Questões de Medicina - Dermatologia para Concurso

A pediculose do púbis é causada pelo Pthirus pubis que parasita os pelos da região genitoanal e, eventualmente, de coxas, tronco, axilas, barba, cílios, supercílios e margens do couro cabeludo. Ao contrário das demais pediculoses, não costuma cursar com prurido.

A tungíase é ocasionada pela Tunga penetrans e seu tratamento de escolha consiste no uso de ivermectina 200 μg/Kg de peso em dose única.

A cimidíase provoca lesões urticadas, pruriginosas, muitas vezes em disposição linear. As picadas ocorrem mais comumente em face, pescoço, braços e mãos. Podem ocorrer lesões à distância por sensibilização, inclusive lesões bolhosas.

Os quadros mais graves de miíase cavitária são causados pela espécie D. hominis e tem como tratamento padrão a retirada das larvas e o uso de ivermectina a 1% em propilenoglicol.

O agente etiológico mais frequente da larva migrans cutânea é o Ancylostoma caninum. A clínica consiste na presença de lesões lineares, salientes, eritematosas e serpiginosas, sendo as áreas mais afetadas tronco, axilas e pênis.

A prevalência de comorbidades psiquiátricas é menos frequente em pacientes dermatológicos do que na população em geral.

Os inibidores seletivos de recaptação de serotonina apresentam um bom perfil de segurança e costumam apresentar maior tolerabilidade em relação aos tricíclicos.

Estão descritos entre os efeitos adversos dos antidepressivos tricíclicos: boca seca, constipação, tonturas, visão turva, taquicardia e retenção urinária.

A doxepina é um antidepressivo tricíclico que tem propriedades anti‐histamínicas potentes e é usado para pacientes com prurido crônico e urticária, sendo uma opção ao uso de difenidramina e hidroxizine.

Os antipsicóticos podem ser usados principalmente nos transtornos delirantes, que têm como principais exemplos o delírio de parasitose e a dermatite artefacta.

2 – 3 – 3 – 1.

1 – 2 – 2 – 3.

1 – 1 – 2 – 3.

3 – 2 – 2 – 1.

1 – 3 – 2 – 3.

Caracterizada por polipose hamartomatosa intestinal e hiperpigmentação perioral típica. As lesões pigmentares são lentigos que se localizam preferencialmente ao redor dos lábios, mucosa oral, língua e nariz.

Caracterizada por polipose adenomatosa intestinal. Na pele, é típico surgirem áreas de hipermelanose lentiginosa, alterações ungueais atróficas e alopecia com características sugestivas da alopecia areata, podendo acometer também sobrancelhas, cílios, região axilar e pubiana.

Caracterizada pela presença de nódulos eritemato-violáceos dolorosos, mais tipicamente encontrados na face anterior da região tibial, presente em até 15% dos pacientes com doença inflamatória intestinal.

Caracterizada pela associação de manchas café-au-lait, sardas axilares e inguinais, neurofibromas cutâneos e neuromas plexiformes.

Nenhuma das alternativas acima define essa síndrome.

Complexo de Carney.

Síndrome de Leopard.

Pseudoxantoma elástico.

Esclerose tuberosa.

Síndrome de Ehlers-Danlos.

O xantoma tuberoso surge como pequenas pápulas, moles, amareladas, eritematosas, localizadas em áreas de pressão. São indolores e se agrupam formando lesões tumorais. Sua presença sugere elevação do colesterol sérico e LDL, mas também pode ser visto com aumento de triglicerídeos.

O xantoma tendinoso corresponde a nódulos firmes de tamanhos variados e observados em áreas sobre tendões. Estão associados à hipercolesterolemia familiar ou secundária.

O xantoma eruptivo caracteriza‐se por múltiplas pápulas, medindo de 1 a 4 mm, amareladas, com halo eritematoso. Ocorre mais comumente sobre pontos de pressão e superfícies extensoras dos braços. Ao contrário dos outros xantomas, pode ser pruriginoso.

Os xantelasmas são pápulas poligonais amareladas, localizadas nas pálpebras (mais comumente no canto medial). A grande maioria dos pacientes com xantelasmas apresenta dislipidemia, sendo os triglicerídeos a fração geralmente elevada.

O xantoma estriado palmar apresenta‐se como lesões planas, de amarelado a laranja, nas dobras palmares e que ocorrem apenas em pacientes com níveis elevados de colesterol e triglicerídeos.

3 – 2 – 1 – 3.

2 – 2 – 3 – 1.

3 – 1 – 2 – 1.

1 – 2 – 1 – 3.

3 – 2 – 1 – 1.

Estão associadas a doenças graves e potencialmente fatais, sendo rara sua ocorrência em condições crônicas comuns e benignas.

A morfologia da púrpura auxilia tanto em sua distinção quanto no mecanismo fisiopatogênico envolvido. Podem ser resultantes de um processo hemorrágico simples, uma hemorragia secundária à inflamação dos vasos ou uma hemorragia oclusiva com secundária inflamação mínima.

As púrpuras pigmentares crônicas e a púrpura hipergamaglobulinemia de Waldenström acometem vasos mais calibrosos da derme e costumam ser bastante inflamatórias.

A vasculite por IgG, mais conhecida como púrpura de Henoch Schönlein, é a vasculite mais comum da infância e geralmente se apresenta como pápulas eritematosas que surgem de forma ascendente, a partir da região distal dos membros inferiores e evoluem para púrpura palpável.

A poliarterite nodosa sistêmica é uma vasculite necrotizante de artérias de grande calibre com glomerulonefrite, associada ao ANCA.

No Lúpus Eritematoso Cutâneo Crônico (LECC), a alopecia cicatricial ocorre secundária à destruição folicular, caso não haja tratamento apropriado a tempo.

Lesões de Lúpus Eritematoso Cutâneo Subagudo (LECSA) e Agudo (LECA) no couro cabeludo podem gerar alopecia não cicatricial.

O eflúvio telógeno é uma manifestação inespecífica e não é indicativo de atividade de doença.

O uso do antimalárico pode ocasionar barba, cabelos e cílios acinzentados, hiperpigmentação difusa da pele e das bordas ungueais.

Alterações ungueais, como estilhas hemorrágicas, pitting, leuconíquia, onicólise, baqueteamento digital e lúnula vermelha podem ser encontradas.

V – V – V – V.

V – F – F – V.

F – V – F – V.

F – V – V – F.

V – F – V – F.

A pseudomona não é causa de erisipela.

A gangrena pode ser uma das complicações.

Pelo potencial de disseminação hematogênica, em todos os casos devemos colher hemocultura.

O diagnóstico nunca deverá ser empírico.

A penicilina, por ser antibiótico com grande resistência, já não deve mais ser utilizada.

Pênfigo

Hepatite B

Leishmaniose

Doença inflamatória intestinal

Lúpus eritematoso sistêmico

Se não houver droga substituta e a reação for leve, não é necessário descontinuar o tratamento.

A maioria das reações a drogas é resolvida pelo uso de corticoides orais; por isso a retirada dos medicamentos causadores das lesões não se faz necessária.

O prurido e a urticária não são controlados com corticoides tópicos e anti-histamínicos orais.

Nas reações mediadas por IgE (p. ex., urticária), é contraindicada a dessensibilização, quando há necessidade crítica de um fármaco, pois pode desencadear taquifilaxia.

Se ocorrer anafilaxia, o tratamento de escolha são os corticoides orais por um período curto.

A rinofima deve ser tratada com laser.

Não responde bem aos antibióticos tópicos.

A ivermectina tópica é uma alternativa para o tratamento.

Acomete as bochechas, mas não acomete os olhos.

A brimonidina deve ser usada para tratar as pústulas.

Vitiligo

Psoríase

Púrpura

Acantose nigricans

Eritema multiforme

Os emolientes incluem cremes, pomadas, vaselina, parafina e até óleos vegetais hidrogenados (óleos de cozinha). Reduzem a descamação e são mais eficazes quando aplicados 2 vezes/ dia e imediatamente após o banho. As lesões podem parecer avermelhadas quando a descamação diminui ou se tornam mais transparentes. Os emolientes são seguros e devem ser usados sempre que a psoríase em placas for leve a moderada.

Os corticoides sistêmicos são a melhor opção de tratamento pois dificultam a exacerbação da doença. A potência do corticosteroide é selecionada de acordo com a extensão da doença.

Os análogos da vitamina D3 tópicos, induzem a proliferação e diferenciação de queratinócitos normais. Só podem ser usados isoladamente pois a combinação com corticoides tópicos é deletéria, impedindo a recuperação da pele.

Inibidores da calcineurina (p. ex., tacrolimo e pimecrolimo), disponíveis na apresentação tópica, são em geral mal tolerados, não sendo tão efetivos como os corticoides.

O tazaroteno é um retinoide tópico. É mais efetivo que os corticoides como monoterapia, devendo ser usado isoladamente.

A dermatite das fraldas por Cândida é tratada trocando mais frequentemente as fraldas, usando fraldas descartáveis ultra-absorventes e creme de fluconazol, 2 vezes/dia.

As infecções intertriginosas são tratadas com agentes secativos (p. ex., compressas com solução de Burow aplicadas por 15 a 20 min em lesões secretantes). Formulações em pó nos calçados também são úteis, e antifúngicos tópicos. O tratamento oral está contraindicado.

Nas infecções vaginais por Cândida, os fármacos tópicos ou orais são altamente eficazes. Um regime de dose única de 150 mg de fluconazol aumenta a adesão ao tratamento. Butoconazol, clotrimazol, miconazol e tioconazol tópicos estão disponíveis sem receita médica.

A paroníquia por cândida é tratada protegendo-se a região contra umidade e administrado antifúngicos tópicos ou orais. Essas infecções são quase sempre resistentes ao tratamento. Cotrimazol a 4% em álcool aplicado à área afetada duas vezes/dia pode debelar a lesão.

Candidíase oral pode ser tratada dissolvendo uma pastilha de clotrimazol, 10 mg, na boca 4 a 5 vezes/dia, durante 14 dias. Outra opção é a suspensão de fluconazol oral (4 a 6 mL de uma solução de 100.000 unidades/mL), mantida na boca pelo maior tempo possível e então engolida ou expectorada 3 a 4 vezes/dia, continuando por 7 a 14 dias após os sinais e sintomas desaparecerem.

O impetigo não acomete a face.

A ectima é a forma ulcerativa do impetigo.

É uma infecção que acomete as camadas profundas da pele.

O stafilococos tem sido encontrado em até 40% dos casos.

O impetigo bolhoso é causado pela moraxella sp.

É pouco pruriginosa.

É uma doença aguda.

Não acomete os cotovelos.

Está associada à doença celíaca.

As lesões são preferencialmente vesiculares.

Não ocorre em mucosas.

É o mais comum dos tumores da pele.

Uma vez diagnosticado, não há tratamento curativo.

Devemos suspeitar quando há lesões violáceas na pele.

Os melanomas também podem se desenvolver na camada coroide do olho, nas leptomeninges.