Questões de Concurso
Sobre hematologia nas técnicas em laboratório em técnicas em laboratório
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Após o nascimento do bebê, as contagens de plaquetas menores que 10.000/mm³ exigem a investigação imediata de trombocitopenia neonatal aloinume (TNA). Nessa investigação, a contagem de plaquetas da mãe é normal, diferenciando-se da púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) materna. O diagnóstico de TNA baseia-se na demonstração de incompatibilidade relevante entre o plasma da mãe e as plaquetas do pai biológico.
O grupo sanguíneo Duffy é o que apresenta a maior diversidade de distribuição de grupos antigênicos nas diferentes etnias. O antígeno Fya possui uma alta frequência em asiáticos e uma baixa prevalência em negros.
A albumina é uma proteína plasmática natural obtida a partir do plasma de doadores. Apresenta peso molecular (PM) entre 66.000 a 69.000, sendo composta por 584 aminoácidos. A albumina é a maior proteína sintetizada no fígado e representa cerca de 50% da síntese hepática de proteínas (100 a 200mg/kg/dia).
A maioria dos antígenos do grupo Stell é resultante de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs), os quais já foram quase todos descritos, com exceção de alguns antígenos como o Stell5.
O fenótipo KELnull é caracterizado pela fraca expressão dos antígenos kell, devido a falta ou mutações na proteína XK, a qual os antígenos kell são ligados, e pela presença de acantócitos no sangue periférico. A partir desse fenótipo, temos a chamada Síndrome de KELnull, que incluem sintomas como a cardiomiopatia, distrofia muscular e perda dos reflexos.
A administração da imunoglobulina anti-D no período de pós-parto aumenta significativamente o risco de aloimunização materna.
A medição do pH é essencial no controle da qualidade da água, onde o pH da água potável deve ser mantido em um intervalo específico para garantir a segurança e a saúde pública. Em processos biológicos, o pH do sangue humano é rigidamente regulado em torno de 7,4, e desvios significativos podem indicar condições médicas graves.
Para a preservação de componentes sanguíneos, é recomendável utilizar soluções de glicose pura. A glicose fornece uma fonte imediata de energia para as células, o que aumenta a sua viabilidade durante períodos prolongados de armazenamento. Essas soluções são particularmente eficazes na preservação de plasma, já que a glicose ajuda a manter as proteínas plasmáticas em seu estado funcional.
Para o armazenamento de plaquetas, é recomendado
manter os concentrados de plaquetas em repouso
absoluto, sem agitação, e a uma temperatura ambiente
de 18°C a 22°C. Esse método evita a ativação prematura
das plaquetas e prolonga sua validade para transfusões,
permitindo que sejam armazenadas por até 15 dias sem
perderem sua funcionalidade.
Os anticoagulantes mais eficazes para a preservação de componentes sanguíneos são os à base de cloreto de sódio. Esse composto impede a coagulação do sangue ao inibir a ação do cálcio, tornando-o ideal para a armazenagem a longo prazo de plaquetas e glóbulos vermelhos. Além disso, o cloreto de sódio mantém o pH do sangue estável, garantindo a integridade celular durante o armazenamento.
O sistema de grupos sanguíneos ABO foi descoberto por Karl Landsteiner em 1901 sendo fundamental para a compatibilidade em transfusões de sangue. Além dos grupos A, B, AB e O, há variantes raras, como o grupo Bombay, que não possui antígenos A ou B. No sistema Rh, o fator RhD é o mais relevante, com indivíduos sendo classificados como Rh positivo ou Rh negativo. No entanto, existem mais de 50 antígenos no sistema Rh, incluindo C, c, E, e, que podem causar reações transfusionais se não forem compatíveis.
Os exames pré-transfusionais são essenciais para garantir a segurança das transfusões de sangue. Antes de qualquer transfusão, são realizados testes como a tipagem sanguínea e a prova cruzada. A prova cruzada, também conhecida como compatibilidade cruzada, verifica a compatibilidade entre o sangue do doador e o do receptor para evitar reações transfusionais. Além disso, é importante testar a presença de anticorpos irregulares no sangue do receptor, pois eles podem causar reações adversas graves durante a transfusão.
A coleta de hemocomponentes é um processo crítico que envolve a extração de diferentes componentes do sangue, como plaquetas, plasma e hemácias, utilizando um separador celular automatizado. Esse procedimento garante a obtenção de componentes específicos para transfusões, maximizando a utilização de cada doação de sangue. É essencial que a coleta ocorra em condições estéreis e que os doadores sejam rigorosamente triados para evitar contaminações e reações adversas nos receptores. A temperatura de armazenamento do plasma coletado deve ser mantida entre 1°C e 6°C para preservar a sua funcionalidade.
Após a coleta, a preparação dos hemocomponentes requer a centrifugação do sangue total, separando-o em seus principais componentes: hemácias, plasma e plaquetas. Cada componente é então processado e armazenado em condições específicas para garantir sua viabilidade terapêutica. Por exemplo, as plaquetas precisam ser armazenadas a uma temperatura constante de 22°C, com agitação contínua para evitar a agregação. Além disso, os hemocomponentes devem ser rotulados corretamente com informações detalhadas sobre o doador, data de coleta e tipo de componente, garantindo a rastreabilidade e a segurança do processo transfusional.
As doenças transmitidas por transfusão de sangue, como hepatites virais, retroviroses, doença de Chagas, sífilis e malária, são facilmente detectadas e erradicadas com a simples adição de anticoagulantes especiais ao sangue coletado. Esses anticoagulantes têm a capacidade de neutralizar todos os patógenos presentes, tornando desnecessária a realização de testes específicos antes da transfusão. Além disso, uma vez tratada com esses anticoagulantes, a necessidade de monitoramento posterior do paciente para essas doenças é eliminada, garantindo transfusões 100% seguras e livres de contaminação.