Atenção: O texto abaixo refere-se a questão.
“Amazônia", neste início de milênio, é uma das palavras
mais bem ou mal ditas no planeta Terra. Sobre ela pesam afirmações como "pulmão do mundo", "floresta tropical de maior
biodiversidade do planeta", "inferno verde", "na Amazônia está
quase um terço da água doce do mundo" etc. São razões
suficientes para que se voltem, para essa região, olhares, radares, cobiças e preocupações de povos, países, organizações
mundiais, empresas e cientistas. A Amazônia é tema indispensável desde as casernas mais nacionalistas até os pesquisadores mais preocupados com o futuro do nosso planeta, que
ainda tem uma escora nessa região. Diz-se até que o futuro terá
que passar necessariamente pela Amazônia.
Hoje, o avanço capitalista sobre a Amazônia é como
uma fera, quase indomável. Motosserras e tratores fazem parte
de programas oficiais de devastação. As grandes serrarias, que
já exauriram o potencial madeireiro em outras regiões do
mundo, agora seguem resolutas em direção à Amazônia, vestidas em peles de cordeiro, com o discurso da "exploração/devastação sustentável", ostentando diplomas de "certificação verde" e com projetos de "autossustentabilidade" na Amazônia. Quem vivenciou a devastação em décadas passadas tem
razões de sobra para prever novas catástrofes ambientais.
(Texto adaptado de: Egon Heck, Francisco Loebens e Priscila
D. Carvalho. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/
v19n53/24091.pdf)