A interpretação de uma língua oral (LO) para uma língua de sinais (LS) é impactada por certo
efeito de modalidade, o qual fará da interpretação, LO-LS, um processo singular. Especificidade da
interpretação de uma LO para uma língua espaço-visual, empregam estratégias de prolongamento e repetição,
durante a interpretação simultânea do Português para a Libras, como forma de monitoramento da velocidade
de produção do texto alvo (TA) em relação à velocidade de recebimento do texto fonte (TF) e, também, como
mecanismo de apoio aos processos de solução de problemas de tradução e de tomadas de decisão.
(Rodrigues, 2012: 94)
Qual alternativa corrobora com a afirmativa do autor? I . Percebe-se que a modalidade espaço-visual favorece, em alguns casos, o significativo prolongamento
de sinais, dito de outro modo, a realização de sinais mais lentamente, com uma duração maior. Isso
porque é possível, inclusive, que se congele um sinal ou que se mantenha seu movimento por um
período maior, sem a necessidade de interromper sua realização com pausas, que nesse caso seriam
momentos de repouso dos braços, sem emissão de sinais. Acredita-se que o prolongamento do sinal
ou sua imediata repetição, podem evidenciar elementos do processamento cognitivo da interpretação
por parte dos TILS.
II . Acredita-se que variação na extensão do tempo de realização do sinal, em sua duração, pode variar
significativamente, devido ao fato do TILS não ter acesso ao enunciado completo; assim, prolonga o
sinal até ouvir a continuação do enunciado. Essa variação utilizada pelos TILS é usada como uma
estratégia de monitoramento da interpretação. Da mesma forma, observa-se que a repetição dos
sinais, de seu movimento e de sequências de sinais, também são empregadas como estratégias de
monitoramento.
III . O intérprete precisa monitorar sua interpretação de acordo com o ritmo do orador. Enunciados
incompletos não são passíveis de serem processados e fazem com que o TILS, quando não consegue
inferi-los, empregue algumas estratégias na interpretação, tais como o prolongamento da duração de
sinais e a repetição de sinais. Esses fatores podem indicar tanto uma intensificação da atividade
cognitiva e, por consequência, do esforço em compreender o que se quer dizer, quanto uma quebra
no processamento cognitivo, o que, por sua vez, pode acarretar em certa perda do ritmo cognitivo e,
até mesmo, num problema de interpretação que envolve tomada de decisão acerca de como lidar com
essas variações e incompletudes no TF.