Questões de Português - Uso dos conectivos para Concurso

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Ano: 2014 Banca: MPE-RS Órgão: MPE-RS Prova: MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça |
Q443987 Português
Considere as seguintes propostas de substituição de palavras e expressão do texto e assinale com 1 aquelas que manteriam o significado do texto e com 2 aquelas que o alterariam.


( ) enquanto (l. 3) por ao passo que.
( ) até (l. 18) por inclusive.
( ) logo que (l. 23) por antes que.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Alternativas
Ano: 2014 Banca: MPE-RS Órgão: MPE-RS Prova: MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça |
Q443966 Português
Considerando-se a relação de sentido que o quinto e o sexto parágrafos do texto mantêm entre si, a expressão que mais adequadamente preenche a lacuna pontilhada da linha 38 é
Alternativas
Q443877 Português
Leia o texto para responder a questão.

Calor faz indústria suar para elevar ganho

O calor recorde do início do ano transformou o que seria
um início de ano morno em grandes oportunidades, sobretudo
para fabricantes de produtos sazonais. Mas a indústria foi pega
de surpresa e só quem tinha alguma estratégia de emergência
conseguiu aproveitar o aumento de demanda.
Os fabricantes de água atenderam aos pedidos extras com o
esquema que prepararam para a Copa. O desempenho de janeiro
elevou de 20% para 30% a previsão de expansão de vendas no
ano. “Até 45% de alta tudo bem. Se for mais do que isso, poderá
ser o caos. Faltarão embalagem e caminhão para transporte”, diz
Carlos Lancia, presidente da Abinam (Associação Brasileira da
Indústria de Água Mineral).
Entre os fabricantes de eletroeletrônicos, tem gente espe-
rando uma trégua no calor para dar um respiro na produção de
ventiladores. Na linha de produção da Qualitas, em Itapira (SP),
o volume de horas extras cresceu 40% e, ainda assim, o empre-
sário Paulo Stivalli não consegue atender a todos os pedidos de
ventiladores. “Cheguei ao meu limite e estou com dificuldade
para obter componentes”, diz o empresário, que estima vender
neste verão o que havia planejado para o ano inteiro. “É uma
tristeza deixar de aproveitar a oportunidade, mas não há mais
capacidade”.
(Mariana Marbosa, Ingrid Fagundes, Folha de S.Paulo, 16.02.2014. Adaptado)
A expressão destacada em – Na linha de produção da Qualitas, em Itapira (SP), o volume de horas extras cresceu 40% e, ainda assim, o empresário Paulo Stivalli não consegue atender a todos os pedidos de ventiladores. – pode ser corretamente substituída, sem alteração de sentido, por:
Alternativas
Q441081 Português
Texto 2 – Apologia de Sócrates

“O que vós, cidadãos atenienses, haveis sentido com o manejo dos meus acusadores, não sei; o certo é que eu, devido a eles, quase me esquecia de mim mesmo, tão persuasivos foram. Contudo, não disseram nada de verdadeiro. Mas, entre as muitas mentiras que divulgaram, uma, acima de todas, eu admiro: aquela pela qual disseram que deveis ter cuidado para não serdes enganados por mim, como homem hábil no falar.
Mas, então, não se envergonham disto, de que logo seriam desmentidos com fatos, quando eu me apresentasse diante de vós, de nenhum modo hábil orador? Essa me parece a sua maior imprudência se, todavia, denominam "hábil no falar" aquele que diz a verdade. Porque, se dizem exatamente isso, poderei confessar que sou orador, não porém à sua maneira.
Assim, pois, como acabei de dizer, pouco ou absolutamente nada disseram da verdade; mas, ao contrário, eu vo-la direi em toda a sua claridade. Contudo, por Zeus, não ouvireis, por certo, cidadãos atenienses, discursos enfeitados de locuções e de palavras, ou adornados como os deles, mas coisas ditas simplesmente com as palavras que me vierem à boca, pois estou certo de que é justo o que eu digo, e nenhum de vós espera outra coisa”.

“Assim, pois, como acabei de dizer, pouco ou absolutamente nada disseram da verdade; mas, ao contrário, eu vo-la direi em toda a sua claridade”.

Sobre os conectores desse segmento do texto 2, a afirmação correta é:
Alternativas
Q440312 Português
Pedro Pedreiro (Chico Buarque)

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando

Assim pensando o tempo passa e a gente vai ficando pra trás
Esperando, esperando, esperando
Esperando o sol, esperando o trem
Esperando aumento desde o ano passado para o mês que vem

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro espera o carnaval

E a sorte grande do bilhete pela federal todo mês
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol
Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem
Esperando a festa, esperando a sorte
E a mulher de Pedro, esperando um filho pra esperar também

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém

Pedro pedreiro tá esperando a morte
Ou esperando o dia de voltar pro Norte
Pedro não sabe, mas talvez no fundo
Espere alguma coisa mais linda que o mundo

(...)

Esperando a festa, esperando a sorte
Esperando a morte, esperando o Norte
Esperando o dia de esperar ninguém
Esperando enfim, nada mais além 
Da esperança aflita, bendita, infinita do apito de um trem

Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando o trem

Que já vem
Que já vem

(Disponível em http://letras.mus.br/)

A conjunção "mas", que aparece em destaque na letra da canção, introduz uma ideia de:
Alternativas
Q439722 Português
                           País precisa racionalizar consumo de eletricidade?

    Há previsão de chuvas para a maior parte das regiões do país nos próximos dias. Ainda assim, por força da longa estiagem que afetou o Sudeste e o Centro-Oeste, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) trabalha com uma estimativa de que no atual período úmido o volume de chuvas não ultrapasse 67% da média histórica nas áreas que abrigam os principais reservatórios das hidrelétricas.

    No Sudoeste, o volume de água acumulada nos reservatórios caiu para o mesmo patamar registrado em igual período em 2001 (34%), ano em que o país teve de recorrer a um programa de racionamento de eletricidade. Desde então muita coisa aconteceu para reduzir a necessidade de um novo racionamento.

    Linhas de transmissão foram instaladas, aumentando a capacidade de transferência de eletricidade de uma região para outra (em 2001, de fato, a energia que sobrava no Sul ou no Norte não pôde ser transferida para o Sudeste e o Nordeste). O parque gerador também recebeu considerável reforço de usinas termoelétricas e há uma crescente contribuição da energia eólica, ainda que em termos relativos essa participação não ultrapasse 1% da eletricidade consumida.

    Mas a verdade é que a oferta de energia depende agora dos humores de São Pedro. A hidroeletricidade responde por mais de 70% da capacidade de geração, e praticamente todas as novas usinas hidráulicas operam a fio d’água, ou seja, dependem da vazão dos rios. Se estivessem concluídas, as usinas de Jirau e Santo Antônio, no Madeira, e Belo Monte, no Xingu, poderiam estar operando a plena capacidade em face da grande cheia dos rios que as abastecem.

    Os reservatórios remanescentes não mais asseguram o suprimento de eletricidade do país por vários anos, e sim por meses.

    Em pleno período úmido, quando a ocorrência de chuvas abundantes ainda é possível, talvez não faça sentido a adoção já de um plano de racionamento de energia. Com a economia crescendo pouco, o racionamento precipitado poderia ter impacto negativo desnecessário sobre a produção, já debilitada por outros fatores. No entanto, como a situação dos reservatórios está em ponto crítico e a previsão de chuvas é incerta, o mínimo que se deveria esperar das autoridades seria um esforço em prol da racionalização do uso de energia, como primeira iniciativa. No passado, a população e os setores produtivos deram provas de que respondem com presteza aos estímulos à racionalização do consumo de eletricidade. E, se preciso for, todos estariam preparados para o racionamento, em um segundo momento.

    O que não pode é o governo ficar de braços cruzados, por causa do ano eleitoral, fingindo que não há qualquer risco de desabastecimento. Por causa de seus interesses políticos, o governo não deveria jogar com a sorte e expor a população a uma situação com consequências muito sérias se o país tiver de ser submetido, mais tarde, a um forte racionamento de energia.

                                                                                                                (Opinião, O Globo, 07/03/2014)
Assinale  a opção em que o  conectivo  “e”  tem  valor  adversativo  (oposição) e não aditivo (adição).
Alternativas
Q438201 Português
                                  Brasileiro bonzinho?

     Tempos atrás, num programa cômico de televisão, uma jovem americana radicada no Brasil, a cada comentário sobre violência ou malandragem neste país, pronunciava com muita graça: “Brasileiro bonzinho!”. E a gente se divertia. Hoje nos sentiríamos insultados, pois não somos bonzinhos nem sequer civilizados. O crime se tornou banal, a vida vale quase nada. Ser assaltado é quase natural - não só em bairros ditos perigosos ou nas grandes cidades, mas também no interior se perdeu a velha noção de bucolismo e segurança.

      Em São Paulo, só para dar um exemplo, os arrastões são tão comuns que em alguns restaurantes o cliente é recebido por dois ou quatro seguranças fortemente armados, com colete à prova de bala, que o acompanham olhando para os lados - atentos como em séries criminais americanas. Quem, nessas condições, ainda se arrisca a esta coisa tão normal e divertida, comer fora?

     Pessoas inocentes são chacinadas: vemos protestos, manifestações e choro, mas nada compensará o desespero das famílias ou pessoas destroçadas, cujo número não para de crescer. Morar em casa é considerado loucura, a não ser em alguns condomínios, e mesmo nesses o crime controla o porteiro, entra, rouba, maltrata, mata. Recomenda-se que moremos em edifícios: “mais seguros”, seria a ideia. Mas mesmo nos edifícios, nem pensar, a não ser com boa portaria, com porteiros preparados e instruídos para proteger dentro do possível nossos lares agora precários.

     Somos uma geração assustada, confinada, gradeada - parece sonho que há não tanto tempo fosse natural morar em casa, a casa não ter cerca, a meninada brincar na calçada; e não morávamos em ilhas longínquas de continentes remotos, mas aqui mesmo, em bairros de cidades normais. Éramos gente “normal”. Continua valendo a inacreditável lei de responsabilidade criminal só depois dos 18 anos. Jovens monstros, assassinos frios, sem remorso, drogados ou simplesmente psicopatas saem para matar e depois vão beber no bar, jogar na lan house, curtir o Facebook, com cara de bons meninos. Estamos em incrível atraso em relação a países civilizados. No Canadá, Holanda e outros, a idade limite é de 12 anos. No Brasil, assassinos de 17 anos, 11 meses e 29 dias são considerados incapazes... Estamos indefesos e apavorados.

                                                                      (Lya Luft. Revista Veja, 24 de abril de 2013. Adaptado)

Considere o seguinte trecho do 3.º parágrafo:

Pessoas inocentes são chacinadas: vemos protestos, manifestações e choro, mas nada compensará o desespero das famílias ou pessoas destroçadas, cujo número não para de crescer.

Assinale a alternativa que indica a relação que a conjunção em destaque estabelece com a oração anterior e por qual outra conjunção poderia ser substituída, sem alteração de sentido.
Alternativas
Q438043 Português
“Entretanto, nas dioceses, a frase provocará debates”.
Assinale a opção em que a reescritura dessa frase do texto, do ponto de vista gramatical, está incorreta.
Alternativas
Q438011 Português
    Um sistema integrado de transporte sobre trilhos é essencial em cidades de grande porte como São Paulo porque atende a demandas maiores, com velocidades mais altas e com regularidade, permitindo que os usuários planejem seus deslocamentos.

(Adaptado de: VASCONCELLOS, Eduardo Alcântara. Mobilida- de urbana: o que você precisa saber. São Paulo, Cia das Letras, 2013, formato ebook)

... permitindo que os usuários planejem seus deslocamentos. (final do texto)

Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido original, o elemento grifado acima pode ser substituído por:
Alternativas
Ano: 2013 Banca: CESGRANRIO Órgão: IBGE Provas: CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Todos os Cargos - Conhecimentos Básicos - Analista | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Todos os Cargos - Conhecimentos Básicos - Tecnologista | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Arquivologia | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Tecnologista - Estatística | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Análise e Desenvolvimento de Aplicações | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Suporte Operacional | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Recursos Humanos - Desenvolvimento de Pessoas | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Recursos Materiais e Logística | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Designer Institucional | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Orçamento e Finanças | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Planejamento e Gestão | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Suporte à Comunicação e Rede | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Ciências Contábeis | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Analista - Administração Escolar | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Tecnologista - Análise Agrícola | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Tecnologista - Análise Pecuária | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Tecnologista - Análise Socioeconômica | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Tecnologista - Cartografia | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Tecnologista - Edição de Vídeo | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Tecnologista - Geografia | CESGRANRIO - 2013 - IBGE - Tecnologista - Geoprocessamento |
Q437108 Português
Um exemplo do texto em que a palavra destacada estabelece sentido de hipótese está em:
Alternativas
Q437017 Português
A palavra Assim articula os dois primeiros períodos do terceiro parágrafo do Texto I.

No contexto, esse conector estabelece uma relação de causa e efeito entre um(a)
Alternativas
Q436354 Português
                                           Cafezinho

   Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café.

   Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:

   — Ele foi tomar café.

   A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir tomar um "cafezinho". Para quem espera nervosamente, esse "cafezinho" é qualquer coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de dizer:

   — Bem, cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho.

   Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e vago:

   — Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.

   Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar:  

   — Ele está? - alguém dará o nosso recado sem endereço. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado será o mesmo:

   — Ele disse que ia tomar um cafezinho...

   Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:

   — Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu
dele está aí...

   Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é não estar.

    Quando vier a grande hora de nosso destino nós teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho.

                                                                                                                                      (Rubem Braga)
"...teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café"; a forma da frase abaixo que não apresenta a ideia de finalidade é
Alternativas
Q436133 Português
Em relação às estruturas linguísticas do texto a seguir, assinale a opção correta.
Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Q435900 Português
As pessoas que cometem erros de português, ...... não dominam o idioma, passam de si a impressão de terem baixo nível cultural, ...... aquelas mal informadas que não leem, podendo, ......, colocar em dúvida a qualidade do próprio trabalho, ...... sejam especialistas em sua área de atuação ...... excelentes executivos.

As relações entre as ideias do período são corretamente estabelecidas, preenchendo-se as lacunas, respectivamente, com:
Alternativas
Q433521 Português
                                 Derrota da Censura 

      A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de aprovar em caráter conclusivo o projeto  que  autoriza  a divulgação  de  imagens,  escritos  e  informações  biográficas  de pessoas públicas pode ser um marco na história da liberdade de expressão no país. 
      Até  agora, o Brasil  vem  caminhando no obscurantismo no tocante  à  publicação  ou  filmagem  de  biografias. O  artigo  20  do Código  Civil  bate  de  frente  com  a  Constituição,  que  veta  a censura.  Só  informações  avalizadas pelo biografado ou pela  sua família  podem  ser  mostradas.  É  o  império  da  chapa  branca, cravado  numa  sociedade  que  caminha para  o  pluralismo,  a transparência, a troca de opiniões. 
      O brasileiro vê estupefato uma biografia de Roberto Carlos  sendo recolhida e queimada; biografias de Guimarães Rosa e Raul Seixas  sendo proibidas de  circular;  inúmeros  filmes  vetados por famílias que  se  julgam no direito de determinar o que pode ou não pode  ser dito  sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder  fazer em  relação  a  jornais,  rádios e televisão. 
      [....] O  projeto  aprovado  na  CCJ  abre  caminho  para  que  a sociedade  seja  amplamente  informada  sobre  seus  homens públicos,  seus  políticos,  seus  artistas, não  apenas  através  de denúncias,  mas  também  de  interpretações.  O  livro  publicado sobre Roberto Carlos era  laudatório; o mesmo  acontecia  com o documentário  de  Glauber  Rocha,  também proibido,  sobre  Di Cavalcanti. 
      [....]  A  alteração  votada  abre  um  leque  extraordinário  ao desenvolvimento  da  produção  cultural  neste  país.  Mais  livros serão  escritos,  mais  filmes  serão realizados,  mais  trajetórias políticas e artísticas serão debatidas.
 

                                                                   (Nelson HoineffO Globo, 11/04/2013)

“O projeto aprovado na CCJ abre caminho para que a sociedade seja amplamente informada sobre seus homens públicos, seus políticos, seus artistas, não apenas através de denúncias, mas também de interpretações.O livro publicado sobre Roberto Carlos era laudatório; o mesmo acontecia com o documentário de Glauber Rocha, também proibido, sobre Di Cavalcanti”.

Assinale a alternativa em que o valor semântico do conector sublinhado está indicado de forma correta.
Alternativas
Q433079 Português
                Muito além do ridículo (fragmento)

     "Certa vez, ante o espanto da opinião pública com a violência de uma rebelião de presos, o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu-se com esta: espantoso, mesmo, é que os detentos enjaulados em condições subumanas não estejam realizando mais motins pelo país afora.

     Lins era um humanista por excelência e sempre achou equivocada a política penitenciária. Não havia ironia no que disse. Com mais de 500 mil presos, o sistema atual tem capacidade para receber pouco mais de 300 mil. O que sobra fica amontoado em celas fétidas, sujeito à disseminação de doenças e, o que é pior, a mais violência. Como é possível imaginar que um ser humano se adapte a tais condições?

     Do outro lado dos muros das prisões, uma sociedade acuada pela escalada da violência urbana prefere imaginar que lugar de bandido é na cadeia, deixando o Estado à vontade para varrer a sujeira tapete abaixo. Construir presídios e dar tratamento digno ao preso não rendem votos. Punir, sim.

     Daí porque se discute tanto um novo Código Penal, como se fossem frouxas as 117 leis penais especiais e os 1.170 crimes tipificados de que dispomos. Inclusive trazendo de volta a ideia da maioridade penal, que na prática significa transformar menino em delinquente e sujeitá-lo à crueldade das prisões. Nada mais autoritário. O que a juventude precisa é de amparo, de oportunidade, de educação, e não de medidas que visem a puni-la.

     A sociedade não pode virar as costas ao drama dos presídios".

                                                                                                      (Marcus Vinicius Furtado)

Assinale o segmento em que a conjunção "E" tem valor de oposição e não de adição.
Alternativas
Q430142 Português
Com referência a ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item .

Mantém-se a correção gramatical do período e suas informações originais ao se substituir “porque” (l.3) por qualquer um dos termos a seguir: porquanto, já que, uma vez que, visto que.
Alternativas
Q429845 Português
Texto 2

Nós estávamos indo de carro de Porto Alegre para  Passo Fundo, onde se realizava mais uma Jornada de  Literatura. Seria uma viagem de quatro horas e tínhamos combinado que na metade do caminho pararíamos para comer pastéis.

Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do  Homem é pastel de beira de estrada. Existe mesmo
uma tese segundo a qual, quanto pior a aparência do  restaurante rodoviário, melhor o pastel. Mas já estávamos no meio do caminho e nenhum dos lugares avistados nos parecera promissor, pastelmente falando. Foi quando o motorista revelou que conhecia um  bom pastel. Nós talvez só não aprovássemos o local…  Destemidos, aceitamos sua sugestão, antecipando o  grau de sordidez do lugar e  a correspondente categoria do pastel. E o motorista parou num shopping center  que tem na estrada.

Não me lembro se a loja de pastéis tinha nome em  inglês. Podia bem se chamar “Pastel’s”, ou coisa parecida. A loja do lado provavelmente era da Benetton  e o shopping center podia ser em qualquer lugar do  mundo. Alguém que se materializasse ao nosso lado  e olhasse em volta não saberia em que país estava,  muito menos em que estado ou cidade.

Estávamos, na verdade, no grande e prático Estados  Unidos que se espalhou pelo mundo, e substituiu as  ruas e as estradas dos nossos hábitos pela conveniência ar-condicionada. E nada disto doeria tanto se  não fosse por um fato terrível: o pastel estava ótimo. Estamos perdidos.

VERISSIMO, Luis Fernando. A Mesa Voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 85-86. [Adaptado]
Considere a frase: 


“E nada disto doeria tanto se não fosse por um fato terrível: o pastel estava ótimo.” (quarto parágrafo, Texto 2) 

 
Analise as afirmativas abaixo:

 
1. a palavra sublinhada inicia uma oração que exprime a condição necessária para que se deixe de realizar o que se declara na primeira oração.
2. a expressão se não é uma locução conjuntiva porque equivale a uma conjunção.
3. de acordo com a norma culta, a expressão nada disso ao invés de nada disto estaria mais adequada ao contexto linguístico, porque se refere a uma situação previamente fornecida pelo texto.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q429037 Português

Texto 1


“Formação do Brasil no Atlântico Sul”: o leitor que  bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora  do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo histórico  que pretendo demonstrar nas páginas seguintes.

Nossa história colonial não se confunde com a  continuidade do nosso território colonial. Sempre se pensou o Brasil fora do Brasil, mas de maneira incompleta: o país aparece no prolongamento da Europa.  Ora, a ideia exposta neste livro é diferente e relativamente simples: a colonização portuguesa, fundada no  escravismo, deu lugar a um espaço econômico e social  bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul e uma zona de  reprodução de escravos centrada em Angola. Desde o final do século XVI, surge um espaço aterritorial,  um arquipélago lusófono composto dos enclaves da   América portuguesa e das feitorias de Angola. É daí  que emerge o Brasil do século XVIII. Não se trata, ao  longo dos capítulos, de estudar de forma comparativa as colônias portuguesas no Atlântico. O que se quer,  ao contrário, é mostrar como essas duas partes unidas  pelo oceano se complementam num só sistema de  exploração colonial cuja  singularidade ainda marca profundamente o Brasil contemporâneo.

[…] 

A propósito do modo de escrever, é preciso notar que  o território do historiador da Colônia deve abranger  toda a extensão da lusofonia, da documentação ultra-marina onde estão registrados os contatos entre as  culturas que nos formaram. Além do mais, numa cultura tradicionalmente oral como a nossa, um meio privilegiado de patentear a presença do passado consiste  em dar relevo à perenidade das palavras. Das palavras,  dos coloquialismos – ainda vivos agora – grafados nos  textos, na linguagem das estradas, das ruelas e das  praias brasileiras. Por isso, da leitura dos documentos e dos textos seiscentistas, retomei expressões que  encadeiam a narrativa das oito partes do livro.

ALANCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no 
Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. [prefácio]. 

Assinale a alternativa correta, considerando o texto 1.
Alternativas
Respostas
1321: B
1322: E
1323: C
1324: B
1325: E
1326: C
1327: C
1328: C
1329: A
1330: E
1331: B
1332: A
1333: D
1334: A
1335: D
1336: C
1337: D
1338: C
1339: C
1340: B