Gabriela é assistente social e trabalha em uma entidade de
assistência social. Na mesma entidade atua Diego, que é estagiário
de serviço social recém-inserido no campo e tem como supervisora
a assistente social Vanessa, que se identifica como uma mulher
trans e gerencia a equipe multiprofissional da entidade, formada por
assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e sociólogos que atuam
nos atendimentos à população. No desempenho de suas funções de
gerente, Vanessa incentiva realização de um trabalho
interdisciplinar, tendo em vista a complexidade da demanda.
Recentemente, Diego procurou Gabriela para uma conversa.
Na ocasião, verbalizou que desejava ser supervisionado por ela,
alegando que não compreendia as pessoas transexuais e, mesmo
afirmando que não tinha preconceito, não acreditava que pessoas
travestis e transexuais possuíssem capacidades profissionais
qualificadas. Gabriela concordou com a opinião de Diego e, ainda,
fez críticas severas, não construtivas, pouco comprováveis e
infundadas ao trabalho de Vanessa, a qual teve conhecimento do
ocorrido e decidiu conversar com ambos. Afirmou ter se sentindo
ofendida profissionalmente e que tomaria as devidas ações junto
aos órgãos de direito, especialmente ao conselho profissional, e,
ainda, que adotará todas as medidas necessárias, inclusive quanto
ao restabelecimento da sua honra profissional.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item seguinte, com
base na Lei de Regulamentação da Profissão de Assistente Social
(Lei n.º 8.662/1993 e suas alterações) e no Código de Ética do(a)
Assistente Social, instituído pela Resolução CFESS n.º 273/1993 e
suas alterações.