Questões de Concurso
Comentadas sobre ginecologia e obstetrícia em medicina
Foram encontradas 2.594 questões
Uma das complicações mais comuns da primeira metade da gestação é a interrupção da gravidez antes de sua viabilidade, com feto pesando menos do que 500 gramas. Em relação ao abortamento, analisar a sentença.
O abortamento deve ser suspeitado em toda mulher em idade fértil que se apresente com sangramento via vaginal anormal (1ª parte). A associação do exame físico com a avaliação ultrassonográfica e a dosagem sérica da β-hCG permitem definir o diagnóstico e, posteriormente, classificar o quadro clínico (2ª parte). É interessante atentar para a presença de lesões no colo uterino, como lacerações ou perfurações, que possam sugerir tentativa de instrumentalização do útero com o objetivo de abortar uma gestação em curso (3ª parte).
A sentença está:
Sobre intervenções médicas na gestação que devem ser indicadas por ter benefício comprovado, analisar os itens.
I. Uso de corticoterapia antenatal entre 24 e 34 semanas de gestação em pacientes com risco de parto pré-termo.
II. Uso de sulfato de magnésio durante o trabalho de parto em gestações com menos de 32 semanas para neuroproteção fetal.
Está CORRETO o que se afirma:
Considerando-se a etiologia, os fatores de risco, o diagnóstico e o prognóstico das neoplasias do corpo uterino, avaliar se as afirmativas são certas (C) ou erradas (E) e assinalar a sequência correspondente.
( ) Em algumas circunstâncias, sobretudo em pacientes obesas, o sangramento pode não ocorrer, devido à estenose cervical, gerando a formação de hematometra ou piometra. Nesses casos, o toque vaginal e o exame abdominal eventualmente revelam massa amolecida na região hipogástrica, devido ao aumento do volume uterino. Em casos de doença avançada, pode ocorrer distensão abdominal secundária à ascite.
( ) O sangramento uterino anormal é o sintoma principal, mais comumente pós-menopáusico, estando presente em 75 a 90% dos casos, o que facilita a suspeição diagnóstica e seu reconhecimento precoce. O exame físico abdominal e pélvico geralmente é normal em pacientes nos estádios iniciais, já que não costumam apresentar útero aumentado ou doloroso.
Em relação ao parto pré-termo, assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE.
Numa gestação com tricomoníase, existe a estreita relação à ruptura prematura de membranas, o parto pré-termo e o baixo peso ao nascer. O recém-nascido pode infectar-se ___________________.
Em obstetrícia, logo após o parto, é imprescindível a avaliação/inspeção dos lóquios. Os lóquios referem-se ao sangramento vaginal e à descarga de tecido após o parto. São compostos por sangue, muco e tecido uterino, sendo uma parte normal do processo de recuperação pós-parto. Sobre o assunto, relacionar as colunas e assinalar a sequência correspondente.
(1) Lochia rubra.
(2) Lochia serosa.
(3) Lochia alba.
( ) Sangue vivo que é eliminado nos primeiros dias após o parto.
( ) Em torno do 10º dia após o parto, a eliminação fica esbranquiçada.
( ) Depois de 3 a 4 dias de pós-parto, a eliminação fica descorada.
Em relação à fisiopatologia das síndromes hipertensivas da gravidez (SHG), analisar os itens.
I. Na pré-eclâmpsia (PE), não há edema pulmonar devido ao aumento da permeabilidade vascular.
II. O descolamento da retina unilateral não ocorre na PE.
Está CORRETO o que se afirma:
Em relação às recomendações nutricionais na gestação, sobre vitaminas e minerais, analisar a sentença.
Vitamina B1 ou tiamina é necessária no metabolismo de proteínas, ácidos nucleicos e gorduras, sendo especialmente fundamental no metabolismo de carboidratos (1ª parte). Vitamina B2 ou riboflavina, ao combinar-se com o ácido fosfórico, faz parte de duas coenzimas: flavina denina mononucleotídeo (FMN) e flavina adenina dinucleotídeo (FAD) (2ª parte).
A sentença está:
O diagnóstico precoce e a datação correta da gestação são fundamentais para uma assistência pré-natal adequada. Considerando-se a classificação dos sinais e dos sintomas de gestação, relacionar as colunas e assinalar a sequência correspondente.
(1) Sintoma de presunção.
(2) Sinais de presunção.
(3) Sinais de probabilidade.
(4) Sinais de certeza.
( ) Alterações na vulva e na vagina (sinal de Chadwick – coloração violácea vaginal, cervical e vulvar).
( ) Alterações em forma e consistência do útero – sinal de Hegar (flexão do corpo sobre o colo uterino no toque bimanual) e sinal de Nobile-Budin (preenchimento do fundo de saco vaginal pelo útero percebido ao toque vaginal).
( ) Sinal de Puzos (rechaço fetal intrauterino).
( ) Mudanças no apetite (desejos alimentares, pica).
I. A principal causa da DHPN é a incompatibilidade do grupo sanguíneo Rh- antígeno D (cerca de 95%), que é um dos 50 antígenos do grupo Rh.
II. Quando o resultado do laboratório aparecer como “D fraco (Du)”, deve-se considerar Rh+; já quando mostrar “D parcial” e “DEL”, considera-se Rh-.
III. Quanto ao sistema ABO, em mães do grupo O com fetos do grupo A ou B, pode ocorrer anemia fetal de maneira relativamente frequente, com repercussões clínicas maiores ou necessidade de intervenção durante a gestação.
Está(ão) CORRETO(S):
(1) Abortamento retido.
(2) Gestação anembrionária.
(3) Abortamento inevitável.
( ) É definido pela presença de um saco gestacional com diâmetro médio de 25mm ou mais que não contém embrião.
( ) Costuma vir associado à diminuição ou ao desaparecimento completo dos sintomas habituais do início da gestação.
( ) É a ocorrência de sangramento vaginal e dor abdominal associada à dilatação cervical, podendo também ocorrer exteriorização de líquido amniótico.
I. Em indivíduos do sexo feminino, a falta de hormônio antimülleriano (AMH) permite a persistência dos ductos müllerianos. Esses ductos crescem no sentido caudal junto aos ductos mesonéfricos.
II. Com aproximadamente 10 semanas de gestação e durante sua migração caudal, as duas porções distais dos ductos müllerianos se aproximam na linha média e fundem-se antes mesmo de atingirem o seio urogenital. Os ductos fundidos formam um tubo, denominado canal útero-vaginal.
III. Em torno de 16 semanas, corpo e colo uterinos sofrem diferenciação, e a parede uterina se torna mais delgada. Inicialmente, o polo posterior do útero contém um septo na linha média que sofre dissolução para formar a cavidade uterina.
IV. A dissolução do septo uterino geralmente se completa em 20 semanas. As porções cranianas não fundidas dos ductos müllerianos se transformam nas tubas uterinas.
Estão CORRETOS:
I. O pico de velocidade sistólica na artéria cerebral média acima de 1,5 múltiplos da mediana indica alto risco de anemia fetal em gestantes com aloimunização anti-D.
II. A dopplervelocimetria das artérias umbilicais correlaciona-se com a porcentagem de vilosidades placentárias perfundidas.
III. A onda A do Doppler espectral do ducto venoso fetal representa a sístole do átrio direito fetal.
IV. Peso fetal estimado abaixo do percentil 10 para a idade gestacional associado a fluxo anormal à ultrassonografia com Doppler das artérias umbilicais é a melhor ferramenta para identificar restrição de crescimento fetal com alto potencial para efeitos adversos perinatais.
Estão CORRETOS:
(1) Restrição e crescimento precoce (< 32 semanas).
(2) Restrição e crescimento tardia (> 32 semanas).
( ) Incidência entre 3-5%, insuficiência placentária leve, idade recomendada para o parto > 37 semanas.
( ) Incidência entre 1-2%, insuficiência placentária grave, idade recomendada para o parto < 37 semanas.
( ) Hipoxemia fetal leve, tolerância à hipóxia baixa, morbidade neurológica em longo prazo.
( ) Hipoxemia fetal grave, tolerância à hipóxia alta, morbidade sistêmica em longo prazo.
I. O diagnóstico de gestação múltipla deve, preferencialmente, ser realizado por ultrassonografia (US) de primeiro trimestre (entre 7-13 semanas), bem como pela determinação da idade gestacional (IG), da corionicidade e da amnionicidade.
II. A datação da gestação deve ser realizada pela medida do comprimento cabeça-nádega (CCN). Quando houver discordância, o maior dos dois CCNs deve ser utilizado, evitando-se, assim, o risco de estimar a IG por um feto com alteração precoce do crescimento.
III. A corionicidade deve ser determinada pelo número de massas placentárias, pelo sinal do lambda ou do T e/ou pela presença e espessura de membrana(s) amniótica(s).
Está(ão) CORRETO(S):