Questões de Concurso Público MPU 2013 para Analista - Serviço Social
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A concepção de identidade atribuída ao serviço social fundamenta-se no entendimento¸ de viés determinista, de que identidade e consciência devem ser pensadas como abstrações.
A identidade atribuída pelo capitalismo foi fixada como elemento definidor da prática do serviço social, em um processo de fetichismo e de distanciamento da teia das relações sociais.
A identidade atribuída ao serviço social pelo capitalismo ratificava a função econômica da prática social e sua orgânica articulação com a classe dominante.
No Brasil, o trabalho do serviço social na área de desenvolvimento de comunidade ocorreu sob influência de programas da Organização das Nações Unidas (ONU) e de outros organismos internacionais, cuja estratégia era integrar os esforços da população aos planos nacionais e regionais de desenvolvimento.
O documento de Teresópolis, produto do seminário promovido pelo Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviço Social (CBCISS), remete a profissão à consciência de sua inserção na sociedade de classes.
Sob influência norte-americana, o serviço social brasileiro fundamentou seus primeiros objetivos político–sociais, orientando-se pelo ideário liberal e tecnicista da ação profissional em face da questão social.
No período em que o serviço social transita para a profissionalização, duas encíclicas papais tiveram um papel sumariamente importante para seu desenvolvimento: Rerum Novarum e Quadragésimo Anno.
Pensar o projeto profissional supõe articular uma dimensão pluralista, na qual todas as tendências profissionais são tidas como supostamente paritárias, e uma dimensão corporativa centrada na autodefesa dos interesses específicos.
A tensão política entre os projetos profissionais revelou-se no momento em que surgiu uma oposição ao tradicionalismo profissional, vertente praticamente hegemônica no serviço social brasileiro até os anos de 1960, com o qual se estabeleceu uma ruptura no III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS).
Marilda Vilela Iamamoto. O serviço Social na Cena Contemporânea. In. Programa de Capacitação em Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília, UnB/CEFSS, 2009, p. 37.
Considerando o tema abordado pelo fragmento de texto acima, julgue o item que se segue.
A tese da correlação de forças propõe o paradigma das relações interpessoais como eixo central da intervenção profissional, cujo ponto de partida é a situação-problema.
Marilda Vilela Iamamoto. O serviço Social na Cena Contemporânea. In. Programa de Capacitação em Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília, UnB/CEFSS, 2009, p. 37.
Considerando o tema abordado pelo fragmento de texto acima, julgue o item que se segue.
A tese da assistência social compreende a profissão como uma intervenção mediadora na relação do Estado com os setores excluídos e subalternizados da sociedade, concretizando a função reguladora do Estado na vida social.
Marilda Vilela Iamamoto. O serviço Social na Cena Contemporânea. In. Programa de Capacitação em Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília, UnB/CEFSS, 2009, p. 37.
Considerando o tema abordado pelo fragmento de texto acima, julgue o item que se segue.
A tese da função pedagógica do assistente social fundamenta-se no vínculo estabelecido com as classes sociais, o qual se materializa por meio dos efeitos da ação profissional na maneira de pensar e de agir dos sujeitos envolvidos no processo da prática.
Marilda Vilela Iamamoto. O serviço Social na Cena Contemporânea. In. Programa de Capacitação em Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília, UnB/CEFSS, 2009, p. 37.
Considerando o tema abordado pelo fragmento de texto acima, julgue o item que se segue.
Na ausência de referencial crítico-dialético, a tese do sincretismo e da prática indiferenciada acentua a análise de manutenção, quanto a sua operacionalidade, de uma mesma estrutura da prática interventiva.
A mercantilização e refilantropização do atendimento às necessidades sociais, por serem estratégias de respostas político institucionais a questão social, não apresentam consequências para as condições e relações de trabalho do assistente social.
Nas ultimas décadas, os estudos e pesquisas na área centraram-se na análise do processamento do trabalho do assistente social em suas múltiplas determinações, em uma profícua associação entre os fundamentos do serviço social e o trabalho profissional cotidiano em seus diferentes espaços sócio-ocupacionais.
Acerca do mercado de trabalho do assistente social, os estudos constatam que mesmo com a predominância majoritária do trabalho assalariado em instituições públicas de natureza estatal, encontra-se em crescimento nos últimos anos o exercício profissional privado autônomo do assistente social, por subcontratação individual por parte das empresas de serviços ou de assessoria na prestação de serviços aos governos, de caráter temporário.
A relação entre ética e a política, na trajetória da profissão, pôs-se como problema no momento de reafirmação das dimensões subjetivas da política como foco da intervenção profissional.
A moral objetiva, um sistema normativo reprodutor dos costumes, em resposta a exigências de integração social, vincula-se ao indivíduo singular e à vida cotidiana, e estabelece conexão entre motivações do indivíduo singular e exigências éticas humano-genéricas, vinculadas a diferentes formas de práxis.
O utilitarismo moral é uma das expressões do modo capitalista de se comportar, pois, obscurecidas pelo poder das coisas, as relações humanas são valorizadas segundo sua utilidade e, assim, inverte-se o valor das relações e necessidades humanas.
O núcleo de fundamentos teórico-metodológicos da vida social compreende um conjunto de fundamentos teórico- metodológicos e ético-políticos para conhecer o ser enquanto totalidade histórica.