Questões de Concurso Público DPU 2010 para Bibliotecário Documentalista

Comportamento informacional é todo comportamento humano relacionado às fontes e aos canais de informação, incluindo a busca ativa e passiva de informação e o seu uso.

Entre as variáveis que influenciam no processo de busca da informação, estão as pessoais, étnicas, emocionais, educacionais, demográficas, sociais, religiosas, econômicas e aquelas relativas às fontes de informação.

Por conta dos avanços nas tecnologias e nos sistemas de informação a partir da década de 80 do século XX, os estudos sobre comportamento e necessidades informacionais deixaram de enfatizar a perspectiva do usuário e passaram a valorizar os sistemas de informação propriamente ditos. Ao mesmo tempo, os métodos quantitativos passaram a ser mais utilizados nesse tipo de estudo em substituição aos qualitativos.

No âmbito da biblioteconomia e da ciência da informação, estudos de uso e estudos de usuários são expressões sinônimas que dizem respeito à identificação, ao entendimento e à tradução das necessidades e dos comportamentos informacionais dos usuários.

A abordagem da informação com valor agregado de Taylor, a abordagem do processo construtivista de Kuhlthau, o modelo de comportamento informacional de Wilson e a Lei de Bradford são modelos teóricos que fundamentam os estudos de usuários qualitativos.

Estudos de usuários são indicados para bibliotecas convencionais, enquanto estudos de comportamento informacional são realizados no contexto de serviços de informação em ambiente digital, como bibliotecas digitais e repositórios institucionais.

Questionário, entrevista, observação e análise do conteúdo são métodos de análise de dados quantitativos amplamente utilizados em estudos de usuários.

Entre as variáveis que influenciam as necessidades de informação dos usuários, aquelas relacionadas a fatores demográficos dizem respeito à situação da necessidade específica, premência interna e externa, grau de urgência e complexidade, ou seja, as de fácil ou de difícil solução.

Com a intenção de identificar e entender as necessidades e o comportamento informacional, a abordagem do Sense-Making, de Brenda Dervin, enfatiza o aspecto processual de construção da informação pelo indivíduo e considera que, na busca de criação de significado, as pessoas se movem ao longo de um continuum de tempo-espaço em constante mutação.

As proposições da abordagem do estado anômalo do conhecimento sugerem que as necessidades de informação têm sua gênese nas necessidades fisiológicas, cognitivas e afetivas dos indivíduos, não se tratando, portanto, de necessidade primária, mas sim secundária.