Questões de Português - Variação Linguística para Concurso
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TEXTO 1.
Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir certos sons
agudos – como unhas arranhando um quadro-negro?
Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa audição. A cóclea (parte interna do ouvido) tem uma membrana que vibra de acordo com as frequências sonoras que ali chegam. A parte mais próxima ao exterior está ligada à audição de sons agudos; a região mediana é responsável pela audição de sons de frequência média; e a porção mais final, por sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e frágeis, são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos, perdemos a capacidade de ouvir sons agudos. Quando frequências muito agudas chegam a essa parte da membrana, as células podem ser danificadas, pois, quanto mais alta a frequência, mais energia tem seu movimento ondulatório. Isso, em parte, explica nossa aversão a determinados sons agudos, mas não a todos. Afinal, geralmente não sentimos calafrios ou uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com notas agudas.
Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão tem um número limitado e pequeno de frequências – formando um som mais “limpo”. Já no espectro de som proveniente de unhas arranhando um quadro-negro (ou de atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um número infinito delas. Assim, as células vibram de acordo com muitas frequências e aquelas presentes na parte inicial da cóclea, por serem mais frágeis, são lesadas com mais facilidade. Daí a sensação de aversão a esse sons agudos e “crus”.
Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282.
Em São Paulo diz-se “bexigas”, enquanto no Rio de Janeiro diz-se “balões”.
Essa diferença é um exemplo de
Texto 2
Na entrevista de um jornal mineiro apareciam os depoimentos de dois jovens:
Jovem 1 – Uma luta de boxe é muito mais chocante quando a gente está presente no ginásio. Nós vemos os golpes e é divertido ver um deles cair à sua frente. Na TV não tem emoção.
Jovem 2 – Numa luta de boxe, as câmeras filmam todos os detalhes. Quando um dos lutadores é ferido, o sangue é mostrado na nossa cara. É impressionante. Ver a luta de perto não é a mesma coisa, os espectadores não veem nada.
Controle o colesterol.
Sua saúde agradece!
Você já parou pra pensar em tudo que o seu coração aguenta? Ele bate mais forte quando estamos apaixonadas, vibra de alegria com uma conquista, fica apertado quando a tristeza dá as caras e cheio de orgulho quando resolvemos ouvi-lo e, logo depois, descobrimos que foi a melhor decisão. E, acredite, pior do que decepcioná-lo por uma escolha errada ou feri-lo pelo término de um relacionamento seu é não cuidar de seu bem-estar físico. Desses baques impostos pela vida – mesmo que demore um pouco – ele se recupera, mas nem sempre tem a mesma sorte quando sofre os impactos negativos dos nossos maus hábitos. E entre as maiores ameaças à saúde do seu amigo do peito está o desequilíbrio das taxas de colesterol – principalmente na sua versão ruim, o LDL. Apesar de essa substância ser fundamental para diversos processos do organismo, quando ela circula em excesso pela corrente sanguínea é capaz de causar grandes problemas, como o infarto.
(...)
(REVISTA PENSE E LEVE. O JEITO MAIS GOSTOSO DE SER SAUDÁVEL. X ano 25-nº 299-junho 2017. Cá entre nós. Editorial. Por Paula Bueno, com pequenas adaptações para esta prova).
− Ã-hã, quer entrar, pode entrar... Mecê sabia que eu moro aqui? Como é que sabia? Hum, hum...Cavalo seu é esse só? Ixe! Cavalo tá manco, aguado. Presta mais não.
(João Guimarães Rosa. Trecho de "Meu tio o Iauaretê", adaptado. Estas estórias, Rio de Janeiro, José Olympio, 1969, p.126)
Observando-se a variedade linguística de que se vale o falante do trecho acima, percebe-se uso de