Questões de Concurso Público Polícia Federal 2004 para Técnico em Assuntos Culturais
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Textualmente, o pronome “a” (.10) remete a “toda obra intelectual deixada em vida por um autor” (l.7).
Por remeterem aos mesmos referentes, as expressões “essas pessoas” (l.9) e “esses herdeiros” (l.11) podem compor um mesmo conjunto de relações paradigmáticas e ser trocadas no texto, sem prejuízo da coerência ou da correção gramatical.
A retirada do artigo em “a autorização” (l.14) provocaria incorreção gramatical, além de incoerência textual.
O sujeito composto “livros (...) didático” (l.15-16) permite que o verbo “ser” (l.16) seja flexionado no plural, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
O emprego do adjetivo depois do substantivo em “finalidade maior” (l.17), estilisticamente, reforça a idéia subjetiva, de valor figurado do adjetivo.
De acordo com o texto acima, julgue o item a seguir.
Os particípios verbais “tombado” (l.2), “Construído” (l.2),
“Projetado” (l.4) e “Reinaugurado” (l.10) remetem ao
mesmo sujeito da passiva: “O prédio do Departamento de
Ordem Pública e Social” (l.1-2).
A inserção do advérbio assim logo após “Projetado” (l.4) manteria a correção gramatical e as relações semânticas do texto.
Do emprego de “o DOPS” (l.6-7) como sujeito da oração depreende-se que o prédio, projetado para abrigar uma estação da estrada de ferro, “vigiava e mantinha presos suspeitos de ação contra o governo” (l.7-8).
Na oração em que ocorre, a preposição “para” (l.12) introduz uma finalidade para o novo prédio do DOPS.
Excluindo-se o emprego das letras maiúsculas na composição da sigla DOPS e no início dos períodos, as demais letras maiúsculas usadas no texto atendem à regra de emprego de maiúsculas para designar substantivos próprios de qualquer espécie que nomeiem entes individuados, como regiões, estados, repartições, edifícios e logradouros públicos.
De maneira geral, a violência atinge dimensão preocupante no Brasil atualmente. Dela pode-se dizer que não é fenômeno restrito aos grandes centros urbanos, estando presente nas várias regiões do país, incluindo as zonas rurais.
Longe de ser um fato isolado, a violência que assola a cidade do Rio de Janeiro é ampliada pela ação do narcotráfico, cujas quadrilhas não raro entram em guerra pelo domínio de pontos de venda de drogas ilícitas.
Os números apresentados pelo PNUD mostram que, pelo menos quanto ao volume de armas em circulação no país, a situação está sob controle, o que permite afirmar que, embora ainda não tenha sido aprovado pelo Congresso Nacional, o simples anúncio do projeto do Estatuto do Desarmamento já surtiu efeitos positivos.
Ações criminosas praticadas por jovens das classes média e alta, alguns dos quais com requintes de violência que chocam a opinião pública, demonstram que o problema focalizado nos textos não se explica apenas pela origem social de seus protagonistas e pela histórica desigualdade brasileira.
Apesar dos graves problemas focalizados no segundo texto, sabe-se que o Brasil foi capaz de montar um sistema público de educação que, apontando para a universalização do acesso ao ensino fundamental, cumpre seu objetivo de promover a drástica redução das desigualdades sociais existentes no país, pela via da socialização do conhecimento.
Infere-se da pesquisa citada no segundo texto que, em linhas gerais, uma parcela das escolas brasileiras, em vez de constituir um lugar de inclusão e de convivência de diversidades, transforma-se em ambiente de medo, no qual o aluno sente-se vulnerável e inseguro.
Citados nos textos, PNUD e UNESCO integram a estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU) e, ao lado de outros órgãos especializados, como a OMS e o UNICEF, comprovam que a ação da grande instituição multilateral surgida no imediato pós-Segunda Guerra Mundial não se restringe às intrincadas questões políticas do sistema internacional e ao crucial tema da segurança mundial.
Ao cenário focalizado no primeiro texto, agrega-se a ação do denominado crime organizado, fortemente ligado ao narcotráfico e em larga medida responsável pela expressiva dimensão alcançada pelo contrabando de armas.
Do quadro gerador do sentimento coletivo de insegurança advinda da violência a que se referem os textos, nasce o que os especialistas definem como indústria do medo, para a qual são direcionados recursos que, em circunstância diversa, poderiam destinar-se a investimentos sociais.
Nos últimos anos, a acentuada presença de menores no mundo da delinqüência, sobretudo em crimes bárbaros de elevada repercussão na opinião pública, foi a gota d’água que levou o Congresso Nacional a alterar radicalmente o Estatuto da Criança e do Adolescente, praticamente desfigurando-o.