Ao discutir a avaliação do rendimento escolar como
instrumento de gestão educacional, Sandra M. Z. L.Sousa
(in Oliveira, 2013, cap. 10) afirma que “O discurso que
enfatiza a urgência de se enfrentar e resolver o deteriorado quadro da realidade brasileira, particularmente do ensino básico, é hoje ‘unanimidade nacional’. Observa-se, no
entanto, que os argumentos que têm sido mais utilizados,
particularmente pelos responsáveis pela gestão das políticas educacionais, não são aqueles que se sustentam na
luta pela educação, enquanto direito do cidadão e condição
para sua participação política e social”. Sob o argumento
de “ser a educação condição para o desenvolvimento econômico e para inserção do Brasil no grupo dos países mais
desenvolvidos”, governo federal e governos estaduais vêm
estimulando iniciativas que se orientam por uma visão interna da escola, tomando-a como “um ‘micro sistema’ educacional incumbido da construção do ‘sucesso escolar’”.
Este encaminhamento, ao mesmo tempo que estimula a
competição entre as escolas e as responsabiliza individualmente pela qualidade de ensino, defende o Estado mínimo
e re-situa, no campo educacional, o compromisso do poder
público, cabendo a ele