Questões de Concurso Público Prefeitura de Joinville - SC 2024 para Professor de Língua Portuguesa
Foram encontradas 49 questões
Ano: 2024
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
Prefeitura de Joinville - SC
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Joinville - SC - Professor de Língua Portuguesa |
Q2367230
Português
Texto associado
Texto 10A3-I
Na escola, sem Bibiana ao meu lado para me ajudar,
minha vida se tornou um tormento. Desde o início, minha mãe
avisou à dona Lourdes, a nova professora, da minha mudez. Ela
foi cuidadosa, no começo, e bastante generosa para me ensinar as
tarefas. Àquela altura eu já sabia ler, graças muito mais aos
esforços de minha irmã mais velha e minha mãe do que da
professora sem paciência que dava aula na casa de dona Firmina.
Para mim era o suficiente. Diferente de Bibiana, que falava em
ser professora, eu gostava mesmo era da roça, da cozinha, de
fazer azeite e de despolpar o buriti. Não me atraía a matemática,
muito menos as letras de dona Lourdes. Não me interessava por
suas aulas em que contava a história do Brasil, em que falava da
mistura entre índios, negros e brancos, de como éramos felizes,
de como nosso país era abençoado. Não aprendi uma linha do
hino nacional, não me serviria, porque eu mesma não posso
cantar. Muitas crianças também não aprenderam, pude perceber,
estavam com a cabeça na comida ou na diversão que estavam
perdendo na beira do rio, para ouvir aquelas histórias fantasiosas
e enfadonhas sobre os heróis bandeirantes, depois os militares, as
heranças dos portugueses e outros assuntos que não nos diziam
muita coisa.
Meu desinteresse só fazia crescer. Tinha a sensação de
que perdia meu tempo naquela sala quente, ouvindo aquela
senhora de mãos finas e sem calos, com um perfume forte que
parecia incensar a escola nos dias de calor. Olhava para o quadro
verde, as letras embaralhadas, bonitas, mas que formavam
palavras e frases difíceis que não entravam em minha cabeça, e
pensava em meu pai na várzea encontrando coisa nova na terra
para a qual se dedicar, ou minha mãe cuidando do quintal, dos
bichos, costurando.
Itamar Vieira Jr. Torto arado. São Paulo:
Todavia, 2019, p. 97-8 (com adaptações).
Entende-se do texto 10A3-I que o desinteresse da narradora pelos
estudos deveu-se, sobretudo,
Ano: 2024
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
Prefeitura de Joinville - SC
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Joinville - SC - Professor de Língua Portuguesa |
Q2367231
Português
Texto associado
Texto 10A3-I
Na escola, sem Bibiana ao meu lado para me ajudar,
minha vida se tornou um tormento. Desde o início, minha mãe
avisou à dona Lourdes, a nova professora, da minha mudez. Ela
foi cuidadosa, no começo, e bastante generosa para me ensinar as
tarefas. Àquela altura eu já sabia ler, graças muito mais aos
esforços de minha irmã mais velha e minha mãe do que da
professora sem paciência que dava aula na casa de dona Firmina.
Para mim era o suficiente. Diferente de Bibiana, que falava em
ser professora, eu gostava mesmo era da roça, da cozinha, de
fazer azeite e de despolpar o buriti. Não me atraía a matemática,
muito menos as letras de dona Lourdes. Não me interessava por
suas aulas em que contava a história do Brasil, em que falava da
mistura entre índios, negros e brancos, de como éramos felizes,
de como nosso país era abençoado. Não aprendi uma linha do
hino nacional, não me serviria, porque eu mesma não posso
cantar. Muitas crianças também não aprenderam, pude perceber,
estavam com a cabeça na comida ou na diversão que estavam
perdendo na beira do rio, para ouvir aquelas histórias fantasiosas
e enfadonhas sobre os heróis bandeirantes, depois os militares, as
heranças dos portugueses e outros assuntos que não nos diziam
muita coisa.
Meu desinteresse só fazia crescer. Tinha a sensação de
que perdia meu tempo naquela sala quente, ouvindo aquela
senhora de mãos finas e sem calos, com um perfume forte que
parecia incensar a escola nos dias de calor. Olhava para o quadro
verde, as letras embaralhadas, bonitas, mas que formavam
palavras e frases difíceis que não entravam em minha cabeça, e
pensava em meu pai na várzea encontrando coisa nova na terra
para a qual se dedicar, ou minha mãe cuidando do quintal, dos
bichos, costurando.
Itamar Vieira Jr. Torto arado. São Paulo:
Todavia, 2019, p. 97-8 (com adaptações).
A sensação de opressão experimentada pela narradora na escola,
retratada no segundo parágrafo do texto 10A3-I, é realçada
pelo(a)
Ano: 2024
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
Prefeitura de Joinville - SC
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Joinville - SC - Professor de Língua Portuguesa |
Q2367232
Pedagogia
Texto associado
Texto 10A3-I
Na escola, sem Bibiana ao meu lado para me ajudar,
minha vida se tornou um tormento. Desde o início, minha mãe
avisou à dona Lourdes, a nova professora, da minha mudez. Ela
foi cuidadosa, no começo, e bastante generosa para me ensinar as
tarefas. Àquela altura eu já sabia ler, graças muito mais aos
esforços de minha irmã mais velha e minha mãe do que da
professora sem paciência que dava aula na casa de dona Firmina.
Para mim era o suficiente. Diferente de Bibiana, que falava em
ser professora, eu gostava mesmo era da roça, da cozinha, de
fazer azeite e de despolpar o buriti. Não me atraía a matemática,
muito menos as letras de dona Lourdes. Não me interessava por
suas aulas em que contava a história do Brasil, em que falava da
mistura entre índios, negros e brancos, de como éramos felizes,
de como nosso país era abençoado. Não aprendi uma linha do
hino nacional, não me serviria, porque eu mesma não posso
cantar. Muitas crianças também não aprenderam, pude perceber,
estavam com a cabeça na comida ou na diversão que estavam
perdendo na beira do rio, para ouvir aquelas histórias fantasiosas
e enfadonhas sobre os heróis bandeirantes, depois os militares, as
heranças dos portugueses e outros assuntos que não nos diziam
muita coisa.
Meu desinteresse só fazia crescer. Tinha a sensação de
que perdia meu tempo naquela sala quente, ouvindo aquela
senhora de mãos finas e sem calos, com um perfume forte que
parecia incensar a escola nos dias de calor. Olhava para o quadro
verde, as letras embaralhadas, bonitas, mas que formavam
palavras e frases difíceis que não entravam em minha cabeça, e
pensava em meu pai na várzea encontrando coisa nova na terra
para a qual se dedicar, ou minha mãe cuidando do quintal, dos
bichos, costurando.
Itamar Vieira Jr. Torto arado. São Paulo:
Todavia, 2019, p. 97-8 (com adaptações).
Considerando-se o contexto narrativo do texto 10A3-I, em que,
além da narradora, outros alunos da professora Lourdes parecem
não ter aprendido o hino nacional, é correto afirmar, com base no
que propõe a BNCC em relação ao trabalho pedagógico com as
práticas de linguagem no ensino fundamental, que, para
favorecer o aprendizado dos alunos, seria recomendável que a
professora empregasse estratégias como a de
Ano: 2024
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
Prefeitura de Joinville - SC
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Joinville - SC - Professor de Língua Portuguesa |
Q2367233
Pedagogia
Texto associado
Texto 10A3-II
De acordo com a BNCC, o domínio da língua possibilita a
interação entre as pessoas no contexto social em que vivem, e
essa função sociointerativa pode ser concretizada por meio da
leitura de textos. Nesse sentido, no texto 10A3-II, a crítica da
personagem Mafalda, criada pelo cartunista argentino Quino, à
escola aponta para a(s)
Ano: 2024
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
Prefeitura de Joinville - SC
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2024 - Prefeitura de Joinville - SC - Professor de Língua Portuguesa |
Q2367234
Pedagogia
Texto associado
Texto 10A3-II
A BNCC recomenda a leitura de textos multissemióticos,
tirinhas, quadrinhos, entre outros, como atividade que favorece o
multiletramento dos alunos. Uma tirinha, a exemplo da
apresentada no texto 10A3-II, constitui gênero multimodal
porque