Questões de Concurso
Comentadas sobre teorias e práticas para o ensino de história em pedagogia
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Analise as afirmativas abaixo acerca da Teoria e da Metodologia da História.
1. A Metodologia é um conjunto de procedimentos técnicos voltados à realização de uma tarefa ou à resolução de problemas.
2. A teoria poderia ser traduzida como a maneira pela qual os homens de determinados períodos buscaram entender o processo histórico (teoria – fazer/escrever a História).
3. A metodologia poderia ser traduzida como a maneira pela qual os homens de determinados períodos escreveram a História (metodologia – “ver/saber” a História).
4. Se a teoria está preocupada em como “ver/ saber” a História, a metodologia está preocupada em como “fazer” a História.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Considere o fragmento abaixo:
"Pensar nos lugares, nos papéis, na importância formativa da História no currículo da Educação básica requer concebê-la como conhecimento e prática social, em permanente (re)construção, um campo de lutas, um processo de inacabamento. Um currículo de História é, sempre, produto de escolhas, visões, interpretações, concepções de alguém ou de algum grupo que, em determinados espaços e tempos, detém o poder de dizer e fazer."
(Fonte: Silva, M. A. da, & Fonseca, S. G. (2010). Ensino de História hoje: errâncias, conquistas e perdas. Revista Brasileira De História, 30(60), 13−33.)
Com base no texto, é correto afirmar que:
A eficácia da linguagem cinematográfica parece ser maior quando se trata do emprego de filmes com a finalidade de sugerir ao estudante a possibilidade de pensar em diferentes temporalidades. O filme deixa de ter o papel de fixar determinada imagem de uma época; no entanto, passa a apontar mudanças ou permanências, continuidades ou rupturas. Ao valer-se de filmes (ficção e documentários) sobre a Idade Média, o educador deve estar ciente de que o bom aproveitamento da projeção dependerá de sua atuação. Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir.
I. Deve-se esclarecer a natureza ficcional, os compromissos estéticos e as vinculações ideológicas de determinadas obras.
II. É preciso colocar o conteúdo em discussão, distinguindo o real e o imaginário da época enfocada.
III. É necessária a explanação de que um filme tem mais a dizer sobre a época retratada do que o momento em que foi produzido.
IV. É essencial elucidar aos alunos que, por vezes, a época retratada torna-se apenas um pretexto para se contar uma história contemporânea.
Estão corretas as afirmativas
É preciso deixar claro que não é proposta do ensino básico a formação de pequenos historiadores. O que importa é que a organização dos conteúdos e a articulação das estratégias levem em conta esses procedimentos para a produção do conhecimento histórico. Com isso, evita-se passar para o educando a falsa sensação de que os conhecimentos históricos existem de forma acabada, e assim são transmitidos. Ao trabalhar os processos históricos com os alunos o professor deve, EXCETO:
Nas últimas décadas do século XX, a produção historiográfica e educacional acadêmica aumentou sua presença na indústria cultural. Assim, além do Estado, do mercado editorial, a mídia também se fez presente na discussão sobre o que ensinar em história aos milhões de jovens que frequentam as escolas brasileiras. Desta forma, discutir o ensino de história, hoje, é pensar os processos formativos que se desenvolvem nos diversos espaços, é pensar fontes e formas de educar cidadãos, numa sociedade complexa marcada por diferenças e desigualdades. Analisando a história da educação no contexto das mudanças sócio-históricas ocorridas no Brasil pós-1964 podemos afirmar que, EXCETO:
O pensar historicamente é fundamental para que os alunos tenham a capacidade de conceber diferentes modos de viver. O anacronismo, compreendido como o grande pecado do historiador, tem uma relação diferente com o ensino de História, pois
Assinale a alternativa que apresenta um recurso didático considerado ainda pouco tradicional para a disciplina de História.
Considere a seguinte situação:
A professora de História do 5º ano de uma escola pública municipal pediu para que os seus alunos trouxessem para a sala de aula uma imagem que exemplificasse o chamado "tempo cronológico". Somente quatro alunos trouxeram. Desses quatro alunos, somente um compreendeu a atividade ao levar uma imagem correta (que dialoga com o conceito indicado).
Assinale a alternativa que apresenta o(a) aluno(a) que entendeu o conceito de "tempo cronológico".
O método orienta-se também para o atendimento da formação intelectual dos alunos. Um dos objetivos centrais dessa prática é o desenvolvimento da capacidade de observação do educando. A observação como procedimento de investigação em um estudo do meio é destacada por Lídia Possi: observação simples, observação participante e observação sistemática.
(Circe Maria Fernandes Bittencourt, Ensino de História: fundamentos e métodos)
Lídia Possi define a observação participante como
[…] consiste em atribuir aos homens do passado nossas próprias razões ou sentimentos, interpretando a história em função de critérios inadequados, válidos para outras épocas. Trata-se, com efeito, de distorção grave, que implica explicações que comprometem totalmente a compreensão do processo histórico.
(BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional do Livro Didático – Guia de livros didáticos. Brasília, 1999. Apud Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli, Ensinar História)
É correto afirmar que, no excerto, há uma definição de
Alguns conceitos históricos podem ser considerados universais pois são válidos em diferentes momentos históricos, como monarquia, república, industrialização, constituição, cidade, família. Outros são mais específicos a um momento ou a um espaço determinado, como imigração e índios. Além dessa característica de universalidade, existem conceitos que se referem a fenômenos particulares ou únicos no tempo e no espaço, como bandeirismo e tropeirismo.
(Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli, Ensinar História)
Ainda sobre essa temática, na obra citada, as autoras mostram dois principais problemas na lida com conceitos no ensino de História. Assinale a alternativa que apresenta esses problemas.
[…] o ensino de História no Brasil passou por várias transformações, que acompanharam, muitas vezes, as mudanças ocorridas na organização e nas propostas educacionais brasileiras. Assim, podem-se apontar, pelo menos, três fases características desse ensino: a fase que se pode denominar de ensino tradicional, a fase em que predominou o ensino de estudos sociais e a fase atual, de ensino da História.
(Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli, Ensinar História)
Assinale a alternativa que apresente corretamente a função do ensino de História na fase atual, segundo Schmidt e Cainelli.
Diante da proposta ampla de possibilidades de aprofundamentos de estudos na disciplina de história para o primeiro ciclo do ensino fundamental segundo o PCN - História cabe ao professor:
Marque a alternativa INCORRETA:
Quanto à metodologia do ensino de história, um dos temas fundamentais de reflexão corresponde ao uso de recursos iconográficos em sala de aula. Assinale a alternativa que indica a recomendação da literatura especializada ao professor acerca da utilização desses recursos.
A consolidação dos Estados nacionais, durante o século 19, foi um fenômeno profundamente associado à emergência de uma historiografia cujo centro era a nação.
MOREIRA, Vânia. O ofício do historiador e os índios: sobre uma querela no Império. In: Revista Brasileira de História, São Paulo, vol. 30, n. 59, p. 53- 72, 2010, p. 54, com adaptações.
Com base nas relações entre história, ensino de história e as identidades no Brasil, assinale a alternativa correta.
[...] o uso de documentos no ensino de História pode ajudar na relação entre assimilação e interpretação dos documentos históricos e de como essa prática pode influenciar na construção do conhecimento. Quando analisamos o quadro em que estão situadas as práticas pedagógicas e as incansáveis buscas pelo conhecimento, observamos que vivemos, indiscutivelmente, em uma era de informações associadas às imagens. Saber interpretar corretamente signos visuais tornou-se uma necessidade aos acadêmicos, docentes e futuros docentes.
Adaptado de BARBOSA, Arthur Manoel Andrade. O uso de documentos como prática pedagógica no ensino de história. Anais III ENID / UEPB... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em https://www.editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/4644.
O autor do Texto XI discute como a Didática, no campo específico do ensino de história, utiliza documentos como forma de
DATAS 1492,1792,1822,1922. Datas. Mas o que são datas?
Datas são pontas de icebergs. O navegador que singra a imensidão do mar bendiz a presença dessas emersas, sólidos geométricos, cubos e cilindros de gelo visíveis a olho nu e a grandes distâncias. Sem essas balizas naturais que cintilam até sob a luz noturna das estrelas, como evitar que a nau se espedace de encontro às massas submersas que não se veem?
Datas são pontas de icebergs. (...)
Adaptado de BOSI, Alfredo. O tempo e os tempos. In: NOVAES, Adauto (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Para o autor do Texto VI, o uso de datas no ensino de história é
A temática indígena é bem complexa. É preciso apresentar os povos indígenas para as pessoas, além de lembrar as crianças e os jovens que há diferentes momentos de contato dos indígenas com a sociedade brasileira. É preciso esclarecer, informar, mostrar que há uma diversidade cultural linguística, uma diversidade de relações sociais e étnicas. É fundamental levar a temática indígena à escola para quebrar a lógica que a narrativa hegemônica tem apresentado, que quase sempre coloca os povos indígenas no contexto de inferioridade. Só quem pode fazer essa desconstrução é justamente a escola. Primeiro, é preciso fazer uma reforma na mente dos professores, e isso não é uma coisa muito fácil, embora já tenha tido muitos avanços. Agora, os professores não se conformam mais em simplesmente celebrar uma data comemorativa no dia 19 de abril; eles estão questionando; pelo menos, o professor e a professora já se sentem incomodados com o tipo de conteúdo que lhes é obrigado, que lhes é imposto pela própria estrutura escolar.
Disponível em https://porvir.org/daniel-munduruku-o-professor-deve-seperguntar-qual-e-o-indigena-que-mora-dentro-de-mim/. Adaptado.
A partir da lógica apontada pelo premiado escritor Daniel Munduruku, pertencente ao povo indígena Munduruku, apresentada no Texto V, é necessário tratar da temática indígena no Brasil tendo como partida a ressignificação
A seleção e a análise de documentos como parte da metodologia de ensino de História
Julgue o item subsequente.
Sobre o ensino e a construção de conhecimentos de
História local, consta como orientação dos PCN's de
História para o Ensino Fundamental, a produção de
fontes orais, como depoimentos de pessoas mais velhas,
histórias contadas por antigos moradores, contemplando
diferentes grupos sociais.