Questões de Concurso Público IBGE 2010 para Analista de Planejamento - Historia

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Q543553 História
Compreende-se por que os antigos viam no medo uma punição dos deuses, e por que os gregos haviam divinizado Deimos (o Temor) e Fobos (o Medo), esforçando-se em conciliar-se com eles em tempo de guerra. (...)
O historiador, em todo caso, não precisa procurar muito para identificar a presença do medo nos comportamentos de grupos. Dos povos ditos ‘primitivos’ às sociedades contemporâneas, encontra-o quase a cada passo – e nos setores mais diversos da existência cotidiana.

DELUMEAU, Jean. História do medo no Ocidente: 13001800. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, pp.20-21.

A partir das colocações acima, analise as afirmativas abaixo.

I – No contexto da Contrarreforma, a repressão da Igreja católica às práticas pagãs – algumas das quais denunciadas como demoníacas –, contribuiu para o recrudescimento do medo em relação à bruxaria.

II – Os Estados totalitários do século XX, por meio de aparelhos repressivos violentos e mais eficientes do que quaisquer outros anteriormente criados, instituíram o medo como instrumento de controle sistemático sobre as massas.

III – O desconhecimento e uma série de narrativas referentes à existência de seres fantásticos e monstruosos contribuíram para que o oceano fosse percebido com temor por grande parte dos europeus do início do século XV.

IV – No início da Revolução Francesa, o movimento conhecido como Grande Medo difundiu um pânico generalizado entre os senhores de terras, uma vez que se tratou de ações violentas e coordenadas do campesinato contra a grande propriedade.
São corretas as afirmativas:
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Q543554 História
A construção do Estado e da nação no Brasil, na primeira metade do século XIX, viabilizou a implementação dos primeiros procedimentos estatísticos, direcionados não só para a contabilização da população como também para a elaboração de diagnósticos variados acerca de comportamentos demográficos e de mapeamentos territoriais. Esses procedimentos estatísticos se caracterizaram por:
Alternativas
Q543555 História
 

A Estrada de Ferro, 1873, de Edouard Manet.

Disponível em http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/manet/manet.railroad.jpg

Acessado em 30/11/2009.


                      É preciso ser da própria época. (Édouard Manet)

O vapor é o herói – o herói moderno – dessa tela. (...) A estrada de ferro é um poema sobre a velocidade contemplada com calma. Não conheço nenhum quadro do século XIX que celebre a modernidade mais cabalmente do que esse.

GAY, Peter. Art and act. Citado em FRIEDRICH, Otto. Olympia: Paris no tempo dos impressionistas. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, pp. 259-260.

Levando em consideração a análise da obra A estrada de ferro, o objetivo declarado do pintor e o contexto histórico de sua produção, conclui-se que:
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Q543556 História

 

TAVORA, Araken. D. Pedro II e o seu mundo através da caricatura.

Rio de Janeiro: Editora Documentário , 1976, p. 119.


A partir da década de 1870, as críticas à vigência da escravidão na sociedade brasileira tornaram-se mais frequentes, figurando em jornais e periódicos, como exemplificado na charge acima.

Nesse contexto, a condenação da escravidão foi promovida em função da(s):
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Q543557 História
                                                      Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1889.
Eu quisera dar a esta data a denominação seguinte: 15 de novembro do primeiro ano da República; mas não posso, infelizmente fazê-lo.
O que se fez é um degrau, talvez nem tanto, para o advento da grande era.
Em todo o caso, o que está feito pode ser muito, se os homens que vão tomar a responsabilidade do poder tiverem juízo, patriotismo e sincero amor à Liberdade.
Como trabalho de saneamento, a obra é edificante.
Por hora a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só, porque a colaboração do elemento civil foi quase nula.
O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditavam sinceramente estar vendo uma parada.
Era um fenômeno digno de ver-se. O entusiasmo veio depois,veio lentamente, quebrando o enleio dos espíritos.
Pude ver a sangue frio tudo aquilo.

Aristides Lobo apud CARONE, Edgard. A Primeira República (1889-1930): texto e contexto, 1969.
A carta de Aristides Lobo, publicada no Diário Popular de São Paulo em 18 de novembro de 1889, é uma das fontes mais conhecidas e citadas sobre o evento da proclamação da República no Brasil. Sua percepção sobre esse acontecimento se caracterizou por:
Alternativas
Respostas
46: C
47: B
48: A
49: D
50: A