Questões de Biomedicina - Análises Clínicas para Concurso

Amostras de soro destinadas às sorologias devem ser armazenadas em geladeira no prazo máximo de 10 dias ou até 30 dias e congeladas a - 20ºC.

Após a retração do coágulo, o soro pode ser separado de duas maneiras: espontânea ou mecânica. Na separação mecânica, deve-se aspirar e transferir cuidadosamente o soro para um tubo limpo, previamente identificado.

O sangue para o teste de quantificação de linfócitos CD4 deve ser coletado em tubo contendo solução de EDTA e transportado em temperatura ambiente, não excedendo a 37°C.

Líquidos cavitários (líquor, líquido pleural, pericárdico, ascítico e sinovial) não necessitam ser enviados ao laboratório no mesmo dia da coleta e devem ser mantidos à temperatura ambiente.

Para o exame de baciloscopia de suspeita clínica de tuberculose, uma das amostras ideais é o escarro, que deve ser colhida preferencialmente ao deitar-se.

Para exame parcial de rotina, visando à pesquisa de substâncias anormais e ao exame do sedimento (EAS), deve-se coletar a primeira micção da manhã, já que fornece amostra relativamente volumosa e bem conservada.

A cor da urina varia normalmente de amarelo-citrino a amarelo-avermelhado, conforme o grau de concentração, que depende, principalmente de 2 (dois) pigmentos: urocromo e urobilina.

Normalmente, elimina-se pela urina quantidade insignificante de proteína, não demonstrável pelos meios habituais de exame. Em condições patológicas, a albuminúria pode oscilar dede 200mg até 50g por litro, excepcionalmente.

A presença de cilindros hialinos no sedimento urinário é quase patognomônico da glomerulonefrite crônica, nefrosclerose e amiloidose renal, representando sempre sinal de gravidade.

Em condições normais, o número de hemácias no sedimento urinário não deve exceder, pela técnica habitual, a duas ou três por campo microscópico de grande aumento.

Em infecções virais, a amostra para cultura virai deve ser colhida logo no início da fase aguda, antes que o vírus deixe de ser excretado nas secreções do indivíduo infectado.

Para a pesquisa do RNA virai, as principais técnicas moleculares utilizadas são o RT-PCR e o qRT-PCR, que permitem detectar o ácido nucleico virai até, aproximadamente, o oitavo dia após o aparecimento dos sintomas.

Similares às amostras do exame bacteriológico, existem algumas amostras melhores que outras para o diagnóstico de infecções fúngicas a exemplo de aspirados de ossos e articulações para cultura fúngica.

Nenhum meio de cultura isoladamente é suficiente para isolar todos os fungos clinicamente importantes, e é usualmente aceito que devam ser utilizados, pelo menos, 2 (dois) tipos de meios, seletivo e não seletivo.

Uma vez inoculada, as culturas fúngicas devem ser incubadas em anaerobiose, em uma temperatura adequada e por um período suficiente para assegurar a recuperação dos fungos a partir das amostras clínicas.

Os meios comerciais devem ser hidratados em pequena quantidade de água até que todo o meio fique úmido e só depois deve-se acrescentar o restante da água.

Sempre que for usado o termo "esterilizar por filtração", usar o filtro com porosidade de 0,22 micrômetros, recomendado para partículas bacterianas.

Para o controle de crescimento, sempre que possível usar cepas ATCC, que são cepas de referências de origem e padrão definido de provas para a sua caracterização.

O meio ágar chocolate é uma modificação do meio ágar sangue quando o sangue ou a hemoglobina são adicionados ao meio base já frio e possibilita o crescimento de poucas bactérias.

Para o teste de susceptibilidade aos antimicrobianos por disco-difusão, o meio ágar Muller-Hinton é o recomendado, levando-se em consideração que o máximo de 5 discos devem ser colocados em placas de 9 cm de diâmetro.

Para colheita de urina para urocultura, deve-se orientar o paciente para que despreze o primeiro jato e não realize assepsia íntima com sabonetes ou produtos contendo substâncias bactericidas.

Para pacientes assintomáticos, a contagem de Unidades Formadoras de Colônias que caracteriza uma infecção urinária observada após cultura adequada da urina é ≥ 10⁵ UFC/ml.

O exame bacteriológico de fezes encontra sua utilização máxima no diagnóstico etiológico de gastroenterite aguda autolimitada, caracterizada por diarreia sem a presença de muco e/ou sangue.

O diagnóstico de Escherichia coli enteropatogênica clássica não deve ser baseado em soros polivalentes, mas por meio de sorotipagem específica com soros monovalentes.

Após colheita das fezes, a amostra deve ser transportada imediatamente para o laboratório para prevenir acidificação das fezes, que é tóxica par alguns microrganismos, como a Shigella, por exemplo.