Questões de Concurso Comentadas sobre uso da vírgula em português

Foram encontradas 4.403 questões

Q1815982 Português
Assinale a alternativa que apresenta a sequência ao trecho anterior pontuada corretamente.
Alternativas
Q1814622 Português

A Amazônia é o centro do mundo

 

    Eu quero começar lembrando onde nós estamos. E quero lembrar que nós estamos no centro do mundo. Essa não é uma frase retórica. Também não é uma tentativa de construir uma frase de efeito. No momento em que o planeta vive o colapso climático, a floresta Amazônica é efetivamente o centro do mundo. Ou, pelo menos, é um dos principais centros do mundo. Se não compreendermos isso, não há como enfrentar o desafio do clima.

    Esta é justamente a razão de colocarmos o nosso corpo aqui, nesta cidade, Manaus, capital do Amazonas, estado do Brasil, país que abriga cerca de 60% da Amazônia. Manaus é tanto uma floresta em ruínas como as ruínas de uma ideia de país. Manaus pode ser vista como a escultura viva de um conflito iniciado em 1500, com a invasão europeia que causou a morte de centenas de milhares de homens e mulheres indígenas e a extinção de dezenas de povos. Neste momento, em 2019, testemunhamos o início de um novo e desastroso capítulo.

    O Brasil é um grande construtor de ruínas. O Brasil constrói ruínas em dimensões continentais desde que começou a ser inventado pelos europeus no século 16. Para sermos capazes de resistir nós precisamos nos tornar floresta — e resistir como floresta. Como floresta que sabe que carrega consigo as ruínas, que carrega consigo tanto o que é quanto o que deixou de ser. Parece-me que é a esse sentimento afetivo que precisamos dar forma para dar sentido à nossa ação. Para isso temos que deslocar algumas placas tectônicas de nosso próprio pensamento. Temos que descolonizar a nós mesmos.

    O fato de a Amazônia ainda ser vista como um longe e também — ou principalmente — como uma periferia dá a dimensão da estupidez da cultura ocidental branca, de matriz primeiro europeia e depois norte-americana, essa estupidez que molda e dá forma às elites políticas e econômicas do mundo e também do Brasil. E, em parte, também às elites intelectuais do Brasil e do planeta. Acreditar que a Amazônia é longe e que a Amazônia é periferia, quando qualquer possibilidade de controle do aquecimento global só é possível com a floresta viva, é uma ignorância de proporções continentais. A floresta é o perto mais perto que todos nós aqui temos. E o fato de muitos de nós nos sentirmos longe quando aqui estamos só mostra o quanto o nosso olhar está contaminado, formatado e distorcido. Colonizado.

    Dias atrás eu conversava com procuradores e defensores públicos que chegaram há pouco em cidades do interior amazônico. Era o primeiro posto deles. Porque essa é a lógica. A Amazônia é o epicentro dos conflitos, mas, para fiscalizar o Estado e defender os direitos dos maisdesamparados, as instituições mandam os sem nenhuma experiência. Alguns deles — não todos — interpretam que estão sendo enviados a uma região amazônica como um teste ou mesmo um castigo, um calvário que precisam passar antes de ter um posto “decente”. Parte deles — não todos — não vê a hora de ter o que é chamado de “remoção” e deixar essa bad trip para trás. E não é culpa deles, ou não é só culpa deles, porque essa é a lógica das instituições, este é o olhar para a Amazônia. Felizmente alguns deles percebem à importância do seu papel, aprendem, compreendem, permanecem e se tornam servidores públicos essenciais para a luta pelos direitos em regiões onde os direitos pouco ou nada valem.

    Lembrei a eles que, como eu, eram privilegiados. Eles estavam justamente no centro do mundo. Eles estavam no melhor lugar para se estar para quem tinha escolhido aquela profissão. Mas teriam que se esforçar muito para superar a sua ignorância, como eu me esforço todos os dias para superar a minha. Era a população local, eram os povos da floresta que teriam de ter enorme paciência para explicar a eles o que precisam saber, já que pouco ou nada sabem quando aqui chegam. O mesmo princípio vale para jornalistas e também para cientistas.

    Somos nós que precisamos da ajuda dos povos da floresta. É deles o conhecimento sobre como viver apesar das ruínas. São eles os que têm experiência sobre como resistir às grandes forças de destruição. Para que tenhamos alguma chance de produzir movimento de resistência precisamos compreender que, nesta luta, nós não somos os protagonistas.

 

(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/08/09/opinion/1565386635_3112 70.html. Acesso em: 12/12/2019.)

Quanto ao excerto “E o fato de muitos de nós nos sentirmos longe quando aqui estamos só mostra o quanto o nosso olhar está contaminado, formatado e distorcido. Colonizado.” (4º§), assinale a alternativa que, ao ser modificada a sua pontuação, distorce o sentido original da mensagem.
Alternativas
Q1813937 Português
Para demarcarmos as unidades na língua escrita e sinalizarmos os limites de uma estrutura sintática utilizamos os sinais de pontuação. Na fala atuam como recursos prosódicos para estabelecer limites, ritmo e entonação. A vírgula é um dos sinais de pontuação em que as pessoas mais apresentam dificuldades no uso. Apenas em uma das alternativas abaixo a vírgula está usada de maneira adequada. Identifique-a.
Alternativas
Q1813485 Português
O sentido maior
   Quando eu era jovem, um padre dava aulas sobre Tomás de Aquino (1225-1274), doutor da igreja e teólogo global. O tema eram as cinco provas da existência de Deus. Após a exposição, o jesuíta contou, como arremate de uma boa aula, um caso sobre o doutor angélico. Disse que, após o italiano ter escrito coisas profundas e enormes sobre a divindade, teve um êxtase místico e, segundo a narrativa, uma compreensão de Deus além da Razão, além da Escolástica, além de Aristóteles e de toda a gramática possível de um cérebro humano. Ao sair da “divina possessão”, ele emudeceu e resistiu a continuar escrevendo sua já famosa obra. Motivo? Para ele, após o contato com Deus na forma direta que os místicos vivem, o que ele escrevera sob o rigor acadêmico e com base erudita, parecia- -lhe superficial, fraco, pífio, irrelevante e tão distante do que experimentara que ficou abatido. Bem, antes de partir precocemente do mundo, Tomás terminou ditando comentários ao Cântico dos Cânticos, o poema amoroso salomônico que possui dezenas de interpretações. Curioso que a última obra do grande intelectual católico seja sobre o amor.
   A história narrada traz uma questão que sempre me assombrou. Em todos os campos, inúmeras pessoas ao meu redor falam de uma densidade maior atrás do simples discurso ou do sentimento imediato. Sim, você pode ler os mais refinados teólogos, porém, sempre serão pálida sombra do objeto sagrado em si. O mesmo valeria para as emoções humanas como o amor. Romeu indica várias vezes a Julieta (e é correspondido) que as palavras são irrelevantes, que o que eles sentem está além da expressão delas. Já vi discursos semelhantes sobre arte e até sexo. Haveria uma densidade, uma complexidade, algo tão imenso que tudo o que eu possa expressar seria incompleto.
   Sempre desconfiei um pouco da afirmação sobre a densidade extraordinária que tornaria as coisas indizíveis. Por vezes acho que devo ter uma capacidade melhor de expressão ou uma capacidade menor de sentir. Um dos itens explica o fato de eu achar que as coisas são no limite do que consigo expressar e que não possuem uma película que esconde o “mais além” de uma metafísica absoluta.
   A leitura de boas obras sempre me pareceu muito prazerosa, muito, exatamente porque as ideias, a estética da escrita, o encadeamento de personagens ou de fatos e as soluções dos bons autores me seduzem. Uma taça boa de vinho ou uma noite amorosa são extraordinárias pelo que são em si, pelo prazer ali contido, pelas papilas gustativas agraciadas, pelos hormônios atiçados, pelos disparos de adrenalina e outras coisas. Não perco a consciência, não letivo, não transfiguro, não tenho êxtase: apenas gosto e sinto o motivo de eu gostar, alguns surpreendentes. Seria bom em descrever ou ruim em sentir de forma mais densa?  Faltaria metafísica ou abundaria consciência? A descrição que alguns fazem de suas experiências sempre me pareceu fascinante e sedutora e profundamente distante do plano no qual eu sinto. Idiossincrasia? Couraça racional? Seria lucidez ou secura? Nunca saberei de fato, mas o vinho sempre pareceu bom, o texto fascinante, o sexo envolvente, o afeto belo, a boa música avassaladora e a paisagem produtora de paz interna. Já chorei de alegria diante de experiências lindas como um quadro que eu desejava conhecer ou quando desci ao Grand Canyon nos Estados Unidos. Eram lágrimas provocadas pela emoção de beleza, uma invasão positiva de muitos bons sentimentos que antigas expectativas estimularam. Era emoção, não transcendência que me derrubasse ao solo impactado pelo eterno. Vários filósofos chamaram isso de maravilhar-se, uma suspensão momentânea da racionalidade junto de incapacidade de narrar o experienciado. Mas, passado alguns instantes, recuperamos a lógica narrativa. Eu estava feliz porque era bom estar ali, porque eu desejara estar ali, porque eu me preparara para estar ali e porque, enfim estando, se fechava um ciclo de ansiedade-desejo-prazer produzindo o momento único e... lacrimoso. Foi muito bom, excelente até, todavia foi aquilo e eu posso descrever o início, o meio e o fim daquele instante. Por vezes lembro-me da experiência de um “banho xamânico” em Oaxaca, no México. A guia da experiência dizia que aspirássemos as plantas naquela sauna e que imaginássemos a luz lilás sobre nós. Aluno fiel, eu aspirava a planta acre que ela jogara às brasas e imaginava a luz lilás. Ao final de meia hora de exercício imaginativo, ela me perguntou o que eu tinha sentido e eu disse: “Um cheiro forte dessa planta”. Ela insistia: “E?”. “Só”, eu respondia à desolada senhora. Eu sentira o cheiro e imaginara a luz. Foi minha experiência xamânica. Na verdade, é minha experiência de vida. As coisas são no limite do que existem, sem energias ou algo muito mais denso escondido pelo véu do discurso. Onde alguns descrevem alguém de “energia pesada”, eu vejo um chato agressivo. Não há uma “aura”, apenas frases desagradáveis ou reclamações incessantes. Onde identificam “vampiros de energia” eu vejo alguém irritante. Seria a mesma coisa? Volto ao que eu sinto (sem fazer disso uma definição de valor universal): as coisas são no limite do que existem. Dou a elas sentido, simbolismo, signos aleatórios e que dependem da minha imaginação, sem “energia”. Essa é imensa solidão da consciência, ou, ao menos, da minha consciência. Uma boa semana para todos.
(KARNAL, Leandro. Sentido maior. O Estado de São Paulo, São Paulo,
19/01/2020. Caderno 2, p. C2.)
Haveria uma densidade, uma complexidade, algo tão imenso que tudo o que eu possa expressar seria incompleto.” (2º§) Considerando o trecho é correto afirmar que:
Alternativas
Q1813413 Português
As caridades odiosas

    Foi uma tarde de sensibilidade ou de suscetibilidade? Eu passava pela rua depressa, emaranhada nos meus pensamentos, como às vezes acontece. Foi quando meu vestido me reteve: alguma coisa se enganchava na minha saia. Voltei-me e vi que se tratava de uma mão pequena e escura. Pertencia a um menino a que a sujeira e o sangue interno davam um tom quente de pele. O menino estava de pé no degrau da grande confeitaria. Seus olhos, mais do que suas palavras meio engolidas, informavam-me de sua paciente aflição. Paciente demais. Percebi vagamente um pedido, antes de compreender o seu sentido concreto.
  – Um doce, moça, compre um doce para mim. 
    Acordei finalmente. O que estivera eu pensando antes de encontrar o menino? O fato é que o pedido pareceu cumular uma lacuna, dar uma resposta que podia servir para qualquer pergunta, assim como uma grande chuva pode matar a sede de quem queria uns goles de água.  
    Sem olhar para os lados, por pudor talvez, sem querer espiar as mesas da confeitaria onde     possivelmente algum conhecido tomava sorvete, entrei, fui ao balcão e disse com uma dureza que só Deus sabe explicar: um doce para o menino.
    De que tinha eu medo? Eu não olhava a criança, queria que a cena humilhante para mim, terminasse logo. Perguntei- -lhe: que doce você... 
    Antes de terminar, o menino disse apontando depressa com o dedo: aquelezinho ali, com chocolate por cima. Por um instante perplexa, eu me recompus logo e ordenei, com aspereza, à caixeira que o servisse.
    – Que outro doce você quer? Perguntei ao menino escuro. Este, que mexendo as mãos e a boca ainda espera com ansiedade pelo primeiro, interrompeu-se, olhou-me um instante e disse com uma delicadeza insuportável, mostrando os dentes: não precisa de outro não. Ele poupava a minha bondade.
    – Precisa sim, cortei eu ofegante, empurrando-o para a frente. O menino hesitou e disse: aquele amarelo de ovo. Recebeu um doce em cada mão, levando as duas acima da cabeça, com medo talvez de apertá-los... E foi sem olhar para mim que ele, mais do que foi embora, fugiu. A caixeirinha olhava tudo: 
    – Afinal uma alma caridosa apareceu. Esse menino estava nesta porta há mais de uma hora, puxando todas as pessoas mas ninguém quis dar. 
    Fui embora, com o rosto corado de vergonha. De vergonha mesmo? Eu estava cheia de um sentimento de amor, gratidão, revolta e vergonha. Mas, como se costuma dizer, o sol parecia brilhar com mais força. Eu tivera a oportunidade de... E para isso foi necessário que outros não lhe tivessem dado doce.
    E, agora, sozinha, meus pensamentos voltavam lentamente a ser os anteriores, só que inúteis. 
(As caridades odiosas. Clarice Lispector. Com adaptações.)
No trecho “– Um doce, moça, compre um doce para mim.” (2º§), as vírgulas foram utilizadas para separar:
Alternativas
Q1812938 Português
Texto para responder à questão.

Sob o feitiço dos livros
   Nietzsche estava certo: “De manhã cedo, quando o dia nasce, quando tudo está nascendo — ler um livro é simplesmente algo depravado”. É o que sinto ao andar pelas manhãs pelos maravilhosos caminhos da fazenda Santa Elisa, do Instituto Agronômico de Campinas. Procuro esquecer-me de tudo que li nos livros. É preciso que a cabeça esteja vazia de pensamentos para que os olhos possam ver. Aprendi isso lendo Alberto Caeiro, especialista inigualável na difícil arte de ver. Dizia ele que “pensar é estar doente dos olhos”.
   Mas meus esforços são frustrados. As coisas que vejo são como o beijo do príncipe: elas vão acordando os poemas que aprendi de cor e que agora estão adormecidos na minha memória. Assim, ao não pensar da visão, une-se o não- -pensar da poesia. E penso que o meu mundo seria muito pobre se em mim não estivessem os livros que li e amei. Pois, se não sabem, somente as coisas amadas são guardadas na memória poética, lugar da beleza.
   “Aquilo que a memória amou fica eterno”, tal como o disse a Adélia Prado, amiga querida. Os livros que amo não me deixam. Caminham comigo. Há os livros que moram na cabeça e vão se desgastando com o tempo. Esses, eu deixo em casa. Mas há os livros que moram no corpo. Esses são eternamente jovens. Como no amor, uma vez não chega. De novo, de novo, de novo...
   Um amigo me telefonou. Tinha uma casa em Cabo Frio. Convidou-me. Gostei. Mas meu sorriso entortou quando disse: “Vão também cinco adolescentes...”. Adolescentes podem ser uma alegria. Mas podem ser também uma perturbação para o espírito. Assim, resolvi tomar minhas providências. Comprei uma arma de amansar adolescentes. Um livro. Uma versão condensada da “Odisseia”, de Homero, as fantásticas viagens de Ulisses de volta à casa, por mares traiçoeiros...
   Primeiro dia: praia; almoço; sono. Lá pelas cinco, os dorminhocos acordaram, sem ter o que fazer. E antes que tivessem ideias próprias eu tomei a iniciativa. Com voz autoritária, dirigi-me a eles, ainda sob o efeito do torpor: “Ei, vocês... Venham cá na sala. Quero lhes mostrar uma coisa”. Não consultei as bases. Teria sido terrível. Uma decisão democrática das bases optaria por ligar a televisão. Claro. Como poderiam decidir por uma coisa que ignoravam? Peguei o livro e comecei a leitura. Ao espanto inicial seguiu-se silêncio e atenção. Vi, pelos seus olhos, que já estavam sob o domínio do encantamento. Daí para frente foi uma coisa só. Não me deixavam. Por onde quer que eu fosse, lá vinham eles com a “Odisseia” na mão, pedindo que eu lesse mais. Nem na praia me deram descanso.
   Essa experiência me fez pensar que deve haver algo errado na afirmação que sempre se repete de que os adolescentes não gostam da leitura. Sei que, como regra, não gostam de ler. O que não é a mesma coisa que não gostar da leitura. Lembro-me da escola primária que frequentei. Havia uma aula de leitura. Era a aula que mais amávamos. A professora lia para que nós ouvíssemos. Leu todo o Monteiro Lobato. E leu aqueles livros que se liam naqueles tempos: “Heidi”, “Poliana”, “A Ilha do Tesouro”.
   Quando a aula terminava, era a tristeza. Mas o bom mesmo é que não havia provas ou avaliações. Era prazer puro. E estava certo. Porque esse é o objetivo da literatura: prazer. O que os exames vestibulares tentam fazer é transformar a literatura em informações que podem ser armazenadas na cabeça. Mas o lugar da literatura não é a cabeça: é o coração. A literatura é feita com as palavras que desejam morar no corpo. Somente assim ela provoca as transformações alquímicas que deseja realizar. Se não concordam, que leiam João Guimarães Rosa, que dizia que literatura é feitiçaria que se faz com o sangue do coração humano.
(ALVES, Rubem. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ folha/sinapse/ult1063u727.shtml.)
O trecho destacado a seguir “Assim, resolvi tomar minhas providências.” (4º§) está corretamente reescrito em:
Alternativas
Q1812792 Português
Leia o texto a seguir e responda o que se pede.

O PASTEL DA FEIRA

A ciência conseguiu. Com suas pesquisas proibiu a fritura. Descobriu que o colesterol mata e, mais que depressa, todos os jornais, revistas e TVs despejaram sobre nós toneladas de advertências. Quem lê sabe.
Quem sabe tem culpa e assim estragaram mais um dos meus prazeres - o pastel da feira, sempre tão bem acompanhado pelo caldo de cana - esse também, coitado, proibido.
Açúcar, gordura, glúten, ovo, farinha branca, óleo de soja, leite. A lista de proibições não para de crescer e de aborrecer aqueles que, como eu, adoram comer livremente tudo que é gostoso, como o pastel da feira: recheado, fumegante, que queima a boca dos afoitos.
[...]
Há anos não provo essa iguaria. Eu, que a tudo obedeço em nome da saúde, deveria ser fiel ao meu desejo, saciar minha vontade e mandar às favas a ciência e a sabedoria.
Fonte:
http://viveragora.com.br/cronicas-rapidas/
No trecho "Açúcar, gordura, glúten, ovo, farinha branca, óleo de soja, leite.", a vírgula foi empregada para:
Alternativas
Q1812687 Português
    Minha condição humana me fascina. Conheço o limite de minha existência e ignoro por que estou nesta terra, mas às vezes o pressinto. Pela experiência cotidiana, concreta e intuitiva, eu me descubro vivo para alguns homens, porque o sorriso e a felicidade deles me condicionam inteiramente, mas ainda para outros que, por acaso, descobri terem emoções semelhantes às minhas. 
       E cada dia, milhares de vezes, sinto minha vida — corpo e alma — integralmente tributária do trabalho dos vivos e dos mortos. Gostaria de dar tanto quanto recebo e não paro de receber. Mas depois experimento o sentimento satisfeito de minha solidão e quase demonstro má consciência ao exigir ainda alguma coisa de outrem. Vejo os homens se diferenciarem pelas classes sociais e sei que nada as justifica a não ser pela violência. Sonho ser acessível e desejável para todos uma vida simples e natural, de corpo e de espírito.  
       Aprendo a tolerar aquilo que me faz sofrer. Suporto então melhor meu sentimento de responsabilidade. Ele já não me esmaga e deixo de me levar, a mim ou aos outros, a sério demais. Vejo então o mundo com bom humor. 
    Foram ideais que suscitaram meus esforços e me permitiram viver. Chamam-se o bem, a beleza, a verdade. Se não me identifico com outras sensibilidades semelhantes à minha e se não me obstino incansavelmente em perseguir este ideal eternamente inacessível na arte e na ciência, a vida perde todo o sentido para mim. Ora, a humanidade se apaixona por finalidades irrisórias que têm por nome a riqueza, a glória, o luxo. Desde moço já as desprezava.  

(Albert Einstein. Como vejo o mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981. Com adaptações.)
No trecho “Chamam-se o bem, a beleza, a verdade.” (4º§), as vírgulas têm como objetivo: 
Alternativas
Ano: 2021 Banca: Quadrix Órgão: CRO-GO Prova: Quadrix - 2021 - CRO-GO - Advogado |
Q1812569 Português

Com relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.


As vírgulas empregadas, respectivamente, depois dos vocábulos “liberal” (linha 29) e “enquadram” (linha 30) isolam segmento explicativo da expressão “profissional liberal” (linha 29).

Alternativas
Q1812456 Português
O sentido maior

   Quando eu era jovem, um padre dava aulas sobre Tomás de Aquino (1225-1274), doutor da igreja e teólogo global. O tema eram as cinco provas da existência de Deus. Após a exposição, o jesuíta contou, como arremate de uma boa aula, um caso sobre o doutor angélico. Disse que, após o italiano ter escrito coisas profundas e enormes sobre a divindade, teve um êxtase místico e, segundo a narrativa, uma compreensão de Deus além da Razão, além da Escolástica, além de Aristóteles e de toda a gramática possível de um cérebro humano. Ao sair da “divina possessão”, ele emudeceu e resistiu a continuar escrevendo sua já famosa obra. Motivo? Para ele, após o contato com Deus na forma direta que os místicos vivem, o que ele escrevera sob o rigor acadêmico e com base erudita, parecia- -lhe superficial, fraco, pífio, irrelevante e tão distante do que experimentara que ficou abatido. Bem, antes de partir precocemente do mundo, Tomás terminou ditando comentários ao Cântico dos Cânticos, o poema amoroso salomônico que possui dezenas de interpretações. Curioso que a última obra do grande intelectual católico seja sobre o amor.
   A história narrada traz uma questão que sempre me assombrou. Em todos os campos, inúmeras pessoas ao meu redor falam de uma densidade maior atrás do simples discurso ou do sentimento imediato. Sim, você pode ler os mais refinados teólogos, porém, sempre serão pálida sombra do objeto sagrado em si. O mesmo valeria para as emoções humanas como o amor. Romeu indica várias vezes a Julieta (e é correspondido) que as palavras são irrelevantes, que o que eles sentem está além da expressão delas. Já vi discursos semelhantes sobre arte e até sexo. Haveria uma densidade, uma complexidade, algo tão imenso que tudo o que eu possa expressar seria incompleto.
   Sempre desconfiei um pouco da afirmação sobre a densidade extraordinária que tornaria as coisas indizíveis. Por vezes acho que devo ter uma capacidade melhor de expressão ou uma capacidade menor de sentir. Um dos itens explica o fato de eu achar que as coisas são no limite do que consigo expressar e que não possuem uma película que esconde o “mais além” de uma metafísica absoluta.
   A leitura de boas obras sempre me pareceu muito prazerosa, muito, exatamente porque as ideias, a estética da escrita, o encadeamento de personagens ou de fatos e as soluções dos bons autores me seduzem. Uma taça boa de vinho ou uma noite amorosa são extraordinárias pelo que são em si, pelo prazer ali contido, pelas papilas gustativas agraciadas, pelos hormônios atiçados, pelos disparos de adrenalina e outras coisas. Não perco a consciência, não letivo, não transfiguro, não tenho êxtase: apenas gosto e sinto o motivo de eu gostar, alguns surpreendentes. Seria bom em descrever ou ruim em sentir de forma mais densa? Faltaria metafísica ou abundaria consciência? A descrição que alguns fazem de suas experiências sempre me pareceu fascinante e sedutora e profundamente distante do plano no qual eu sinto. Idiossincrasia? Couraça racional? Seria lucidez ou secura? Nunca saberei de fato, mas o vinho sempre pareceu bom, o texto fascinante, o sexo envolvente, o afeto belo, a boa música avassaladora e a paisagem produtora de paz interna. Já chorei de alegria diante de experiências lindas como um quadro que eu desejava conhecer ou quando desci ao Grand Canyon nos Estados Unidos. Eram lágrimas provocadas pela emoção de beleza, uma invasão positiva de muitos bons sentimentos que antigas expectativas estimularam. Era emoção, não transcendência que me derrubasse ao solo impactado pelo eterno. Vários filósofos chamaram isso de maravilhar-se, uma suspensão momentânea da racionalidade junto de incapacidade de narrar o experienciado. Mas, passado alguns instantes, recuperamos a lógica narrativa. Eu estava feliz porque era bom estar ali, porque eu desejara estar ali, porque eu me preparara para estar ali e porque, enfim estando, se fechava um ciclo de ansiedade desejo-prazer produzindo o momento único e... lacrimoso. Foi muito bom, excelente até, todavia foi aquilo e eu posso descrever o início, o meio e o fim daquele instante. Por vezes lembro-me da experiência de um “banho xamânico” em Oaxaca, no México. A guia da experiência dizia que aspirássemos as plantas naquela sauna e que imaginássemos a luz lilás sobre nós. Aluno fiel, eu aspirava a planta acre que ela jogara às brasas e imaginava a luz lilás. Ao final de meia hora de exercício imaginativo, ela me perguntou o que eu tinha sentido e eu disse: “Um cheiro forte dessa planta”. Ela insistia: “E?”. “Só”, eu respondia à desolada senhora. Eu sentira o cheiro e imaginara a luz. Foi minha experiência xamânica. Na verdade, é minha experiência de vida. As coisas são no limite do que existem, sem energias ou algo muito mais denso escondido pelo véu do discurso. Onde alguns descrevem alguém de “energia pesada”, eu vejo um chato agressivo. Não há uma “aura”, apenas frases desagradáveis ou reclamações incessantes. Onde identificam “vampiros de energia” eu vejo alguém irritante. Seria a mesma coisa? Volto ao que eu sinto (sem fazer disso uma definição de valor universal): as coisas são no limite do que existem. Dou a elas sentido, simbolismo, signos aleatórios e que dependem da minha imaginação, sem “energia”. Essa é imensa solidão da consciência, ou, ao menos, da minha consciência. Uma boa semana para todos.

(KARNAL, Leandro. Sentido maior. O Estado de São Paulo, São Paulo,
19/01/2020. Caderno 2, p. C2.)
Em todos os campos, inúmeras pessoas ao meu redor falam de uma densidade maior atrás do simples discurso ou do sentimento imediato.” (2º§) Nesse trecho, a vírgula:
Alternativas
Q1811495 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão. 


(Disponível em: https://www.revistavidaesaude.com.br/agua-para-os-musculos/ - texto adaptado
especialmente para esta prova.)

Quais sinais de pontuação substituem corretamente as figuras nas linhas 02 e 03, respectivamente?
Alternativas
Q1811427 Português

Texto para responder à questão.

Carta aberta a Lourenço Diaféria* 


Dom Lourenço:

    Sou um assíduo leitor. Leio tudo e continuamente. No banheiro, no ônibus, no quintal, na calçada; de madrugada, tarde, noite; livros, livretos, folhetins, revistas, cartazes, pichações, jornais, jornalecos, folhas soltas, propagandas, guias telefônicos, bulas, portas de banheiro e até uma ou outra palma da mão.

Sou um leitor. 

    Sou um leitor por imagem refletida, como num espelho ou numa montanha de ecos, pois o que eu queria mesmo era ser escritor. Vã esperança. Louco sonho. Não fui ou não aconteci, como se diz agora. Daí virei leitor; não virei, nasci leitor... Mas, desgraça minha – ou sorte –, não sou um leitor técnico, erudito, de análise. Não, não consigo sequer desvendar normas gramaticais, estilos, influências... Dir-se- -ia leitor cru? E como não bastasse: gringo, estrangeiro, Tupac-Amaru. Sou apenas um glutão de imagens, sentimentos, emoções e vibrações. Sou um leitor de nó na garganta e lágrimas fáceis. Sinto nas palavras, por outros escritas, aquilo tudo que está dentro de mim, que queria expressar e não consigo; que sinto e não sei transmitir.

    Ah! Dom Lourenço... É a mesma coisa que ter um balão dentro da gente que vai enchendo de emoções, emoções, emoções, pronto a explodir, e, quando acontece, estoura o peito e espalha aquelas palavras todas – imagens e sentimentos – salpicando todos em volta, pintando-os todos multicolores, floridos, irmanando-os, tornando os homens mais humanos, mais compreensivos, mais amigos, mais altos, mais nobres e mais puros. 

    Sou um leitor. E como tal tenho um aferido e aguçado “sentimentômetro” de revoluções mil, de pique e médias, de luzes amarelas, verdes e vermelhas. E meu particular aparelho de medir sentimentos há muito não acusava pressão máxima. Há muito eu não sentia a faixa vermelha, o assobio estridente, a pulsação acelerada, o lacre de segurança quebrado, que anuncia próxima e inadiável explosão. Mas ao ler Morte sem colete o aparelho funcionou e senti em mim a caldeira de pressão, o rio sem barragem, a sombra fresca, cântaro na fonte, grito de liberdade, toque de recolher, queda e consciência... 

    Gracias, muchas gracias, por nos tornarmos irmãos no sentir e transmitir.

    *Lourenço Carlos Diaféria foi um contista, cronista e jornalista brasileiro.

(MEYER, Luís Aberto. In: Magistrando a Língua Portuguesa: literatura brasileira, redação, gramática, metodologia do ensino e literatura infantil. Rose Sordi. São Paulo: Moderna, 1991.)


Está preservada a correção gramatical e semântica na reescrita proposta para o segmento destacado em:
Alternativas
Q1811312 Português
    Eu gosto de observar as pessoas em seus trabalhos e ocupações. Uma das coisas que mais me deixa feliz é ver o brilho no olhar e a forma entusiasmada das que trabalham com afinco. Quem no dia a dia do trabalho tem essa característica comumente consegue se destacar, crescer, subir na carreira e o mais importante, é lembrado por muito tempo pelas pessoas com quem teve contato. 
    Sou professor há 12 anos e, ainda hoje, quando começa uma turma nova, me dá um certo frio na barriga e um pouco de nervosismo. E não se trata de insegurança, trata-se de valorização do trabalho. Na minha mente vem aquele desejo de passar uma boa impressão e ser cativante para os alunos. E isso dá um pouco de nervosismo. Também já escrevo na internet há pouco mais de 7 anos, e sempre antes de clicar no botão “publicar” eu leio atentamente o texto, reviso algumas palavras e ideias. Além disso, sempre me pergunto: “esse texto vai ajudar de alguma forma a quem for lê-lo? Esse texto vai despertar ideias e insights bacanas?”. Só depois de responder a elas de forma afirmativa é que o publico.
    Inúmeras vezes cheguei a escrever textos que estavam prestes a serem publicados e na última hora me veio a negativa para as perguntas formuladas há pouco. E sabe de uma coisa interessante? Esse exercício tem sido para mim como uma espécie de terapia, no qual expresso por escrito parte do que estou sentindo e que está me incomodando. Muitas vezes somos tentados a escrever sobre algo que esteja nos deixando tristes, chateados, irritados ou desesperançosos, etc. Porém, é preciso compreender que, em quase 100% dos casos, o que nos incomoda e chateia, para outras pessoas, pode ser exatamente o oposto, pode ser motivo de alegria e orgulho.
    Em 2019, uma obra magnífica da qual li alguns trechos se chama Crítica da razão pura, do filósofo alemão Immanuel Kant, e nesta obra ele aborda amplamente um conceito famoso seu que é o “imperativo categórico”. Sendo bem direto e objetivo, esse conceito diz: “age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”. Em outras palavras, se o que eu fizer puder ser feito por 100% das pessoas, maravilha, então trata-se de algo moralmente correto; se não puder ser feito por 100% das pessoas, é preciso pensar com mais cuidado, com mais cautela, com mais critério, buscando como objetivo que se torne algo universal.
    Eu passei a olhar para o meu dia a dia e para as minhas atitudes com um olhar bem mais ligado após estudar um pouco esse pensador tão revolucionário. Se você observar e ler com bastante atenção esse conceito, é possível fazer o link com a seguinte frase de Antonio Meneses: “quem não fica nervoso (antes de um desempenho) é porque não dá importância ao que faz”. O nervosismo é esse momento de autorreflexão, no qual você pensa na melhor maneira de atuar. Dessa forma, podemos atingir o que chamamos de excelência.
    Não a confunda com perfeccionismo, tudo bem? Pois excelência não tem nada a ver com perfeccionismo. Esta postura provém do medo de errar, do medo de falhar, de uma autoexigência que causa neuroses e adoecimentos. A excelência é quase um sinônimo do capricho, de um trabalho bem realizado. Mario Sergio Cortella costuma dizer isto aqui nas suas palestras, o que concordo em gênero, número e grau: “capricho é fazer o melhor com aquilo que se tem, enquanto não tem condições melhores para fazer melhor ainda”. Ou seja, é se utilizar dos recursos de que se dispõe, porém sempre nutrindo essa humildade de que pode ser melhor a cada dia.
    Eu quero ser a cada ano que passa um professor melhor, um escritor melhor, um psicanalista melhor. Mas, acima de tudo, uma pessoa melhor, que valoriza às amizades, o bom convívio com a família ou com os colegas de trabalho e por aí vai. Que este breve texto leve à reflexão sobre a importância de fazermos o melhor nas condições que temos no momento e sempre buscando um aperfeiçoamento. É normal ficar um pouco nervoso, e esse nervosismo é justamente o tempero que deixa especial e único o seu trabalho e atribuições.
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/quem-nao-fica-nervoso-antes-de-umdesempenho-e-porque-nao-da-importancia-ao-que-faz/. Acesso em: 30/01/2020.)
Sobre o excerto “Além disso, sempre me pergunto: ‘esse texto vai ajudar de alguma forma a quem for lê-lo?’ (2º§), considere as seguintes propostas de pontuação que preservam o sentido original da mensagem, sem deturpá-lo:
I. “Além disso, sempre me pergunto se esse texto vai ajudar de alguma forma a quem for lê-lo.” II. “Além disso, sempre me pergunto; esse texto vai ajudar de alguma forma a quem for lê-lo?” III. “Além disso, sempre me pergunto: esse texto vai ajudar de alguma forma a quem for lê-lo.”
É correto o que se propõe em
Alternativas
Q1811269 Português
Poluição visual: entenda seus impactos

    Poluição visual é o excesso de elementos visuais criados pelo homem que são espalhados, geralmente, em grandes cidades e que promovem certo desconforto visual e espacial. Esse tipo de poluição pode ser causado por anúncios, propagandas, placas, postes, fios elétricos, lixo, torres de telefone, entre outros.
    A poluição visual, que atua junto com a poluição luminosa, está muito presente nos grandes centros urbanos por conta da enorme quantidade de anúncios publicitários e sua não harmonia com o ambiente, desviando exageradamente a atenção dos habitantes.
    Além dos danos estéticos, este tipo de poluição pode ser perigoso para motoristas e outras pessoas. Um prédio feito de vidro pode refletir a luz do sol, criando uma poluição visual que obstrui a visão de quem guia veículos nas vias. Também os anúncios publicitários situados perto de malhas viárias podem distrair os motoristas enquanto dirigem, causando acidentes.
    Problemas como estresse e desconforto visual também estão relacionados com a poluição visual. Um estudo recente da Universidade A&M, do Texas, nos EUA, demonstrou como a poluição visual está relacionada a esses problemas. Depois de ter realizado situações estressantes, as pessoas estudadas utilizaram dois tipos de avenidas: uma em direção ao interior com poucos ou nenhum anúncio publicitário e a outra cheia de anúncios e demais elementos que são causas de poluição visual. Os níveis de estresse diminuíram rapidamente nos indivíduos que utilizaram o primeiro tipo de avenida, enquanto permaneceu alta naqueles que utilizaram o segundo tipo.
    Outros danos negativos do excesso de anúncios publicitários são o incentivo ao consumo, que pode gerar problemas, como obesidade, tabagismo, alcoolismo e o aumento de geração de resíduos (seja por conta do anúncio em si ou do descarte dos produtos oferecidos pela publicidade). [...]
    Aqui no Brasil é fácil perceber o impacto da poluição visual em épocas de eleições. Além do estresse e do incômodo gerados pela propaganda eleitoral, o peso ambiental da distribuição de panfletos com o número dos candidatos (o famoso “santinho”) é imenso. [...]
    Para inibir ou controlar esse tipo de poluição, uma possibilidade é criação de leis regulamentando o uso de anúncios publicitários, que são os principais causadores desse tipo de dano. Em São Paulo e em algumas outras cidades, houve a implantação de regulamentações, que ordenam a paisagem do município e visam equilibrar os elementos que compõem a paisagem urbana, restringindo a publicidade externa como outdoors, faixas, cartazes e totens.
(Poluição visual: entenda seus impactos. Texto adaptado. Disponível em: https://www.ecycle.com.br/2738-poluicao-visual.
Acesso em: 20/01/2019.)
No trecho “(...) restringindo a publicidade externa como outdoors, faixas, cartazes e totens.” (7º§), as vírgulas foram utilizadas para:
Alternativas
Q1810995 Português

Analise o trecho retirado do Texto:


“A frota de automóveis e motocicletas cresceu e o transporte individual, que parecia ser uma grande solução no século XX, passou a ser um problema atualmente...” (linhas 2 a 6).


Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE a regra pela qual as vírgulas foram empregadas no trecho apresentado.

Alternativas
Q1810623 Português
Leia o texto para responder a questão.

Em busca de engenheiros, Nubank faz sua primeira
aquisição
Fintech brasileira anuncia nesta segunda-feira a compra
da consultoria Plataformatec; segundo a cofundadora Cristina
Junqueira, time de 50 desenvolvedores vai reforçar setor na
startup afetado por mão de obra escassa no País
   A fintech brasileira Nubank anuncia nesta segundafeira, 6, a primeira aquisição de sua história: a consultoria Plataformatec, especializada em engenharia de software e metodologias ágeis. A partir desta data, o time de 50 profissionais da Plataformatec será integrado à equipe de desenvolvimento do Nubank, em notícia revelada com exclusividade ao Estado. Segundo Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, a aquisição se deve especialmente à qualidade do time da empresa – prática conhecida no mercado como “acqui-hiring” (aquisição por contratação, em tradução literal).
  “Nosso maior gargalo hoje é na área técnica e o time da Plataformatec já vinha prestando consultoria para nós há algum tempo, com um nível muito bom de talentos”, explica Cristina. Além do Nubank, a consultoria Plataformatec tinha clientes como a fintech Creditas, a corretora de investimentos Easynvest e a editora Abril. A empresa foi fundada em 2009, em São Paulo, por Marcelo Park.
   Segundo Cristina, o Nubank não descarta outras aquisições no futuro, mas este será um recurso utilizado criteriosamente pela startup. "Aquisição é ferramenta, não pode ser estratégia de negócios. Não adianta adquirir uma empresa que tenha um produto que não seja tão bom quanto o nosso", diz a executiva.
   [...]
Disponível em https://link.estadao.com.br/noticias/inovacao,em-busca-deengenheiros-nubank-faz-sua-primeira-aquisicao,70003146278
Assinale a alternativa correta sobre a pontuação do texto.
Alternativas
Q1810585 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


(Disponível em: https://www.revistavidaesaude.com.br/estilo-de-vida-na-gravidez/ - texto adaptado especialmente para esta prova.)
Qual sinal de pontuação substitui corretamente a figura da linha 03?
Alternativas
Q1810540 Português

Instrução: Leia o texto e responda à questão.

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 13/03/2020.) 

Sobre o emprego dos sinais de pontuação no texto, marque a afirmativa correta.
Alternativas
Q1810389 Português
Assinale a alternativa CORRETA com relação ao emprego da vírgula:
Alternativas
Q1810180 Português
Leia o Texto para responder a questão.

(Texto)


Sobre a pontuação empregada no Texto, assinale a alternativa CORRETA:
Alternativas
Respostas
1541: D
1542: C
1543: D
1544: A
1545: B
1546: B
1547: D
1548: D
1549: C
1550: D
1551: C
1552: B
1553: A
1554: C
1555: C
1556: C
1557: A
1558: C
1559: A
1560: A