O Brasil possui uma das maiores riquezas de espécies do planeta. Com sua dimensão continental e enorme
variedade de habitat terrestres e aquáticos, reúne seis importantes biomas (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata
Atlântica, Pampa e Pantanal), o maior sistema fluvial do mundo e uma das mais extensas faixas costeiras. Sua
biodiversidade é estimada em mais de 42.000 espécies de plantas e 148.000 espécies de animais, com quase 9.000
espécies de vertebrados e uma estimativa de, no mínimo, 129.840 invertebrados, e novas espécies são ainda
descobertas com frequência. A preocupação com a conservação dessa biodiversidade e, mais especificamente,
com a proteção da fauna silvestre foi explicitada pela primeira vez na Lei de Proteção à Fauna (Lei n.º 5197, de 3 de
janeiro de 1967) que, em seu artigo 1.º, dispõe que “os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase de seu
desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos,
abrigos e criadouros naturais, são propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, caça ou
apanha.” Foi a partir daí que se iniciou a atenção dada aos riscos associados à extinção de uma espécie, como a
perda de funções ecológicas e do equilíbrio do ecossistema.
Fonte: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção.
Brasília, DF: 2016.
Sobre o risco de extinção da fauna brasileira, podemos afirmar que