Questões de Concurso
Sobre uso da vírgula em português
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O excerto contextualiza a questão. Leia-o atentamente.
O WhatsApp começou a disponibilizar em maior escala o recurso de esconder o “on-line” dos contatos. Agora, é possível escolher quem pode visualizar o status, e é possível configurar para quem ninguém tenha acesso. A liberação da função, oficializada em agosto, gerou comemorações nas redes sociais.
Para ocultar o status on-line, siga os seguintes passos:
1) Clique em Configurações;
2) Vá em Conta;
3) Depois, em Privacidade;
4) Clique em Visto por último e on-line.
Depois, é só selecionar quem pode acessar o Visto por último. As opções são: Todos, Meus contatos, Meus contatos, exceto ou Ninguém. Abaixo disso, ficam as configurações para o status on-line. É possível escolher Todos ou Mesmo que visto por último.
(Disponível em: https://www.estadao.com.br/link/whatsapp-usuarioscomemoram-recurso-que-esconde-status-on-line-saiba-como-usar/.
Adaptado.)
Acerca dos recursos coesivos utilizados em trechos do excerto, analise estas proposições.
I. Em “A liberação da função [...] gerou comemorações nas redes sociais.”, o termo “função” retoma o tema do texto, que é o novo recurso de configuração do statusdo WhatsApp.
II. Em “3) Depois, em Privacidade;”, a vírgula foi utilizada para indicar que, na estrutura da oração, o verbo está em elipse, já que ele pode ser facilmente identificável, na oração anterior.
III. Em “Abaixo disso, ficam as configurações para o status on-line.”, o pronome “isso”, fundido com a preposição “de”, faz referência a uma informação que ainda será dada no texto, portanto, exerce função catafórica.
Está correto o que se afirma apenas em
Analise as afirmativas sobre o uso correto da pontuação do excerto apresentado.
I. Para se ter uma pausa maior e poder respirar mais profundamente é que se usa o ponto final. Conclui-se que, para o uso do ponto final, não há necessidade de se ater a regras de uso dessa pontuação.
II. Na separação de sujeito do seu verbo em uma mesma oração é que utilizamos a vírgula, sendo esse o caso mais prototípico (recorrente), ela deve ser ignorada nos demais usos.
III. Para indicar uma breve pausa que antecede a citação, explicação ou enumeração é que se utiliza o sinal de dois-pontos.
Estão corretas as afirmativas:
Leia o texto para responder à questão.
Uma galinha
De acordo com Dr. José Augusto Nasser, ainda existe o mito de que uma criança com TDAH pode ser menos inteligente.
Assinale a opção correta quanto ao uso da nova
pontuação.
Assinale a opção que contenha a nova pontuação de forma correta.
O ato de ler
[...] A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, eu me senti levado – e até gostosamente – a “reler” momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo.
Ao ir escrevendo este texto, ia “tomando distância” dos diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha escolarização, foi a leitura da “palavramundo”.
A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em que me movia – e até onde não sou traído pela memória –, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, recrio, e revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós – à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores.
A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço – o sítio das avencas de minha mãe –, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi o meu primeiro mundo. Nele engatinhei, balbuciei, me pus de pé, andei, falei. Na verdade, aquele mundo especial se dava a mim como o mundo de minha atividade perceptiva, por isso mesmo como o mundo de minhas primeiras leituras. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto – em cuja percepção rio experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber – se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais.
(FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23. ed. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989. Fragmento.)
Como escrever bem
É possível melhorar o texto de alguém? William Zinsser acha que sim. No meio da década de 1970, ele decidiu transformar seu curso sobre escrita, emYale, em livro. Desde 1976, “Como escrever bem” influencia muita gente (On Writing Well. São Paulo: editora Fósforo, 2021. Tradução de Bernardo Ajzenberg).
O livro é claro e direto, sendo um exemplo em si das normas que ele debate. Um candidato a autor deve, ele diz logo à partida, evitar o excesso. Superar o defeito de muitas palavras! Cortar, eliminar a abundância desnecessária. Se o conselho já é bom para quem cultiva jornalismo nos EUA, imagine-se no Brasil, onde a tradição bacharelesca associou rebuscamento à erudição e à inteligência. O autor identifica, inclusive, expressões longas. Você imaginou a frase “perdeu totalmente a habilidade para” e seria melhor “não conseguiu”. Uma verdadeira “navalha de Ockam” da escrita: se há duas frases, a mais direta e simples é a melhor. Escrever é cortar.
Alguns conselhos são gramaticais: advérbios e adjetivos são, com frequência, dispensáveis. Os parágrafos devem ser curtos. Há diretrizes mais metodológicas: reescrever é aperfeiçoar a escrita. Todo escrito apresenta algum problema com o começo; aceite o entrave dos princípios. Outras são digressões sobre subjetividade e pessoalidade de um texto. Há muitas indicações preciosas que me fizeram pensar e repensar o ato de escrever.
O bom do livro é que apresenta capítulos específicos para entrevistas, depoimentos, histórias de família. Em alta nos EUA e ainda engatinhando por aqui, existem as histórias familiares. Ele oferece muitas indicações para quem se aventura nesse campo.
Não quero acrescentar mais indicações a tantas do livro de Zinsser. Volto ao tripé que já escrevi nas crônicas: a) estude gramática formal, inclusive para abandoná-la de quando em vez; b) leia muito; c) encontre sua voz escrevendo e corrigindo bastante. Nem o livro do norte-americano nem esta sabedoria curta tripartite vão garantir que surja uma Clarice Lispector em cada lar, mas, com certeza, todos nós poderemos escrever melhor. Nada garantirá um talento literário, mas tudo o que você puder fazer, seguindo bons textos, pode melhorar seu desempenho na escrita.
Encerro com um trecho lapidar do nosso autor: “Uma frase clara não é acidental. Poucas frases surgem prontas logo de cara, ou mesmo depois de duas ou três vezes. Lembre-se disso nos momentos de desespero. Se você acha difícil escrever, é porque é mesmo difícil”. Nunca perca a esperança de melhorar.
(Disponível em: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,como-escrever-bem,70004121858. Leandro Karnal. O Estado de São Paulo. Publicado em: 27/07/2022.)
Considere as construções a seguir:
I. “No meio da década de 1970, ele decidiu transformar seu curso sobre escrita [...]”.
II. “O livro é claro e direto, sendo um exemplo em si das normas que ele debate.”
III. “[...] imagine-se no Brasil, onde a tradição bacharelesca associou rebuscamento à erudição e à inteligência.”
A exclusão da vírgula altera o sentido do que se enuncia apenas em
Texto CG1A1
O capitalismo de vigilância é uma mutação do capitalismo da informação, o que nos coloca diante de um desafio civilizacional. As Big Techs — seguidas por outras firmas, laboratórios e governos — usam tecnologias da informação e comunicação (TIC) para expropriar a experiência humana, que se torna matéria-prima processada e mercantilizada como dados comportamentais. O usuário cede gratuitamente as suas informações ao concordar com termos de uso, utilizar serviços gratuitos ou, simplesmente, circular em espaços onde as máquinas estão presentes.
A condição para a emergência do capitalismo de vigilância foi a expansão das tecnologias digitais na vida cotidiana, dado o sucesso do modelo de personalização de alguns produtos no início dos anos 2000. No terço final do século XX, estavam criadas as condições para uma terceira modernidade, voltada a valores e expectativas dos indivíduos.
Outras circunstâncias foram ocasionais: o estouro da bolha da internet em 2000 e os ataques terroristas do 11 de setembro. A primeira provocou a retração dos investimentos nas startups, o que levou a Google a explorar comercialmente os dados dos usuários de seus serviços. Para se prevenir contra novos ataques, as autoridades norte-americanas tornaram-se ávidas de programas de monitoramento dos usuários da Internet e se associaram às empresas de tecnologia. Por sua vez, a Google passou a vender dados a empresas de outros setores, criando um mercado de comportamentos futuros. Assim, instaurou-se uma nova divisão do aprendizado entre os que controlam os meios de extração da mais-valia comportamental e os seus destinatários.
Ao se generalizar na sociedade e se aprofundar na vida cotidiana, o capitalismo de vigilância capturou e desviou o efeito democratizador da Internet, que abrira a todos o acesso à informação. Ele passou a elaborar instrumentos para modificar e conformar os nossos comportamentos.
Internet: < www.scielo.br> (com adaptações).
Texto para o item.
Eduardo Galeano. O torcedor. In: Futebol ao Sol e à Sombra. 2.ª edição.
Tradução de Eric Nepomuceno e Maria do Carmo Brito.
L&PM Editores, 2002.
Em relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.
Cada vírgula empregada na linha 5 poderia ser
substituída pelo sinal de ponto e vírgula, sem prejuízo
dos sentidos e da correção gramatical do texto.
Texto para o item.
Eduardo Galeano. O torcedor. In: Futebol ao Sol e à Sombra. 2.ª edição.
Tradução de Eric Nepomuceno e Maria do Carmo Brito.
L&PM Editores, 2002.
Em relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.
Em “nos roubaram outra vez, juiz ladrão” (linhas 28 e
29), a vírgula tem a finalidade de separar um vocativo.
Texto para o item.
Eduardo Galeano. O torcedor. In: Futebol ao Sol e à Sombra. 2.ª edição.
Tradução de Eric Nepomuceno e Maria do Carmo Brito.
L&PM Editores, 2002.
Em relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item.
A eliminação das vírgulas empregadas após
“torcedor” (linha 26) e “arquibancada” (linha 27) não
causaria incorreção gramatical, porém alteraria os
sentidos originais do texto.
Cada uma das vírgulas que isola o trecho “o hipódromo” (linha 20) poderia ser substituída por travessão, sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto.
Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.
Cristiane Guterres
Disponível em https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-xideal-de-beleza-o-conceito-que-aprisiona-geracoes-de-mulheres.htm
Acessado em 5/01/2022
Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos
participantes
Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.
Cristiane Guterres
Disponível em https://www.uol.com.br/universa/colunas/cris-guterres/2022/01/05/felicidade-xideal-de-beleza-o-conceito-que-aprisiona-geracoes-de-mulheres.htm
Acessado em 5/01/2022
Texto adaptado
* Beauty wash: banho de beleza
** Extreme makeover: programa do tipo reality show que consiste em reformar as residências dos
participantes