Questões de Concurso Público Prefeitura de Nova Friburgo - RJ 2023 para Servente de Obras

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Q2530606 Português
Coisas & Pessoas

       Desde pequeno, tive tendência para personificar as coisas. Tia Tula, que achava que mormaço fazia mal, sempre gritava: “Vem pra dentro, menino, olha o mormaço!” Mas eu ouvia o mormaço com M maiúsculo. Mormaço, para mim, era um velho que pegava crianças! Ia pra dentro logo. E ainda hoje, quando leio que alguém se viu perseguido pelo clamor público, vejo com estes olhos o Sr. Clamor Público, magro, arquejante, de preto, brandindo um guarda-chuva, com um gogó protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da perseguição. E já estava devidamente grandezinho, pois devia contar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de colegas, a ver o lançamento da pedra fundamental da ponte Uruguaiana-Libres, ocasião de grandes solenidades, com os presidentes Justo e Getúlio, e gente muita, tanto assim que fomos alojados os do meu grupo num casarão que creio fosse a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e Argentina.
       Era como um alojamento de quartel, com breve espaço entre as camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os alegres incômodos e duvidosos encantos de uma coletividade democrática. Pois lá pelas tantas da noite, como eu pressentisse, em meu entredormir, um vulto junto à minha cama, sentei-me estremunhado e olhei atônito para um tipo de chiru, ali parado, de bigodes caídos, pala pendente e chapéu descido sobre os olhos. Diante da minha muda interrogação, ele resolveu explicar-se, com a devida calma:
        – Pois é! Não vê que eu sou o sereno.
       E eis que, por um milésimo de segundo, ou talvez mais, julguei que se tratasse do silêncio noturno em pessoa. Coisas do sono? Além disso, o vulto, aquele penumbroso e todo em linhas descendentes, ajudava a ilusão. Mas por que desculpar-me? Quase imediatamente compreendi que o “sereno” era um vigia noturno, uma espécie de anjo da guarda crioulo e municipal.
      Por que desculpar-me, se os poetas criaram os deuses e semideuses para personificar as coisas, visíveis e invisíveis... E o sereno da Fronteira deve andar mesmo de chapéu desabado, bigode, pala e de pé no chão... sim, ele estava mesmo de pés descalços, de certo para não nos perturbar o sono mais ou menos inocente.

(QUINTANA, Mário. As cem melhores crônicas brasileiras. Em: 29/09/2023.)
Em “E já estava devidamente grandezinho, [...] (1º§), há uma palavra que se encontra flexionada no grau diminutivo, assim como as seguintes alternativas, EXCETO:
Alternativas
Q2530612 Português

Charge para responder à questão. Leia-a atentamente.




(Disponível em: https//emtempo.com.br/charges/81247/charge-do-em-tempo. Acesso em: 30/09/2023.)

Em sua fala, a avó usa o diminutivo da palavra “netos” – “netinhos”. Assinale, a seguir, o par INCORRETO de palavras no aumentativo e diminutivo. 
Alternativas
Q2530613 Português

Charge para responder à questão. Leia-a atentamente.




(Disponível em: https//emtempo.com.br/charges/81247/charge-do-em-tempo. Acesso em: 30/09/2023.)

Em “Obrigada pela visita, meus netinhos, fico muito feliz.”, há o uso correto da flexão de gênero da palavra “obrigado” que, no feminino, trata-se de “obrigada”. Há ERRO quanto à flexão de gênero em:
Alternativas
Respostas
1: B
2: D
3: D