Questões de Concurso Sobre variação linguística em português

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Q763981 Português

Para responder à questão, leia o texto abaixo, de autoria de Patativa do Assaré:

Vaca Estrela e Boi Fubá

Seu dotô me dê licença

Pra minha história contar

Hoje eu tô nu’a terra estranha

E é bem triste o meu penar

Mas já fui muito feliz

Vivendo no meu lugar

Eu tinha cavalo bão

Gostava de campear

E todo dia aboiava

Na porteira do currá 

Ê, vaca Estrela! Ô, boi Fubá!

Eu sou fio do nordeste

Não nego o meu naturá

Mas uma seca medonha

Me tangeu de lá pra cá

Lá eu tinha meu gadinho

Num é bão nem alembrar

Minha linda vaca Estrela

E o meu belo boi Fubá

Quando era de tardinha

Eu começava aboiar

Ê, vaca Estrela! Ô, boi Fubá! 

Aquela seca medonha

Fez tudo se atrapaiar

Não nasceu capim no campo

Para o gado sustentar

O sertão se esturricou

Fez os açude secar

Morreu minha vaca Estrela

Se acabou meu boi Fubá

Perdi tudo quanto tinha

Nunca mais pude aboiar

Ê, vaca Estrela! Ô, boi Fubá! 

Hoje nas terra do sul

Longe do torrão natá

Quando eu vejo em minha frente

Uma boiada passar

As água corre dos óio

Começo logo a chorar

Lembro minha vaca Estrela

E o meu belo boi Fubá

Com sodade do nordeste

Dá vontade de aboiar

Ê, vaca Estrela! Ô, boi Fubá!

Assinale abaixo a alternativa que não apresenta um problema gramatical da mesma natureza daquele que ocorre no verso “Com sodade do nordeste”:
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Q763739 Português

Amor de passarinho

  Desde que mandei colocar na minha janela uns vasos de gerânio, eles começaram a aparecer. Dependurei ali um bebedouro, desses para beija-flor, mas são de outra espécie os que aparecem todas as manhãs e se fartam de água açucarada, na maior algazarra. Pude observar então que um deles só vem quando os demais já se foram.

  Vem todas as manhãs. Sei que é ele e não outro por um pormenor que o distingue dos demais: só tem uma perna. Não é todo dia que costuma aparecer mais de um passarinho com uma perna só. 

  [...] 

  Ao pousar, equilibra-se sem dificuldade na única perna, batendo as asas e deixando à mostra, em lugar da outra, apenas um cotozinho. É de se ver as suas passarinhices no peitoril da janela, ou a saltitar de galho em galho, entre os gerânios, como se estivesse fazendo bonito para mim. Às vezes se atreve a passar voando pelo meu nariz e vai-se embora pela outra janela.

  [...] 

  Enquanto escrevo, ele acaba de chegar. Paro um pouco e fico a olhá-lo. Acostumado a ser observado por mim, já está perdendo a cerimônia. Finge que não me vê, beberica um pouco a sua aguinha, dá um pulo para lá, outro para cá, esvoaça sobre um gerânio, volta ao bebedouro, apoiando-se num galho. Mas agora acaba de chegar outro que, prevalecendo-se da superioridade que lhe conferem as duas pernas, em vez de confraternizar, expulsa o pernetinha a bicadas, e passa a beber da sua água. A um canto da janela, meio jururu, ele fica aguardando os acontecimentos, enquanto eu enxoto o seu atrevido semelhante. Quer dizer que até entre eles predomina a lei do mais forte! De novo senhor absoluto da janela, meu amiguinho volta a bebericar e depois vai embora, não sem me fazer uma reverência de agradecimento.

  [...]

  Chamei-o de amiguinho, e entendo agora por que Jayme Ovalle, que chegou a ficar noivo de uma pomba, dizia que Deus era Poeta, sendo o passarinho o mais perfeito soneto de Sua Criação. Com sua única perninha, este é o meu pequenino e sofrido companheiro, a me ensinar que a vida é boa e vale a pena, é possível ser feliz. 

  Desde então muita coisa aconteceu. Para começar, a comprovação de que não era amiguinho e sim amiguinha – segundo me informou o jardineiro: responsável pelos gerânios e pelo bebedouro, seu Lourival entende de muitas coisas, e também do sexo dos passarinhos.

  A prova de que era fêmea estava no companheiro que arranjou e com quem logo começou a aparecer. Este, um pouco maior e mais empombadinho, tomava conta dela, afastando os concorrentes. E os dois ficavam de brincadeira um com o outro, de cá para lá, ou mesmo de namoro, esfregando as cabecinhas. Às vezes ela se afastava desses afagos, voava em minha direção e se detinha no ar a um metro de minha cabeça, agitando as asas, para em seguida partir feito uma seta janela afora. Não sei o que procurava exprimir com o ritual dessa proeza de colibri. Alguma mensagem de amor, em código de passarinho? Talvez não mais que um recado prosaico, vou ali e volto já.

  E assim a Pernetinha, como se tornou conhecida entre os meus amigos – alguns chegaram a conhecê-la pessoalmente –, não passou mais um só dia sem aparecer. Mesmo durante minhas viagens continuou vindo, segundo seu Lourival, que se encarrega de manter cheio o bebedouro na minha ausência.

  Só de uns dias para cá deixou de vir. Fiquei apreensivo, pois a última vez que veio foi num dia de chuva, estava toda molhada, as peninhas do peito arrepiadas. Talvez tivesse adoecido. Não sei se passarinho pega gripe ou morre de pneumonia. Segundo me esclareceu Rubem Braga, o sádico, costuma morrer é de gato. Ainda mais sendo perneta. Hoje pela manhã conversei com o jardineiro sobre a minha apreensão: vários dias sem aparecer! Ele tirou o boné, coçou a cabeça, e acabou contando o que vinha escondendo de mim, uma pequena tragédia.  Debaixo do bebedouro fica um prato fundo, de plástico, para aparar a água que os passarinhos deixam respingar – mesmo os bem-educados como a Pernetinha. Numa dessas manhãs, ele a encontrou caída no fundo do prato, as penas presas num resto pegajoso de água com açúcar. Provavelmente perdeu o equilíbrio, tombou ali dentro e não conseguiu mais se desprender com a única perninha.

  Compungido, seu Lourival preferiu não me contar nada, porque me viu triste com a morte do poeta, também meu amigo.

  Naquele mesmo dia.

(SABINO, Fernando. 1923-2004 – As melhores crônicas – 14ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.) 

“É de se ver as suas passarinhices no peitoril da janela,...” (3º§) A palavra “passarinhices” deve ser designada como
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: IPT-SP Prova: VUNESP - 2014 - IPT-SP - Secretária |
Q761132 Português
Leia trechos da letra da música dos compositores José Carlos Figueiredo, Antônio Carlos Marques Pinto e José Ubaldo Avila.
              Você abusou
Me magoa, maltrata e quer desculpa
Me retruca, me trai e quer perdão
Me ofende, me fere e não tem culpa
Jesus Cristo, eu não sei quem tem razão.

Esse fogo, essa farsa, essa desgraça
Me corrompe e corrói meu coração
Há momentos que eu paro e acho graça
Procuro, e não acho a solução.

Você abusou,
Tirou partido de mim, abusou

Mas não faz mal
É tão normal ter desamor
É tão cafona sofrer dor
Que eu já não sei
Se é meninice ou cafonice o meu amor.

Que me perdoem, se eu insisto neste tema

Se o quadradismo dos meus versos,
Vai de encontro aos intelectos,
Que não usam o coração,
Como expressão...
Considerando a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa cuja afirmação está correta.
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Q759913 Português
Em relação à variação linguística, em sala de aula, pode-se afirmar que: I- “Erros de Português” é uma expressão inadequada e preconceituosa, pois, na verdade, são diferenças entre variedades da língua. II- O trato inadequado ou até desrespeitoso das diferenças linguísticas provoca a insegurança e o desinteresse do aluno no processo de ensino e aprendizagem. III- Na sala de aula, como em qualquer outro domínio social, encontra-se grande variação no uso da língua. Analise as proposições. Está (ão) CORRETA(S), apenas:
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Q759908 Português


Fonte: Discutindo Língua Portuguesa. São Paulo: Escala Educacional. Ano 1, nº2, p. 50

Na charge acima, as “quizilas” com a língua significam que “as normas do nosso idioma” apresentam uma gramática: ( ) descontextualizada, amorfa, desvinculada dos usos reais da língua escrita ou falada do dia a dia. ( ) predominantemente prescritiva, preocupada apenas em marcar o “certo” e o “errado”, sem valorizar os aspectos textuais e discursivos. ( ) elaborada por estudiosos desvinculados da realidade que estão em dia com os contextos mais previsíveis do uso da língua. Analise as proposições e marque a(s) opções adequada(s). Está(ão) CORRETA(S), apenas:
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Ano: 2016 Banca: FUNRIO Órgão: IF-PA Prova: FUNRIO - 2016 - IF-PA - Revisor de Texto |
Q758304 Português
Assinale a alternativa que contém exemplo de incoerência vocabular decorrente de uma escolha inadequada para a língua-padrão.
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Q753833 Português
Os tripulantes a bordo da Estação Espacial Internacional terão um prato muito especial no último jantar: alface vermelha. Pode ser que você coma isso todos os dias no almoço, mas essa será a primeira vez que astronautas irão comer verduras cultivadas no espaço.
Segundo a Nasa, as alfaces vermelhas foram colhidas um mês depois de plantadas. Mas o experimento é bem mais complexo do que plantar algumas sementes e comê-las após elas crescerem. Como não existe terra na Estação Espacial, os astronautas precisam usar um sistema de agricultura artificial, chamado Veggie.
A tecnologia usa “_____________” pré-fabricados de sementes, colocados sob luzes vermelhas e azuis emitidas por lâmpadas LED. O sistema produz vegetais desde 2014, mas as plantas precisaram ser trazidas de volta a Terra para serem analisadas. A Nasa precisava ter certeza de que os vegetais poderiam ser ingeridos, já que o ambiente da Estação poderia transferir resíduos contaminantes para as plantas.
Agora que a Nasa autorizou o consumo das verduras, os astronautas precisam apenas limpar os vegetais com um líquido especial, que retira eventuais impurezas do alimento. Ainda assim, os tripulantes da Estação Espacial precisam guardar metade do que está no prato para análise em terra.
Além de servir como fonte de nutrientes para longas viagens, as plantações espaciais também podem trazer benefícios para a saúde mental dos astronautas. A Nasa afirma estar monitorando os efeitos desse novo tipo de alimentação no organismo dos tripulantes da Estação Espacial, como preparação para a futura missão até Marte da agência espacial americana.
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/... - adaptado 
Assinalar a alternativa que NÃO apresenta gíria:
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Q749707 Português

               Os riscos da poluição e do aquecimento global para a saúde

      Vivemos tempos interessantes, para dizer o mínimo. A falta de bom senso leva o mundo, nossas lideranças e mesmo as pessoas comuns a agir de maneira irracional e até mesmo contrária aos seus próprios interesses.

      Estão aí o Brexit, a rejeição ao acordo de paz colombiano, a indicação do bufão Donald Trump como candidato à presidência dos Estados Unidos e as atrocidades da guerra na Síria. Isso para ficarmos apenas em alguns exemplos recentes e mais emblemáticos.

      Nessa equação entram também as poucas vozes que ainda insistem em considerar o aquecimento global e as mudanças climáticas como uma ficção ou até mesmo como algo verdadeiro, mas sem importância.

      Claro que agora só os muito insanos ou com grandes interesses econômicos é que ainda se manifestam contrariamente aos ululantes indicadores de que o planeta está cada vez mais quente.

      Felizmente para nós, a ratificação do Acordo de Paris ocorreu em tempo recorde. Agora os países, entre eles os maiores emissores de gases de efeito estufa no mundo, começam a colocar em prática seus planos de reduzir sua contribuição para as mudanças climáticas.

      E, se ainda faltava entender melhor os perigos associados ao uso intensivo de combustíveis fósseis, à destruição do meio ambiente e ao crescimento desordenado, um novo e poderoso argumento surgiu em um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

      O estudo constatou que cerca de 92% da população mundial vivem em áreas com qualidade do ar inferior aos padrões recomendados.

      Para chegar a essa conclusão, a OMS, órgão das Nações Unidas, em parceria com a Universidade Bath, do Reino Unido, utilizou uma tecnologia que obtém dados por meio de sensores bastante sensíveis de monitoramento terrestre e de movimentação do ar instalados em satélites.

      E, lá de cima, foi possível constatar que as áreas mais atingidas pela poluição, com volume de partículas finas em suspensão maior que os estabelecidos como seguros, estão cidades do Oriente Médio, outras localizadas no sul e sudeste da Ásia, incluindo aí China e Índia, os dois países com maior população do mundo e também cidades do centro e norte da África.

      O Brasil não escapa dessa poluição, mas apresenta um ar de qualidade mais razoável. De qualquer maneira, se as cidades litorâneas do Nordeste e mesmo a capital Brasília apresentam baixos índices de partículas suspensas no ar, São Paulo e grande parte do estado do Mato Grosso registram poluição atmosférica mais alta que o recomendado pela OMS.

      Entre as principais razões para o agravamento dessa poluição estão as atividades industriais: a queima de carvão e madeira, os sistemas de transporte antiquados e ineficientes e a incineração de lixo.

      Das soluções apresentadas pela Organização Mundial da Saúde para começar a reverter esse quadro, muitas mantêm uma relação direta com o combate às mudanças climáticas e ao aquecimento global.

      Entre elas, investimento em energias renováveis, o incentivo ao transporte público eficiente e menos poluente, a redução das atividades industriais e a gestão eficiente dos resíduos sólidos.

      Uma coisa está ligada invariavelmente a outra. Poluição e aquecimento global atuam em consonância para provocar danos irreparáveis à saúde das pessoas.

      Segundo a Organização Mundial da Saúde, a poluição é responsável, por uma a cada nove mortes no planeta. São 36% das mortes por câncer de pulmão, 34% por AVC. A poluição ainda contribui para 27% dos ataques cardíacos fatais.

      Podemos acrescentar que, além de contribuir para a redução da sensação térmica, cidades com áreas verdes também ajudam a combater a poluição, entre outros inestimáveis benefícios.

      A cada dia recebemos, mais e mais, informações que revelam que, quanto mais longe de um mundo mais sustentável, justo e equilibrado, mais distante também estaremos de uma vida plena e saudável.

(CANTO, Reinaldo – 28/10/2016. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/os-riscos-da-poluicao-e-do-aquecimento-global-para-a-saude.)

Considerando a construção do trecho “A falta de bom senso leva o mundo, nossas lideranças e mesmo as pessoas comuns a agir de maneira irracional e até mesmo contrária aos seus próprios interesses.” (1º§) e as normas da linguagem padrão, assinale a afirmativa correta a respeito.
Alternativas
Q748258 Português

considere a charge a baixo para responder à questão.


Na expressão “Mas, báh! Cadê meu cavalo???” podemos inferir que:
I. Ocorre uma variação linguística regional;
II. Há o registro de uma linguagem coloquial;
III. Existe o registro de uma inadequação ortográfica.
Está(ão) correta(s) 
Alternativas
Q745161 Português
A tira a seguir refere-se à questão.

No primeiro quadrinho, ao se dirigir ao vendedor, o cliente pergunta “ quanto o insulto?”. O termo sublinhado representa:
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Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: AL-MT Prova: FGV - 2013 - AL-MT - Editor de Textos |
Q741568 Português

Texto 1

                     Carta ao leitor – Uma falsa solução mágica

      O perigo de políticas públicas desgastadas, que custam caro e dão pouco resultado, serem substituídas por outras ainda piores é sempre muito alto quando não há bons exemplos para emular. A legalização da maconha é uma dessas soluções aparentemente simples para um problema complexo que muitos estudiosos e políticos sérios, e outros nem tanto, defendem na falta de uma ideia melhor. A premissa, nunca testada na prática em sua totalidade, é que a liberação da produção, da venda e do consumo da Cannabis seria suficiente para eliminar do problema sua porção mais danosa, a cadeia de crimes alimentada pelo dinheiro do tráfico. Pois os eleitores do Uruguai e do Colorado e de Washington, nos Estados Unidos, decidiram, pelo voto direto ou de seus representantes, ser cobaias da experiência de legalizar a maconha. Dentro de alguns meses, qualquer cidadão adulto do nosso país vizinho e dos dois estados americanos poderá comprar a droga numa farmácia ou loja especializada.

      VEJA destacou duas repórteres para ver de perto o impacto que a legalização da maconha está tendo entre os uruguaios e os americanos. Sim, porque, mesmo antes da entrada em vigor das leis, seu espírito liberalizante já se instalou. As jornalistas viram uma realidade menos rósea que aquela com que os defensores da medida costumam sonhar. Uma das repórteres visitou seis cidades em Washington, no Colorado e na Califórnia, onde, a exemplo de outros dezessete estados e da capital americana, a maconha é de quase livre acesso, mesmo que, teoricamente, só possa ser vendida por prescrição médica.

      Da mesma forma que ocorre com as bebidas alcoólicas, há sempre algum adulto irresponsável disposto a comprar maconha para um adolescente usar. “Preparando‐se para a entrada em vigor da nova lei, as lojas vão vender maconha muito mais potente do que a dos traficantes”, diz a repórter. Nossa segunda repórter teve uma impressão ainda mais negativa do caso uruguaio. Enquanto nos estados americanos existe uma provisão para avaliar de tempos em tempos o acerto da legalização, no Uruguai predomina a improvisação: “Ninguém analisou em profundidade as consequências de longo prazo que a legalização pode trazer”.                        

                                                                                                  (Veja, 13/11/2013)

Assinale a alternativa que indica uma afirmação coerente com o emprego das variações.
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Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: AL-MT Prova: FGV - 2013 - AL-MT - Editor de Textos |
Q741567 Português

Texto 1

                     Carta ao leitor – Uma falsa solução mágica

      O perigo de políticas públicas desgastadas, que custam caro e dão pouco resultado, serem substituídas por outras ainda piores é sempre muito alto quando não há bons exemplos para emular. A legalização da maconha é uma dessas soluções aparentemente simples para um problema complexo que muitos estudiosos e políticos sérios, e outros nem tanto, defendem na falta de uma ideia melhor. A premissa, nunca testada na prática em sua totalidade, é que a liberação da produção, da venda e do consumo da Cannabis seria suficiente para eliminar do problema sua porção mais danosa, a cadeia de crimes alimentada pelo dinheiro do tráfico. Pois os eleitores do Uruguai e do Colorado e de Washington, nos Estados Unidos, decidiram, pelo voto direto ou de seus representantes, ser cobaias da experiência de legalizar a maconha. Dentro de alguns meses, qualquer cidadão adulto do nosso país vizinho e dos dois estados americanos poderá comprar a droga numa farmácia ou loja especializada.

      VEJA destacou duas repórteres para ver de perto o impacto que a legalização da maconha está tendo entre os uruguaios e os americanos. Sim, porque, mesmo antes da entrada em vigor das leis, seu espírito liberalizante já se instalou. As jornalistas viram uma realidade menos rósea que aquela com que os defensores da medida costumam sonhar. Uma das repórteres visitou seis cidades em Washington, no Colorado e na Califórnia, onde, a exemplo de outros dezessete estados e da capital americana, a maconha é de quase livre acesso, mesmo que, teoricamente, só possa ser vendida por prescrição médica.

      Da mesma forma que ocorre com as bebidas alcoólicas, há sempre algum adulto irresponsável disposto a comprar maconha para um adolescente usar. “Preparando‐se para a entrada em vigor da nova lei, as lojas vão vender maconha muito mais potente do que a dos traficantes”, diz a repórter. Nossa segunda repórter teve uma impressão ainda mais negativa do caso uruguaio. Enquanto nos estados americanos existe uma provisão para avaliar de tempos em tempos o acerto da legalização, no Uruguai predomina a improvisação: “Ninguém analisou em profundidade as consequências de longo prazo que a legalização pode trazer”.                        

                                                                                                  (Veja, 13/11/2013)

Sobre as variações linguísticas em geral, é correto afirmar que
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Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: AL-MT Prova: FGV - 2013 - AL-MT - Editor de Textos |
Q741566 Português

Texto 1

                     Carta ao leitor – Uma falsa solução mágica

      O perigo de políticas públicas desgastadas, que custam caro e dão pouco resultado, serem substituídas por outras ainda piores é sempre muito alto quando não há bons exemplos para emular. A legalização da maconha é uma dessas soluções aparentemente simples para um problema complexo que muitos estudiosos e políticos sérios, e outros nem tanto, defendem na falta de uma ideia melhor. A premissa, nunca testada na prática em sua totalidade, é que a liberação da produção, da venda e do consumo da Cannabis seria suficiente para eliminar do problema sua porção mais danosa, a cadeia de crimes alimentada pelo dinheiro do tráfico. Pois os eleitores do Uruguai e do Colorado e de Washington, nos Estados Unidos, decidiram, pelo voto direto ou de seus representantes, ser cobaias da experiência de legalizar a maconha. Dentro de alguns meses, qualquer cidadão adulto do nosso país vizinho e dos dois estados americanos poderá comprar a droga numa farmácia ou loja especializada.

      VEJA destacou duas repórteres para ver de perto o impacto que a legalização da maconha está tendo entre os uruguaios e os americanos. Sim, porque, mesmo antes da entrada em vigor das leis, seu espírito liberalizante já se instalou. As jornalistas viram uma realidade menos rósea que aquela com que os defensores da medida costumam sonhar. Uma das repórteres visitou seis cidades em Washington, no Colorado e na Califórnia, onde, a exemplo de outros dezessete estados e da capital americana, a maconha é de quase livre acesso, mesmo que, teoricamente, só possa ser vendida por prescrição médica.

      Da mesma forma que ocorre com as bebidas alcoólicas, há sempre algum adulto irresponsável disposto a comprar maconha para um adolescente usar. “Preparando‐se para a entrada em vigor da nova lei, as lojas vão vender maconha muito mais potente do que a dos traficantes”, diz a repórter. Nossa segunda repórter teve uma impressão ainda mais negativa do caso uruguaio. Enquanto nos estados americanos existe uma provisão para avaliar de tempos em tempos o acerto da legalização, no Uruguai predomina a improvisação: “Ninguém analisou em profundidade as consequências de longo prazo que a legalização pode trazer”.                        

                                                                                                  (Veja, 13/11/2013)


Observe a charge a seguir.

                             

Na charge, a frase comum do traficante e do policial mostra uma variação coloquial, caracterizada especificamente na charge pelo uso de
Alternativas
Ano: 2015 Banca: IADES Órgão: CRC-MG Prova: IADES - 2015 - CRC-MG - Motorista |
Q738980 Português
Com base nas regras de ortografia, e considerando o significado das palavras, assinale a alternativa cuja oração apresenta todas as palavras escritas corretamente.
Alternativas
Q735841 Português

TEXTO – MEDICINA ALTERNATIVA

Folha - Você critica a medicina alternativa pela falta de testes clínicos que atestem sua eficácia, mas sabemos eles também têm suas falhas. Ainda assim os alternativos precisam seguir as regras da medicina convencional?

Paul Offit - Sim. Outro dia entrei numa loja de produtos naturais e perguntei ao balconista se havia algo para baixar colesterol. Ele me deu um extrato de alho concentrado.

      Uma pessoa com colesterol alto e histórico de doença cardíaca vai se beneficiar de uma estatina [droga para baixar colesterol]. Só que ela pode entrar nessa loja e receber um mau conselho.

      As pessoas que vendem esses produtos ganham dinheiro e podem bancar um teste clínico. Estudos já mostraram que você não tem mais chance de baixar o colesterol com o extrato de alho do que com o placebo. O consumidor merece testes. E extrato concentrado de alho pode causar efeitos colaterais.

      É desconcertante que as pessoas tenham a ideia de que algo é seguro e funciona quando pode não funcionar e não ser seguro. Essa indústria é colocada como intocável. Nos EUA, a indústria de megavitaminas e suplementos movimentou US$ 34 bilhões em 2012. O que surpreende é que as pessoas acham que essas fabricantes são empresas familiares, que os produtos são feitos por elfos em montanhas.

      Gostaria que tivéssemos o mesmo ceticismo com a medicina alternativa que temos com a medicina moderna. Se acupuntura é bom, vamos descobrir como! Apontar para as estrelas não dá.

A alternativa em que ocorre a presença da linguagem coloquial é:
Alternativas
Q728763 Português
Os diversos textos a serem interpretados em um livro didático devem ser distribuídos segundo o seguinte critério:
Alternativas
Q728752 Português

Observe o segmento a seguir.

“Sou fio das mata, cantô da mão grosa

Trabaio na roça, de inverno e de estio

A minha chupana é tapada de barro

Só fumo cigarro de paia de mio”.

No terreno da variação linguística, o aspecto a ser centralmente estudado nesse texto de Patativa do Assaré, intitulado “O poeta da roça” é a variação de

Alternativas
Ano: 2014 Banca: Quadrix Órgão: CRM-PR Prova: Quadrix - 2014 - CRM-PR - Copeira |
Q721348 Português

Para responder à questão, leia a tirinha a seguir.

(www.tirinhasdoze.com/)

Sobre a tirinha como um todo, analise as afirmações.

I. A linguagem é informal. II. A fala do terceiro quadrinho foi dita pelo médico. III. As imagens não se relacionam com o texto escrito.

Está correto o que se afirma em:
Alternativas
Q721111 Português
  1. A SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL
Luíz Flávio Borges D'Urso

    
        Uma das principais causas da escalada do crime organizado reside no aumento da sensação de impunidade, aliado ao fato do Estado abandonar determinadas áreas, que ficam à mercê de quem resolver deter poder para tomá-las, instalando ali um verdadeiro poder paralelo.
        Inegavelmente o tráfico de entorpecentes exerce papel preponderante nesse contexto, pois é por meio do tráfico que se arregimenta um verdadeiro exército de pessoas a serviço do crime. O Estado negligenciou em certos pontos, retirando-se de certos lugares, dando oportunidade do crime organizado se instalar, com estrutura empresarial, piramidal, na qual encontra-se um mentor intelectual, que coordena toda operação criminosa, sem ter qualquer contato com os agentes, executores, os quais muitas vezes nem imaginam quem seja o "chefão".
      Abaixo do mentor, existem os dirigentes, o alto oficialato, na verdade são os subchefes, que comandam regiões e grupos determinados, abaixo ainda, encontramos os operadores, que comandam os formigas, o verdadeiro exército, tudo isso numa estrutura de muito dinheiro, muitas armas e muita informação, obtida por meio da corrupção.
        Enfim, o crime que era ato isolado e solitário, com o tempo passou a ser realizado por grupos eventuais, depois por grupos permanentes, depois por organizações transnacionais e agora pelos grandes organismos globalizados, reclamando uma reforma estrutural no Estado para enfrentar essa nova face do crime.
        Não existe uma medida mágica eficaz, que pudesse representar a panacéia, a solução para o problema. O que existe são medidas que conjugadas poderão resultar numa reação ao crime organizado, enfrentando-o. Vejamos algumas delas, como por exemplo, atacar as causas dessa criminalidade, dotando a sociedade de meios, de oportunidades, que façam o jovem vislumbrar algum futuro a ser perseguido.
        Ao lado do ataque as causas, há de se ampliar o policiamento preventivo, fardado, ostensivo, de modo a otimizar o trabalho para coibir o cometimento do delito. Quando ocorrer o crime, investigar-se com recursos e para tal há de se dotar a polícia judiciária de meios para essa investigação, buscando o que se tem de mais avançado em tecnologia para auxiliar nossa polícia.
        Dessa forma desvendando-se o crime, descobre-se seus agentes, colecionando provas contra ele, objetivando um processo justo, mas severo, na estrita observância do devido processo legal, do contraditório, garantindo a ampla defesa, de forma propiciar condenação à luz das provas produzidas. Por fim, reformular o sistema prisional brasileiro, para que este possa conter aquele que ali deverá permanecer, cumprindo sua pena, sem risco de fuga ou resgate.
        Encerro reiterando minha crença na grande maioria do povo brasileiro, que ainda é honesta, honrada e não deseja fraudar sua palavra empenhada, contra uma pequena minoria, que resolveu transpor o limite da legalidade e fazer do crime sua atividade. Creio que ainda haverá solução e o Brasil reagirá a tudo isso. A parcela de pessoas de bem, certamente prevalecerá, em detrimento do crime instalado.

D'URSO, Luíz Flávio Borges. A segurança pública no Brasil. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, VI, n. 13, ago 2003. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3957>. Acesso em: 10 jul. 2015. 
A linguagem utilizada nesse texto, predominantemente, é:
Alternativas
Q721022 Português
Prédio novo
Por Ivan Ângelo

   
        Tardezinha, homem vacilando entre a sesta e a televisão. Ele estava imerso naquela fuga da realidade que é “assistir sem assistir” à televisão, quando um som de música absurdamente alta irrompeu em sua sala com guitarras, bateria, sub woofer, tum-tum-tum, tibum-tibum. Vinha do apartamento ao lado, entrava pela parede e pelo hall. Recém-instalado no prédio novo, com vizinhos de hábitos desconhecidos, o homem temeu por seu futuro. Aquilo durou uns seis minutos e parou. Concluiu que o vizinho estivera testando os limites do seu home theater novo. O estrondo não se repetiu desde então, mas a bomba está lá, armada, pensa o homem, e não tira da cabeça o temor de nova e mais demorada invasão de sons infernais.
        Vizinhos são assim, incertos como loteria. E prédios novos são bombas armadas. O barulho é o campeão dos conflitos. Laje, piso e contrapiso comuns não seguram ruídos de saltos de sapatos, bolinha quicando, tropel de crianças, som alto de música ou televisão, movimentação de móveis, discussões, sopapos. Sábia, a mulher do homem havia mandado instalar, durante a construção, dupla manta acústica sob o contrapiso do apartamento de cima e também do seu próprio, sabendo que as construtoras fazem lajes cada vez mais finas para economizar material.
        Sabia que os sons não são assim dóceis, descobrem passagens pelos conduítes e caixinhas dos interruptores e tomadas. Nos prédios de dois apartamentos por andar, as unidades são espelhadas e muitas vezes as caixinhas de um lado correspondem a caixinhas do outro lado. No prédio novo, uma parede separava as suítes principais dos dois vizinhos. A mesma sábia mulher, ciosa da sua intimidade, mandou mudar de lugar a caixinha da cabeceira da cama e entupir o conduíte com lã de rocha.
          Com as primeiras famílias já morando, condôminos começam obras de reforma. Novos proprietários gostam de dar um toque pessoal ao novo apartamento. Não apenas um toque, na verdade; gostam de derrubar paredes, trocar pisos e azulejos, mudar fogão, abrir vãos, bolar teto, ampliar lavabo, incrementar iluminação. Poderiam ter dispensado o acabamento no final da construção, mas preferem quebrar tudo depois que a construtora entrega o apartamento acabado. A barulheira, o pó e o desgaste dos elevadores duram seis meses, no mínimo.
          Aos poucos, cresce o número de moradores. Começam os problemas nas garagens. Reclamam que os fluxos estão errados, as colunas estão erradas, os portões estão errados, a segurança é precária ... São quatro vagas por unidade, muitas inadequadas para carros maiores. Logo um ou outro precisa trocar o jipão por um compacto ou negociar a vaga ao lado. Uns mais folgados começam a estacionar em vagas vazias que não lhes pertencem, mais bem colocadas, o que leva a demoradas discussões nas primeiras assembleias de moradores.
        No dia a dia, constatam que a limpeza está péssima, os equipamentos da sala de ginástica vivem cobertos de pó, os brinquedos do playground deixam as crianças imundas, uma das faxineiras empurra água suja para dentro da piscina ... Ó céus. Uma assembleia decide terceirizar a limpeza.
        Alguns trazem cachorros, claro. Aparece um cheiro desagradável de xixi no elevador social. Daí a pouco, descobrem-se outras obras caninas no gramado do campo de futebol. Assembleia convocada às pressas decide: cães não podem passear nas dependências do condomínio; nos elevadores, só no colo. E se alguém trouxer um labrador?
        O mais recente problema: uma jovem está fazendo topless na piscina. Nada ostensivo ou ofensivo. Chega com as duas peças no lugar, procura espreguiçadeira livre ao sol, senta-se, tira a peça de cima, deita-se de bruços por uns vinte minutos, sentase sem tomar o cuidado de guardar as coisas, deita-se de costas, ajeita male-male a peça solta sobre as graças, cobre o rosto com o chapéu, fica mais vinte minutos, senta-se, veste a peça sem pressa, toma uma chuveirada e se vai.
        Não há nada previsto quanto a isso na convenção de condomínio. Cogita-se uma assembleia para discutir o assunto. Os homens acham que já houve assembleias demais para um prédio tão novo, fazem corpo mole. Enquanto isso, aproveitam o verão.
Fonte: Vejinha SP, Janeiro de 2011.
O nível de linguagem presente no texto é de Língua popular ou Língua cotidiana. Assinale a alternativa em que a palavra NÃO exemplifica, claramente, este nível de linguagem:
Alternativas
Respostas
1081: C
1082: C
1083: A
1084: D
1085: D
1086: D
1087: C
1088: B
1089: B
1090: A
1091: C
1092: E
1093: C
1094: A
1095: E
1096: C
1097: E
1098: C
1099: B
1100: E