Questões de Concurso Público METRÔ-SP 2014 para Oficial Manutenção Industrial - Elétrica

Foram encontradas 2 questões

Q710234 Português
    O Brasil é, sem dúvida, a maior bacia fluvial do mundo. Os milhares de rios que ziguezagueiam pelo território nacional trazem em suas águas passagens fundamentais de nossa cultura e ajudam a construir a identidade do país.
    Há uma máxima surgida em Pernambuco, que diz: “O rio Capibaribe se une ao rio Beberibe para formar o oceano Atlântico”. A frase contém uma boa dose de exagero, mas revela a importância que os rios têm para a cultura e o imaginário coletivo dos lugares: Capibaribe no Recife, Negro em Manaus, Branco em Boa Vista, Tietê em São Paulo.
    O país concentra cerca de 12% de toda a água doce do planeta. Tem o rio com o maior volume d’água, o Amazonas, e divide com a Argentina o conjunto de quedas d’água com o segundo maior fluxo médio anual, as Cataratas do Iguaçu. A bacia fluvial brasileira inspirou ainda lendas e artistas; produziu batalhas e religiosidade; é palco para espetáculos naturais e esportes radicais. É parte da paisagem das cidades − mesmo que muitas, em busca de progresso, tenham coberto seus leitos com cimento.
   Descoberto em 4 de outubro de 1501, dia de São Francisco, o velho Chico passa por cinco estados brasileiros: Minas, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Como nunca seca, tornou-se símbolo de prosperidade em lugares historicamente castigados pela estiagem. Por sua importância, inspirou canções, romances e poesias de grandes nomes da cultura nacional. “Uma vez que se bebe a água do rio, o rio nunca mais sai da gente”, garantem os ribeirinhos.
    Não são só o Tietê e o Pinheiros. Muitos outros rios percorrem a cidade de São Paulo. “É praticamente impossível andar 200 metros sem passar por um deles”, garante o geógrafo Luiz de Campos Júnior que, ao lado de companheiros, comanda o projeto Rios e Ruas, que leva paulistanos a caminhar sobre águas canalizadas escondidas embaixo de ruas e avenidas. Atrás da Avenida Paulista, por exemplo, nasce o Saracura. No Anhangabaú corre o rio que batizou o vale. O córrego da Água Preta brota sob carros e cimento no bairro da Pompeia, com água potável limpíssima. “Não se mata um rio. Acham que enterrar e colocar rua em cima faz o rio sumir. Mas ele continua vivo: erodindo, inundando, enchendo, esvaziando”, ensina Campos.
(Adaptado de: HOFFMANN, Bruno e VARGAS, Rodrigo Terra. Brasil. Almanaque de cultura popular. São Paulo: Andreato, novembro de 2013, n. 175. p. 18-21) 
... mas revela a importância que os rios têm para a cultura e o imaginário coletivo dos lugares: Capibaribe no Recife, Negro em Manaus, Branco em Boa Vista, Tietê em São Paulo. (2o parágrafo) É correto entender que os dois-pontos mostram
Alternativas
Q710249 Português
     Às vezes, ele é alheio ou carinhoso; outras, sereno ou arisco; ou, ainda, encantador ou irritante. Apesar da natureza volúvel, o gato doméstico é o animal de estimação mais popular em todo o mundo. Um terço dos lares americanos tem felinos, e mais de 600 milhões de gatos vivem entre os homens em todo o mundo. Mesmo assim, por mais familiares que esses animais sejam, é difícil comprovar definitivamente suas origens. Enquanto outros animais selvagens foram domesticados para obtenção de leite, carne, lã, ou para o trabalho, os gatos não contribuem praticamente em nada para o sustento dos humanos. Como, então, se tornaram tão comuns em nossos lares?
    Pesquisadores sempre acreditaram que os egípcios tenham sido os primeiros a manter o gato como animal de estimação, há 3.600 anos. As descobertas arqueológicas e genéticas feitas mais recentemente chegaram a conceitos mais atualizados tanto sobre os antepassados do gato doméstico quanto sobre a evolução de seu relacionamento com os seres humanos.
    Permanece, no entanto, a velha questão: por que os gatos e os seres humanos desenvolveram uma relação especial? Em geral, gatos não são candidatos prováveis à domesticação. Características dessa espécie animal sugerem que, enquanto outros animais foram resgatados da vida selvagem pelos homens, que os criaram para tarefas específicas, os gatos mais provavelmente encontraram oportunidades nos agrupamentos humanos, optando por viver entre eles.
    Arqueólogos encontraram, por exemplo, restos do camundongo doméstico nos povoamentos iniciais do Crescente Fértil entre 9 mil e 10 mil anos atrás. É quase certo que, no caso, os camundongos atraíram os gatos. Mas as montanhas de lixo nas cidades também devem ter sido um grande atrativo para os felinos que tivessem a esperteza de explorá-lo. Essas duas fontes de alimentos teriam incentivado os gatos a se adaptarem à vida junto aos homens.
(Adaptado de: DRISCOLL, Carlos A., CLUTON-BROCK, Juliet, KITCHENER, Andrew C. e O’BRIEN, Stephen J. Scientific American Brasil, Edição Especial Vida Animal, p. 36-40) 
Os dois-pontos, no início do 3o parágrafo,
Alternativas
Respostas
1: D
2: A