Questões de Relações Internacionais - Atores e Instituições para Concurso
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As relações do Brasil com os países do istmo centro-americano foram historicamente marcadas pelo baixo adensamento diplomático, por incipientes laços econômicos e comerciais e pelo esforço brasileiro de distanciamento em relação aos conflitos observados em Honduras, na Nicarágua e em El Salvador, tendo ganhado impulso, recentemente, com a criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos.
Apesar da importância política e econômica de ambos os países no contexto latino-americano, e mesmo no plano continental, as relações entre o Brasil e o México são condicionadas, historicamente, por diferentes opções e prioridades de política externa e de inserção internacional e regional, e por dificuldades de complementariedade econômica e comercial.
As relações entre o Brasil e os EUA são tradicionalmente pautadas por fortes convergências quanto a valores e princípios no que tange à governança democrática; por conflitos, notadamente no campo comercial; e por diferentes abordagens a temas da agenda global, como mudança climática, enfrentamento ao terrorismo e, mais recentemente, à guerra na Ucrânia.
A cooperação entre o Brasil e os países africanos não se limita ao intercâmbio comercial. Vários acordos de cooperação estão vigentes, sobretudo com países de língua portuguesa, e no seio da CPLP, criada oficialmente no governo de Fernando Henrique Cardoso, em áreas de intercâmbio universitário, cooperação educacional, científica e tecnológica, programas de capacitação profissional, entre outros.
A construção do corredor logístico de Nacala, em Moçambique, com a finalidade de facilitar as exportações de produtos agrícolas desse país, contou com a participação majoritária de empresas públicas brasileiras. Trata-se de um exemplo de cooperação triangular, que envolve dois governos (do Brasil e de Moçambique) e uma organização internacional governamental, a União Africana (UA).
As relações diplomáticas entre o Brasil e alguns países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), tais como Angola e Moçambique, passaram por um período de ressentimentos por parte dos países africanos em razão do reconhecimento bastante tardio das respectivas independências, ocorridas em meados da década de 1970. Tal comportamento do governo brasileiro explica-se em função de pressões norte-americanas, no contexto da Guerra Fria, tendo em vista que esses processos foram liderados por governos socialistas.
As relações comerciais entre o Brasil e vários países africanos teve um aumento vertiginoso no início deste século (o comércio cresceu mais de quatro vezes entre 2000 e 2013). Atualmente, entre os produtos mais exportados pelo Brasil para a África, encontram-se açúcar, melaço, soja, milho, carne de aves e máquinas agrícolas. No fluxo inverso, entre os produtos de exportações africanas para o Brasil, predominam fertilizantes, petróleo e óleos brutos.
Acompanhando a agenda econômica e comercial do MERCOSUL, houve avanços na agenda não econômica, entre outros, nos campos educacional, da seguridade social e da livre circulação de pessoas no interior do bloco.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. 1a edição. 5a reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 239, com adaptações.
Em relação à guerra da Cisplatina e à política externa do Primeiro Reinado (1822 – 1831), julgue (C ou E) o item a seguir.
O território da então província Cisplatina era estratégico para os interesses do Brasil desde o período da colonização, tanto pelo importante comércio de gado desenvolvido na região quanto pela importância do rio da Prata para a manutenção de comunicações entre o Rio de Janeiro e as províncias do interior da colônia.
No que concerne à política externa brasileira na década de 1960, julgue (C ou E) o item a seguir.
A política externa independente revelou pragmatismo
inédito nas relações internacionais do Brasil, que
permitiu adotar, para cada problema ou questão concreta,
uma linha de conduta mais próxima dos objetivos
traçados, sem ligação prévia com blocos de nações ou
ideologias. Foi além da definição do interesse nacional
em vista da modificação do processo de desenvolvimento
interno, fundado na maior participação do País no
mercado internacional.
No que concerne à política externa brasileira na década de 1960, julgue (C ou E) o item a seguir.
Criada em um mundo dividido em dois blocos, a política
externa independente buscou obter vantagens para o País
como resultado dessa divisão. Ao sublinhar seu empenho
na autodeterminação dos povos, reivindicou maior
liberdade para o Brasil no mundo, levando em
consideração seus interesses econômicos. Procurou
diversificar as relações diplomáticas do Brasil,
principalmente no campo econômico e comercial,
incorporando a Europa Oriental ao universo das relações
do Brasil. Também inclinou-se a assumir uma nova
liderança entre os países em desenvolvimento, mirando-se no exemplo de líderes como Nasser, Tito e Nehru, os
quais pretendiam consolidar e ampliar a independência
política do Terceiro Mundo.
No que concerne à política externa brasileira na década de 1960, julgue (C ou E) o item a seguir.
Na visão americanista, embora a rigidez da Guerra Fria
nos anos de 1950 tivesse diminuído, o conflito
leste-oeste deveria ser o tema central da política externa
brasileira. O Ocidente representava os ideais de
liberdade, igualdade, fraternidade, humanismo,
racionalismo, ciência e democracia.
No que concerne à política externa brasileira na década de 1960, julgue (C ou E) o item a seguir.
No começo da década de 1960, as questões de política
externa e interna estiveram particularmente relacionadas.
Intensificou-se o debate de política externa em torno das
duas tendências que haviam surgido a partir do final da
Segunda Guerra Mundial: a americanista, que defendia o
desenvolvimento associado aos países industrializados e
colocava ênfase especial na amizade com os Estados
Unidos da América (EUA), e a nacional-desenvolvimentista ou independente, que pregava a
mobilização nacional no desenvolvimento, a
independência com relação aos EUA e a colaboração
com os demais países em desenvolvimento.
Sobre os propósitos do Tratado de Assunção (1991) para a constituição de um Mercado Comum do Sul, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) Comprometer os países associados de adaptar suas legislações nacionais a favor do processo de integração econômica.
( ) Manter os direitos alfandegários sobre serviços, mas suspender os que incidem sobre a livre circulação de bens entre os países associados.
( ) Organizar políticas macroeconômicas que assegurem condições adequadas para a concorrência comercial entre os países associados.
As afirmativas são, respectivamente,
Fonte: https://www.bbc.com/mundo/noticias-internacional-60845610
A visita do presidente estadunidense, Richard Nixon, ao país governado pelo líder comunista Mao Zedong em 1972 foi um acontecimento simbólico na história da Guerra Fria.
A respeito da aproximação entre os dois países nesse contexto, analise as seguintes afirmativas e assinale (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
( ) Para os EUA, contribuiria para o isolamento global dos soviéticos em um período de afastamento entre a República Popular da China e a União Soviética.
( ) Para a China, significou o reconhecimento internacional de Taiwan como uma província da República Popular Chinesa, com a consequente dissolução do governo de Taipé.
( ) Para os EUA, ratificou sua hegemonia na região da Indochina e a intervenção das tropas militares estadunidenses sobre a República do Vietnã.
As afirmativas são, respectivamente,
Em 2022, o Campo de Detenção da Baía de Guantánamo completou vinte anos de funcionamento desde que os primeiros prisioneiros foram levados para essa prisão militar durante o governo de George W. Bush (2001-2009).
A respeito da prisão de Guantánamo e de sua relação com a Guerra ao Terror, analise as afirmativas a seguir.
I. Na Administração de G. W. Bush, o Campo destinava-se à detenção de prisioneiros relacionados a atividades terroristas, inicialmente capturados no Afeganistão e no Paquistão, na condição de “combatentes inimigos”.
II. No Governo de G. W. Bush, a guerra global ao terror foi apresentada como um novo tipo de guerra, “preemptiva”, o que embasava o uso de força militar contra uma nação que poderia se tornar um perigo iminente, mesmo sem ter a certeza do momento ou do lugar do ataque inimigo.
III. No primeiro mandato presidencial de Barack Obama, foi sancionada a revisão da situação dos prisioneiros de Guantánamo e o Ato Patriótico foi anulado, em resposta às denúncias do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e da Anistia Internacional.
Está correto o que se afirma em
Desde 2009, a China ultrapassou os Estados Unidos como principal destino das exportações brasileiras, e, desde então, as exportações do Brasil para a potência asiática não pararam de crescer.
Sobre os fluxos econômico-comerciais entre Brasil e China desde a década de 2010 até a conjuntura atual, assinale a afirmativa correta.
O regionalismo latino-americano difere profundamente da integração europeia, constituindo um exemplo original de experiência de integração regional.
Acerca das diferenças entre os dois processos de integração regional, assinale a afirmativa incorreta.
O primeiro-ministro da Índia e o presidente do Brasil trocam mudas de árvore na transmissão da Presidência do G20 da Índia para o Brasil (10/09/2023).
O Brasil exercerá a presidência do G20 entre dezembro de 2023 e novembro de 2024. A agenda do G20 será decidida e implementada pelo governo brasileiro, com apoio direto da Índia, última ocupante da presidência, e da África do Sul, país que exercerá o mandato em 2025.
Adaptado de https://agenciabrasil.ebc.com.br
A respeito das expectativas em relação à presidência brasileira do G20, analise as afirmativas a seguir.
I. O combate às desigualdades e à redução da fome e da pobreza deverão constar da agenda do encontro, em função do peso da pauta social para o governo brasileiro, que lançou o Plano Brasil sem Fome em 2023.
II. O fortalecimento dos interesses do Sul Global na agenda multilateral do G20 deverá ser apoiado pelo Brasil, ao propor a inserção da União Africana ao grupo, na qualidade de membro permanente.
III. A defesa de um “novo multilateralismo”, como um meio possível para enfrentar o esvaziamento dos espaços tradicionais, exemplificado pela disputa econômica entre Estados Unidos e China, pelo enfrentamento militar direto da OTAN com a Rússia e pela crise no Oriente Médio.
Está correto o que se afirma em