Questões de Concurso Público TRE-SP 2006 para Técnico Judiciário - Área Administrativa

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Q53155 Português
Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam
como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes
distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando
qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o
descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas
dimensões da economia nacional e os grandes investimentos
requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de
vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo
trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente
incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não
passou de um relativo fracasso - que se traduziria, hoje, no
predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros
países de grandes dimensões. De acordo com supostas
explicações, o triunfo das rodovias no Brasil teria sido obtido
graças a um complô que envolveria governos e grandes
empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que,
além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional
nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo
o território. Como a economia dependia da agroexportação, o
problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras
aos portos marítimos.
A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da
efetiva integração econômica do país como parte do processo
de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários 
mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor
que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o
trem não tinha como acompanhar. Isso não significa que as
ferrovias não tenham desempenhado um importante papel
econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado
pela agroexportação e continuaram a ser importantes
também no contexto da industrialização acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas
apenas mediante critérios estritamente econômicos. No Brasil,
as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram
antigas. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente
dramática, para os trabalhadores mobilizados nas
construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo
de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram
espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como
"catedrais" da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse],
p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

O autor do texto
Alternativas
Q53156 Português
Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam
como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes
distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando
qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o
descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas
dimensões da economia nacional e os grandes investimentos
requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de
vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo
trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente
incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não
passou de um relativo fracasso - que se traduziria, hoje, no
predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros
países de grandes dimensões. De acordo com supostas
explicações, o triunfo das rodovias no Brasil teria sido obtido
graças a um complô que envolveria governos e grandes
empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que,
além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional
nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo
o território. Como a economia dependia da agroexportação, o
problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras
aos portos marítimos.
A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da
efetiva integração econômica do país como parte do processo
de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários 
mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor
que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o
trem não tinha como acompanhar. Isso não significa que as
ferrovias não tenham desempenhado um importante papel
econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado
pela agroexportação e continuaram a ser importantes
também no contexto da industrialização acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas
apenas mediante critérios estritamente econômicos. No Brasil,
as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram
antigas. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente
dramática, para os trabalhadores mobilizados nas
construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo
de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram
espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como
"catedrais" da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse],
p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

De acordo com o texto, houve o predomínio das rodovias no Brasil porque
Alternativas
Q53157 Português
Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam
como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes
distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando
qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o
descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas
dimensões da economia nacional e os grandes investimentos
requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de
vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo
trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente
incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não
passou de um relativo fracasso - que se traduziria, hoje, no
predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros
países de grandes dimensões. De acordo com supostas
explicações, o triunfo das rodovias no Brasil teria sido obtido
graças a um complô que envolveria governos e grandes
empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que,
além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional
nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo
o território. Como a economia dependia da agroexportação, o
problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras
aos portos marítimos.
A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da
efetiva integração econômica do país como parte do processo
de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários 
mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor
que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o
trem não tinha como acompanhar. Isso não significa que as
ferrovias não tenham desempenhado um importante papel
econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado
pela agroexportação e continuaram a ser importantes
também no contexto da industrialização acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas
apenas mediante critérios estritamente econômicos. No Brasil,
as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram
antigas. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente
dramática, para os trabalhadores mobilizados nas
construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo
de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram
espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como
"catedrais" da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse],
p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

O último parágrafo do texto salienta
Alternativas
Q53158 Português
Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam
como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes
distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando
qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o
descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas
dimensões da economia nacional e os grandes investimentos
requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de
vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo
trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente
incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não
passou de um relativo fracasso - que se traduziria, hoje, no
predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros
países de grandes dimensões. De acordo com supostas
explicações, o triunfo das rodovias no Brasil teria sido obtido
graças a um complô que envolveria governos e grandes
empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que,
além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional
nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo
o território. Como a economia dependia da agroexportação, o
problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras
aos portos marítimos.
A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da
efetiva integração econômica do país como parte do processo
de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários 
mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor
que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o
trem não tinha como acompanhar. Isso não significa que as
ferrovias não tenham desempenhado um importante papel
econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado
pela agroexportação e continuaram a ser importantes
também no contexto da industrialização acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas
apenas mediante critérios estritamente econômicos. No Brasil,
as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram
antigas. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente
dramática, para os trabalhadores mobilizados nas
construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo
de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram
espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como
"catedrais" da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse],
p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

Uma das justificativas apresentada no texto para o relativo fracasso das ferrovias brasileiras está no fato de
Alternativas
Q53159 Português
Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam
como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes
distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando
qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o
descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas
dimensões da economia nacional e os grandes investimentos
requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de
vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo
trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente
incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não
passou de um relativo fracasso - que se traduziria, hoje, no
predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros
países de grandes dimensões. De acordo com supostas
explicações, o triunfo das rodovias no Brasil teria sido obtido
graças a um complô que envolveria governos e grandes
empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que,
além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional
nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo
o território. Como a economia dependia da agroexportação, o
problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras
aos portos marítimos.
A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da
efetiva integração econômica do país como parte do processo
de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários 
mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor
que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o
trem não tinha como acompanhar. Isso não significa que as
ferrovias não tenham desempenhado um importante papel
econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado
pela agroexportação e continuaram a ser importantes
também no contexto da industrialização acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas
apenas mediante critérios estritamente econômicos. No Brasil,
as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram
antigas. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente
dramática, para os trabalhadores mobilizados nas
construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo
de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram
espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como
"catedrais" da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse],
p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

Como a economia dependia da agroexportação, o problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras aos portos marítimos. (final do 2º parágrafo)

As duas afirmativas do período acima transcrito denotam relação de
Alternativas
Q53160 Português
Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam
como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes
distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando
qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o
descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas
dimensões da economia nacional e os grandes investimentos
requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de
vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo
trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente
incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não
passou de um relativo fracasso - que se traduziria, hoje, no
predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros
países de grandes dimensões. De acordo com supostas
explicações, o triunfo das rodovias no Brasil teria sido obtido
graças a um complô que envolveria governos e grandes
empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que,
além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional
nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo
o território. Como a economia dependia da agroexportação, o
problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras
aos portos marítimos.
A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da
efetiva integração econômica do país como parte do processo
de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários 
mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor
que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o
trem não tinha como acompanhar. Isso não significa que as
ferrovias não tenham desempenhado um importante papel
econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado
pela agroexportação e continuaram a ser importantes
também no contexto da industrialização acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas
apenas mediante critérios estritamente econômicos. No Brasil,
as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram
antigas. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente
dramática, para os trabalhadores mobilizados nas
construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo
de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram
espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como
"catedrais" da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse],
p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

O segmento que aparece reescrito com o mesmo sentido original é:
Alternativas
Q53161 Português
Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam
como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes
distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando
qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o
descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas
dimensões da economia nacional e os grandes investimentos
requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de
vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo
trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente
incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não
passou de um relativo fracasso - que se traduziria, hoje, no
predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros
países de grandes dimensões. De acordo com supostas
explicações, o triunfo das rodovias no Brasil teria sido obtido
graças a um complô que envolveria governos e grandes
empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que,
além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional
nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo
o território. Como a economia dependia da agroexportação, o
problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras
aos portos marítimos.
A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da
efetiva integração econômica do país como parte do processo
de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários 
mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor
que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o
trem não tinha como acompanhar. Isso não significa que as
ferrovias não tenham desempenhado um importante papel
econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado
pela agroexportação e continuaram a ser importantes
também no contexto da industrialização acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas
apenas mediante critérios estritamente econômicos. No Brasil,
as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram
antigas. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente
dramática, para os trabalhadores mobilizados nas
construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo
de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram
espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como
"catedrais" da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse],
p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

... o setor ferroviário nacional nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo o território. (2º parágrafo)

A forma verbal correta, correspondente à grifada acima que, introduzida por pronome, mantém o sentido original, é:
Alternativas
Q53162 Português
Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam
como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes
distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando
qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o
descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas
dimensões da economia nacional e os grandes investimentos
requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de
vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo
trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente
incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não
passou de um relativo fracasso - que se traduziria, hoje, no
predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros
países de grandes dimensões. De acordo com supostas
explicações, o triunfo das rodovias no Brasil teria sido obtido
graças a um complô que envolveria governos e grandes
empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que,
além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional
nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo
o território. Como a economia dependia da agroexportação, o
problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras
aos portos marítimos.
A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da
efetiva integração econômica do país como parte do processo
de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários 
mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor
que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o
trem não tinha como acompanhar. Isso não significa que as
ferrovias não tenham desempenhado um importante papel
econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado
pela agroexportação e continuaram a ser importantes
também no contexto da industrialização acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas
apenas mediante critérios estritamente econômicos. No Brasil,
as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram
antigas. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente
dramática, para os trabalhadores mobilizados nas
construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo
de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram
espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como
"catedrais" da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse],
p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

... como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes distâncias ...

O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,
Alternativas
Q53163 Português
Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam
como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes
distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando
qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o
descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas
dimensões da economia nacional e os grandes investimentos
requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de
vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo
trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente
incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não
passou de um relativo fracasso - que se traduziria, hoje, no
predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros
países de grandes dimensões. De acordo com supostas
explicações, o triunfo das rodovias no Brasil teria sido obtido
graças a um complô que envolveria governos e grandes
empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que,
além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional
nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo
o território. Como a economia dependia da agroexportação, o
problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras
aos portos marítimos.
A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da
efetiva integração econômica do país como parte do processo
de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários 
mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor
que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o
trem não tinha como acompanhar. Isso não significa que as
ferrovias não tenham desempenhado um importante papel
econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado
pela agroexportação e continuaram a ser importantes
também no contexto da industrialização acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas
apenas mediante critérios estritamente econômicos. No Brasil,
as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram
antigas. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente
dramática, para os trabalhadores mobilizados nas
construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo
de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram
espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como
"catedrais" da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse],
p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

Observe a alteração dos sinais de pontuação nos segmentos transcritos abaixo:

I. que se traduziria, hoje, no predomínio das rodovias ... que se traduziria hoje no predomínio das rodovias ...

II.Imagem 001.jpgmais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor que a das vias férreas -
(mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor que a das vias férreas)

III. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente dramática, para os trabalhadores ...
Representaram uma experiência indelévelImagem 002.jpgfreqüentemente dramática Imagem 003.jpg para os trabalhadores ...

Com as alterações, mantém-se o sentido original em
Alternativas
Q53164 Português
Na primeira metade do século XIX, as ferrovias surgiam
como o meio quase mágico que permitiria transpor enormes
distâncias com rapidez e grande capacidade de carga, atravessando
qualquer tipo de terreno. No Brasil, onde a era ferroviária
se iniciou em 1854, algumas vozes apontaram o
descompasso que tenderia a se verificar entre as modestas
dimensões da economia nacional e os grandes investimentos
requeridos para as construções ferroviárias. Mas pontos de
vista como esse foram vencidos pela fascinação exercida pelo
trem de ferro e pela fé em seu poder de transformar a realidade.

De um ponto de vista econômico, não seria propriamente
incorreto dizer que a experiência ferroviária no Brasil não
passou de um relativo fracasso - que se traduziria, hoje, no
predomínio das rodovias, ao contrário do ocorrido em outros
países de grandes dimensões. De acordo com supostas
explicações, o triunfo das rodovias no Brasil teria sido obtido
graças a um complô que envolveria governos e grandes
empresas petrolíferas e automobilísticas. Mas a verdade é que,
além de outras deficiências estruturais, o setor ferroviário nacional
nunca chegou a formar uma autêntica rede cobrindo todo
o território. Como a economia dependia da agroexportação, o
problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras
aos portos marítimos.
A partir dos anos 30, quando se colocou o desafio da
efetiva integração econômica do país como parte do processo
de expansão do mercado interno, os transportes rodoviários 
mais ágeis, necessitando de uma infra-estrutura muito menor
que a das vias férreas - demonstraram uma flexibilidade que o
trem não tinha como acompanhar. Isso não significa que as
ferrovias não tenham desempenhado um importante papel
econômico no país. Elas foram fundamentais no período dominado
pela agroexportação e continuaram a ser importantes
também no contexto da industrialização acelerada.

Mas as estradas de ferro não podem ser analisadas
apenas mediante critérios estritamente econômicos. No Brasil,
as ferrovias criaram novas cidades, como Porto Velho, e revitalizaram
antigas. Representaram uma experiência indelével, freqüentemente
dramática, para os trabalhadores mobilizados nas
construções. Objeto de fascínio, elas impuseram um novo ritmo
de vida, marcado pelos horários dos trens, e reorganizaram
espaços urbanos, nos quais as estações se destacavam como
"catedrais" da ciência e da técnica.

(Adaptado de Paulo Roberto Cimó Queiroz, Folha [Sinapse],
p. 20-22, 22 de fevereiro de 2005)

O verbo corretamente flexionado está na frase:
Alternativas
Q53165 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

De acordo com o texto, ser hábil em conduzir o papo consiste em
Alternativas
Q53166 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

Conclui-se corretamente do texto que o verdadeiro espírito da arte da conversa está em
Alternativas
Q53167 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

A frase do texto que pode ser interpretada como uma síntese do que o autor afirma no 4º parágrafo é:
Alternativas
Q53168 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

A justificativa apresentada pelo autor para considerar como arte o hábito brasileiro da conversa está no fato de que, para ele, a conversa
Alternativas
Q53169 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

... desde que os que o defendem fizessem o mesmo. (4º parágrafo)

O segmento grifado acima evita corretamente a repetição, considerando-se o contexto, do segmento:
Alternativas
Q53170 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

... o que se está discutindo. (final do 4º parágrafo)

A forma verbal de sentido idêntico ao da frase transcrita acima, considerando-se o contexto, é:
Alternativas
Q53171 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

A concordância está em desacordo com a norma culta na frase:
Alternativas
Q53172 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

Todos conhecem pessoas dispostas ...... um bom batepapo, ...... mesa de um bar, tratando de temas que vão da previsão do tempo ...... sérias discussões filosóficas.

As lacunas da frase acima estão corretamente preenchidas, respectivamente, por
Alternativas
Q53173 Noções de Informática
Para que computadores pessoais (PC) possam funcionar, é necessário que eles estejam dotados de recursos tanto de hardware como de software. A esse respeito é correto afirmar que
Alternativas
Q53174 Noções de Informática
No Windows XP:
Alternativas
Respostas
21: D
22: A
23: E
24: B
25: C
26: A
27: B
28: D
29: E
30: C
31: D
32: A
33: E
34: B
35: C
36: D
37: B
38: C
39: A
40: E