Questões de Concurso Público Prefeitura de São José dos Campos - SP 2023 para Professor II - História

Foram encontradas 17 questões

Q2344306 História
“Assim, o líder de um movimento que agregue as fakenews à construção de sua própria visão de mundo se destaca da manada dos comuns. Não é um burocrata pragmático e fatalista como os outros, mas um homem de ação, que constrói sua própria realidade para responder aos anseios de seus discípulos. Na Europa, como no resto do mundo, raiva política que capta os temores e as aspirações de uma massa crescente do eleitorado, enquanto os fatos dos que se as combatem inserem-se em um discurso que não é mais tido como crível. Na prática, para os adeptos dos populistas, a verdade dos fatos, tomados um a um, não conta. O que é verdadeiro é a mensagem no seu conjunto, que corresponde a seus sentimentos e suas sensações.” 
(EMPOLI, Giuliano Da. Os engenheiros do caos. São Paulo: Vestígio, 2022. p.24)  

Podemos dizer que o contexto político contemporâneo relatado pelo autor cria um ambiente propício para a deslegitimação do ensino de História, pois
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Q2344307 História
“A luta pela sucessão política do Profeta durante os primeiros séculos islâmicos tinha trazido consigo implicações para a questão da autoridade religiosa. Quem tinha o direito de interpretar a mensagem transmitida no Corão e a vida de Maomé? Para os xiitas e os vários grupos deles derivados, a autoridade estava com uma linha de imãs, intérpretes infalíveis da verdade contida no Corão. Desde os primeiros tempos islâmicos, porém, a maioria de muçulmanos nos países de língua árabe era sunita; o que significa, rejeitava a ideia de um imã infalível, que poderia, num certo sentido, prolongar a revelação da Vontade de Deus. Para eles, essa Vontade fora revelada definitiva e completamente no suna do Profeta, e os que tinham capacidade de interpretá-lo, os ulemás, eram os guardiães da consciência moral da comunidade.”
(HOURANI, Albert. Uma História dos Povos Árabes. São Paulo: Companhia das Letras. 1994. p. 170)

Com base no texto, é correto concluir que o mundo islâmico apresentava 
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Q2344308 História
“A questão da coerência interna do indivíduo, de seu pertencimento a outros e de sua demarcação com relação aos outros, é formulada de modo distinto em tempos diversos. Atualmente, ela surge com força e intensidade no plano categorial do pensamento histórico, com relação à humanidade, diante da desumanidade experimentada e da humanização almejada.” 
(RÜSEN, Jörn. Teoria da História: uma teoria da História como ciência. Curitiba: UFPR. 2015. p.145)

Com base no texto, o seguinte tema tem acompanhado atualmente o pensamento histórico:

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Q2344310 História
“Embora se constitua num tema clássico da História do Tempo presente talvez um dos fenômenos históricos com a mais ampla e contraditória bibliografia, o fascismo conheceu uma vigorosa retomada de interesse após o final da década de 1980, com novas abordagens e teorias explicativas.”
(SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Fascismo. In: SILVA, Francisco Carlos Teixeira da; MEDEIROS, Sabrina Evangelista; VIANNA, Alexander Martins. Dicionário crítico do pensamento da Direita: ideias, instituições e personagens. Rio de Janeiro: MAUAD. 2000. p. 170)

Para analisar o contexto da nova produção historiográfica sobre o nazismo, devemos considerar que
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Q2344312 História
O que aconteceu no ‘genocídio esquecido’ da Alemanha na Namíbia, reconhecido após mais de um século? Não vai ser fácil curar as feridas profundas e antigas deixadas pela Alemanha na Namíbia, após o que agora é reconhecido como um genocídio perpetrado por forças coloniais.
29 maio 2021 Autor: Tim Whewell*/BBC News, Namibia

Na sexta-feira (28), após mais de 100 anos, Berlim reconheceu oficialmente as atrocidades que cometeu durante a ocupação colonial da Namíbia e ofereceu ao país africano uma quantia em dinheiro como compensação.
Mas como se compensa a destruição de uma sociedade inteira? Que preço colocar?
A Alemanha concordou em pagar mais de 1 bilhão de dólares.
“À luz da responsabilidade histórica e moral da Alemanha, pediremos desculpas à Namíbia e aos descendentes das vítimas”, disse o ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, na sexta-feira.
O governante alemão acrescentou que seu país, em um "gesto de reconhecimento do imenso sofrimento infligido às vítimas", apoiará o desenvolvimento da nação africana através de um programa que vai custar mais de 1,3 bilhões de dólares.

A quantia será paga em 30 anos e investida em infraestrutura, assistência médica e programas de treinamento que beneficiam comunidades afetadas. 
Mas alguns líderes namibianos até agora se recusaram a apoiar o acordo, informou o jornal local New Era.
Na Namíbia, descendentes de vítimas e colonos debateram ferozmente sobre o valor financeiro associado ao genocídio. 
Extraído: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57292909 

O caso noticiado exemplifica práticas cada vez mais recorrentes das relações entre nações europeias e suas ex-colônias africanas. O conceito que melhor interpreta este fenômeno contemporâneo é

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Respostas
11: E
12: A
13: C
14: D
15: C