Questões de Português - Uso dos conectivos para Concurso

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Q2058645 Português

                                     

Acerca dos aspectos linguísticos do texto e das ideias nele expressas, julgue o item subsequente. 



O conectivo “Por isso” (linha 20), usado para relacionar o primeiro e o segundo período do último parágrafo, pode ser substituído por Posto que, mantendo-se o sentido original e a correção gramatical do texto.
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Q2058219 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão. 


Assinale a alternativa que NÃO pode completar as lacunas pontilhadas das linhas 34 e 39, respectivamente, sob pena de acarretar erro gramatical e incoerência.
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Q2058024 Português
A dermatologista Flávia Addor, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), entidade que[1] reúne os fabricantes, explica que[2], atualmente, os cremes capazes de barrar a luz visível miram apenas o rosto e foram desenvolvidos para[3] prevenir manchas e marcas do envelhecimento, duas consequências já conhecidas dessa espécie de radiação. “Quem usa é aquela pessoa que precisa tratar esse problema em particular”, nota.
No contexto em que surge, o elemento linguístico [3] é utilizado para
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Q2057901 Português
A luta solitária de uma jovem para salvar corais no Caribe


        Yassandra Marcela Barrios Castro conversa com um pequeno grupo de pescadores no litoral de Tierra Bomba, uma ilha próxima à costa de Cartagena, no norte da Colômbia. É a única mulher do grupo – e os homens, gesticulam freneticamente para ela. Mas a jovem de 19 anos permanece calma enquanto explica o quão destrutiva é a pesca com explosivos que eles praticam – tanto para os corais quanto para os habitantes da área.
       Os pescadores de Tierra Bomba usam dinamite para pescar ____ décadas – e é difícil para eles ouvir que estão agindo de maneira errada. Especialmente quando a crítica ______ de uma adolescente.
      “É muito fácil os homens me desvalorizarem por eu ser uma menina”, diz Yassandra. “E a idade é algo que é respeitado por aqui. Portanto, para uma jovem mulher se levantar e dizer que uma antiga tradição é errada e que está destruindo o oceano... não é tarefa fácil”, diz.
     Yassandra vive em Boca Chica, no litoral sul de Tierra Bomba. A ilha é rodeada de recifes de coral, e seus nove mil habitantes dependem maciçamente do oceano para se alimentar. Mas a pesca com explosivos e a de arrasto estão destruindo os ecossistemas que são fonte de renda para a comunidade.
      Muitos dos habitantes da ilha lutam para sobreviver, e há poucas oportunidades de educação. A bióloga Valéria Pizarro diz que isso dificulta o engajamento da população em questões ambientais.
     Isso faz com que Yassandra, que estuda Biologia Marinha na Universidade Sinu, em Cartagena, seja uma __________. “Quero saber o que está acontecendo nos oceanos de forma mais profunda”, afirma. “O curso me dá uma perspectiva diferente.
     ” Ela quer dividir o que aprende com aqueles que não tiveram a oportunidade de ter uma educação formal. Assim, organiza discussões na comunidade para fazer com que os habitantes locais se informem sobre as ameaças ambientais que enfrentam.
       “Estou tentando explicar que, se protegermos os recifes e o nosso oceano, mais pessoas virão para vê-lo, e isso pode trazer algum dinheiro para a nossa ilha”, raciocina. “E também, se destruirmos completamente os recifes, não teremos nada para pescar”, conclui.

https://www.dw.com... - adaptado.
Em relação ao trecho “Portanto, para uma jovem mulher se levantar e dizer que uma antiga tradição...” (terceiro parágrafo), a palavra sublinhada poderia ser substituída, sem alteração de sentido, EXCETO por:
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Q2057799 Português
O ambiente, que evoca uma Buenos Aires mais antiga, não era realmente o de um escritório, todavia ampla e ornamentada sala, de pé-direito alto, na biblioteca recém-renovada.
Christ, R. Os escritores: as históricas entrevistas da Paris Review. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.(adaptado)
Do ponto de vista semântico, é correto afirmar que o item destacado no trecho acima estabelece uma relação de
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Q2057352 Português

TEXTO 1 


Sozinhos na multidão: a solidão na era das redes sociais


Solidão. Essa parece ser uma palavra recorrente e uma constante no comportamento das pessoas no século XXI, o século em que o ser humano nunca esteve, teoricamente, mais conectado aos seus semelhantes em toda a sua história, através do mundo digital da Web e das redes sociais.

Por mais estranho que possa parecer, ao mesmo tempo em que a Internet abriu um mundo novo e revolucionou praticamente todas as formas conhecidas de relacionamento entre pessoas, comunidades e países, as pessoas nunca estiveram mais solitárias, e nunca foram registradas tantas ocorrências de doenças psíquicas, como os diversos transtornos de ansiedade, comportamentos compulsivos originados de quadros de carência afetiva aguda e fratura narcísica, além do impressionante aumento de queixas de depressão, nos mais diversos níveis.

Todos estão conectados, linkados e interligados aos outros através das redes sociais como Facebook, Google+ e outras muitas plataformas existentes com a mesma finalidade (teoricamente): aproximar pessoas. Entretanto, nunca estivemos tão distantes da conexão real entre as pessoas, seja afetiva ou socialmente. As pessoas hoje preferem passar mais tempo conectadas através do computador, tablet, celular ou qualquer outro dispositivo, móvel ou não, do que se encontrar fisicamente para poderem interagir no mundo real.

Pode-se ter uma medida disso ao se observar comportamentos de famílias em restaurantes, grupos de adolescentes no shopping, amigos/amigas/colegas de trabalho almoçando juntos. Chega a ser impressionante o tempo dedicado por todos aos seus dispositivos eletrônicos para envio de mensagens ou e-mails, acompanhar as atualizações feitas pelos seus respectivos “amigos” e conhecidos nas diversas redes sociais, ao invés de dedicar o mesmo tempo para tentar desenvolver algum tipo de interação ou de conexão afetiva real. No caso dos grupos de adolescentes esse fenômeno chega a ser mais impressionante (ou diria, talvez, mais preocupante). 

As crianças, ao invés de se relacionarem e brincarem umas com as outras, passam a interagir umas com as outras através de seus tablets e smartphones (dados por pais que não param para avaliar se os filhos já têm idade para serem expostos ao mundo digital desta forma), mandando mensagens (ao invés de conversarem ao vivo e a cores) entre si, jogando online. Com os adolescentes, a cena não é muito diferente: numa mesma mesa pode-se ver a interação sendo feita através de smartphones e tablets, com o envio de mensagens de um para o outro (ao invés de tentar simplesmente conversar), ou através das atualizações de suas respectivas atividades no “Face” (diminutivo de Facebook, porque dá muito trabalho falar Facebook, segundo esses adolescentes, cuja marca registrada é um imenso e constante cansaço).

A este panorama, de pessoas altamente conectadas com tudo e todos à sua volta e, por si só, bastante para desencadear a ansiedade e o aparecimento de neuroses diversas nessa sociedade global do século XXI, adicione-se o surgimento de uma sociedade em que nunca se viu um contingente tão grande de solitários e de laços afetivos tão fluidos e instáveis, a era do chamado “amor líquido”. Uma era em que é mais fácil deletar do que tentar resolver obstáculos e conflitos dentro dos relacionamentos, em que todos estão ligados a todo mundo, mas poucos conseguem estabelecer relações estáveis e saudáveis, seja do ponto de vista afetivo ou sexual.

Isso me leva a concluir que, neste novo mundo de relações digitais e fluidas, está se criando uma nova geração, na qual os relacionamentos virtuais – diferentes dos relacionamentos reais, pesados, lentos e confusos – são muito mais fáceis de entrar e sair; eles parecem inteligentes e limpos, fáceis de usar, compreender e manusear. Quando o interesse acaba, ou a situação chega a determinado ponto que exige pelo menos elaboração, sempre se pode apertar a tecla “delete”. Não sem consequências psíquicas ou com tanta leveza quanto aparenta, já que a modernidade não chega com essa velocidade ao psiquismo.

O que vemos é cada vez mais casos de pacientes com discursos fragmentados, ocorrências de dissociação de personalidade (um resultado nítido das alter personalidades tão usuais no mundo digital), quadros de carência afetiva aguda e comportamentos compulsivos diversos (muito provavelmente originados pelo abandono dos pais pós-modernos), além de transtornos de ansiedade e depressão, nos mais diversos níveis. Vivemos em um mundo onde as pessoas não só estão mais sozinhas, como estão deprimidas, ansiosas (todas buscando aceitação, acolhimento, conexões afetivas e amor), compulsivas e, paradoxalmente, conectadas com o mundo. Ou seja, ao contrário do ditado, não basta estar sozinho, mas sozinho, apesar de acompanhado.


Marcelo Bernstein. Disponível em: http://desacato.info/sozinhos-na-multidao-a-solidao-na-era-das-redes-sociais. Acesso em 16/04/2019.

Adaptado.


No 3º parágrafo, lemos: “Todos estão conectados, linkados e interligados aos outros através das redes sociais como Facebook, Google+ e outras muitas plataformas existentes com a mesma finalidade (teoricamente): aproximar pessoas. Entretanto, nunca estivemos tão distantes da conexão real entre as pessoas”. Com o termo destacado, o autor pretendeu:
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Q2057351 Português

TEXTO 1 


Sozinhos na multidão: a solidão na era das redes sociais


Solidão. Essa parece ser uma palavra recorrente e uma constante no comportamento das pessoas no século XXI, o século em que o ser humano nunca esteve, teoricamente, mais conectado aos seus semelhantes em toda a sua história, através do mundo digital da Web e das redes sociais.

Por mais estranho que possa parecer, ao mesmo tempo em que a Internet abriu um mundo novo e revolucionou praticamente todas as formas conhecidas de relacionamento entre pessoas, comunidades e países, as pessoas nunca estiveram mais solitárias, e nunca foram registradas tantas ocorrências de doenças psíquicas, como os diversos transtornos de ansiedade, comportamentos compulsivos originados de quadros de carência afetiva aguda e fratura narcísica, além do impressionante aumento de queixas de depressão, nos mais diversos níveis.

Todos estão conectados, linkados e interligados aos outros através das redes sociais como Facebook, Google+ e outras muitas plataformas existentes com a mesma finalidade (teoricamente): aproximar pessoas. Entretanto, nunca estivemos tão distantes da conexão real entre as pessoas, seja afetiva ou socialmente. As pessoas hoje preferem passar mais tempo conectadas através do computador, tablet, celular ou qualquer outro dispositivo, móvel ou não, do que se encontrar fisicamente para poderem interagir no mundo real.

Pode-se ter uma medida disso ao se observar comportamentos de famílias em restaurantes, grupos de adolescentes no shopping, amigos/amigas/colegas de trabalho almoçando juntos. Chega a ser impressionante o tempo dedicado por todos aos seus dispositivos eletrônicos para envio de mensagens ou e-mails, acompanhar as atualizações feitas pelos seus respectivos “amigos” e conhecidos nas diversas redes sociais, ao invés de dedicar o mesmo tempo para tentar desenvolver algum tipo de interação ou de conexão afetiva real. No caso dos grupos de adolescentes esse fenômeno chega a ser mais impressionante (ou diria, talvez, mais preocupante). 

As crianças, ao invés de se relacionarem e brincarem umas com as outras, passam a interagir umas com as outras através de seus tablets e smartphones (dados por pais que não param para avaliar se os filhos já têm idade para serem expostos ao mundo digital desta forma), mandando mensagens (ao invés de conversarem ao vivo e a cores) entre si, jogando online. Com os adolescentes, a cena não é muito diferente: numa mesma mesa pode-se ver a interação sendo feita através de smartphones e tablets, com o envio de mensagens de um para o outro (ao invés de tentar simplesmente conversar), ou através das atualizações de suas respectivas atividades no “Face” (diminutivo de Facebook, porque dá muito trabalho falar Facebook, segundo esses adolescentes, cuja marca registrada é um imenso e constante cansaço).

A este panorama, de pessoas altamente conectadas com tudo e todos à sua volta e, por si só, bastante para desencadear a ansiedade e o aparecimento de neuroses diversas nessa sociedade global do século XXI, adicione-se o surgimento de uma sociedade em que nunca se viu um contingente tão grande de solitários e de laços afetivos tão fluidos e instáveis, a era do chamado “amor líquido”. Uma era em que é mais fácil deletar do que tentar resolver obstáculos e conflitos dentro dos relacionamentos, em que todos estão ligados a todo mundo, mas poucos conseguem estabelecer relações estáveis e saudáveis, seja do ponto de vista afetivo ou sexual.

Isso me leva a concluir que, neste novo mundo de relações digitais e fluidas, está se criando uma nova geração, na qual os relacionamentos virtuais – diferentes dos relacionamentos reais, pesados, lentos e confusos – são muito mais fáceis de entrar e sair; eles parecem inteligentes e limpos, fáceis de usar, compreender e manusear. Quando o interesse acaba, ou a situação chega a determinado ponto que exige pelo menos elaboração, sempre se pode apertar a tecla “delete”. Não sem consequências psíquicas ou com tanta leveza quanto aparenta, já que a modernidade não chega com essa velocidade ao psiquismo.

O que vemos é cada vez mais casos de pacientes com discursos fragmentados, ocorrências de dissociação de personalidade (um resultado nítido das alter personalidades tão usuais no mundo digital), quadros de carência afetiva aguda e comportamentos compulsivos diversos (muito provavelmente originados pelo abandono dos pais pós-modernos), além de transtornos de ansiedade e depressão, nos mais diversos níveis. Vivemos em um mundo onde as pessoas não só estão mais sozinhas, como estão deprimidas, ansiosas (todas buscando aceitação, acolhimento, conexões afetivas e amor), compulsivas e, paradoxalmente, conectadas com o mundo. Ou seja, ao contrário do ditado, não basta estar sozinho, mas sozinho, apesar de acompanhado.


Marcelo Bernstein. Disponível em: http://desacato.info/sozinhos-na-multidao-a-solidao-na-era-das-redes-sociais. Acesso em 16/04/2019.

Adaptado.


Releia: “Vivemos em um mundo onde as pessoas não só estão mais sozinhas, como estão deprimidas, ansiosas [...] e, paradoxalmente, conectadas com o mundo.” Os segmentos destacados são indicativos de que, no trecho, o autor pretendeu estabelecer uma relação semântica de: 
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Q2056638 Português

Analise este post feito em uma rede social. 


Imagem associada para resolução da questão


Disponível em:<https://twitter.com/mec_comunicacao> . Acesso em: 17 maio 2019.



A expressão “mesmo que” dá a ideia de

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Q2055954 Português
Novo filme de super-herói israelense da Disney toca na ferida dos árabes

(...)

Sabra, a super-heroína israelense, fez inúmeras aparições nos quadrinhos da Marvel ao longo dos anos, estrelando ao lado de ícones como o Incrível Hulk, Homem de Ferro e os X-Men.

Mais de quarenta anos após a introdução de Sabra, a Marvel da Disney planeja trazê-la para o filme “Capitão América: Nova Ordem Mundial”, com lançamento previsto para 2024.

Isso criou um alvoroço entre aqueles que temem que reviver a personagem de Sabra espalharia estereótipos ofensivos sobre os árabes e a desumanização dos palestinos no cinema.

Os críticos dizem que muitos dos personagens árabes com os quais ela interagiu nos quadrinhos são mostrados como misóginos, antissemitas e violentos, e estão questionando se os retratos perturbadores dos árabes terão um desempenho diferente no filme.

“Essa história em quadrinhos não sugere nada de positivo sobre como este filme vai se desenrolar”, disse Yousef Munayyer, um escritor e analista palestino-americano baseado em Washington, D.C. “Todo o conceito” de transformar espiões israelenses em heróis “é insensível e vergonhoso”. (...)

Waleed F. Mahdi, autor de “Arab Americans in Film: From Hollywood and Egyptian Stereotypes to Self-Representation”, disse que a “aliança EUA-Israel” na narrativa cinematográfica desde a década de 1960 coloca as agências policiais e de inteligência americanas e israelenses como forças do bem “comprometidas em deter a violência que tem sido colocada principalmente como algo ligado a árabes e muçulmanos”.

“O anúncio da Marvel sobre adaptar a personagem de Sabra é um reflexo desse legado”, disse ele à CNN.

Um porta-voz da Marvel Studios disse à CNN que “os cineastas estão adotando uma nova abordagem com a personagem de Sabra, que foi introduzida pela primeira vez nos quadrinhos há mais de 40 anos”, acrescentando que os personagens do Universo Cinematográfico da Marvel “sempre são imaginados para a tela e o público de hoje”.

Mesmo assim alguns israelenses dizem que Sabra pode não ser uma super-heroína para nossos tempos. Etgar Keret, um autor israelense, roteirista e romancista gráfico, disse à CNN que a personagem original de Sabra foi criada em uma era diferente com uma “história simples e clara”.

“Esta Sabra foi criada antes de duas intifadas (revoltas palestinas), foi criada antes do fracasso dos Acordos de Oslo – foi criada em uma realidade e estado de espírito totalmente diferentes”, disse ele. “E agora […] é difícil manter esse tipo de ícone de simplicidade”. (...)

A personagem Sabra, da Marvel, foi criada antes do massacre de Sabra e Shatila (em 1982) e não tem relação com isso, mas o anúncio de trazê-la aos cinemas apenas uma semana antes do 40º aniversário do massacre tocou na ferida dos árabes, que acusam o estúdio de cinema de ser insensível a um dos eventos mais trágicos da história do povo palestino.

“Não está apenas no momento ou no nome, mas também no fato de que o massacre em si foi liderado por uma milícia ligada à Mossad em território sob controle militar israelense”, disse Munayyer.

“Dado tudo isso, é difícil não concluir que as pessoas da Marvel são abjetamente ignorantes sobre a região, sua história e a experiência palestina (...).

Embora Sabra não seja a primeira vez que a agência de inteligência de Israel recebe o bom tratamento de Hollywood, essa é a primeira vez que Mossad recebe um status sobrenatural ao nível de uma super-heroína de grande sucesso. Especialistas dizem que é uma vitória de relações públicas para a agência.

Avner Avraham, ex-oficial da Mossad e fundador da Spy Legends Agency, que presta consultoria para filmes e programas de TV retratando espiões israelenses, disse que o novo retrato ajudará uma geração mais jovem a aprender sobre a Mossad.

“Esta é a maneira ‘TikTok’, a maneira dos desenhos animados de conversar com a nova geração, e eles aprenderão sobre a palavra Mossad”, disse Avraham. “Isso ajuda o branding. Vai agregar um público diferente”. (...)

Uri Fink, um cartunista israelense que diz ter criado um personagem de super-herói israelense semelhante em 1978, teme, no entanto, que os “progressistas” que trabalham na Marvel possam transformar a agente israelense em um personagem negativo. “Eles não estão bem atualizados, não têm uma descrição exata do conflito israelensepalestino”, disse ele à CNN.

Avraham ecoou essa preocupação, especulando que ela pode ser retratada como uma personagem que faz o bem para Israel, mas “coisas ruins para outras pessoas”.

https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/ novo-filme-de-super-heroi-israelense-dadisney-toca-na-ferida-dos-arabes/ (Adaptado)
A conjunção destacada no fragmento “Embora Sabra não seja a primeira vez, (...)” (14º parágrafo), de acordo com seu sentido no contexto, poderia ser substituída pelos conectivos abaixo, com EXCEÇÃO da alternativa:
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Q2055791 Português
Considerar o texto I para responder a questão


   Texto I - Órfãos de Gabo

   Nenhum latino-americano escapou de se perguntar, um dia, se a América Latina de fato existe. Não aos olhos estrangeiros face aos quais uma estranheza nos irmana, mas aos nossos próprios olhos, quando nossas diferenças parecem irremediáveis. A cicatriz de Tordesilhas teria tornado o pertencimento latino-americano difícil para os brasileiros, não fora Gabriel García Márquez que, com sua literatura, apresentou a América Latina a seus filhos, transfigurada na força torrencial de seu imaginário. [...]
   A ficção de García Márquez transpira esse desejo de viver para contar essas mentiras que dizem a verdade sobre nossas sociedades, nossos países. Sua ficção não conta apenas o que uma sociedade é, mas o que ela gostaria de ser, não documenta somente vidas improváveis, mas também os demônios de uma época que não é feita só de gente de carne e osso, mas também de fantasmas. O fantasma das revoluções e seus comandantes, os caudilhos e anti-heróis, as guerras civis, as ditaduras militares, que assombram há mais de cem anos a solidão da América Latina...
 
  Rosiska Darcy de Oliveira. O Globo, 26/04/2014. Fragmento.Disponível
em: http://oglobo.globo.com/opiniao/orfaos-de-gabo12303064#ixzz33eONoeAp 
Na sequência “não documenta somente vidas improváveis, mas também os demônios de uma época”, há duas orações, entre as quais os conectores empregados estabelecem a seguinte relação lógica:
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Q2055707 Português
Muito se fala sobre as novidades introduzidas pelo Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) e pelo Novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015) no que diz respeito aos mecanismos mais ágeis disponíveis aos usuários da internet para reparar eventuais danos causados pelo uso indevido de imagem e divulgação de conteúdo inverídico, principalmente no âmbito das redes sociais. Dentre estas novidades, destaca-se a tutela antecipada requerida em caráter antecedente (artigo 403 do CPC de 15), por meio da qual é possível obter a cessação imediata da propagação de veiculação indevida da imagem do usuário sem o seu consentimento, o que permite, num segundo momento, após o conteúdo ter sido removido, requerer a indenização pelos danos morais e/ou materiais causados. [...]

Como o direito de imagem é irrenunciável, inalienável, intransmissível, porém disponível, sem a devida autorização/licença de uso de seu titular, não poderá um terceiro fazer uso de imagem que não seja a sua própria. No âmbito das relações havidas por meios eletrônicos, pode-se dizer que ninguém poderá publicar, em um provedor como Facebook ou Instagram, por exemplo, a imagem desautorizada de outro usuário. Não obstante, não é incomum que terceiros se utilizem da imagem desautorizada alheia e, por vezes meramente por desconhecimento da legislação vigente, cometam infrações passíveis de indenização, com reflexos também na esfera criminal.

(Disponível em: https://www.conjur.com.br/2017-fev-13/leis-recentes-facilitaram-remocao-uso-indevido-imagem-rede. Acesso em: 08/07/23). Fragmento.
Sobre recursos linguísticos e gramaticais usados nesse texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) No texto em análise, a intertextualidade se estabelece por meio da referência explicita ao texto fonte com o qual dialoga.
( ) Na frase Dentre estas novidades, destaca-se a tutela antecipada requerida em caráter antecedente, a forma verbal destaca-se concorda em número e pessoa com o sujeito a tutela.
( ) Em ... sem a devida autorização/licença de uso de seu titular, não poderá um terceiro fazer uso de imagem que não seja a sua própria, os adjetivos devida e própria concordam em número e gênero com os substantivos autorização e imagem, respectivamente.
( ) No trecho Não obstante, não é incomum que terceiros se utilizem da imagem desautorizada alheia, a locução Não obstante expressa valor concessivo.

Assinale a sequência correta.
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Q2055357 Português

                                             

No texto 1, podemos ler “Ah! Dirigindo e usando o celular!”, em relação ao sentido da conjunção ‘e’, a qual neste caso não indica adição, assinale a alternativa correta que marca seu uso.
Alternativas
Q2055356 Português

                                             

Observe o texto 1 e, a partir das afirmativas, assinale a alternativa que evidencia a relação de sentido.
I. O motorista foi multado por estar apenas dirigindo. II. O motorista foi multado por ter sido acusado de estar dirigindo embriagado. III. O motorista se espanta por não ter sido pego em flagrante ao usar o celular enquanto dirigia. IV. O motorista foi multado por usar o celular e dirigir ao mesmo tempo.
Alternativas
Q2054050 Português

                 

                                 

Considerando os aspectos linguísticos e semânticos do texto, julgue o item.


O “Mas” (linha 2) introduz uma oração coordenada adversativa e pode ser substituído por porém, sem alteração de sentido do texto.

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Q2053825 Português


. Rubem Alves. A pipoca

Internet: <https://seremrelacao.com.br>.

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2053824 Português


. Rubem Alves. A pipoca

Internet: <https://seremrelacao.com.br>.

As expressões “quando” (linha 1) e “Só que” (linha 4) estão empregadas no texto, respectivamente, com o sentido de
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Q2053042 Português

TEXTO I 


Retratando...


Somos todos frustrados neste mundo;

uns são mais, outros menos, mas ninguém 

pode gabar-se de não ter no fundo 

recalques, pois, de sobra, todos têm!


Um poço de mistérios, bem profundo, 

possui em seu recesso todo alguém...

Mas a tara só vem à luz, segundo 

o interesse animal que nos convém! 


Embuçado no véu da hipocrisia, 

ou preso a preconceitos, já sem fé, 

todo homem se empenha noite e dia, 


nessa inglória tarefa de querer

insistir em mostrar o que não é, 

e o que deseja, mas não pode ser! 


Rubens de Castro. Disponível em: <http://www.academiadeletrasmt.com.br/revista-aml/obras-digitalizadas/262-antologia-poetica-mato-grossense>


No texto, os elementos coesivos "mas" (1ª estrofe, verso 2), "pois" (1ª estrofe, verso 4), "segundo" (2ª estrofe, verso 3) e "ou" (3ª estrofe, verso 2) estabelecem relações entre as partes que integram. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a opção correta quanto a essas relações estabelecidas: 
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Q2051685 Português
Usou máscaras e cuidou dos outros? Isso é para você

Desde março de 2020 você tem se cuidado. Evitou sair sem necessidade, usou máscara até mesmo antes de ser obrigatório, praticou distanciamento social, protegeu colegas de trabalho e/ou funcionários. Não foi um período fácil. A você só tenho a dizer o seguinte: muito obrigada! Graças a você muitos de nós ficamos seguros, sem Covid19, sem chorar o sofrimento nem a morte de nenhum amor.

Não é pouca coisa, sabe? Claro que nesse período todo você deve ter se sentido pequeno, especialmente ao ver os números de contaminados e mortos aumentando todos os dias. Houve também o escárnio. Dos que não usam máscaras ou insistem em usá-las de forma inadequada. É um festival de máscara no queixo, com o nariz para fora. Gente que tira a máscara para falar ao telefone, para tossir, conversar de perto.

E o escárnio das autoridades, que nada fizeram para conter a epidemia de desinformação, para convencer as pessoas de que o simples ato de usar máscara corretamente salva vidas. Algumas até insistiram em minimizar a pandemia, desprezar os mortos, os doentes, a vacina.

Não foi fácil, né? Não está sendo fácil. A sensação é de estar nadando contra a maré, usando toda sua energia para dar braçada atrás de braçada sem sair do lugar. Mas você fez a coisa certa. Você gastou um dinheiro precioso em máscaras até para quem não queria usar. Migrou para a PFF2 quando isso passou a ser recomendado entre os especialistas, porque você lê os especialistas, aqueles de verdade, com mestrado, doutorado, Ph. D, e resistiu à tentação de se acomodar no conforto das mentiras convenientes.

Nesse mais de um ano você descobriu que não existe prêmio para quem faz a coisa certa. Pelo contrário, todo dia, toda hora, a decisão de se cuidar e cuidar dos outros enfrentou todo tipo de oposição, desde o familiar que insiste em visitas até o simples cansaço.

No entanto, saiba que nós vimos o que você fez e seremos eternamente gratos. Graças a você as coisas não foram piores, não estão piores. É difícil quantificar quantos sobreviveram graças a você. Mas sim, muitos sobreviveram por sua causa, porque você seguiu firme quando era mais fácil ceder.

Enquanto, para muitos, três mil, cinco mil mortes não chocavam, para você cada luz a se apagar foi uma perda pessoal. E você fez tudo ao seu alcance para não aumentar essa conta. Nós sabemos disso. Nós te reconhecemos na rua, na internet. Na marca da máscara no rosto, no seu cuidado com o outro, no olhar de esperança e de preocupação.

Quando tudo isso acabar, a gente te deve um abraço. A gente te deve muitos abraços. Mas por enquanto receba nossa gratidão. Devemos nossa vida a você. Obrigada. Muito obrigada.

Rosiane Correia de Freitas. Texto disponível em: https://www.plural.jor.br/artigos/usou-mascara-cuidou-dos-outrosisso-e-para-voce. Acesso em 16/05/22. Adaptado
Com o conectivo empregado no trecho:Enquanto para muitos três mil, cinco mil mortes não chocavam, para você cada luz a se apagar foi uma perda pessoal.”, o autor consegue: 
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Q2051131 Português
TEXTO 1

O cientista e o 'inimigo do povo'

Peça de Ibsen encenada em SP traz embate entre ciência, política e negócios

       Um médico da comunidade, sanitarista e cientista, descobre que as águas da estação balneária da cidade estão contaminadas. As amostras são analisadas nos microscópios da universidade, já que os micróbios não eram visíveis a olho nu. Frequentadores do balneário, em busca de saúde, estavam ficando doentes. O médico coleta a água e em sigilo envia para a universidade fazer as análises. Com a evidência científica em mãos, pede que o alerta seja dado a todos e que providências públicas sejam tomadas. Ele envia a notícia para ser publicada no jornal local, o que evitará que novos turistas se contaminem. O balneário, que é uma empresa privada S.A., deverá fazer novas obras para captar águas limpas noutro ponto e então reabrir as portas. O diagnóstico e a solução parecem corretos e exequíveis. Mas a posição pró-esclarecimento, favorável à saúde pública e baseada em evidência científica, irá sofrer um forte revés.

        A peça de Henrik Ibsen, escrita há 140 anos, é assombrosamente atual. Em cartaz em São Paulo no Teatro Aliança Francesa nos últimos dois meses, a montagem, dirigida por José Fernando de Azevedo, professor da ECA-USP, tem como protagonista um ator negro, Rogério Brito, que interpreta com paixão (e razão) o sanitarista Doutor Thomas Stockmann, e o traz para os dias atuais – o que introduz ao texto de Ibsen uma nova dimensão de raça, tempo e lugar.

[...]

       O médico/cientista negro é o portador da liberdade de pensamento, do esclarecimento, da defesa da vida e da dignidade humana – contra os interesses dominantes. Personagem e ator que se entrelaçam com o Brasil atual, seja com a missão de médicos cubanos, seja com a ampliação de negros nos cursos de medicina, graças às políticas afirmativas e de acesso por cotas. Se a empatia com o protagonista aumenta, por ele ser negro, não há dúvida de que o discurso científico do sanitarista e o jaleco branco são raramente associados no Brasil a peles negras – o que produz uma dissonância de partida. As leituras de raça e gênero são diversas na montagem, com metade do elenco negra, incluindo um dos antagonistas, evitando maniqueísmos étnicos.

      O médico é o protagonista imbuído da verdade, mas despreparado para entender o jogo de poder e interesses que o cercam, daí certa ingenuidade idealista que o torna um herói quixotesco diante das forças da ordem e dos negócios que farão frente à sua descoberta. No texto dramático, Ibsen não apenas faz o elogio à ciência, mas ao livre pensamento e à capacidade de defender causas e posições novas, levadas à frente por minorias e que ainda não foram compreendidas pelas multidões, quase sempre manipuladas pelos donos do poder, do dinheiro e da mídia. [...] A reação conservadora é rápida e atua em bloco: domina as notícias, recusa as evidências científicas (como acreditar no que "não se vê a olho nu"?), trata o médico como louco: ele paga com linchamento moral, apedrejamento de sua casa, demissão e despejo.

       A montagem de José Fernando, no entanto, inverte o jogo, sem desrespeitar o texto original. Em uma das últimas cenas, Ibsen constrói uma assembleia, convocada pelo doutor Stockmann, uma vez que o jornal local e as associações de comerciantes não lhe dão voz, para convocar a população e falar a verdade. Ibsen imaginou a cena em palco, com atores formando a assembleia que vocifera, interrompe e ataca o médico. Mas, na montagem brasileira, a assembleia passa a ser composta pelo próprio público da peça. Atores sentados no meio da plateia tentam seguir o texto de Ibsen, de linchamento moral do médico, mas o público de fato reage e o defende, contracenando e invertendo o resultado: a plateia no Aliança Francesa vota ao final pela verdade e em defesa do cientista negro. Resta ao prefeito e ao presidente da associação de proprietários manipular o resultado da votação, voltando a condenar o médico como "inimigo do povo", para que a peça possa seguir o texto original.

      O momento, contudo, traz o aprendizado da plateia sobre o que vê e sua capacidade de se indignar, reagir e escolher o lado certo – que é derrotado no texto, mas não na vida. De algum modo, esse levante do público, não para aderir, mas para se insurgir contra o negacionismo e as forças do atraso, traz mais uma vez Ibsen para a atualidade. Afinal, a arte segue iluminando a vida. Quem será o verdadeiro "inimigo do povo"?


Pedro Arantes, Soraya Smaili, Maria Angélica Minhoto. Andres Sandoval/SoU_Ciência. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/blogs/sou-ciencia/2022/05/o-cientista-e-o-inimigo-do-povo.shtml Acesso 06/05/22. Adaptado.
Acerca das relações entre termos e orações que constroem as ideias e estão a serviço da apreensão dos sentidos do texto, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q2051062 Português
TEXTO 1

'É COMO USAR DROGAS': POR QUE AS PESSOAS ACREDITAM E COMPARTILHAM FAKE NEWS?
Felipe Souza
BBC News Brasil em São Paulo, 26 outubro 2018


      Desde as eleições que elegeram o presidente americano Donald Trump em 2016, a expressão fake news se espalhou mundialmente. Com a popularização dos computadores e smartphones, boa parte da população brasileira tem acesso a redes sociais, como Facebook e WhatsApp, diariamente e se tornou alvo de uma avalanche de notícias falsas disparadas a todo momento.

       Mas além de receber e acreditar em memes, fotos, vídeos e textos falsos, parte da população também compartilha esses arquivos com amigos, familiares e até mesmo em grupos de pessoas desconhecidas. Afinal, por que tanta gente acredita em fake news?

    Em entrevista à BBC News Brasil, o psiquiatra e diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria, Claudio Martins, afirmou que as pessoas que compartilham notícias falsas experimentam uma sensação de bem-estar semelhante à de usar drogas.

   "Quando a pessoa recebe uma notícia que a agrada, são estimulados os mecanismos de recompensa imediata do cérebro e dão uma sensação de prazer instantâneo, assim como as drogas. Ocorre uma descarga emocional e gera uma satisfação imediata. Isso impulsiona a pessoa a transmitir compulsivamente a mesma informação para que seu círculo de amizades sinta o mesmo. Por isso, há os encaminhadores compulsivos", explica o psiquiatra.

    Segundo Claudio Martins, essa sensação de euforia causada pelas notícias falsas impede o desenvolvimento de um senso crítico em quem as recebe. É a "infantilização emocional", que faz com que poucas pessoas se preocupem em checar a origem ou a veracidade da informação.

   O psiquiatra explica ainda que esse movimento causa uma angústia que leva a pessoa a imaginar que é portadora de uma novidade que deve ser contada com extrema urgência. O sentimento, explica ele, é o mesmo quando alguém ouve uma fofoca.
    "Ela, então, transmite informações não checadas, capazes de gerar uma curiosidade ampliada em outras pessoas, além de um alto nível de identificação e propagação de conteúdo. O campo da política é muito propício para esse fenômeno. Uma certeza é que as fake news são um fenômeno novo que atrai pessoas com transtornos de personalidade sérios. Ele é muito simplório e vai ser cada vez mais estudado", afirmou.

Futebol, religião e política

        Em uma analogia com futebol e religião, o psiquiatra explica que a política é um assunto tratado como uma crença por parte da população.

     "O ser humano tem essa tendência a buscar essas crenças, mágicas. Quando ele recebe correntes de pensamento político, incorpora aquilo como uma verdade absoluta, amplia e divulga para reforçar sua satisfação. Ele usa o mecanismo para compartilhar sem pensar. Muitas vezes, acaba repassando até para grupos que nem tratam do assunto", afirma.

     Assim como no futebol, o psiquiatra explica que a política funciona no cérebro de parte da população como um sistema de projeção em que o indivíduo se sente como se fosse o próprio candidato. "Se o meu time marca um gol ou ganha um título é como se o gol fosse meu e o título também. É inclusive assim que comento com os amigos", compara o psiquiatra.

    Claudio Martins diz que o problema dessa crença é que as pessoas que recebem informações sobre política não querem saber se são verdadeiras. "Ela age com impulsividade. Não pesquisa, não quer saber quem mandou. Só pensa em dar impacto àquela informação que ela recebeu, como se fosse algo exclusivo, e numa impulsão, ela repassa aquilo como se fosse algo que vai alterar a realidade do mundo." 

     "Crença é algo muito difícil de combater, principalmente nos espaços mais radicais. A crença religiosa é tão forte quanto a política, gera uma cegueira. A religiosa não tem evidências científicas, mas para quem crê isso não interessa porque ela não busca evidências que possam comprovar um sentido. A pessoa apenas incorpora aquilo como uma necessidade de ter a idealização de alguém ou grupo político que possa suprir suas carências porque o ser humano é muito carente. Quando a pessoa está necessitada, ela deseja ter um super protetor", afirmou.
         O codiretor do Instituto Tecnologia e Equidade, Thiago Rondon, diz que os produtores de notícias falsas sabem disso e têm dois objetivos como estratégia ao criar suas correntes: gerar medo e emergência. Segundo ele, essa situação de alarde é vital para que as pessoas repassem a informação.
       "É necessário tomar medidas estruturais para evitar que essa situação se agrave. Uma delas é que nosso sistema educacional discuta esse tipo de assunto nas escolas. É necessário fortalecer as pessoas com consciência e educação desde cedo. A gente precisa se organizar para se adequar a esse mundo digital. A solução não é bloquear o uso de aplicativos de troca de mensagens, pois esses lugares são excelentes para troca de ideias e debates. Ações assim são um erro em relação a liberdades", afirmou.

        Ele afirma também que deve haver mecanismos mais eficientes para combater notícias falsas. Um deles é dar ferramentas para que a população as identifique por conta própria.

        "É necessário mudar a forma de se comunicar, não apenas negando e desmentindo informações porque elas dificilmente vão ter o mesmo alcance da fake news. Por exemplo, no primeiro turno deste ano um boletim de urna (compartilhado no WhatsApp) mostrava um dos candidatos com mais de 9 mil votos registrados. O TSE poderia divulgar como o eleitor pode ter acesso a esses documentos, usar o aplicativo oficial e confirmar se aquela informação é real", afirmou Rondon.

Analfabetismo digital e bolhas ideológicas

      O diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria diz que a crença em fake news é um fenômeno sociocultural que envolve diversos fatores de alta complexidade. Entre os mais relevantes, ele cita o analfabetismo digital da população brasileira, já que a popularização da internet e a chegada do WhatsApp são recursos novos para boa parte dos cidadãos.

      "Isso demonstra claramente uma falha na educação digital que precisa ser corrigida com urgência. Prova que há uma ausência de educação digital no Brasil", afirmou.

         Os especialistas ouvidos pela reportagem apontam ainda que a formação de bolhas ideológicas nas redes também facilita a propagação de notícias falsas. O psiquiatra faz uma nova analogia com times de futebol para explicar o fenômeno.

        "As pessoas procuram estar perto dos pertencentes aos grupos que se identificam. Isso é natural. Se o cara é palmeirense, ele vai tentar andar com o grupo dos palmeirenses. Isso não tem nenhum problema. O problema é quando a gente perde a capacidade de senso crítico, fica cego, e perde a habilidade de saber se os palmeirenses estão mentindo", afirmou.

[...]

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45767478 Acesso: 26 out. 2018 (Adaptado).
A relação semântica estabelecida pelos termos em destaque nos trechos está CORRETAMENTE identificada em: 
Alternativas
Respostas
401: E
402: C
403: C
404: C
405: B
406: A
407: C
408: D
409: B
410: D
411: A
412: A
413: D
414: C
415: D
416: B
417: A
418: B
419: D
420: B