Questões de Concurso Público Prefeitura de Guarabira - PB 2019 para Médico Psiquiatra

O suicídio é doença mental complexa, multidimensional, resultante de uma profunda interação entre fatores ambientais, sociais, culturais, fisiológicos, genéticos, psicológicos e biológicos.

O suicídio não é uma doença mental, embora possa ser manifestação de transtorno mental.

As tentativas suicidas repetitivas, menos que um indício de agravamento das ideias autodestrutivas, mais evidenciam a personalidade histérica daqueles indivíduos que raramente se matam.

Qualquer suicídio é apenas matéria clínico-psiquiátrica, sem implicações éticas ou jurídicas.

A avaliação psiquiátrica para a determinação do risco de suicídio não necessita incluir avaliação dos fatores de risco (modificáveis ou fixos) e dos fatores protetores relativos ao paciente.

Pessoas que ficam ameaçando suicídio não se matam (e, por isso, não necessitam de suporte psicológico/psiquiátrico).

Os fatores de risco para o suicídio comportam elementos demográficos, como a idade; elementos sociais, como o estado civil; elementos psiquiátricos, como transtornos afetivos; elementos médicos, como complexo HIV / AIDS; elementos relacionados ao comportamento audestrutivo, como tentativa suicida anterior, mas não elementos familiares, como história familiar de suicídio.

Na anamnese psiquiátrica a ser aplicada ao paciente com ideias autodestrutivas deve-se: inquirir sobre a ideação suicida; avaliar se a pessoa apresenta um plano definido para cometer suicídio; investigar se a pessoa possui os meios e os métodos para o suicídio; e descobrir se a pessoa fixou alguma data para cometer suicídio.

Por conta de que o conhecimento sobre os fatores de risco não permita predizer exatamente se e quando um paciente cometerá suicídio, o cálculo de tal risco é matéria secundária quanto às medidas de prevenção ao suicídio.

Dentre os fatores protetores contra o suicídio a religiosidade do paciente é elemento pouco significativo.