretaria-eletronica.shtml. Acesso em: 30 mar. 2022. Adapt.)
Aprender a usar a vírgula conscientemente, de acordo com as prescrições da norma-padrão, exige certo conhecimento das categorias sintáticas da língua à pessoa que escreve.
Nos fragmentos abaixo, retirados do texto desta prova, estão em negrito os elementos frasais que se relacionam à presença das vírgulas sob análise.
Assinale a alternativa em que a correspondência entre esse sinal de pontuação e a regra adiante, que justifica seu uso, está INCORRETA
Alternativas
Q1924830 Português
Texto-base para a questão:


          [...] Capozzoli (2001) afirma que, desvinculada da linguagem oral, a escrita não teria razão de ser, assim como os objetos e os fenômenos culturais não teriam sentido na ausência do ser humano. Como qualquer fenômeno da cultura, a linguagem é um produto da ação humana, além de ser um suporte simbólico dessa ação, que torna possível a representação tanto do mundo no e sobre o qual agem os seres humanos quanto também a representação que esses têm de sua ação e de si como sujeitos dessa atividade.

          Entende-se, desse modo, que o surgimento da linguagem se deu por intermédio das relações de trabalho, devido à necessidade de comunicação e de interação com o outro. A princípio, essa interação era baseada nos movimentos e gestos exigidos durante o desenvolvimento da ação produtiva, passando, posteriormente, à linguagem sonora articulada.

       De acordo com Leontiev (1978), o nascimento da linguagem só pode ser compreendido com relação à necessidade oriunda do trabalho e do imperativo de interação entre os sujeitos nas diferentes esferas da atuação humana.

       Desse modo, o bem mais precioso que a escola pode oferecer aos seus alunos é o acesso ao mundo letrado, o que só é possível por meio da alfabetização. Conforme preconizam os documentos oficiais (BRASIL, 2017; PARANÁ, 2018), a alfabetização precisa ser assegurada nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, para que, com o domínio do sistema de escrita alfabética, o aluno possa continuar ampliando seus conhecimentos linguístico-discursivos e culturais por meio do uso da linguagem.

     Aprofundando a compreensão sobre as relações da linguagem e de seus usos, Bakhtin/Volochínov (2004[1929]) afirma que a linguagem se configura como lugar de produção de relações sociais em que os falantes se tornam sujeitos. Constitui-se, ainda, como uma forma da ação sobre o outro e sobre o mundo, sendo marcada por um jogo de intenções e de representações, configurando-se, portanto, como algo inacabado que se atualiza no contexto sócio-histórico e ideológico, o que lhe confere uma dimensão interlocutiva e dialógica.

[...]

[Fonte: CASCAVEL. Secretaria Municipal de Educação. Currículo para rede pública municipal de ensino de Cascavel - Volume 2: Ensino Fundamental. Cascavel: SEMED, 2020. p. 347-348. (com alterações)]
Assinale a alternativa INCORRETA, considerando os elementos linguísticos do texto.
Alternativas
Q1924256 Português
O que as aves que voam em bando nos ensinam sobre liderança
Liderança não pode ser solitária. E, para isso, precisamos exercer nossa vulnerabilidade sem moderação, abusando da rede de apoio para validar hipóteses.

Luciana Rodrigues 6 de outubro de 2021

Quem vê uma graciosa revoada no céu pode até não imaginar que, por trás daquela disposição aparentemente aleatória, estão lições muito úteis para nós aqui na terra. Além das questões relacionadas à aerodinâmica – que permitem que as aves migratórias economizem energia, por exemplo – o papel da ave mais experiente do grupo é essencial para definir a direção que o grupo inteiro deve tomar.

Nem sempre o líder é aquele que está à frente do bando. Quando está fatigado, ele reveza a dianteira com a ave que está imediatamente atrás. Uma das vantagens de andar em grupo é permitir que o bando tenha mais resistência para viagens longas e difíceis, e ainda aproveitem o impulso gerado pelo deslocamento de ar do pássaro que voa à frente. A formação em V também melhora a comunicação e a coordenação do bando. Se voassem sozinhas, cada uma por si, demorariam mais tempo, e chegar ao seu destino seria uma tarefa muito mais árdua. Aqui, fique à vontade para fazer qualquer paralelo com a sociedade em que vivemos.

Sinto que estamos tão obcecados com tecnologia e para estar constantemente atualizados sobre tudo o que acontece, a todo instante (olá, FOMO), que esquecemos de reservar um tempo para observar e aprender com a natureza. Parar e simplesmente contemplar. Faça um teste: tente lembrar a última vez que você sentiu tédio. Provavelmente, esse momento foi rapidamente interrompido por um “scroll” em uma rede social ou por uma notificação no celular.

Não me entenda mal, sou fã e tenho me dedicado a aprender cada vez mais sobre tecnologia. Mas ela deveria ser uma viabilizadora de ideias e movimentos, ajudando pessoas a se conectarem com seu propósito.

Para os privilegiados, e aí me incluo, a pandemia apresentou a possibilidade do trabalho remoto. No meu caso, também proporcionou um contato maior com a natureza. Tenho passado cada vez mais tempo no campo e daí veio a minha observação sobre os pássaros, que me levou a fazer este paralelo com liderança.

Liderança não pode ser solitária. E, para isso, precisamos exercer nossa vulnerabilidade sem moderação: pedir ajuda, fazer perguntas, usar e abusar da nossa rede de apoio para validar hipóteses, e até mesmo tomar decisões erradas juntos. Bons líderes estão em constante desenvolvimento. Por isso, é normal e esperado cometer alguns erros nessa jornada.

Mais uma vez, volto a citar nesta coluna o “Livro da Desreceita”, criado a muitas mãos pelos líderes da empresa da qual sou CEO. Nele tem um capítulo inteiro dedicado a esse assunto, com o sugestivo título “Um time inteligente vale mais que um time de inteligentes”. Destaco aqui um trecho: “É provado na natureza que a inteligência coletiva supera os talentos individuais. Todavia, crescemos e aprendemos com um modelo que sempre se apoiou em exaltar talentos individuais, o brilhantismo de um indivíduo em sobreposição à competência coletiva.”

Assim como a ave líder que abre espaço para que outras sejam protagonistas, sempre tive como um dos meus mantras permitir que as pessoas ao meu redor voassem na frente. Contudo, precisei de muito tempo – na verdade, anos – para entender que por mais que você tenha a intenção genuína de fazer com que as pessoas cresçam, evoluam e sejam protagonistas da sua carreira, muitas vezes a forma que você quer aplicar – baseada na sua experiência – carrega uma história pessoal e, muitas vezes, distante da realidade de quem a recebe.

Alejandro Jodorowisky, cineasta, ator, poeta e escritor, sabiamente disse: “Entre o que eu penso, o que quero dizer, o que digo e o que você ouve, o que você quer ouvir e o que você acha que entendeu, há um abismo”.

Eu explico: quando assumi a posição de liderança em uma das maiores empresas de entretenimento do mundo para a América Latina, entendi que deveria conectar as pessoas e dar palco para elas ecoarem suas vozes. Queria encorajá-las, abrindo oportunidades para que pudessem expor suas histórias, sonhos, ideias e pudessem potencializar sua criatividade, mas poucos se animavam. Passei por outras empresas depois dessa, mas o meu objetivo nunca foi alcançado da forma que eu imaginava.

Uma das iniciativas que implementei foi um “Talent Show” para que as pessoas pudessem compartilhar seus projetos e, os que fizessem mais sentido, unindo criatividade e os objetivos de negócio da companhia, seriam produzidos. Para minha surpresa, após poucos meses, recebi um email do “headquarters” dizendo que essa iniciativa estava deixando as pessoas incomodadas, algumas, mais sêniores, por acharem que suas posições estavam sendo ameaçadas, outras, por se sentirem pressionadas, mesmo que a participação fosse totalmente opcional.

Mas por que as pessoas não “querem” ser protagonistas? Timidez? Preguiça? Não querem evoluir? Ou, simplesmente, por que escolheram um caminho diferente do meu? Acreditei cegamente que tinha a responsabilidade (e obrigação) de construir pontes e abrir portas para todos, sem exceção. Depois de muita reflexão, conversas e terapia, entendi que estava colocando a minha expectativa do que é sucesso no outro, e aprendi uma lição muito importante: sucesso é pessoal. Sucesso é ter a liberdade de dizer não.

Um dos trechos do Livro “Os Quatro Compromissos”, de Don Miguel Ruiz, diz o seguinte: “Nada do que os outros fazem é motivado por você. É por causa deles mesmos. Todas as pessoas vivem em seu próprio sonho, em sua própria mente; estão num mundo completamente diferente daquele no qual vivemos. Quando levamos algo para o lado pessoal, presumimos que os outros sabem o que está em nosso mundo – aquilo que tentamos impor ao mundo deles.”

Há poucos dias, recebi uma mensagem de uma profissional muito talentosa que trabalhou comigo. A mensagem era exatamente assim: “…carrego comigo a vontade de evoluir como líder e gestora e você vem com frequência na minha cabeça… acho até que antes eu não valorizava tanto a sua presença quanto eu faço hoje…”.

Aprendo, todos os dias, que liderar não é sobre agradar e fazer o esperado, e sim, é sobre seguir com um propósito claro – Jodorowisky discordaria desse ponto sobre quão claro isso pode ser.

Sigo acreditando que este sábio provérbio africano, “se você quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá acompanhado”, é a única forma possível para nós, humanos, ou para as aves, seguirem nessa jornada chamada vida.

Luciana Rodrigues é CEO e presidente da Grey Brasil, conselheira do board da Junior Achievement, membro do conselho MMA Brasil e do comitê estratégico de presidentes da Amcham. Também é aluna de pós-graduação em neurociências e comportamento.

Vocabulário:

scroll: rolagem (na tela do celular ou do computador)
CEO: diretor executivo
Talent Show: show de talentos
headquarters: sede de uma empresa

RODRIGUES, Luciana. O que as aves que voam em bando nos ensinam sobre liderança. Forbes Brasil, 06 de outubro de 2021. Disponível em:

https://forbes.com.br/colunas/2021/10/luciana-rodrigues-oque-as-aves-que-voam-em-bando-nos-ensinam-sobrelideranca/.
Em “Há poucos dias, recebi uma mensagem de uma profissional muito talentosa que trabalhou comigo.” (14º parágrafo), a vírgula foi empregada para 
Alternativas
Q1924208 Português

Leia o texto.

Notícias de um abraço

O homem anda tão brutalizado nas cidades, seus malfeitos tão disseminados em nosso meio que, um belo dia, um gesto de afeto chamará “dramaticamente” a atenção das pessoas. Diante de um “abraço” – o ato de um ser humano enlaçar o outro e trazê-lo para junto do peito –, o homem surpreso indagará:

– O que é isso?

E aí, na contramão das manchetes, os jornais publicarão a notícia de um “abraço”.

Ou de um “beijo”: “Cientistas do comportamento humano, dois psiquiatras, um dermatologista e uma assistente social estudam a natureza do gesto que chamou a atenção do Brasil, ontem, em Florianópolis, Santa Catarina. Um homem e uma mulher, num banco da Praça XV de Novembro, no coração da cidade, aproximaram os seus troncos, um de frente para o outro. E culminaram o seu estranho comportamento unindo os lábios – e os comprimindo num ato que chamou a atenção de fotógrafos e passantes. A 3ª Delegacia de Polícia do bairro não chegou a deter os protagonistas pelo gesto bizarro, nem os indiciou em qualquer conduta suscetível do enquadramento penal.

Nesta época de tanto desamor, tanta crueldade, em que a tortura deixa as masmorras para exercer sua infâmia à luz do sol, espanta que os pelourinhos não retornem às praças públicas, para que todos presenciem o homem em seu estado animal, açoitando o próprio homem.

Nesses tempos de miséria e vilania, em que tapas ecoam nas esquinas com sonoplastia de radioteatro, (…) convoco toda a humanidade a falar de abraços e beijos.

Um beijo, segundo os pesquisadores do amor, põe em circulação hormônios que desencadeiam sensações de bem-estar e alegria, mitigando a dor, como uma espécie de morfina.

Não por acaso as mães beijam o “dodói” das criancinhas que tropeçam e caem – e já se levantam, reanimadas pelo milagre do “beijo”

O ato de pousar os próprios lábios nos de alguém a quem muito queremos, imprimindo-lhes um movimento de sucção, não é apenas um gesto afetivo: é também um gesto terapêutico.

Segundo os citologistas de plantão, especialistas em pele, o beijo é uma das melhores formas de se evitarem as rugas e de se fazer “ginástica facial”, já que põe em movimento nada menos do que 29 músculos.

Trata-se, portanto, do verdadeiro halterofilismo labial. Ainda no campo dos benefícios estéticos, já está provado que o beijo “emagrece”. Sim, quem muito beija dificilmente deixará de ser esbelto – pois o beijo obriga o organismo a consumir cerca de 12 calorias por unidade bem estalada e até 28 calorias se o beijo é daqueles cinematográficos, de desentupir pia.

Quanta energia, quanta vitamina num beijo só! Com tantas propriedades, não há de ter sido por mero acaso que o beijo se tornou o afago mais praticado na história da humanidade.

Dele, já dizia “William”, o poeta de Stratford-on-Avon:

— Um beijo remove montanhas, constrói reinos, dissipa impérios…

E o magnífico poeta negro, o verdadeiro Iluminado, Cruz e Sousa, um dia suspirou pelo beijo de um amor secreto e platônico:

— Beija-me e serei teu príncipe, em noite de plenilúnio…

Claro, não faltariam os “espíritos de porco”, como o poeta espanhol La Serna.

Sobre esse nobre carinho, ele estalou os beiços e atirou com desdém:

— Às vezes, o beijo não passa de um chiclete compartilhado…

E daí? — pergunto eu. Se for o chiclete da bem-querença, que mal faz? 

Masquemos todos, homens e mulheres, essa doce e reparadora saliva do amor, esse halter labial que ainda pode salvar a humanidade.

Sergio da Costa Ramos – adaptado


Assinale a alternativa correta sobre a frase “Um beijo remove montanhas, constrói reinos, dissipa impérios”.
Alternativas
Q1924204 Português

Leia o texto.

Notícias de um abraço

O homem anda tão brutalizado nas cidades, seus malfeitos tão disseminados em nosso meio que, um belo dia, um gesto de afeto chamará “dramaticamente” a atenção das pessoas. Diante de um “abraço” – o ato de um ser humano enlaçar o outro e trazê-lo para junto do peito –, o homem surpreso indagará:

– O que é isso?

E aí, na contramão das manchetes, os jornais publicarão a notícia de um “abraço”.

Ou de um “beijo”: “Cientistas do comportamento humano, dois psiquiatras, um dermatologista e uma assistente social estudam a natureza do gesto que chamou a atenção do Brasil, ontem, em Florianópolis, Santa Catarina. Um homem e uma mulher, num banco da Praça XV de Novembro, no coração da cidade, aproximaram os seus troncos, um de frente para o outro. E culminaram o seu estranho comportamento unindo os lábios – e os comprimindo num ato que chamou a atenção de fotógrafos e passantes. A 3ª Delegacia de Polícia do bairro não chegou a deter os protagonistas pelo gesto bizarro, nem os indiciou em qualquer conduta suscetível do enquadramento penal.

Nesta época de tanto desamor, tanta crueldade, em que a tortura deixa as masmorras para exercer sua infâmia à luz do sol, espanta que os pelourinhos não retornem às praças públicas, para que todos presenciem o homem em seu estado animal, açoitando o próprio homem.

Nesses tempos de miséria e vilania, em que tapas ecoam nas esquinas com sonoplastia de radioteatro, (…) convoco toda a humanidade a falar de abraços e beijos.

Um beijo, segundo os pesquisadores do amor, põe em circulação hormônios que desencadeiam sensações de bem-estar e alegria, mitigando a dor, como uma espécie de morfina.

Não por acaso as mães beijam o “dodói” das criancinhas que tropeçam e caem – e já se levantam, reanimadas pelo milagre do “beijo”

O ato de pousar os próprios lábios nos de alguém a quem muito queremos, imprimindo-lhes um movimento de sucção, não é apenas um gesto afetivo: é também um gesto terapêutico.

Segundo os citologistas de plantão, especialistas em pele, o beijo é uma das melhores formas de se evitarem as rugas e de se fazer “ginástica facial”, já que põe em movimento nada menos do que 29 músculos.

Trata-se, portanto, do verdadeiro halterofilismo labial. Ainda no campo dos benefícios estéticos, já está provado que o beijo “emagrece”. Sim, quem muito beija dificilmente deixará de ser esbelto – pois o beijo obriga o organismo a consumir cerca de 12 calorias por unidade bem estalada e até 28 calorias se o beijo é daqueles cinematográficos, de desentupir pia.

Quanta energia, quanta vitamina num beijo só! Com tantas propriedades, não há de ter sido por mero acaso que o beijo se tornou o afago mais praticado na história da humanidade.

Dele, já dizia “William”, o poeta de Stratford-on-Avon:

— Um beijo remove montanhas, constrói reinos, dissipa impérios…

E o magnífico poeta negro, o verdadeiro Iluminado, Cruz e Sousa, um dia suspirou pelo beijo de um amor secreto e platônico:

— Beija-me e serei teu príncipe, em noite de plenilúnio…

Claro, não faltariam os “espíritos de porco”, como o poeta espanhol La Serna.

Sobre esse nobre carinho, ele estalou os beiços e atirou com desdém:

— Às vezes, o beijo não passa de um chiclete compartilhado…

E daí? — pergunto eu. Se for o chiclete da bem-querença, que mal faz? 

Masquemos todos, homens e mulheres, essa doce e reparadora saliva do amor, esse halter labial que ainda pode salvar a humanidade.

Sergio da Costa Ramos – adaptado


Assinale a alternativa em que a vírgula foi usada para separar adjunto adverbial deslocado.
Alternativas
Q1922920 Português
Considere cada par de frases.
1. Não tenha medo, Camilo! / Não, tenha medo, Camilo!
2. “Para mim, passar por aquela rua parece complicado”, disse ela. / Esse é um problema para mim resolver.
3. Vossa Senhoria, indicaremos o vosso nome para paraninfo de nossa turma. / Indicaremos o seu nome, Vossa Senhoria, para paraninfo de nossa turma.
4. Já pagaram ao funcionário? / Já o pagaram?
5. Aquela partitura nas mãos de Camilo é de minha autoria. / Essa partitura que tenho comigo é de minha autoria.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1922918 Português
Leia o texto abaixo:
Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. Jurou que lhe queria muito, e que os seus sustos pareciam de criança; em todo o caso, quando tivesse algum receio, a melhor cartomante era ele mesmo.
Depois, repreendeu-a; disse-lhe que era imprudente andar por essas casas.
Vilela podia sabê-lo, e depois.
— Qual saber! tive muita cautela, ao entrar na casa.
— Onde é a casa?
— Aqui perto, na Rua da Guarda Velha…
(A Cartomante – Machado de Assis – excerto)
Assinale a alternativa correta em relação ao texto.
Alternativas
Q1922916 Português

Texto 2

Leia a anedota.

— Então, o senhor sofre de reumatismo?

— É claro. O que o senhor queria? Que eu usufruísse do reumatismo, que eu desfrutasse do reumatismo, que eu fruísse do reumatismo, que eu gozasse o reumatismo?


(https://brainly.com.br)

Assinale a alternativa correta, considerando o texto 2.
Alternativas
Q1922915 Português

Texto 2

Leia a anedota.

— Então, o senhor sofre de reumatismo?

— É claro. O que o senhor queria? Que eu usufruísse do reumatismo, que eu desfrutasse do reumatismo, que eu fruísse do reumatismo, que eu gozasse o reumatismo?


(https://brainly.com.br)

Considerando o texto 2, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1921345 Português

TEXTO 3

HOME OFFICE


        A grande mudança trazida pela Covid-19 foi a implantação do home office pelas empresas. Com o isolamento para conter a propagação da doença, o trabalho remoto foi a saída encontrada para continuar as atividades, pelo menos para aqueles profissionais cujo emprego não exige presença física em um local específico. Essa medida adiantou uma prática que vinha sendo implantada de forma gradual antes da pandemia por algumas empresas, limitada a alguns dias da semana.

        O Twitter, por exemplo, informou em maio que os funcionários poderiam trabalhar em casa para sempre, caso preferissem. A exceção ficaria por conta daqueles profissionais que não conseguem desempenhar o trabalho a distância, como a equipe de manutenção nos servidores.

        No entanto, essa mudança na forma de trabalhar traz desafios como continuar produtivo sem a supervisão direta do chefe ou perto dele, mantendo o mesmo número de horas trabalhadas; aumento de gastos com água, luz, internet e mobiliário adequado em casa; capacidade de manter a comunicação de forma virtual com o distanciamento físico de chefes e colegas; além do equilíbrio do trabalho em casa com a vida pessoal.

        O economista Thomas Coutrot, cujas pesquisas são focadas no impacto da globalização no mercado de trabalho, é cético quanto ao futuro do trabalho a distância. “Talvez as pessoas se deem conta de que o trabalho remoto não tem nada a ver com o paraíso com que elas sonhavam, de conciliação entre a vida profissional e a pessoal. Trabalho remoto é difícil: é uma pressão, um isolamento, uma dificuldade de comunicação e cooperação com os colegas. É uma situação bastante precária”, opina.

        Ele observa que, em poucas semanas, as empresas já constatam o aparecimento de problemas de saúde física e mental dos funcionários que estão em casa devido à pandemia – um problema que só tende a aumentar.

        “O controle do empregador é ainda mais acirrado quando os empregados estão a distância. O trabalhador fica conectado em tempo integral, no sistema da empresa. Os chefes podem saber o que cada um está fazendo em tempo real”, frisa.

        “Além disso, é uma situação que limita a autonomia, a criatividade, a possibilidade de tomar um tempo para conversar com os colegas sobre assuntos não diretamente ligados ao trabalho, mas que propiciam novas ideias e soluções.”


https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2020/06/19/pandemia-, adiantou-mudancas-no-mundo-do-trabalho. Acesso em 28/04/2022. 

Sobre Pontuação, observe o fragmento de texto abaixo:


“Além disso, é uma situação que limita a autonomia, a criatividade, a possibilidade de tomar um tempo para conversar com os colegas sobre assuntos não diretamente ligados ao trabalho, mas que propiciam novas ideias e soluções.”


Sobre esse fragmento, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Q1921331 Português

Texto 1


A ARTE DE VIVER BEM


Içami Tiba


Não exija dos outros o que eles não podem lhe dar, mas cobre de cada um a sua responsabilidade. Não deixe de usufruir o prazer, mas que não faça mal a ninguém. Não pegue mais do que você precisa, mas lute pelos seus direitos.

Não olhe as pessoas só com os seus olhos, mas se olhe também com os olhos delas. Não fique ensinando sempre, você pode aprender muito mais. Não desanime perante o fracasso, supere-se transformando-o em aprendizado.

Não se aproveite de quem se esforça tanto; ele pode estar fazendo o que você deixou de fazer. Não estrague um programa diferente com seu mau humor, descubra a alegria da novidade. Não deixe a vida se esvair pela torneira, pode faltar aos outros…

O amor pode absorver muitos sofrimentos, menos a falta de respeito a si mesmo! Se você quer o melhor das pessoas, dê o máximo de si, já que a vida lhe deu tanto. Enfim, agradeça sempre, pois a gratidão abre as portas do coração.


https://www.belasmensagens.com.br/reflexao/arte-de-viver-bem.html.

Acesso em 30/04/2022

Analisando os fragmentos de texto abaixo:


I. “Não exija dos outros o que eles não podem lhe dar, mas cobre de cada um a sua responsabilidade.”

II. “Não deixe de usufruir o prazer, mas que não faça mal a ninguém.”

III. “Não pegue mais do que você precisa, mas lute pelos seus direitos.”


Sobre esses fragmentos, assinale a alternativa CORRETA. 

Alternativas
Q1921154 Português


O que uma menina de 9 anos tem a nos ensinar sobre propósito?

Encontrar um propósito através do qual se consiga deixar sua marca no mundo ou um sentido para aquilo que se faz todos os dias tornou-se um fenômeno.

Luciana Rodrigues    6 de abril de 2022   

    Em uma das despretensiosas conversas que tive com a Isadora, minha filha de 9 anos, ela soltou, como quem não quer nada: “Sabia que todo mundo quer ser lembrado?”. Sem entender muito bem como ela tinha chegado a essa conclusão, pedi-lhe para que me contasse um pouco mais sobre essa sua observação. 

    “Quando eu crescer, quero abrir um café. Acho triste passar pelo mundo sem deixar alguma coisa para as pessoas lembrarem da gente”. Mesmo sem saber ao certo de onde veio essa inspiração repentina, confesso que meu lado mãe-fã-númeroum ficou super orgulhoso. 

    Indo além das paredes do meu apartamento, encontrar um propósito, através do qual se consiga, de fato, deixar sua marca no mundo – como sonha a Isadora –, ou ainda, conseguir um sentido para aquilo que se faz todos os dias, tornou-se um fenômeno que une de tech-nerds do Vale do Silício a profissionais dos mais variados cargos e salários pelo Brasil e o mundo. Obviamente, isso só é possível quando a base da Pirâmide de Maslow (lembra dela?) está muito bem estabelecida. 

    Nos EUA, existe até um nome para esse movimento: “The Great Resignation” ou “A Grande Demissão”. Segundo o U.S. Department of Labor, só no último mês de fevereiro, 4,4 milhões de americanos deixaram seus empregos formais. Os motivos para esses números vão do desejo de fazer mudanças drásticas na carreira à necessidade de largar a profissão para cuidar de crianças ou parentes idosos. Além de sintomas típicos dos tempos atuais, como o burnout e o sentimento de abismo existente entre o que as pessoas acreditam e os valores do seu empregador. 

    Os números não afirmam, categoricamente, qual é o principal fator para essa debandada de trabalhadores, mas uma coisa é certa: para milhões de pessoas ao redor do mundo, a pandemia veio para rever suas prioridades. A remuneração deixa de ser o fator decisivo para a permanência em um emprego, ganhando relevância questões que, há poucos anos, ficavam em segundo plano, como modelos híbridos e flexíveis de trabalho, tempo gasto em deslocamentos, equilíbrio maior entre vida pessoal x trabalho, e até mesmo afinidade com o propósito da empresa.

    Para Ariana Huffington: “A Grande Demissão na verdade é uma Grande Reavaliação. O que as pessoas estão abandonando é uma cultura de esgotamento e uma definição quebrada de sucesso. Ao deixar seus empregos, as pessoas estão afirmando seu desejo por uma maneira diferente de trabalhar e viver”. 

    Conheci uma dessas histórias de perto, em um dos encontros mensais que organizo na empresa em que atuo como CEO. A ideia dos bate-papos é trazer novos repertórios para dentro da nossa rotina de trabalho, com convidados que, à primeira vista, não têm nada a ver com o nosso “core-business”, mas que ajudam imensamente a furar a bolha em que vivemos. 

    Um desses convidados foi uma enfermeira. Uma mulher muito culta, expansiva e encantadora que, no alto dos seus 30 anos, decidiu dar uma guinada em sua vida. Depois de um período sabático pela América Latina, decidiu abandonar uma carreira bem-sucedida na área do entretenimento e estudar enfermagem. Uma profissão com menos perspectivas financeiras, mas completamente alinhada com o seu chamado. 

    “Para alguns, hospital significa morte. Para mim, é sinônimo de vida”. Essa foi uma das frases ditas por ela que mais me impactou em seu depoimento, e que, por semanas, me fez refletir sobre sua história de coragem e seu olhar transformador. 

    Mas não espere respostas certas nos momentos certos. Cada um tem seu tempo e suas formas de encontrá-las. Sabemos tão pouco sobre nós. Por isso, investir seu tempo (que também é dinheiro) em coisas que ninguém pode tirar de você, como autoconhecimento, é a decisão mais sábia que você pode tomar. É um processo transformador, que envolve desconforto, mas que vai te colocar numa posição de maior controle das suas emoções. 

      Não passe uma vida inteira esperando algo que ninguém jamais poderá lhe oferecer. 

    E, se eu pudesse dar mais uma dica, seria: assim como no mercado financeiro, nunca invista todo seu patrimônio em só um ativo. Não fique esperando que o trabalho supra todas as suas necessidades. Encontre um hobby. Dedique-se a um trabalho voluntário. Seja mentor de um jovem aprendiz. Ou, então, coloque no papel um plano para daqui a 2 anos e persiga-o incansavelmente. 

    Talvez “A Grande Demissão” seja um movimento coletivo de pessoas querendo encontrar seu verdadeiro propósito aqui na Terra. Ou, talvez, uma oportunidade para que consigam usar suas histórias para dar sentido às próprias vidas. Mas também pode ser apenas o reflexo de dois anos  trancados em casa, e o desejo por uma mudança, seja ela qual for. 

    Na animação da Pixar “Viva – A Vida é uma Festa”, de que aliás, a Isadora é fã, é contada a história do “Dia de Los Muertos”, típica tradição mexicana de celebração aos que se foram. Diz-se que, após a morte de uma pessoa, ela vai para o mundo dos mortos e permanece lá apenas enquanto os vivos ainda se lembrarem dela. Quando for esquecida, aí, sim, será seu verdadeiro fim. 

    Não posso afirmar que veio daí a inspiração para a reflexão inicial da Isa, mas a conversa, que começou com uma questão existencial, terminou com: “Mamãe, qual é o sentido da vida?”. Dei a última mordida no pão de queijo e respondi: “Isa, que tal fazermos um brigadeiro?” 

Luciana Rodrigues é CEO da Grey Brasil, conselheira do board da Junior Achievement, membro do conselho da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial e do comitê estratégico de presidentes da Amcham.   

Vocabulário:

tech-nerds: estudiosos de tecnologia.

• CEO: diretor executivo.

core-business: negócios principais.

burnout: síndrome de esgotamento mental no trabalho.

hobby: passatempo, atividade para lazer. 


RODRIGUES, Luciana. O que uma menina de 9 anos tem a

nos ensinar sobre propósito? Forbes Brasil, 06 de abril de

2022. Colunas. Disponível em:

https://forbes.com.br/coluna/2022/04/luciana-rodrigues-o-que-uma-menina-de-9-anos-tem-a-nos-ensinar-sobre-proposito/

No trecho “Em uma das despretensiosas conversas que tive com a Isadora, minha filha de 9 anos, ela soltou, como quem não quer nada: ‘Sabia que todo mundo quer ser lembrado?’.” (1º parágrafo), as vírgulas foram usadas para isolar a estrutura sublinhada porque ela é 
Alternativas
Q1920338 Português


O texto seguinte servirá de base para responder à questão.



Há coisas bonitas na vida...


Há coisas bonitas na vida.

Bonitas são as coisas vindas do interior, as palavras simples, sinceras e significativas.

Bonito é o sorriso que vem de dentro, o brilho dos olhos...

Bonito é o dia de sol depois da noite chuvosa ou as noites enluaradas de verão em que todos saem de casa.

Bonito é procurar estrelas no céu e dar de presente ao amigo, amiga, namorado...
Bonito é achar a poesia do vento, das flores e das crianças.
Bonito é chorar quando se sentir vontade e deixar que as lágrimas rolem sem vergonha ou medo de crítica.
Bonito é gostar da vida e viver do sonho, mesmo sendo impossível.
Bonito é ser realista sem ser cruel, é acreditar na beleza de todas as coisas.

Bonito é a gente continuar sendo gente em quaisquer situações, porque isso é o que importa.

Em toda e qualquer situação, bonito é você ser você.



Letícia Thompson. http://www.leticiathompson.net/Bonito.html (Adaptado) 


No trecho "Em toda e qualquer situação, bonito é você ser você ", a vírgula foi empregada para:
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Q1919700 Português

Texto


        Saímos de Manaus numa lancha pequena, e no meio da manhã navegamos no coração do arquipélago das Anavilhanas. A ânsia de encontrar Dinaura me deixou desnorteado. A ânsia e as lembranças da Boa Vida. A visão do rio Negro derrotou meu desejo de esquecer o Uaicurapá. E a paisagem da infância reacendeu minha memória, tanto tempo depois. Costelas de areia branca e estriões de praia em contraste com a água escura; lagos cercados por uma vegetação densa; poças enormes, formadas pela vazante, e ilhas que pareciam continente. Seria possível encontrar uma mulher naquela natureza tão grandiosa? No fim da manhã alcançamos o Paraná do Anum e avistamos a ilha do Eldorado. O prático amarrou os cabos da lancha no tronco de uma árvore; depois procuramos o varadouro indicado no mapa. A caminhada de mais de duas horas na floresta foi penosa, difícil. No fim do atalho, vimos o lago do Eldorado. A água preta, quase azulada. E a superfície lisa e quieta como um espelho deitado na noite. Não havia beleza igual. Poucas casas de madeira entre a margem e a floresta. Nenhuma voz. Nenhuma criança, que a gente sempre vê nos povoados mais isolados do Amazonas. O som dos pássaros só aumentava o silêncio. Numa casa com teto de palha pensei ter visto um rosto. Bati à porta, e nada. Entrei e vasculhei os dois cômodos separados por um tabique1 da minha altura. Um volume escuro tremia num canto. Fui até lá, me agachei e vi um ninho de baratas-cascudas. Senti um abafamento, o cheiro e o asco dos insetos me deram um suadouro. Lá fora, a imensidão do lago e da floresta. E silêncio. Aquele lugar tão bonito, o Eldorado, era habitado pela solidão. No fim do povoado encontramos uma casa de farinha. Escutamos uns latidos; o prático apontou uma casa na sombra da floresta. Era a única coberta de telhas, com uma varanda protegida por treliça de madeira e uma lata com bromélias ao lado da escadinha. Um ruído no lugar. Na porta vi o rosto de uma moça e fui sozinho ao encontro dela. Escondeu o corpo e eu perguntei se morava ali.


(HATOUM, Milton. Órfãos do Eldorado. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p.101-102)1 divisória, tapume

Em “Aquele lugar tão bonito, o Eldorado, era habitado pela solidão”, o termo destacado está entre vírgulas pois se trata de:
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Q1919680 Português

Amizade é uma palavra pequenininha


Amizade é uma palavra pequenininha, mas que nunca vem sozinha. Ela dá sempre a mão com o conta comigo, estou aqui, se precisar, me chame, desejo-lhe muita saúde, estou feliz por você, torço por você, se precisar de um ombro, tenho dois, penso em você, gosto de você estou te ouvindo, não te esqueço, mesmo se não nos falamos todos os dias...

Amizade é esse amor misterioso e gostoso do coração dividido e unificado ao mesmo tempo. Quem pode entender que o coração possa amar tanto e tantos?

O coração de um amigo é como um mapa-múndi onde cada um se encontra em algum lugar, mas todos fazem parte do mesmo globo. O coração de um amigo é um bombardeio de sentimentos bons. Diferentes, especiais e importantes, cada um à sua maneira. É como diz a música "Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito."

E são nas diferenças que nos completamos, nas desavenças que aprendemos o perdão, a paciência e a humildade. Ser amigo é saber aceitar que os outros não sejam iguais à gente, mas que os seus valores podem enriquecer ainda mais os que temos e amá-los apesar das diferenças, como se ama uma rosa com espinhos, mas não menos bela.

Sozinho não é quem não tem ninguém; sozinho é quem não tem um amigo. Pouco importa saber em que parte do mundo nossos amigos se encontram se podemos sentir na alma que dentro de nós e dentro deles há um espaço reservado que nada mais poderá preencher. Amizade, doce amizade... se somos dois, unidos seremos um elo forte; se somos muitos, seremos uma corrente que nada poderá vencer.

Autora Letícia Thompson.

http://www.leticiathompson.net/amizade_e_uma _palavra_pequenininha.htm.Adaptado.

No trecho: "Amizade é uma palavra pequenininha, mas que nunca vem sozinha", a vírgula foi empregada para:
Alternativas
Respostas
1281: C
1282: A
1283: E
1284: C
1285: A
1286: D
1287: D
1288: C
1289: E
1290: E
1291: A
1292: E
1293: D
1294: E
1295: E
1296: E
1297: E
1298: D
1299: D
1300: C