Questões de Concurso
Comentadas sobre conceitos fundamentais em museologia
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Nesse contexto, sua importância se destaca quando consideramos que a Constituição de 1988
CARSALADE, Flávio de Lemos. Permanência e transformação na memória e no ambiente. In: PINHEIRO, A. R. S. (org.) Cadernos do patrimônio cultural: educação patrimonial. Fortaleza: Secultfor: Iphan, 2015.
De acordo com a reflexão apresentada no texto acima, as políticas de preservação podem ser entendidas como
Nele, o jogador alterna três perfis de navegação (Turista, Acadêmico e Morador), e em cada um deles tem acesso a perspectivas e informações diversas ao concluir tarefas determinadas.
Esse recurso do jogo é eficaz em promover a
I. A economia criativa potencializa a diversidade cultural brasileira como elemento estratégico para o desenvolvimento sustentável.
II. Guiar as ações segundo a lógica de mercado é essencial para integrar ganho econômico e valorização do patrimônio cultural.
III. O estímulo à inovação pode ser conciliado com a preservação de valores tradicionais e criar oportunidades econômicas.
Está correto o que se afirma em
Quanto aos princípios que devem nortear esse tipo de ação, assinale a afirmativa incorreta.
Com relação ao tema, assinale a afirmativa correta.
Ao contrário do que aconteceu em outros países, a política de patrimônio que começou no Brasil foi formulada por intelectuais modernos, que não estavam ligados a uma ideia romântica de passado, mas que partiam do princípio de que havia uma possibilidade de conciliação entre a preservação e a construção do futuro.
ALMEIDA, Luiz Fernando de. Patrimônio e sustentabilidade: a trajetória do Iphan. In: TORELLI, L. P. (org.). Patrimônio cultural e desenvolvimento sustentável. Brasília: Iphan, 2012.
O trecho acima indica uma noção de sustentabilidade presente no ideário que deu início às políticas de preservação no Brasil.
O texto pensa a sustentabilidade na relação entre
O território em que vivemos é mais que um simples conjunto de objetos, mediante os quais trabalhamos, circulamos, moramos, mas também um dado simbólico. A linguagem regional faz parte desse mundo de símbolos, e ajuda a criar esse amálgama, sem o qual não se pode falar de territorialidade. Esta não provém do simples fato de viver num lugar, mas da comunhão que com ele mantemos. SANTOS, Milton. O Espaço do Cidadão. São Paulo: EDUSP, 2007.
Segundo o texto acima, assinale a opção que articula, corretamente, as noções de patrimônio cultural, território e pertencimento.
É relativamente recente a ideia de política cultural com a abrangência que lhe atribuímos hoje. Seu ponto de partida foi a tomada de consciência de que a qualidade de vida nem sempre melhora com o avanço da riqueza material. (...) Refiro-me aos segmentos populacionais que, embora conheçam uma significativa elevação do seu nível de vida material, continuam prisioneiros de estreitos padrões culturais.
FURTADO, Celso. O capitalismo global. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
O trecho acima articula a questão do desenvolvimento com a importância das políticas culturais. Com base no texto, assinale a afirmativa correta.
( ) Visam substituir os instrumentos oficiais de identificação de patrimônio por uma atividade que envolve a participação da comunidade.
( ) Colocam a comunidade em contato com os princípios e as técnicas da pesquisa de campo e do levantamento documental.
( ) Envolvem a construção dialógica do conhecimento acerca do território e do convívio como componentes do patrimônio cultural.
As afirmativas são, respectivamente,
Pensar em patrimônio agora é pensar com transcendência, além das paredes, além dos quintais, além das fronteiras. É incluir as gentes. Os costumes, os sabores, os saberes. Não mais somente as edificações históricas, os sítios de pedra e cal.
Iphan. Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. 3ª ed. 2008. (Folder Institucional).
Assinale a opção que apresenta o significado de “pensar com transcendência.”
Iphan. Patrimônio cultural e desenvolvimento sustentável. Brasília, DF: Iphan, 2012. (Adaptado).
Assinale a opção que descreve corretamente a concepção de patrimônio exposta no trecho acima.
Importantes museus brasileiros que fecharam as portas por problemas estruturais
No país, há, aproximadamente, 3.879 museus catalogados no Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Desses, há diversos relatos de unidades que tiveram que encerrar suas atividades por falta de recursos para se manter ou dificuldades estruturais. Não existe um levantamento oficial sobre museus fechados no Brasil. Além daqueles que encerraram as atividades de modo permanente ou temporário – em muitos casos reabrindo mais de cinco anos depois –, há aqueles que passam a limitar suas atividades à pesquisa e deixam de atender o grande público.
(Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/ Acesso em: julho de 2024.)
De acordo com Política Nacional de Museus – Lei nº 11.904/2009 (Estatuto dos Museus), a criação, a fusão e a extinção de museus:
Extrapolar a sede e romper com a ideia ultrapassada de extramuros são dois exemplos concretos de superação, pois os limites da instituição não podem ser as paredes de uma edificação; o museu não é e não está em um prédio, como a ação do museu não se limita a esse espaço. Esse museu precisa do território, da diversidade de públicos e das diferenças culturais para educar e se educar sucessivamente.
(CURY, 2016a:168.)
A museologia no Brasil vem avançando com algumas referências internacionais, mas com aportes específicos. Dentro da perspectiva das funções dos museus e novas concepções sobre conhecimento e saber, os museus:
Os museus, desde sua matriz moderna desenvolvida entre fins dos séculos XVIII e começo do XIX, foram concebidos como instituições públicas voltadas à execução de um papel social. Historicamente, o entendimento sobre qual deveria ser o papel social a ser desempenhando pelos museus sofreu alterações, a partir de diversos projetos políticos e institucionais, e das próprias discussões que se deram no âmbito da Museologia. Assim, se os museus do século XIX europeu eram concebidos como um recurso educacional (ou disciplinatório) para as massas, esse papel foi adquirindo nuanças e alterando-se no decorrer do século XX.
(AIDAR, Gabriela, 2001.)
Um momento de ruptura deu-se com o desenvolvimento da Nova Museologia, a partir de 1960. Essa vertente, entre outros fatores:
[...] A centralidade da comunicação museológica está na recepção, posto que não se inicia e tampouco encerra-se no museu, mas no meio cultural e no cotidiano das pessoas. Isso não diminui o papel do museu, e da exposição, mas o recoloca em outros termos, sobretudo no que se refere à integração do processo comunicacional entre as condições de produção, veiculação de mensagens e recepção. Os estudos de recepção, por sua vez, viabilizam o entendimento de como os processos comunicacionais engendrados pelos museus aproximam-se ou distanciam-se da cultura, partindo do pressuposto que cada visitante é um representante da cultura que vive.
(MARTIN-BARBERO, Jesus. 1997.)
No excerto anterior, que considera que “cada visitante é um representante da cultura que vive”, percebe-se uma concepção mais democrática da museologia. Trata-se de uma característica
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a educação patrimonial se constitui especificamente de processos educativos formais que têm como foco o patrimônio cultural.
I. Os modelos contemporâneos de Museologia têm buscado superar o caráter limitado do modelo custodial/tecnicista ao incorporar contribuições teóricas e práticas que surgiram ao longo do século XX, como os ecomuseus e a Nova Museologia. A Nova Museologia, especificamente, redefiniu o papel do museu, transformando-o de uma instituição voltada para a transmissão de conhecimento para um veículo de expressão da identidade comunitária.
II. O movimento dos ecomuseus, inicialmente associado ao impacto de ideias ambientalistas e à criação de museus ao ar livre, foi consolidado pelo movimento da Nova Museologia, que incorporou a participação comunitária no tratamento e cuidado do patrimônio. A Declaração de Quebec, de 1984, formalizou o Movimento Internacional para uma Nova Museologia (MINOM), estabelecendo uma rede de conceitos fundamentada em território, patrimônio e comunidade.
III. As tecnologias digitais também desempenharam um papel crucial na transformação dos museus contemporâneos. O conceito de museu virtual não só reconfigura o papel das exposições e dos acervos, mas também transforma os museus em sistemas de informação. A musealização de objetos imateriais, como as tradições orais, rituais e artes do espetáculo, deixou de ser um desafio teóricos para uma refulgente prática de campo.
IV. A musealização refere-se ao processo de transformação de objetos materiais e imateriais em testemunhos históricos. No entanto, somente a partir de 1972, o conceito de patrimônio passou a incluir a dimensão imaterial, dada pela Convenção da UNESCO de 1972, sobre a proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural.
V. O desenvolvimento da Nova Museologia e dos ecomuseus contribuiu diretamente para a problematização do papel tradicional do museu, ampliando sua função para além da simples exposição de objetos materiais. A perspectiva contemporânea busca integrar os museus como agentes de transformação social, o que se reflete no movimento dos museus virtuais, que dispensam o edifício físico e os acervos tradicionais, redefinindo completamente a função da instituição museal.
É correto afirmar que há: