Questões de Concurso Comentadas sobre uso da vírgula em português

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Q1802384 Português
Leia o texto abaixo de Walcyr Carrasco, Revista Veja Ed. 2668, e responda à questão.

    Início de ano é sempre assim: a gente faz promessas, ambiciona novidades. Como o ano só começa realmente depois do Carnaval, costumo aguardar até lá. Mas aí já é tarde: o ano ganhou seu ritmo e eu deixo as mudanças para o futuro. Em 2019 pensei no que realmente desejaria para este 2020. Há uma palavra que não me sai da cabeça: segurança. É claro que o país tem problemas de todo tipo. Mas a segurança toca no meu cotidiano diretamente. [...] Eu me admiro ver as pessoas convivendo com a violência como se fosse absolutamente normal. Uma amiga sai sempre com dois celulares. Um velho e um bom, escondido. O mais antigo é para, no caso de assalto, entregar ao ladrão. Já ouvi um conhecido dizer que o “meliante” foi legal, pois o deixou ficar com os documentos. Ou seja: o sujeito assalta, ameaça, mas é “legal”? Recentemente, um amigo fez aniversário. Tínhamos um evento, mas queríamos nos reunir depois das dez da noite. Foi difícil achar um restaurante: a maioria está fechando mais cedo. Em São Paulo, no centro, as mulheres andam agarradas às bolsas. O pior, porém, repito, é nossa atitude passiva. Nós nos acostumamos ao absurdo. [...].
    Há alguns anos, eu saía do Leblon e andava até o Arpoador pela praia. É uma boa e saudável distância. Não tenho mais coragem. Quero voltar a andar pelo calçadão sem medo. Se caminhar, realizarei meu segundo desejo de Ano Novo: perder a barriga. Mas quando? A falta de segurança mudou a minha vida. Sem dúvida, continuarei barrigudo.
Sobre sinais de pontuação presentes no texto, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q1802173 Português

Quantas vírgulas são necessárias na data:


Porto Belo 16 de janeiro de 1973.

Alternativas
Q1802063 Português
A questão se refere ao texto a seguir:

No mês em que Porto Belo comemora 187 anos, pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sexta-feira (04), novas próteses que lhes permitirão ouvir melhor. A aquisição foi realizada por meio do projeto Ouvir Mais, criado pelo Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde, e o investimento inicial foi de R$30 mil.
O Município podia adquirir anteriormente apenas um aparelho por mês, o que acabava deixando o paciente por mais tempo na fila de espera. A secretária de saúde Jainara Nordio explica que, em 2017, foi constatado pacientes na fila há mais de quatro anos, partindo daí a vontade de mudar esta realidade. "Desde que assumimos a gestão da Secretaria de Saúde e tivemos conhecimento da fila de espera para exames e aparelhos auditivos, tínhamos vontade de fazer algo a mais. A partir do trabalho de toda a equipe, surgiu o Projeto Ouvir Mais, que facilitou o processo e possibilitou a aquisição dos aparelhos auditivos" - explica a secretária.
Neste primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos auditivos. Os pacientes são avaliados pelos médicos das Unidades de Saúde e, se constatada a necessidade de aparelhos, são encaminhados para as clínicas credenciadas para novos exames e aquisição do aparelho. [...]

Disponível em: https://www.portobelo.sc.gov.br/noticias/index/ver/codNoticia/579582/codMapaItem/4326 Acesso em: em 07/out/2019 [adaptado]
As vírgulas usadas no trecho “pacientes com deficiência auditiva receberam, na última sexta-feira (04), novas próteses que os permitirão ouvir melhor.” serviram para separar:
Alternativas
Q1801352 Português
Instrução: Leia o texto e responda à questão.

Aulas de empatia fazem parte do currículo escolar na Dinamarca

   Desde 1993, o sistema educacional da Dinamarca inclui aulas obrigatórias de empatia. O Klassens tic, como é denominado, consiste em reservar uma hora por dia para que estudantes, entre 6 a 16 anos, trabalhem com três principais componentes: o afetivo, o cognitivo e os reguladores de emoções. Nesse período, os alunos dispõem de tempo para falar sobre seus problemas, que podem ser tanto pessoais quanto relacionados à escola. Evidenciando a importância da compreensão e do acolhimento, o professor e o restante da turma discutem e auxiliam qual a melhor maneira para resolvê-los. Esse momento é bastante significativo, pois se aprende sobre o respeito e a tolerância.
   De acordo com estudo realizado pelos psicólogos Iben Sandahl e Jessica Alexander, autores do livro “Crianças Dinamarquesas”, há duas formas que os dinamarqueses utilizam para ensinar empatia. A primeira é pelo trabalho em equipe. E cerca de 60% das tarefas escolares já realizam essa função. A segunda forma relaciona-se ao papel da escola que, ao invés de estimular a concorrência entre os colegas, adota um currículo para aprimorar o desenvolvimento das habilidades e dos talentos, além de incentivar as capacidades de cada um. Não há recompensas ou prêmios, o ensino se concentra em motivar o próprio aluno.
   Por isso, quando os pesquisadores afirmam que a educação é o segredo da felicidade, destacam que os vínculos de solidariedade e sistemas estabelecidos de cooperação são elementos primordiais para se alcançar bons resultados. Desse modo, pode-se pensar que a importância dada à educação, possivelmente, seja um dos fatores que colabore para que a Dinamarca permaneça na lista dos países mais felizes do mundo, conforme relatório da ONU.

(Disponível em: http://notaterapia.com.br. Acesso em: 14/03/2020.)
Sobre os recursos linguísticos que constroem a textualidade, analise as afirmativas.
I- Em Desde 1993, o sistema educacional da Dinamarca inclui aulas obrigatórias de empatia, o elemento coesivo em destaque estabelece uma relação temporal para a sentença. II- No trecho os alunos dispõem de tempo para falar sobre seus problemas, que podem ser tanto pessoais quanto relacionados à escola, o conectivo destacado assume valor semântico causal. III- Em Esse momento é bastante significativo, pois se aprende sobre o respeito e a tolerância, a vírgula é utilizada para separar duas orações. IV- No trecho E cerca de 60% das tarefas escolares já realizam essa função, o termo destacado é um exemplo de locução adverbial.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q1801118 Português
Instrução: Leia o texto abaixo de Walcyr Carrasco, Revista Veja Ed. 2668, e responda à questão.

    Início de ano é sempre assim: a gente faz promessas, ambiciona novidades. Como o ano só começa realmente depois do Carnaval, costumo aguardar até lá. Mas aí já é tarde: o ano ganhou seu ritmo e eu deixo as mudanças para o futuro. Em 2019 pensei no que realmente desejaria para este 2020. Há uma palavra que não me sai da cabeça: segurança. É claro que o país tem problemas de todo tipo. Mas a segurança toca no meu cotidiano diretamente. [...] Eu me admiro ver as pessoas convivendo com a violência como se fosse absolutamente normal. Uma amiga sai sempre com dois celulares. Um velho e um bom, escondido. O mais antigo é para, no caso de assalto, entregar ao ladrão. Já ouvi um conhecido dizer que o “meliante” foi legal, pois o deixou ficar com os documentos. Ou seja: o sujeito assalta, ameaça, mas é “legal”? Recentemente, um amigo fez aniversário. Tínhamos um evento, mas queríamos nos reunir depois das dez da noite. Foi difícil achar um restaurante: a maioria está fechando mais cedo. Em São Paulo, no centro, as mulheres andam agarradas às bolsas. O pior, porém, repito, é nossa atitude passiva. Nós nos acostumamos ao absurdo. [...]. 
    Há alguns anos, eu saía do Leblon e andava até o Arpoador pela praia. É uma boa e saudável distância. Não tenho mais coragem. Quero voltar a andar pelo calçadão sem medo. Se caminhar, realizarei meu segundo desejo de Ano Novo: perder a barriga. Mas quando? A falta de segurança mudou a minha vida. Sem dúvida, continuarei barrigudo.
Sobre sinais de pontuação presentes no texto, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q1801109 Português
    Os últimos anos já deixaram uma coisa muito clara para todo o mundo que está prestando atenção nas notícias, nas atitudes e na produção cultural de nosso tempo: nada mais será “estável”, a transformação será constante. Os mais variados aspectos do comportamento humano – da forma como você viaja às escolhas que faz com relação ao trabalho, à alimentação ou uso do próprio tempo – passarão por mudanças nem sempre fáceis de antecipar ou de compreender no primeiro momento. Mas há algumas evidências que já aparecem com contornos claros no horizonte.
    Uma delas é o envelhecimento da população mundial, e da brasileira em especial. Até 2031, teremos 43 milhões de pessoas com mais de 60 anos no Brasil. Pela primeira vez na história, haverá, em nosso país, mais avós do que netos. Mais idosos do que crianças e adolescentes. Diante desse cenário, é fundamental olhar para esse público com respeito e entender que o envelhecimento precisa ser melhor compreendido e, principalmente, tratado de forma mais digna e inteligente no Brasil. Infelizmente, num sinal claro de que temos muito que evoluir, a velhice ainda é vista em grande medida como uma fase de “descarte”. Por mais que continuem reinando no universo midiático expressões como “melhor idade” e imagens de casais de idosos sorridentes usando uniformes de paraquedismo para disfarçar e tentar produzir uma ideia infantil de uma “adolescência eterna”, o fato é que o último trecho das vidas de quem tem a benção de existir por mais tempo costuma ser bastante sofrido por aqui. Administra-se permanentemente um misto de ignorância, sofrimento, esquecimento e desatenção por parte de uma sociedade que, num inominável equívoco, se julga eterna, onisciente e dona da capacidade sobre-humana de se manter jovem e poderosa para sempre. [...]
(KAKINOFF, P. Revista Gol, agosto de 2019.)
A frase Pela primeira vez na história, haverá, em nosso país, mais avós do que netos. pode ser reescrita, sem problema gramatical, de várias maneiras. Em qual alternativa a reescrita apresenta problema quanto ao emprego da vírgula?
Alternativas
Q1800107 Português
TEXTO 01
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

A CRISE QUE ESTAMOS ESQUECENDO

(1º§) "Todos os indivíduos, não importa a conta bancária, profissão ou cor dos olhos, podem reverter esta outra crise: a do desrespeito geral que provoca violência física ou grosseria verbal em casa, no trabalho, no trânsito".
(2º§) O tema do momento é a crise financeira global. Eu aqui falo de outra, que atinge a todos nós, mas especialmente jovens e crianças: a violência contra professores e a grosseria no convívio em casa. Duas pontas da nossa sociedade se unem para produzir isso: falta de autoridade amorosa dos pais (e professores) e péssimo exemplo de autoridades e figuras públicas.
(3º§) Pais não sabem como resolver a má-criação dos pequenos e a insolência dos maiores. Crianças xingam os adultos, chutam a babá, a psicóloga, a pediatra. Adolescentes chegam de tromba junto do carro em que os aguardam pai ou mãe: entram sem olhar aquele que nem vira o rosto para eles. Cumprimento, sorriso, beijo? Nem pensar. Como será esse convívio na intimidade? Como funciona a comunicação entre pais e filhos? Nunca será idílica, isso é normal: crescer é também contestar. Mas poderíamos mudar as regras desse jogo: junto com afeto, deveriam vir regras, punições e recompensas. Que tal um pouco de carinho e respeito, de parte a parte? Para serem respeitados, pai e mãe devem impor alguma autoridade, fundamento da segurança dos filhos neste mundo difícil, marcando seus futuros relacionamentos pessoais e profissionais. Mal-amados, mal-ensinados, jovens abrem caminho às cotoveladas e aos pontapés.
(4º§) Mal pagos e pouco valorizados, professores se encolhem, permitindo abusos inimagináveis alguns anos atrás. Uma adolescente empurra a professora, que bate a cabeça na parede e sofre uma concussão. Um menininho chama a professora de "vadia", em aula. Professores levam xingações de pais e alunos, além de agressões físicas, cuspidas, facadas, empurrões. Cresce o número de mestres que desistem da profissão: pudera. Em escolas e universidades, estudantes falam alto, usam o celular, entram e saem da sala enquanto alguém trabalha para o bem desses que o tratam como um funcionário subalterno. Onde aprenderam isso, se não, em primeira instância, em casa? O que aconteceu conosco? Que trogloditas somos - e produzimos -, que maltrapilhos emocionais estamos nos tornando, como preparamos a nova geração para a vida real, que não é benevolente nem dobra sua espinha aos nossos gritos? Obviamente não é assim por toda parte, nem os pais e mestres são responsáveis por tudo isso, mas é urgente parar para pensar.
(5º§) Na outra ponta, temos o espetáculo deprimente dos escândalos públicos e da impunidade reinante. Um Senado que não tem lugar para seus milhares de funcionários usarem computador ao mesmo tempo, e nem sabia quantos diretores tinha: 180 ou trinta? Autoridades que incitam ao preconceito racial e ao ódio de classes? Governos bons são caluniados, os piores são prestigiados. Não cedemos ao adversário nem o bem que ele faz: que importa o bem, se queremos o poder? Guerra civil nas ruas, escolas e hospitais precários, instituições moralmente falidas, famílias desorientadas, moradias sub-humanas, prisões onde não criaríamos porcos.
(6º§) Que profunda e triste impressão, sobretudo nos mais simples e desinformados e naqueles que ainda estão em formação. Jovens e adultos reagem a isso com agressividade ou alienação em todos os níveis de relacionamento. O tema "violência em casa e na escola" começa a ser tratado em congressos, seminários, entre psicólogos e educadores. Não vi ainda ações eficazes.
(7º§) Sem moralismo (diferente de moralidade) nem discursos pomposos ou populistas, pode-se mudar uma situação que se alastra - ou vamos adoecer disso que nos enoja. Quase todos os países foram responsáveis pela gravíssima crise financeira mundial. Todos os indivíduos, não importa a conta bancária, profissão ou cor dos olhos, podem reverter esta outra crise: a do desrespeito geral que provoca violência física ou grosseria verbal em casa, no trabalho, no trânsito. Cada um de nós pode escolher entre ignorar e transformar. Melhor promover a sério e urgentemente uma nova moralidade, ou fingimos nada ver, e nos abancamos em definitivo na pocilga.

(Lya Luft é escritora - Fonte: Revista Veja)
Marque o parágrafo cuja vírgula inicial da primeira oração separa expressão espacial anteposta ao sujeito desinencial ou elíptico.
Alternativas
Q1799363 Português
TEXTO 01
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

ESCOLHA O SEU SONHO

(1º§) Devíamos poder preparar os nossos sonhos como os artistas, as suas composições. Com a matéria sutil da noite e da nossa alma, devíamos poder construir essas pequenas obras-primas incomunicáveis, que, ainda menos que a rosa, duram apenas o instante em que vão sendo sonhadas, e logo se apagam sem outro vestígio que a nossa memória.
(2º§) Assim, tudo seria como quem resolve uma viagem. Portanto, devíamos poder escolher essas excursões sem veículos nem companhia - por mares, grutas, neves, montanhas, e até pelos astros, onde moram desde sempre heróis e deuses de todas as mitologias, e os fabulosos animais do Zodíaco. E estaríamos abstraindo de um mundo de problemas, contemplando sempre a nossa imaginação.
(3º§) Devíamos, à vontade, passear pelas margens do Paraíba, lá onde suas espumas crespas correm com o luar por entre as pedras, ao mesmo tempo cantando e chorando. - Ou habitar uma tarde prateada de Florença, e ir sorrindo para cada estátua dos palácios e das ruas, como quem saúda muitas famílias de mármore... - Ou contemplar nos Açores hortênsias da altura de uma casa, lago de duas cores, e cestos de vime nascendo entre fontes, com águas frias de um lado e, do outro, quentes... - Ou chegar a Ouro Preto e continuar a ouvir aquela menina que estuda piano há duzentos anos, hesitante e invisível - enquanto o cavalo branco escolhe, de olhos baixos, o trevo de quatro folhas que vai comer...
(4º§) Quantos lugares, meu Deus, para essas excursões! Lugares recordados ou apenas imaginados. Campos orientais atravessados por nuvens de pavões. Ruas amarelas de pó, amarelas de sol, onde os camelos de perfil de gôndola estacionam, com seus carros. Avenidas cor-de-rosa, por onde cavalinhos emplumados, de rosa na testa e colar ao pescoço, conduzem leves e elegantes coches policromos... E lugares inventados, feitos ao nosso gosto; jardins no meio do mar; pianos brancos que tocam sozinhos; livros que se desarmam, transformados em música... Rios que vão subindo por cima das ilhas... meninos transparentes, que deixam ver a luz do sol do outro lado do corpo... gente com cabeça de pássaro... flechas voando atrás de sombras velozes... moças que se transformam em guaribas... canoas... serras... bando de beija-flores e borboletas que trazem mel para a criança que tem fome e a levantam em suas asas... 
(5º§) Devíamos poder sonhar com as criaturas que nunca vimos e gostaríamos de ter visto: Alexandre, o Grande; São João Batista; o Rei Davi, a cantar; o Príncipe Gautama. Este vultos foram notáveis para toda a humanidade, logo, merecem ser lembrados em nossos sonhos!!!
(6º§) E sonhar com os que amamos e conhecemos, e estão perto ou longe, vivos ou mortos... Sonhar com eles no seu melhor momento, quando foram mais merecedores de amor imortal. Você pode e dever ser sonhador, assim sendo, deve merecer bons sonhos.
(7º§) Ah! Sabemos que sonhar faz parte da vida, portanto sonhe, sonhe e sonhe sempre. Valorize o que aparece no seu sonho. A propósito, você gostaria de sonhar o que esta noite?

(Cecília Meireles)
Sobre os componentes linguísticos estruturais do (7º§), marque a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1799239 Português
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
A correção gramatical do texto seria mantida caso a vírgula empregada logo após “mudou” (ℓ.4) fosse suprimida.
Alternativas
Q1798024 Português
Chore e lute, filha.

  Dentre as tantas lições que recebi e recebo de minha mãe, considero duas primordiais: chore sempre que quiser chorar, filha. Lute mesmo quando não quiser lutar, filha.
Sou filha de uma virginiana de origem germânica, regras rígidas, poucas palavras. Mas não houve uma única vez em que ela tenha me mandado engolir o choro, como tanto se ouve por aí. Pelo contrário, ela dizia, com sua escassa e preciosa doçura: “O choro é o xixi do coração, filha. Tem que deixar que ele saia”. Aprendi a obedecer (porque não lhe obedecer segue sendo o erro mais certo de todos) e choro invariavelmente, abandonando constrangimentos e preocupação com olhares de terceiros.
   Sobre a luta, ela nunca verbalizou. Preferiu, nesse caso, ser apenas um exemplo permanente. Por vezes, soltava frases duras como “Segure isso pelo chifre”, “Mostre para o cavalo quem é o cavaleiro aqui”, “Segure as rédeas da sua vida ou ela vai para onde quiser”, “Mantenha só na sua mão a chave da sua felicidade”, ou ainda “Deus nunca nos dá um fardo mais pesado do que podemos aguentar”. As frases ficaram como marcas, mas, no fundo, sempre bastou observá-la, no presente e no passado corajoso.
   Sua luta nunca foi barulhenta. Olhares. Gestos. Frases curtas em tom de voz sereno e firme. Longas cartas manuscritas. Venho, há anos, aprendendo nesse treinamento inconsciente a duelar sem armas, a gritar sem som, a intimidar com os olhos e a romper sem cortes.
   Nunca a vi abandonar ideais, relativizar princípios ou tolerar afrontas. Sempre a vi lutar pelo que acredita e, sobretudo, por aqueles em quem acredita. Sempre a vi continuar acreditando, embora com os olhos um pouco inchados, de quem chorou por meia dúzia de minutos atrás da necessária porta do banheiro (porque filhos podem chorar no seu colo, mas ela, mãe germânica, chora sozinha).
   Um dia ela me disse, em tom de confidência, que me achava muito corajosa. Eu quis, com todas as minhas forças, acreditar nesse elogio com o qual nunca nem ousaria sonhar. Ainda não acredito. Ainda me julgo borboleta, cheia de cores, leve, superficial e frágil. Ainda me tornarei como ela: árvore, raiz, tronco, verde e vida.
   Por enquanto, em tempos estranhos, em campo minado, em terreno incerto, em pedras falsas e em total incerteza na vida, sigo no choro sincero, sigo na luta honesta. Sigo por mim, por ela, por tantos. Porque, como dizem por aí, luto só me serve se for verbo. E assim seguimos caminhando.

(MANUS,Ruth. Um dia ainda vamos rir de tudo isso. p. 67/68.).
Em: “(porque filhos podem chorar no seu colo, mas ela, mãe germânica, chora sozinha)”. Sobre a pontuação do fragmento, é incorreto afirmar:
Alternativas
Q1797859 Português

Leia o texto para responder a questão.


Quer empreender? Estes são os primeiros passos para abrir um negócio

Em entrevista exclusiva, subsecretária de empreendedorismo e pequenas e

médias empresas de São Paulo explica os primeiros passos começar um negócio

Por Juliana Américo


        Em 2020, o Brasil deve atingir o seu maior patamar de novos empreendedores. Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), aproximadamente 25% da população adulta estará envolvida na abertura de um novo negócio ou em empresas com até 3 anos e meio de atividade.

        Parte destas novas empresas que estão surgindo são impulsionadas pela crise do coronavírus. Com 12, 7 milhões de pessoas desempregadas, de acordo com os dados de maio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o empreendedorismo se torna uma alternativa de renda.  

        No entanto, Jandaraci Araújo, subsecretaria de empreendedorismo e médias empresas do estado de São Paulo e primeira mulher a ocupar o cargo de diretora executiva na área de Finanças do Banco do Povo Paulista, lembra que empreender, principalmente em momentos de crise, demanda atenção. “Empreender nunca foi fácil e empreender no Brasil sempre foi algo complicado por causa da burocracia e dificuldades em abrir uma empresa. Hoje, a gente tem mais um obstáculo que é uma questão que independe de instituições, um elemento exógeno e que a gente tem que aprender a lidar”.

        Jandaraci nasceu na Bahia, mas se mudou para o Rio de Janeiro no final dos anos 90 para fugir de um relacionamento violento e podem dar mais oportunidades para as filhas. Apesar de, na época, ter formação tecnóloga de metalmecânica e administração, ela não conseguia emprego. A solução foi começar a vender salgados na porta de uma universidade. “Um professor que sempre comprava comigo um dia perguntou sobre minha história e conversamos. No dia seguinte, ele me deu seu cartão e pediu que procurasse uma de suas gerentes. Cinco dias depois, comecei a trabalhar na rede do Pão de Açúcar. Fiz minha carreira lá.” Ela também é a conselheira da Women in Leadership in Latin America (WILL), ONG voltada para o empoderamento feminino nas organizações, é voluntária no Grupo Mulheres do Brasil e coordena o programa Empreenda Rápido, que promove capacitação empreendedora, formalização e microcrédito. 

        A empreendedora ainda lembra que para um negócio ter sucesso, é preciso sim estar atento às tendências de mercado, mas também ser criativo. “Tem aquele grupo de empreendedores tipo o peixe rêmora, que sai seguindo os tubarões. Ele não constrói nada, porque toda hora está mudando o negócio para alguma coisa que está em alta”, explica.


Disponível em https://vocesa.abril.com.br/empreendedorismo

/dicas-para-quem-quer-comecar-a-empreender/

Analise as vírgulas do último período do último parágrafo e assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1797474 Português

A questão desta prova se relaciona a fatos da cultura popular brasileira; o texto foi particularmente aproveitado para questão de compreensão e interpretação de texto e para a verificação da competência de escrita culta em nossa língua.


Texto 4 – A Quadrilha

“A quadrilha, também conhecida como quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha matuta é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que acontecem, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil, principalmente no Nordeste. Por isso, as apresentações de quadrilha fazem referências a cultura nordestina, por exemplo, a caracterização do homem do campo, do caipira ou do matuto.

No entanto, a quadrilha é de origem francesa. Dessa forma, a ‘quadrille’ surgiu em Paris, no século XVIII. Ademais, era uma dança de salão composta por quatro casais, no entanto, era uma dança da elite europeia. Antes de chegar à França, a dança pertencia aos ingleses, onde era conhecida como ‘contredanse’, cuja origem vinha dos camponeses no século XIII. Depois, se difundiu por toda Europa.

Em suma, foi trazida ao Brasil, para a cidade do Rio de Janeiro durante o período da Regência, em 1830, logo, se popularizando em todo o país.” (Segredos do Mundo, 01/04/2021. Adaptado)

No primeiro parágrafo do texto 4 há uma série de incorreções gramaticais e textuais. Em cada opção abaixo foi corrigida uma dessas imperfeições; aquela em que foi feita uma correção indevida é:
Alternativas
Q1796664 Português
Na frase "Que é que você troxe na marmita, Dito?", o emprego das vírgulas é justificado por isolar/destacar:
Alternativas
Q1796656 Português
Leia o trecho a seguir e responda o que se pede:
"Em matéria de literatura, o Brasil é um país curioso. Parece ter mais autores que leitores, considerando o número de originais que, a cada mês, são remetidos a editores e concursos literários. Essa criatividade é um bom sinal, porém prejudicada pela inflação que obriga os editores a embutirem - no preço de capa - os dois ou três meses de retorno do dinheiro pago pelos livreiros. Assim, os livros ficam proibitivos; a população, mais ignorante; os editores, cautelosos na seleção do que publicar; e os autores, sem incentivo para produzir." (Adaptado de FREI BETTO. O brasileiro lê?. O Dia, 23 de mar. 2001.)
Observando o trecho, indique o sinal de pontuação responsável por separar partes de períodos que já apresentam divisões assinaladas por outro sinal de pontuação:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: CIESP Órgão: CIESP Prova: CIESP - 2021 - CIESP - Veterinário |
Q1795897 Português
Escolha a alternativa em que o texto é apresentado com a pontuação mais adequada:
Alternativas
Q1794862 Português
Assinale a alternativa que apresenta a frase pontuada conforme a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q1794391 Português
Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada corretamente, conforme a norma culta da língua portuguesa.
Alternativas
Q1794125 Português



Machado de Assis. Memórias Póstumas de
Brás Cubas. Internet: : <machado.mec.gov.br>.
Com relação ao emprego dos sinais de pontuação no texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1794029 Português

Internet:<https://super.abril.com.br/> (com adaptações).

Assinale a alternativa que apresenta a correta reescrita do trecho “É um mundo em que os adultos se preocupam mais em sobreviver do que em inovar” (linhas 25 e 26).
Alternativas
Q1793771 Português
TEXTO 01
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

A CRISE QUE ESTAMOS ESQUECENDO

(1º§) "Todos os indivíduos, não importa a conta bancária, profissão ou cor dos olhos, podem reverter esta outra crise: a do desrespeito geral que provoca violência física ou grosseria verbal em casa, no trabalho, no trânsito".
(2º§) O tema do momento é a crise financeira global. Eu aqui falo de outra, que atinge a todos nós, mas especialmente jovens e crianças: a violência contra professores e a grosseria no convívio em casa. Duas pontas da nossa sociedade se unem para produzir isso: falta de autoridade amorosa dos pais (e professores) e péssimo exemplo de autoridades e figuras públicas.
(3º§) Pais não sabem como resolver a má-criação dos pequenos e a insolência dos maiores. Crianças xingam os adultos, chutam a babá, a psicóloga, a pediatra. Adolescentes chegam de tromba junto do carro em que os aguardam pai ou mãe: entram sem olhar aquele que nem vira o rosto para eles. Cumprimento, sorriso, beijo? Nem pensar. Como será esse convívio na intimidade? Como funciona a comunicação entre pais e filhos? Nunca será idílica, isso é normal: crescer é também contestar. Mas poderíamos mudar as regras desse jogo: junto com afeto, deveriam vir regras, punições e recompensas. Que tal um pouco de carinho e respeito, de parte a parte? Para serem respeitados, pai e mãe devem impor alguma autoridade, fundamento da segurança dos filhos neste mundo difícil, marcando seus futuros relacionamentos pessoais e profissionais. Mal-amados, mal-ensinados, jovens abrem caminho às cotoveladas e aos pontapés.
(4º§) Mal pagos e pouco valorizados, professores se encolhem, permitindo abusos inimagináveis alguns anos atrás. Uma adolescente empurra a professora, que bate a cabeça na parede e sofre uma concussão. Um menininho chama a professora de "vadia", em aula. Professores levam xingações de pais e alunos, além de agressões físicas, cuspidas, facadas, empurrões. Cresce o número de mestres que desistem da profissão: pudera. Em escolas e universidades, estudantes falam alto, usam o celular, entram e saem da sala enquanto alguém trabalha para o bem desses que o tratam como um funcionário subalterno. Onde aprenderam isso, se não, em primeira instância, em casa? O que aconteceu conosco? Que trogloditas somos - e produzimos -, que maltrapilhos emocionais estamos nos tornando, como preparamos a nova geração para a vida real, que não é benevolente nem dobra sua espinha aos nossos gritos? Obviamente não é assim por toda parte, nem os pais e mestres são responsáveis por tudo isso, mas é urgente parar para pensar.
(5º§) Na outra ponta, temos o espetáculo deprimente dos escândalos públicos e da impunidade reinante. Um Senado que não tem lugar para seus milhares de funcionários usarem computador ao mesmo tempo, e nem sabia quantos diretores tinha: 180 ou trinta? Autoridades que incitam ao preconceito racial e ao ódio de classes? Governos bons são caluniados, os piores são prestigiados. Não cedemos ao adversário nem o bem que ele faz: que importa o bem, se queremos o poder? Guerra civil nas ruas, escolas e hospitais precários, instituições moralmente falidas, famílias desorientadas, moradias sub-humanas, prisões onde não criaríamos porcos.
(6º§) Que profunda e triste impressão, sobretudo nos mais simples e desinformados e naqueles que ainda estão em formação. Jovens e adultos reagem a isso com agressividade ou alienação em todos os níveis de relacionamento. O tema "violência em casa e na escola" começa a ser tratado em congressos, seminários, entre psicólogos e educadores. Não vi ainda ações eficazes. 
(7º§) Sem moralismo (diferente de moralidade) nem discursos pomposos ou populistas, pode-se mudar uma situação que se alastra - ou vamos adoecer disso que nos enoja. Quase todos os países foram responsáveis pela gravíssima crise financeira mundial. Todos os indivíduos, não importa a conta bancária, profissão ou cor dos olhos, podem reverter esta outra crise: a do desrespeito geral que provoca violência física ou grosseria verbal em casa, no trabalho, no trânsito. Cada um de nós pode escolher entre ignorar e transformar. Melhor promover a sério e urgentemente uma nova moralidade, ou fingimos nada ver, e nos abancamos em definitivo na pocilga.

(Lya Luft é escritora - Fonte: Revista Veja)
Marque o parágrafo cuja vírgula inicial da primeira oração do primeiro período separa informações antepostas ao sujeito simples explícito.
Alternativas
Respostas
1581: A
1582: C
1583: E
1584: B
1585: A
1586: B
1587: E
1588: D
1589: C
1590: B
1591: A
1592: C
1593: E
1594: E
1595: C
1596: E
1597: B
1598: C
1599: E
1600: C