Questões de Concurso Público SEPLAG-DF 2008 para Professor - Sociologia

Marx, Durkheim e Weber perceberam que a posição da educação na estrutura social e sua relação com outras instituições eram as chaves para compreender a dinâmica da mudança educacional. Embora somente Marx tenha teorizado profundamente sobre os reais mecanismos de desenvolvimento educacional, nenhum deles deixou dúvida de que esta deveria ser uma parte integrante de suas macroteorias — para Marx, a mudança educacional nasceu do jogo dialético entre infra-estrutura e superestrutura; para Weber, ela estava associada à dinâmica da burocratização; para Durkheim, ela estaria, e deveria estar, unida a ação política e, desse modo, ao desenvolvimento de uma sociedade orgânica, integrada e normativa.

Na corrente da sociologia compreensiva, Durkheim postulou que o homem pode compreender suas próprias intenções pela introspecção e que as condutas humanas são singulares, em oposição à explicação causal dos fatos sociais segundo Weber.

Ao contrário de Weber, Durkheim não pensa que a ordem social tenha que se opor e se distinguir dos indivíduos como uma realidade exterior a eles, mas que as normas sociais se concretizam exatamente quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação.

Para Durkheim, a sociedade, considerada em momento determinado de seu desenvolvimento, não possui um sistema de educação que se impunha aos indivíduos de modo geralmente irresistível. Assim, não haveria em cada sociedade um tipo regulador de educação.

O que marca a contribuição de Durkheim para a sociologia é o reconhecimento de que símbolos culturais — valores, crenças, dogmas religiosos, ideologias etc. — são uma base importante para a integração da sociedade. Diferentemente dos funcionalistas, não acreditava que as leis da organização pudessem ser descobertas, bem como descartou de toda a sua teorização a importância de se descobrir as causas e funções dos símbolos para a integração da sociedade.