Questões de Concurso Público Prefeitura de Concórdia - SC 2018 para Professor - Língua Portuguesa
Foram encontradas 10 questões
( ) Em “– Sexo não tem feminino?” e “–Só tem sexo masculino?”, as formas verbais sublinhadas têm o mesmo significado nas duas ocorrências. ( ) A construção “tu mesmo disse” é uma marca linguística de informalidade no texto. ( ) As falas “Desculpe” e “vai brincar, vai”, dirigidas pelo pai ao filho, apresentam marcas de variação linguística nas formas de tratamento, pois, de acordo com a norma culta, concordam com os pronomes “você” e “tu”, respectivamente. ( ) Na passagem “– O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra ‘sexo’ é masculina. O sexo masculino, o sexo feminino.”, há uma incoerência semântica e temática. ( ) Em “– Por que não? – Porque não!”, a grafia diferente das palavras sublinhadas deve-se ao fato de a primeira iniciar uma pergunta e a segunda iniciar uma resposta.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
( ) A questão gramatical envolvida no texto 3 faz parte do domínio da “morfossintaxe” e de aspectos “lexicais”, mencionados, respectivamente, nos textos 1 e 2. ( ) O texto de Verissimo pode ser visto como ilustrativo da seguinte passagem: “as questões que envolvem o uso da língua não podem ser resolvidas somente com um livro de gramática” (texto 2). ( ) A preocupação dos autores com regras gramaticais com vistas ao uso correto da língua está presente nos três textos. ( ) Os textos apresentam características distintas: os dois primeiros são exemplares da linguagem escrita e o terceiro apresenta elementos que são típicos da linguagem falada. ( ) A questão do gênero gramatical (texto 3) faz parte da “norma-padrão” (texto 1), mas não tem relação com os “efeitos de sentido pretendidos pelos interlocutores” (texto 2).
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Infolatria tecnofágica: a era do smartphone
A cibercultura e as realidades virtuais estão transformando radicalmente a nossa experiência psicossocial coletiva: a forma como vivemos, nos comportamos, nos sentimos, nos compreendemos e a própria realidade ao nosso redor.
Toda essa cultura cibernético-informacional é, de fato, incrivelmente cômoda, útil, funcional, sedutora, mas, ainda assim, afirmamos que mais informação circulando nas redes e mídias não significa de modo algum mais conhecimento assimilado, educação, cidadania; e que muito menos a tecnologia, por si, seja sinal seguro de mais esclarecimento, humanidade, erudição e desenvolvimento cultural. O que vale dizer que mais disponibilidade – de dados, conteúdos, twitters, posts, zaps e congêneres – não determina, por si só, qualquer tipo de evolução cognitiva e intelectual.
Outro mito muito propalado aos quatro ventos é o de que a tecnologia seria essencial e necessariamente benéfica às coletividades humanas. O que é – diga-se – uma balela. Pois nós – que pesquisamos a referida matéria há quase uma década – chegamos à dura conclusão de que as tecnologias sempre acabam servindo primeiro aos poderes hegemônicos já dominantes e, tardiamente, à sociedade de uma maneira mais ampla. Sim, pois os investidores que apostam nesses projetos só o fazem com vistas – é óbvio – ao retorno financeiro que eles possam proporcionar, e não num altruísmo improvável que não tem lugar no mundo materialista e venal que aí está. Mesmo porque vivemos numa realidade mercantilista, cuja lógica comercial rege grande parte das relações sociais humanas e assim molda a realidade factual, consuma o presente e vai plasmando também o próprio futuro.
Ipso facto, podemos afirmar que a cibercultura e o ciberespaço seguem as mesmas leis, operam no mesmo meio societal, sob o mesmo regime econômico, e, por isso mesmo, estão sujeitos às mesmas dinâmicas. E essa fixação – que hoje se observa em relação, por exemplo, aos smartphones, seu culto e massiva utilização – reflete exatamente essa exploração das massas por meio das tecnologias e da própria cultura que se cria em torno delas. Em pouquíssimas palavras, a pessoa paga uma verdadeira fortuna para comprar o aparelho, e ainda adquire um custo fixo considerável para o fornecimento de um serviço – frise-se – que é executado, em sua maioria, por máquinas e sequências algorítmicas. Sim, pois mais uma linha telefônica conectada à rede de qualquer operadora significa, na prática, apenas um comando de computador.
QUARESMA, Alexandre.
<http://sociologiacienciaevida.com.br/infolatria-tecnofagica-era-do-smartphone/> Acesso em 27/março/2018. [Adaptado]