Questões de Concurso
Sobre cirurgia geral em medicina
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Os anti-inflamatórios não esteroidais apresentam efeito teto no que diz respeito ao controle da dor.
O uso associado de opioides e antagonistas de receptores NMDA pode precipitar o aparecimento de hiperalgesia induzida por opioides.
Um dos mecanismos envolvidos na analgesia por opioides é a ativação de vias descendentes inibitórias da dor.
A arteriografia é raramente necessária para avaliar a área doadora para retalhos livres, entretanto, pode ser importante na avaliação da área receptora.
Entre os exemplos de retalhos microcirúrgicos estão as vísceras abdominais, como cólon, jejuno e omento.
As complicações específicas do retalho livre são vasculares, ocorrem principalmente nos membros inferiores e constituem, na na sua maioria, tromboses arteriais. Não há necessidade de anticoagulação no pós-operatório e devem ser evitados curativos compressivos.
O retalho microvascular doador deve ter um pedículo simples ou dominante. No caso de retalho muscular ou musculocutâneo, os tipos I, II, III e IV de Mathes-Nahai (1982) podem ser utilizados.
Nos melanomas do leito ungueal, deve-se preservar ao máximo o comprimento do dedo sem prejuízo da margem de ressecção, implicando, na maioria das vezes, amputação da falange distal.
O retalho do antebraço baseado na artéria ulnar, conhecido como retalho chinês, pode ser confeccionado com pedículo local ou ser transferido microcirugicamente. A patência dos arcos palmares, pelo teste de Allen, deve ser verificada, já que a artéria ulnar é sacrificada na confecção do retalho.
Nas reconstruções das extremidades dos dedos, o retalho de avançamento volar neurovascular, conhecido como Moberg, consiste em retalho de avanço em V-Y volar, com ápice do triângulo na prega de flexão da articulação interfalângica distal.
O músculo vasto lateral é considerado do tipo III de Mathes-Nahai (1982). O pedículo principal é da artéria femoral circunflexa lateral, e tem como principal indicação a cobertura de defeitos trocantéricos, sendo particularmente útil para reconstruções das ressecções da cabeça do fêmur.
O retalho músculocutâneo do reto femoral pode ser transferido superiormente com ou sem pele, para correção de defeitos no abdome, conferindo bom volume muscular. Deve-se assegurar que o tendão do quadríceps seja reconstruído após a sua utilização, suturando-se os tendões do vasto lateral ao vasto medial.
O retalho musculocutâneo do grácil, considerado tipo II pela classificação de Mathes-Nahai (1982) pode ser aplicado em reconstruções do períneo e úlceras isquiáticas, e pode ser confeccionado com ilha cutânea. Também pode ser utilizado como retalho livre microneurovascular para reconstruções musculares do antebraço e reanimação facial.
Uma unidade miocutânea baseada na artéria glútea superior do músculo glúteo máximo pode ser utilizada como retalho microvascular para reconstruções de mama.
Os músculos gastrocnêmio e solear podem ser utilizados para cobrir defeitos na perna. O gastrocnêmio é indicado para região anterior do joelho e terço superior da perna, enquanto o solear, para defeitos no terço médio e distal da perna. Ambos podem ser confeccionados com ilha de pele (retalho miocutâneo).
O retalho plantar medial tem como grande virtude o fato de ser um retalho com sensibilidade, e tem como pedículo vascular a artéria plantar medial, que é ramo terminal da artéria tibial anterior em um ponto do astrálago denominado sustentaculum tali.
Os retalhos musculares apresentam mais poder de vascularização do leito receptor e por isso são indicados nos casos de osteomielites, fraturas expostas e radiodermites.
Entre as formas de aumento do suprimento sanguíneo ao retelho miocutâneo do reto do abdome para reconstruções de mama, está a forma híbrida de retalho pediculado convencional, associada a uma ou mais anastomoses microvasculares entre vasos epigástricos profundos inferiores e toracodorsais ou mamários internos, conhecidos como TRAM supercarregado (supercharged TRAM).
Nas ressecções alargadas do esterno, a estabilização óssea nãoé uma preocupação adicional e o retalho utilizado para a reconstrução deve preencher o espaço vazio para evitar coleções e infecção.
Os retalhos de músculo retoabdominal, considerado tipo II pela classificação de Mathes-Nahai (1982), e de omento podem ser utilizados para reconstruções de defeitos na região esternal. O acesso ao músculo retoabdominal pode ser por incisão mediana, e o retalho, confeccionado com pedículo mobilizado superiormente; o omento pode ser mobilizado para o defeito esternal através de janela no diafragma.